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terça-feira, 16 de maio de 2017

Hovenia dulcis e alcoolismo


Conhecida popularmente como árvore de uva-passa japonesa, a planta é nativa da Ásia Oriental, região onde tem um vasto histórico de uso na medicina tradicional, especialmente para curar a ressaca. 


Estudos recentes comprovam os efeitos antialcoólicos da planta e apontam-na como um novo candidato terapêutico para o tratamento do alcoolismo.

A Hovenia dulcis (Rhamnaceae) é nativa da Ásia Oriental e ocorre predominantemente no Japão, Coréia, e China Oriental até o Himalaia. 

Trata-se de uma árvore de grande porte que cresce até 10 metros, com folhas grandes e ovaladas, flores hermafroditas e pedúnculos carnosos e doces. 

Estes pedúnculos (foto) contêm um gosto que lembra uma combinação de uva-passa, cravo, canela e açúcar. No Brasil, é conhecida popularmente como uva-do-japão, banana-do-japão, cajueiro-japonês, gomari, chico-magro, pé-de-galinha, entre outros; sendo muito empregada, inclusive, para arborização urbana.

A planta tem sido utilizada na medicina tradicional chinesa há séculos, principalmente para o tratamento de doenças do fígado e para a desintoxicação após consumo excessivo de álcool (etanol). 

De fato, estudos recentes realizados em animais de laboratório têm confirmado estes efeitos. Pesquisas utilizando diferentes tipos de extratos da planta (ex.: aquoso, alcoólico, metanólico) comprovaram o seu efeito hepatoprotetor, por meio da atenuação de alterações bioquímicas induzidas pelo consumo crônico de álcool, como a atividade irregular de enzimas hepáticas. 

Também se verificou a capacidade da planta de reduzir a concentração de álcool no sangue, além de propriedades antioxidante, antimicrobiana e antidiabética.

Contudo, o estudo mais promissor foi conduzido na Universidade da Califórnia (EUA) e demonstrou que um flavonoide extraído da Hovenia dulcis – a dihidromiricetina – diminui os efeitos do álcool em ratos, por inibir a ação do mesmo sobre os receptores cerebrais GABA.

A ativação dos receptores GABAA é o principal mecanismo de ação do álcool. Ao inibir a ligação do etanol a estes receptores, a dihidromiricetina age contra a intoxicação alcoólica aguda, bem como os sintomas de abstinência em ratos, incluindo tolerância, ansiedade e convulsões. Além disso, outro resultado notável foi a redução voluntária no consumo de álcool pelos animais.

Segundo os autores do estudo, o próximo passo será avaliar os efeitos da dihidromiricetina em humanos. Se os resultados forem replicados, a substância pode vir a se tornar uma nova ferramenta farmacológica para o tratamento da dependência do álcool.

Cajueiro-japonês

Classificação científica
Reino: Plantae
Clado: eudicotiledóneas
Clado: rosídeas
Divisão: Magnoliophyta
Ordem: Rosales
Família: Rhamnaceae
Gênero: Hovenia
Espécie: H. dulcis
Nome binomial: Hovenia dulcis

A casca é lisa ou levemente fissurada, de cor pardacenta ou cinza-escura. A folha é simples, de disposição alternada, com pecíolo curto e ovadas. 

A margem superior é glabra mas é levemente pubescente na margem inferior. As suas flores são esbranquiçadas, hermafroditas, de pequenas dimensões e muito numerosas. 

O fruto consta de cápsulas globosas com pedúnculo carnudo, doce e vermelho quando gelado. Cada cápsula contém de 2 a 4 sementes avermelhadas quando recentemente colhidas e castanhas com o passar do tempo. 

É utilizado como planta medicinal para tratamento do consumo excessivo de álcool. A sua madeira é apreciada. É utilizada na produção de geleia, como árvore ornamental, como quebra-vento e na consorciação com abelhas para a produção de mel.

Clima: Continental, Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Temperado, Tropical

Origem: Ásia, China, Coréia do Norte, Coréia do Sul, Japão

Altura: 9 a 12 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Por ser uma árvore que frutifica em abundância, ela tem sido amplamente utilizada na recuperação de áreas degradadas, com o objetivo de atrair a fauna (aves e mamíferos). 

No entanto têm se revelado uma espécie perigosamente invasora, que reduz a diversidade das matas nativas e se multiplica rapidamente com a ajuda dos animais.

Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, bem drenável e leve, com regas regulares no primeiro ano após o plantio. 

Não tolera encharcamento ou inundações. Multiplica-se por sementes e estacas. As sementes podem ser escarificadas para quebrar a dormência. A frutificação inicia-se de 3 a 4 anos após o plantio.

Mas o mais importante nela é que ela possui propriedades medicinais para cura de algumas doenças e serve como forma de evitar outras tantas. Na medicina tradicional, ela já é conhecida por tratar de doenças hepáticas, como o alcoolismo. Na medicina chinesa é muito utilizada para males do fígado e rins.

As pesquisas mostram que com o uso contínuo do chá feito de suas folhas, a primeira melhoria que traz ao corpo humano é no funcionamento dos rins, em uma semana já é possível perceber a diferença para quem possui problemas ou não nos rins. 

Outras melhorias são perceptíveis com seu uso, como por exemplo, a esteatose hepática (acúmulo de gordura nas células do fígado), dissolve essa gordura que envolve o fígado, promove diminuição do colesterol e emagrece. 

Melhora muito o sistema imunológico, diminui a toxicidade do álcool, exerce atividade antibacteriana, é neuroprotetora, atividade comprovada contra doença de chagas, diabetes, cicatrizante e antioxidante.

Cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) descobriram que um componente de uma planta medicinal pode combater os efeitos da intoxicação alcoólica aguda, bem como os sintomas da abstinência do álcool.

Isso abre a possibilidade de que o composto venha a ser usado tanto no atendimento a pacientes em coma alcoólico quanto como um medicamento de apoio para quem quer deixar o vício da bebida.

Os pesquisadores descobriram que a dihidromiricetina bloqueia a ação do álcool sobre o cérebro e os neurônios, além de levar à redução voluntária no consumo de álcool.

A expectativa é que, além de combater o mal-estar provocado pela bebida entre aqueles que não querem parar de beber, o composto possa ser usado em situações mais graves, de intoxicação alcoólica, e no auxílio a pessoas que querem deixar o vício.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 76 milhões de pessoas são viciadas em álcool em todo o mundo, dentre as quais apenas 13% recebem um tratamento médico adequado.

Ainda segundo a OMS, a principal causa dessa falta de apoio aos alcoólatras é a inexistência de medicamentos eficazes que possam auxiliar nos tratamentos.

O cardo-mariano (Silybum marianum), também conhecido como cardo-leiteiro, é uma erva muito conhecida para proteger o fígado. A silimarina presente nas sementes fortalece o fígado e ajuda o mesmo a eliminar toxinas. 

Embora a investigação preliminar indique que o cardo-de-leite possa oferecer algum benefício para aqueles que procuram tratar doenças hepáticas associadas ao álcool, mais estudos são necessários para tirar conclusões definitivas sobre a eficácia da erva em melhorar a saúde do fígado

A mistura da Babosa com mel de abelha (cuidado se você for diabético) ajuda pessoas que sofrem de diversas doenças, inclusive o alcoolismo, que também é uma doença.

No alcoólatra, quando ele passa algum tempo sem beber, seu organismo sente a falta de zinco, é aí que entra a babosa.

Enquanto a pessoa que quer parar de beber estiver em abstinência recente da bebida, pode passar esse tempo se alimentando também de produtos que contém a substância da babosa, o aloe vera.

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