A melissa, também conhecida como erva-cidreira
verdadeira (Melissa officinalis), é uma
erva perene que atinge geralmente de 70 cm a 1 m de altura, mas que pode chegar
a 1,5 m.
Muito conhecida como erva medicinal, também é
utilizada para dar sabor e aromatizar vários alimentos e bebidas, além de ser
muito apreciada como chá.
Seu óleo essencial é usado em perfumes e produtos
de higiene e beleza. Os apicultores esfregam suas folhas em caixas de colmeias
para atrair enxames de abelhas, pois seu óleo essencial mimetiza razoavelmente
bem o feromônio de atração liberado pelas abelhas quando estas encontram um
local para a nova colmeia.
Também há cultivares que são estimados como plantas
ornamentais em jardins.
Clima
A temperatura ideal para o cultivo da melissa
situa-se entre 15°C e 20°C, mas pode ser cultivada com temperaturas oscilando
entre 4°C e 25°C. A planta é sensível a temperaturas muito baixas e a geadas.
Luminosidade
Esta planta pode ser cultivada em sombra parcial ou
com luz solar direta.
Solo
O melhor é que o solo seja bem drenado, leve,
fértil e rico em matéria orgânica. Contudo, pode ser cultivada em solos mais
pobres. Quanto ao pH do solo, a planta é bem tolerante, podendo ser cultivada
em solos com pH entre 4,5 e 7,6.
Algumas pessoas afirmam que o sabor e o aroma é
acentuado quando cultivada em solos relativamente pobres.
Irrigação
Irrigue com frequência para que o solo seja mantido
sempre úmido. A planta adulta é, no entanto, resistente a curtos períodos de
seca.
Plantio
A melissa ou erva-cidreira pode ser cultivada a
partir de sementes, divisão de touceiras ou por estaquia. As sementes podem ser
plantadas em sementeiras, módulos, pequenos vasos e outros contêineres.
A germinação das sementes geralmente ocorre em uma
a duas semanas, mas pode ser demorada, levando até um ano. As sementes são
pequenas e não devem ser enterradas a mais do que 6 mm de profundidade.
O ideal é peneirar uma leve camada de terra sobre
as sementes ou simplesmente deixá-las na superfície do solo. O transplante para
o local definitivo é feito quando as mudas estão com cerca de 10 cm de altura.
O método mais simples de propagação é a divisão de
plantas adultas, separando mudas com raízes.
A propagação por estaquia é feita cortando ramos de
plantas adultas, deixando estes em água até criarem raízes ou plantando estes
ramos em vasos com solo bem úmido.
O espaçamento entre as plantas pode variar entre 30
e 60 cm, dependendo do cultivar e das condições de cultivo.
A melissa pode ser cultivada em jardineiras e vasos
de tamanho médio ou grande, mas geralmente não se desenvolve tanto quanto as
plantas cultivadas no solo.
Tratos
culturais
Retire plantas invasoras que estejam concorrendo
por nutrientes e recursos.
A melissa tem crescimento vigoroso e suas sementes
facilmente se espalham e germinam. Assim o local de cultivo deve ser delimitado
e as plantas podadas para que não invadam a área destinada a outras culturas.
Embora possam viver por dez anos, as plantas devem
ser substituídas em intervalos de 2 a 4 anos para manter uma boa produtividade.
Em regiões de inverno muito frio a melissa é cultivada anualmente.
A melissa é usada para fins medicinais e culinários
desde a antiguidade.
Colheita
A colheita da melissa pode começar a partir de 90 a
120 dias após o plantio. As folhas podem ser colhidas individualmente ou os
ramos podem ser cortados acima de 10 cm do solo. Em plantações comerciais, a
colheita é feita assim que começam a surgir as flores.
Melissa
(erva-cidreira): planta medicinal utilizada em uso interno como sedativo e
digestivo, e em uso externo para tratar a herpes labial.
Nomes
Melissa,
erva-cidreira, cidreira
Nome
binomial: Melissa officinalis
Família:
Lamiaceae
Constituintes
O óleo
essencial (citral, citronelal, geraniol), ácidos fenólicos, ácido rosmarínico
(efeito contra herpes labial), ácido cafeico, triterpenos, flavonoides,
taninos, substância amarga, mucilagem.
Partes utilizadas
Folhas
secas (partes aéreas).
Efeitos da melissa
Uso
interno (gotas, comprimidos,…)
Sedativo,
calmante, espasmolítico, digestivo, sonífero, bacteriostático (para o óleo
essencial)
Uso externo (pomadas)
Virustático
(contra o vírus do herpes).
Indicações da melissa
Problemas
do sono, estresse, ansiedade, nervosismo, problemas digestivos, azia e
queimação do estômago.
A
melissa possui efeito sobre a glândula tireoide (ver também as
contras-indicações abaixo)
Herpes
labial, picadas de mosquito.
Efeitos secundários - Desconhecemos
Contraindicações
Em
caso de hipotireoidismo ou de tratamento com hormônios tireoidianos (a melissa
aumenta o efeito desses hormônios, note que com a interrupção da Melissa, os
sintomas desaparecem).
Interações -
Desconhecemos
Preparações à base de melissa
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Chá
de melissa (infusão de melissa – infusão de erva-cidreira)
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Cápsulas
à base de melissa
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Óleo
essencial de melissa
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Tintura
de melissa
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Creme
de melissa (contra a herpes labial)
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Água
de melissa
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Xarope
de melissa
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Banho
de melissa
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Vinho
de melissa
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Protetor
labial (contra a herpes labial)
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Onde cresce a melissa
Originária
do Oriente, a melissa atualmente também cresce na Europa e nas Américas. A
melissa é uma planta perene. Esta planta necessita de um solo bastante úmido.
Quando colher as folhas de melissa
As
folhas da melissa são colhidas no verão (preferencialmente no começo). Para
fazer um chá, é preferível colher as folhas da melissa antes da floração, pois
após este período as folhas perdem um pouco do sabor e cheiro. É possível
colher as folhas logo após a floração.
Plante
você mesmo
Planta
fácil de ser cultivada, pode até mesmo se tornar invasora se deixar as sementes
amadurecerem. A espécie suporta viver em vasos.
Observações
Na sua
utilização interna, a melissa oferece uma eficiência comprovada contra os
pequenos problemas do sono e os problemas digestivos de origem nervosa.
Na sua
utilização externa, a melissa é relativamente eficiente contra a herpes labial,
principalmente se aplicada logo no início. Ela também apresenta poucos efeitos
secundários, o que acaba sendo uma boa alternativa aos tratamentos
tradicionais.
A
melissa é caracterizada por um aroma próximo ao limão, na realidade o óleo
essencial da melissa contém substâncias encontradas no limão, como o citral.
Da
família das Labiadas, também conhecida como Erva Cidreira, chá da França, chá
de tabuleiro, cidrilha, citronela, citronela menor, erva cidreira europeia,
erva Luísa, cidreira verdadeira, limonete, meliteia, melissa romana, melissa
verdadeira, salva do Brasil.
Trata-se
de uma planta perene de folhas verde claro em forma de coração e de flores
amarelo-claro. Semeia-se de setembro a janeiro em solos rico em matéria
orgânica.
Planta
com caule ramificado a partir da base, formando touceiras. Na ocasião da floração,
se ramificam acentuadamente.
As
folhas de um verde intenso na parte inferior, são pecioladas, opostas, ovais,
de margens crenadas e com nervuras bem salientes.
As
flores se formam nas axilas das folhas, são inicialmente brancas e amarelas, e
quando adultas permanecem brancas rosadas ou brancas manchadas de rosa.
O
fruto é composto de quatro aquênios oblongos ou ovais, castanhos, lisos e sem
pelos. Quando ainda jovem, a planta tosa emana um suave e agradável odor de
limão, e quando esmagada esse odor fica mais forte.
O
sabor é adocicado e um pouco amargo. A planta idosa exala um odor que já não é
muito agradável. Sua propagação é feita por sementes, divisão de touceiras e
por estacas.
Antes
do plantio por sementes, devem ficar 24 horas mergulhadas em água morna. A
semeadura deve ser feita na primavera, em regiões de climas amenos e sem
invernos rigorosos.
As
folhas devem ser cortadas, sem o caule, na primavera e as sumidades floridas,
no início do verão. Prefere solos férteis, ricos em matéria orgânica,
profundos, argilosos arenosos, levemente úmidos e com bastante luz solar, mas
sem calor excessivo.
De
preferência, o cultivo deve ser feito em terrenos próximos a matas, a arroios e
rios, em locais frescos e sombreados.
Parte utilizada
Parte
aérea, óleo essencial.
Plantio
Multiplicação
Por
sementes e estacas.
Cultivo
Em
solos secos, arejados e férteis. O plantio pode ser feito o ano todo, mas, de
preferência, na primavera. Exige irrigação nos períodos secos.
Colheita
Folhas
e galhos tenros, na época da floração principalmente.
Origem
Europa,
na Ásia e no norte da África. No Brasil é cultivada em várias regiões.
Habitat
Nativa
da Europa meridional (região mediterrânea) e do oeste asiático, espalhou-se
pela Europa e outras regiões do mundo.
História
A
erva-cidreira já era utilizada como uma erva medicinal pelo naturalista romano
Plínio, o naturalista grego Dioscórides, e pelos herbalistas da idade média
Paracelso e John Gerard.
Modo de conservar
As
folhas e os ramos florais devem ser secos à sombra e em local ventilado e sem
umidade. Armazenar em vidros de porcelana ou cascos de papel.
Propriedades
Digestiva
e Sedativa, antiespasmódico, calmante, digestiva.
Indicações
Combate
gases, cólicas intestinais, facilita menstruação, combate caxumba e é boa para
a digestão, hipertireoidismo (doença de Graves) e agente tópico para herpes
labial.
Princípios ativos
Óleo
essencial: monoterpenos e sesquilerpenos: geraniol, nerol, beta-alriofileno,
óxido de beta-alrio-fileno, linalol, citronelol, nerol e geraniol, citronelato
de metila; Flavonoides; Compostos triterpénicos: oleanano e ursano; Ácidos
orgânicos: ácido cafeico e derivados diméricos e trimétricos, lrospérmico,
rosmarinico e melítricos A e B; Mucilagens; Princípios amargos; Resinas.
Farmacologia
As
folhas da erva-cidreira contêm 0,2 a 0,3% de um óleo essencial com um aroma
parecido com limão, similar ao capim-limão. O composto R-(+)-citronelato de
metila é caraterístico do óleo de erva-cidreira e possibilita a distinção entre
este óleo e o óleo do capim-limão.
A
melissa tem atividade contra vários vírus, incluindo herpes simplex (HSV) e
HIV-1. Essa atividade foi atribuída ao ácido cafeico, aos seus derivados e aos
taninos.
A ação
benéfica da erva-cidreira na doença de Graves foi atribuída aos oligômeros do
ácido cafeico, assim também como ácido rosmarínico e ácido lijospérmico.
Acredita-se
que a autoxidação dos derivados do ácido cafeico para ortoquinonas seja
importante para esta atividade biológica.
Pode
ter uma função na atividade anti-inflamatória do extrato de erva-cidreira, pois
esta ação foi observada in vivo e in vitro, em ratos que receberam este
componente químico por via oral.
O uso
medicinal tradicional da erva cidreira é como sedativo e antiespasmódico.
Previamente, essa atividade foi atribuída ao óleo volátil.
O
extrato hidroalcoólico liofilizado, que não contém os componentes do óleo
volátil, teve uma atividade sedativa em vários camundongos quando foi
administrado na região intraperitonial.
Este
extrato também se mostrou ativo em testes de dor por injeção de ácido acético.
O óleo volátil da planta teve atividade muito mais fraca ou mostrou-se inativo
nos mesmos testes.
Ensaios
clínicos de um creme de extrato de erva-cidreira mostrou evidência de atividade
antiviral contra lesões labiais provocadas pelo vírus herpes simples (HSV)
Melissa
também foi utilizada no tratamento da doença de Graves, doença em que a
tireoide é anormalmente ativada pela imunoglobulina estimulante da tireoide
(TSI).
Extratos
de erva-cidreira seco e congelado bloquearam a tirotropina, prevenindo que a
tirotropina e a TSI na doença de Graves ativassem os seus respectivos
receptores.
Porém
o extrato de erva-cidreira mostrou possuir menos potência que os extratos de
Lithospermum olficinales, Lycopus virginicus, e Lycopus europaeus.
Nenhum
estudo clínico foi realizado para investigar a ação sedativa, antiviral ou
contra a doença de Graves da erva cidreira em seres humanos.
Contraindicações/cuidados
Pessoas
com hipersensibilidade à planta.
Efeitos
colaterais
Diminuição
da pulsação e entorpecimento.
Posologia
Extrato
bruto: 1 ,5 a 4,5 mg/dia.
Uma
preparação padronizada do extrato de erva-cidreira comercial disponível nos
EE.UU. contém 80 mg do extrato das folhas de Melissa oficinalis e 160 mg do
extrato da raiz de valeriana, recomendado 2 ou 3 vezes ao dia como sonífero.
Creme:
1 % do extrato para uso tópico em herpes.
2g de
folhas e ramos frescos ou 1 g de folhas e ramos secos (1 colher de sobremesa
para cada xícara de água) em infuso ou decocto para uso interno em dores de
cabeça, cólicas diversas, dispepsia, ansiedade e nervosismo.
Tintura
composta com alfazema e camomila para aplicação tópica na pele do rosto,
especialmente em peles cansadas.
30g de
planta fresca ou 3 golas de óleo essencial na água do banho relaxante, deve
secar na pele.
Compressas
com folhas vaporizadas diretamente sobre os mamilos de lactentes evitam e
tratam entupimentos e promovem a lactação.
Modo
de usar
Infusão
de 25 a 50 g de folhas verdes em um litro de água. Tomar 3 a 4 xícaras ao dia.
Infusão
de 3 colheres (chá) de folhas secas em 1 xícara de água (sedante).
Folhas
frescas
Aplicar
sobre os olhos, para inflamações.
Lavagens
intestinais com o infuso (tenesmo e diarreia de sangue).
Bochechos
- Dores de dente.
Suco
Mistura-se
um pouco de sal às folhas contusas (caxumba).
Cataplasma
Das
folhas frescas contusas, aplica-se sobre o ventre, para dores de estômago,
fígado e intestino.
Para
picadas de insetos e entupimento das mamas.
Decoto
das folhas a 3% - ação calmante em dores.
Extrato
fluido em álcool 45%: 2 a 4 ml três vezes ao dia.
Tintura
1:5 em álcool 45% 2 a 6 ml três vezes ao dia.
Tintura
mãe: 40 a 50 gotas, três vezes ao dia.
Alcoolato:
2 a 5 g ao dia
Extrato
alcoólico: 1,5 a 2,0 g ao dia
Macerado:
3 a 5 g de erva em 100 ml de vinho branco por 5 dias. Tomar um cálice pequeno 2
ou 3 vezes ao dia: baixa febre de gripe.
Licor
caseiro: 2 mãos cheias de folha de melissa amassadas, 1 litro de vodca, 3/4 de xícara
de mel, casca ralada de um limão. Agite bem e deixe descansar uma semana.
Coe,
engarrafe e espere três semanas antes de usar.
Aromatizante
em saladas de hortaliças e frutas, omelete, molhos, carnes, etc.
Tônico para a pele cansada do rosto
Em um
recipiente, coloque 3 colheres de sopa de folhas e ramos florais, 1 colher de
sopa de alfazema e 1 colher de sopa de camomila e adicione 1 xícara de chá de
álcool a 50%. Misture bem.
Deixe
em maceração por 10 dias, em recipiente bem fechado e coe. Aplique com um
chumaço de algodão, antes de dormir ou quando estiver com a aparência cansada.
Banho relaxante
Coloque
5 colheres de sopa de folhas e ramos florais picados em 1/2 litro de água em
fervura. Desligue o fogo, espere amornar e coe.
Adicione
a água morna do banho. Faça banho de imersão por 15 minutos, antes de dormir.
Após o banho não enxugue, coloque somente uma toalha de proteção ao corpo.
Aromaterapia
Relaxante,
ansiedade e insônia. Hipotensora.