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domingo, 25 de dezembro de 2016

As Quatro Espécies

Uma das mitsvot especiais de Sucot é a mitsvá das Quatro Espécies: Etrog (cidra), Lulav (folha de palmeira), Hadassim (murtas) e Aravot (salgueiros). É um preceito bastante significativo e simboliza a unidade e a harmonia.

Quando são recitadas as bênçãos sobre elas, é costume sacudi-las aos quatro ventos e também para cima e para baixo, significando que D'us está em toda parte.

A tradicional prece Hoshaná (Ó salve!) que é recitada em cada um dos dias de Sucot (exceto Shabat), é acompanhada por uma sequência de movimentos com as Quatro Espécies ao redor da Bimá (mesa onde é colocada a Torá para sua leitura) na sinagoga.

É uma visão bela e impressionante. Podemos ter uma idéia sobre como era antigamente, com milhares e milhares de peregrinos judeus marchando em direção ao Templo Sagrado com lulavim nas mãos, ondulando com a brisa.

Os seis movimentos

A essência da mitsvá do Lulav é segurar as Quatro Espécies juntas na mão. Entretanto, a melhor maneira de cumprir esta mitsvá é balançar o Lulav em direção aos quatro pontos cardeais e também para cima e para baixo, sendo que cada suave chacoalhar do Lulav é constituído de três movimentos.

O Talmud explica o significado desses movimentos: "São movidas para frente e para trás, para Aquele a Quem pertencem as quatro direções; para cima e para baixo para Aquele de Quem são Céus e Terra. Isto significa que as Quatro Espécies são uma alusão a D'us ter criado toda a existência e que não há nada além d'Ele."

O Talmud também afirma: "Balançamo-las para frente e para trás para evitar ventos prejudiciais; e para cima e para baixo a fim de evitar orvalhos nocivos." Pois Sucot é a época do julgamento da água da chuva para todo o ano.

As Quatro Espécies dão uma expressão simbólica para as preces pela bênção d'água. Ao balançar as Quatro Espécies em todas as seis direções, simbolicamente falamos a Quem sustenta o mundo inteiro: "Da mesma forma que estas Quatro Espécies não podem existir sem água, assim o mundo não existe sem água. E quando o Senhor nos der água, não deixa que vento ou orvalho estraguem Sua bênção."

Se as Quatro Espécies não estiverem disponíveis pela manhã, é permitido recitar a bênção mais tarde, enquanto for dia.

Sucot


Resultado de imagem para sucotUm período alegre é iniciado com a festa de Sucot, compensando o solene período de Rosh Hashaná e Yom Kipur.

Há mitsvot nas quais utilizamos apenas algumas partes de nosso corpo, por exemplo: a mitsvá de tefilin, filactérios, que envolve o braço e a cabeça; tefilá, prece, envolve a mente e o coração e assim por diante. Em Sucot, temos uma mitsvá (preceito) singular, que é a construção de uma sucá; a única mitsvá que literalmente envolve a pessoa de corpo inteiro, com suas vestes materiais.

A sucá nos lembra das Nuvens de Glória que rodearam nosso povo durante sua peregrinações pelo deserto a caminho da Terra Prometida. Todos então viram a especial proteção Divina, que D'us lhes concedeu durante aqueles anos difíceis. Mas embora as Nuvens de Glória desaparecessem no quadragésimo ano, na véspera da entrada na Terra de Israel, nunca cessamos de acreditar que D'us nos dá Sua proteção, e esta é a razão de termos sobrevivido a todos nossos inimigos em todas as gerações.

A sucá

Para que o judeu não se esqueça de seu verdadeiro propósito na vida, D'us, em Sua infinita sabedoria e bondade, nos faz deixar nossas casas confortáveis nesta época, para habitar numa frágil sucá, cabana, por sete dias.

A sucá nos lembra que confiamos em D'us para nossa proteção, pois a sucá não é nenhuma fortaleza, nem ao menos fornecendo um telhado sólido sobre nossa cabeça. Lembra-nos também de que a vida nesta terra é apenas temporária.

As refeições na sucá

Durante a festa de Sucot, os homens devem comer diariamente numa sucá (cabana) especialmente construída para este fim. Nestes sete dias, não é permitido comer fora da sucá qualquer refeição que contenha pão ou massa. Há aqueles que não costumam beber nem ao menos um copo de água fora da sucá.

Nos primeiros dois dias e noites da festa, o kidush, prece sobre o vinho, antecede a refeição. Nas duas primeiras noites, é obrigatório comer na sucá ao menos uma fatia de pão (além do kidush), mesmo que esteja chovendo. Nos outros dias, se chover, é permitido fazer as refeições dentro de casa.

Confiança em D'us

Refletir sobre a sucá nos dá uma ampla visão do significado de fé em D'us e da extensão de Sua Divina Providência. Vamos para a sucá durante a Festa da Colheita depois de haver colhido o fruto dos campos.

Se uma pessoa recebeu a bênção Divina e sua terra produziu com fartura, seus estoques e adegas estão repletos, alegria e confiança preenchem seu espírito - aí a Torá a leva a abandonar a casa e residir em uma frágil sucá, para ensina-la que nem riquezas, nem posses, nem terras são proteções na vida; somente D'us é que sustenta, mesmo os que habitam em tendas e cabanas e oferece uma proteção de confiança.

E se alguém está empobrecido e seu trabalho não conheceu a bênção Divina; se a terra não deu o seu produto, se o fruto da árvore não foi armazenado em celeiros e se está incerto e temeroso ao encarar o perigo da fome nos dias de inverno que se aproximam, também encontrará repouso para seu espírito na sucá.

Lembrará como D'us hospedou-nos em Sucot no deserto; nos sustentou e nos abasteceu, não nos deixando faltar nada.

A sucá o ensinará que a Divina Providência é segurança melhor do que qualquer bem material, pois não abandona os que verdadeiramente crêem em D'us. A sucá o ensinará a ser forte e corajoso, feliz e tranqüilo, mesmo na aflição e na dificuldade.