A principal diferença entre os três é o local em que as reservas de nutrientes são acumuladas.
Enquanto em bulbos e tubérculos elas aparecem no caule do vegetal, nas tuberosas elas ficam nas raízes. Para entender melhor essa diferença, observe as três figuras acima.
A primeira imagem é uma raiz tuberosa, como a beterraba e a cenoura. Nesse tipo de vegetal, os nutrientes se acumulam dentro da raiz, embaixo da terra, e o caule fica acima da superfície.
A segunda figura é de um tubérculo. Ele se caracteriza por ter um caule subterrâneo em formato geralmente arredondado, com gemas, ou olhos, em reentrâncias, que é capaz de armazenar energia em forma de amido e inulina, entre outras substâncias.
As raízes do tubérculo apenas fixam o vegetal ao solo, absorvem e conduzem água e nutrientes, sem acumulá-los. Um exemplo clássico de tubérculo é a batata.
A terceira imagem refere-se ao bulbo. Como o tubérculo, ele também apresenta um caule subterrâneo, mas seu formato é bem diferente.
O caule do bulbo é reduzido a um disco basal ou a um eixo cônico achatado, denominado prato. São exemplos de bulbo a cebola - composta de uma pequena parte mais dura em sua base, que corresponde ao caule (observe a imagem acima), e uma parte maior branca, formada pela sobreposição de estruturas foliares - e o alho - constituído de muitos bulbilhos, cada um com a mesma estrutura básica do bulbo. As raízes desse vegetal também não acumulam nutrientes.
Em botânica, tubérculo se refere ao caule arredondado que algumas plantas verdes desenvolvem abaixo da superfície do solo como órgãos de reserva de energia (em geral amido e inulina). O exemplo mais conhecido é a batata-inglesa.
São usados pelas plantas para sobreviver ao inverno ou meses mais secos, fornecendo energia e nutrientes durante a próxima estação de crescimento.
Além disso servem como um meio de reprodução assexuada. Possui pequenas folhas escamosas e gemas minúsculas conhecidas como "olhos".
Esses "olhos" brotam, dando origem a novas plantas, que retiram seu alimento do tubérculo, até que as próprias raízes e folhas se formem.
Tubérculos são diferentes de raízes tuberosas como a batata doce, a beterraba, a cenoura ou a mandioca, que armazenam seus nutrientes na própria raiz, muito mais desenvolvida que a dos tubérculos.
Também se diferenciam de bulbos como cebolas e alho, que apesar de usarem parte do caule, também usam folhas modificadas, conhecidas como catafilos para armazenar nutrientes.
Raízes, tubérculos e rizomas são as partes subterrâneas desenvolvidas de determinadas plantas, utilizadas como alimento. Ex: tubérculo (batata), rizoma (araruta), raiz (cenoura).
Quando se fala em Tubérculos e Raízes Tuberosas, a confusão é grande, ou seja, nunca foram facilmente identificados. De acordo com historiadores, a confusão é antiga e começou com Pero Vaz de Caminha, quando enviou uma carta ao Rei de Portugal, na qual relatava o descobrimento do Brasil.
Consta que Caminha errou ao registrar o que os índios daqui comiam: trocou a Mandioca, que era o principal alimento dos Tupiniquins, pelo Inhame.
Caminha escreveu: “eles comem muito Inhame e outras sementes que há na terra”. De onde pode-se concluir que Inhame, Mandioca (Aipim ou Macaxeira), Cará, assim como outras Raízes Tuberosas e Tubérculos sempre geraram certa confusão, entre si.
Outro ponto interessante ao se falar em Raízes e Tubérculos é o fato de que a primeira imagem que vem à mente é a da Batata Inglesa, conhecida por batata comum ou simplesmente Batata.
Por combinar com tudo e ser de muito fácil preparo, a batata é muito conhecida e apreciada, constituindo o quarto alimento mais consumido no mundo, perdendo apenas para arroz, trigo e milho.
Entretanto, além desse “tubérculo queridinho”, na culinária mundial e, especialmente no Brasil, há outros alimentos similares:
Raízes e Tubérculos que merecem atenção por serem muito mais nutritivos e altamente benéficos para o organismo. É o caso de: aipim ou mandioca, batata doce, batata salsa, beterraba, cenoura, nabo, rabanete e Yacon que garantem saúde e bem-estar.
Por outro lado, em Raízes Tuberosas ou simplesmente Raízes, os órgãos de reserva possuem a mesma localização (sob a superfície) e a mesma função: reservar energia para a sobrevivência do vegetal.
Geralmente amido; inulina e outras substâncias), mas apresentam origem e estrutura diferentes. Isto é, para um mesmo caule existem várias raízes tuberosas ou “batatas”.
Nutricionalmente, as raízes tuberosas e os tubérculos são especialmente ricos em carboidratos, sendo que, a grande maioria apresenta quantidades variadas de vitaminas, sais minerais, fibras e carotenoides, a depender de cada tipo em questão.
Vitaminas C – atua como agente antioxidante no combate às infecções, aumentando a resistência a vírus e fungos além de ser importante para a redução de doenças cardiovasculares.
Vitaminas do Complexo B – são de grande importância para as funções do Sistema Nervoso Central, como por exemplo, para o processo de formação de serotonina, o neurotransmissor que está ligado à sensação de felicidade e bem-estar.
Fibras – a quantidade e os diferentes tipos de fibras, presentes nesse tipo de alimentos, variam muito de uma espécie para outra, sendo bastante especial para alguns desses alimentos.
Carotenoides – como o betacaroteno: um antioxidante precursor da Vitamina A, que é importante para o crescimento, a visão, a reprodução, a formação de ossos e para a integridade funcional da pele.
A maioria das Raízes Tuberosas e Tubérculos consumidos hoje no Brasil tiveram sua origem nos Andes, a partir de Peru, Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela, países de clima frio, principalmente devido à altitude.
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