Nem todas as flores e plantas são singelas, bonitas,
perfumadas ou inocentes como aparentam. Algumas têm um lado tão obscuro que
seria melhor que você nem tentasse cheirá-las.
Todos deveríamos conhecer mais sobre algumas delas, evitaria
assim muitos envenenamentos acidentais.
Existem cerca de 350 mil espécies de flores e a maioria
delas não causa nenhum mal ao homem e aos animais. No entanto, há exceções e as
aparências podem enganar.
Algumas belas e deslumbrantes “florzinhas” podem guardar um
lado negro, que intoxica e até mata quem mexer com elas.
Talvez você não saiba, mas elas podem produzir um
poderosíssimo veneno capaz de matá-lo por asfixia ou ataque cardíaco em
pouquíssimo tempo.
Em geral, a toxina desses vegetais serve para protegê-los de
predadores, mas ela também consegue matar humanos desavisados.
As plantas venenosas dessa lista são mortais, elas contêm
algumas toxinas que não podemos nem pensar em chegar perto. Até sementes de
maçã contêm vestígios de cianeto, mas, nesta lista, vamos conhecer algumas
plantas que contêm tais doses elevadas de toxinas que podem matar humanos em
questão de horas.
Muitas das vítimas dessas plantas são crianças, pois elas
muitas vezes têm aparência de frutas um pouco apetitosas, e os pequenos são
curiosos, além de terem uma tolerância ainda menor para o veneno. Se for pai ou
mãe, preste atenção.
Algumas têm seu uso nas religiões afro-brasileiras, em
banhos de cura ou de defesa, o que também vem da tradição cultural de um povo
mestiço como o nosso.
Porém, a verdade é que são plantas belas, vistosas, de
folhagens resistentes a interiores, como a costela-de-adão e o tinhorão, que se
encontram nos sombreados das entradas ou num canto interior com pouca
iluminação, ou são aquelas que, por espinhosas e agressivas, são muito eficazes
na delimitação de terrenos, como a coroa-de-cristo, ou aquelas, que com suas
belas flores, como a alamanda, o chapéu-de-napoleão, a espirradeira e o
copo-de-leite, enfeitam os jardins.
Muitas das vítimas dessas plantas venenosas sempre foram as
crianças, que se sentem atraídas pela aparência comestível e atraente de suas
frutas. Junte a curiosidade infantil, com a tolerância ainda menor ao veneno e
a tragédia está completa.
Abrus precatorius - Jequiriti
O Abrus precatorius provavelmente se originou no sudeste da
Ásia. A planta possui vagens cheias de atraentes sementes vermelhas
extremamente venenosas.
O veneno é chamado Abrina, que é similar à ricina, mas é
mais suave. Apesar de sua toxicidade, a semente tem sido um símbolo do amor na
China, onde é chamado xiang si dou.
Durante o século 16, os comerciantes holandeses trouxeram
estas sementes para a Europa e América para vendê-las como esferas. Na Holanda,
as sementes venenosas foram combinadas com pérolas para fazer colares.
Fazer joias com sementes é muito perigoso, houve casos em
que pessoas morreram ao furar os dedos enquanto trabalhavam com as sementes.
Apesar do perigo, sementes de Abrus ainda são usadas como
enfeite, e ao redor do pulso ou no tornozelo para afastar espíritos malignos e
mau-olhado.
É mais conhecida por suas sementes, que são usadas como
miçangas, pelo seu vermelho brilhante com um único ponto preto (não muito
diferente de uma viúva negra). A Abrina é cerca de 75 vezes mais forte que a
Ricina.
Ou seja, a dose letal é muito menor e, em alguns casos, tão
pouco como 3 microgramas pode matar um humano adulto.
É uma plantinha que pode atingir os 60 cm e que possui
flores papoliácias de cor violeta, agrupadas em cachos.
Acacia galpinii – Acácia
Uma assassina em massa superespecializada. A acácia
desenvolveu uma estratégia para matar não só um, mas um grupo inteiro!
Caso seja ameaçada, por um grupo de antílopes por exemplo,
suas folhas liberam gás etileno que servem de alarme para que outras acácias
nos arredores percebam que existe ameaça.
Assim, todas se juntam em um contra-ataque devastador e
começam a produzir tanino em quantidade suficiente para matar todo o grupo!
Aconitum – Acônito
Tão bela quanto mortal. Existem mais de 250 espécies de
Aconitum, largamente utilizada em homeopáticos. Apenas algumas poucas 10 gramas
da raiz da planta podem causar paralisia dos músculos cardíacos ou do sistema
respiratório inteiro, resultando em morte.
Durante a Idade Média, as bruxas usavam essa espécie em suas
poções por causa dos seus efeitos colaterais de tontura, dormência e batimento
cardíaco irregular.
Elas também usaram em poções do amor, porque estes elixires
venenosos, muitas vezes acabavam por matar o amante, a planta também ganhou o
nome de Mourning Widow.
São nativas das regiões montanhosas do hemisfério norte e
possuem uma grande quantia do alcaloide pseudaconitina, o qual é usado na ponta
das flechas do povo Ainu do Japão para caçar.
Caso ocorra a ingestão, a pessoa sofre queimação abdominal e
nos membros do corpo. Em grandes doses, a morte pode ocorrer dentro de 2 a 6
horas, bastando apenas o consumo de 20 mg para pôr fim à vida de um humano
adulto.
Actaea pachypoda – Olho de boneca
Pode até parecer simpática, mas é muito perigosa.
Nativa da área norte e leste da América do Norte, essa
planta florida, que mede apenas 1 cm de diâmetro e tem pequenas frutinhas
brancas com uma mancha preta, é muito semelhante ao objeto que lhe dá nome.
Ainda que toda a espécie tenha sido considerada danosa ao
homem, a maior parte de sua toxina fica concentrada no fruto. Infelizmente,
muitas crianças já foram vítimas da White Baneberry, porque, além de bela, ela
é muito doce.
A baga contém uma toxina chamada carcinógeno, que possui
efeito sedativo, quase que imediato, no músculo cardíaco humano e causa morte
rápida.
Adenium obesum – Rosa do deserto
Originária da África, a Adenium obesum tem sido usada há
séculos como um veneno de lanças e flechas. A “rosa do deserto”, como a
preparação tóxica é chamada, é feita pela fervura da planta por 12 horas até
retirar todo o extrato e deixar o líquido evaporar.
A viscosidade resultante é um veneno altamente concentrado.
Ele é tão tóxico que um animal, ao ser atingido por uma flecha envenenada, mal
consegue fugir por uma distância de dois quilômetros.
Dessa forma, os caçadores conseguem alcança-los facilmente
enquanto os bichos agonizam. Para você ter uma ideia, esta planta tem sido
usada por tribos toda África para matar animais de grande porte como os
elefantes.
A planta contém uma substância química chamada ouabaína, que
provoca insuficiência respiratória quase imediata em doses elevadas. Se ela já
é capaz de derrubar animais tão grandes, imagina o que faz com humanos?
Ageratina adenophora – Abundância
Essa planta nativa da América do Norte é altamente venenosa.
Suas flores são brancas e, após a floração, pequenas sementes sopram com o
vento.
Elas têm uma alta porcentagem da toxina tremetol, que não é
conhecida por matar seres humanos diretamente, mas indiretamente.
Quando a planta é comida pelo gado, a toxina é absorvida em
seu leite e carne. Quando os seres humanos, então, comem essa carne ou bebem
esse leite, a toxina entra no corpo e se torna a chamada “doença do leite”,
altamente fatal.
Milhares de colonos europeus morreram da doença na América
no início do século 19.
Allamanda catártica – Alamanda
Trepadeira arbustiva de belas flores amarelas muito
encontrada em muros e calçadas. Usada na medicina popular por seu violento
efeito purgante, a ingestão de suas folhas e flores, causa desarranjo
intestinal que pode, inclusive, levar a óbito. Como diz, e bem, a sabedoria
popular, “essa flor mata cavalos”.
Amorphophallus titanum – Flor Cadáver
Floresce apenas por alguns dias do ano, durante a noite,
liberando odor horrível de enxofre, para atrair insetos adoradores de
substratos pútridos.
Três dias depois, a inflorescência da flor cadáver, composta
de milhares de flores minúsculas, entra em colapso e morre.
Uma das maiores flores do mundo, a Titan Arum pode crescer 6
metros de altura e 4,5 metros de diâmetro no meio selvagem.
Enquanto a flor cadáver pode ser encontrada em muitos
jardins botânicos, incluindo o Brooklyn Botanic Garden, na natureza, só cresce
nas florestas tropicais de Sumatra, na Indonésia.
As duas principais toxinas nessa flor são a andromedotoxina
e o arbutin, mas a primeira é que é realmente preocupante. A andromedotoxina
causa simultaneamente um efeito em que o coração bate perigosamente rápido e
também muito devagar.
O resultado é um ataque cardíaco, mas apenas se consumida em
grande quantidade. Em doses menores, a toxicidade da flor causa respiração
irregular, salivação abundante, perda da coordenação motora, vômitos, diarreia,
fraqueza e convulsões.
Atropa belladonna – Beladona
Nativa da Europa, norte da África e Ásia ocidental. É também
uma das plantas mais venenosas do mundo, pois contém toxinas que causam
delírios e alucinações.
Outros sintomas de envenenamento incluem perda da voz, boca
seca, dores de cabeça, dificuldade respiratória e convulsões. Toda a planta é
venenosa, mas as bagas costumam ser mais, além de serem doces e atraírem
crianças.
10 a 20 bagas podem matar um adulto, mas só uma folha em que
os venenos estão muito mais concentrados pode matar um homem adulto.
Rhododendron indicum - Azaleia
Arbusto de flores classificadas no gênero dos rododendros. Passamos
ao lado delas todos os dias. Elas estão em quase todos os jardins e praças pela
cidade. E também estão na lista das flores assassinas! Se ingeridas podem
causar problemas digestivos, hipertensão ou hipotensão cardíaca, resultando em
diminuição da frequência cardíaca e arritmias.
Brugmansia suaveolens – Trombeta
Às vezes são confundidas com o lírio, pela semelhança.
Também são chamadas de trombeta de anjo, e são nativas das regiões tropicais da
América do Sul.
As flores podem variar entre branco, amarelo, laranja e
rosa. Todas as partes da planta são venenosas. Sua principal substância ativa é
a Escopolamina, mas ela também contém Atropina e Hiosciamina, que são usadas em
medicamentos para a asma e mal de Parkinson.
Devido a popularização de seu uso como droga, na forma de
chá, sua circulação no Brasil é controlada pelo Ministério da Saúde, mas como
ela é encontrada facilmente, o controle é complicado. Sua utilização pode
resultar facilmente em uma overdose, coma e morte.
Todas as partes da Brugmansia suaveolens são consideradas
tóxicas e narcóticas. O nível de toxicidade varia conforme o tipo da planta,
sendo praticamente impossível saber quanto veneno uma pessoa tomou.
Em geral, quem brinca com a trombeta-de-anjo acaba tendo uma
overdose e morrendo ou sofrendo de paralisia dos músculos lisos, taquicardia,
confusão, midríase, alucinações visuais e auditivas.
Embora seja perigosa, a espécie também possui propriedades
medicinais, tais como antiasmática, cardiotônica e anticonvulsivante.
Não é incomum ela ser utilizada para fabricação de remédios
para mal de Parkinson, problemas cardíacos, síndrome pré-menstrual e infecções
urinárias.
Caladiun bicolor – Tajá
Também conhecida como caládio ou tajá, é uma folhagem
bicolorida, que se expande por rizomas e gosta da meia sombra. Muito agradável
à vista, no entanto, é altamente tóxica, pois contém oxalato de cálcio em suas
folhas e caules.
Cerbera odollam - Árvore do Suicídio
Entre os indianos, a Cerbera odollam é conhecida como
“árvore do suicídio”, pois suas flores e sementes são altamente tóxicas. Ela
pode ser uma arma letal nas mãos erradas.
Em um período de 10 anos, pelo menos 500 mortes foram
confirmadas na Índia tendo como causa a ingestão da Cerbera, que mata pelo
efeito de um glicosídeo potente chamado cerberin.
O cerberin começa a fazer efeito em uma hora e os sintomas
podem ser nomeados como sendo de uma “morte gentil”. Depois de uma leve dor de
estômago, a pessoa logo entra em coma e seu coração para de bater.
Todo o processo pode ocorrer em cerca de três horas. Ela é
considerada a arma do crime perfeito, pois o componente químico fica
indetectável após o envenenamento.
Uma equipe de pesquisadores na Índia acredita que até o
dobro de pessoas (do número citado acima) possam ter morrido com essa
intoxicação, em casos de homicídio, mas que se acreditava ser morte súbita.
Conium maculatum – Cicuta
É um grupo de plantas extremamente venenoso e que pode ser
encontrado nas regiões temperadas do hemisfério norte. Todas elas possuem
flores brancas ou amarelas bastante distintas, que são dispostas em formato de
guarda-chuva.
Nos EUA, essas simpáticas plantinhas são consideradas as
mais danosas de todas. Elas contêm uma substância conhecida como cicotoxina,
que causa convulsões, e todas as partes do espécime são perigosas –
principalmente a raiz, onde o veneno é mais potente.
Além da convulsão quase que imediata, outros sintomas
incluem náusea, vômito, dores abdominais, tremores e confusão.
Geralmente, a morte é causada por insuficiência respiratória
ou fibrilação ventricular, que ocorrem poucas horas após a ingestão.
As plantas têm pequenas flores brancas ou verdes, dispostas
em forma de guarda-chuva.
Dieffenbachia picta – Comigo-ninguém-pode
Planta folhosa da família das Araceas, como o Tinhorão e a
Costela-de-Adão. Tem folhas verde-claro raiadas de branco, em bonitos padrões
e, é planta de meia sombra.
A tradição cultural brasileira diz que esta é uma planta de
proteção energética, razão pela qual se encontra em muitas casas, tanto na área
externa quanto dentro.
Dracunculus vulgaris - -
Flor de Drácula
Nativa do Mediterrâneo, Dracunculus vulgaris libera um aroma
nada agradável. Quando ela floresce, cheira a carne podre. Esta é a forma da
flor manter a espécie viva, atraindo insetos polinizadores.
Felizmente, o cheiro normalmente dura apenas um dia. Ela
possui um espádice, um tipo de espiga, que pode crescer mais de quatro metros
de altura. Tanto a flor como seu espádice, detestam a luz solar.
Todas as partes da planta são venenosas se ingeridas. Tocar
a planta pode resultar em forte irritação na pele ou uma reação alérgica.
Drakaea Glyptodon – Drakea
Essa orquídea também cheira à carne crua, mas com um
diferencial notável, uma estrutura chamada labelo insectival, que se assemelha
intencionalmente a um inseto, a vespa Thynnine.
A flor só pode ser polinizada por essa espécie de vespa. O
Labelo se confunde na cor e estrutura do abdômen da vespa fêmea. Ele ainda
produz feromonas que são extremamente semelhantes aos emitidos pelas fêmeas.
Ao tentar copular com o labelo, a vespa macho entra em
contato com o pólen da flor e voa, espalhando-o.
Drosera rotundifolia – Drosera
A Drosera rotundifolia é uma planta pequena e ameaçada de
extinção. Ela gosta de capturar e digerir suas presas, principalmente moscas e
vermes.
Encontrada em zonas húmidas e pântanos da América do Norte,
é redonda, verde-limão e possui folhas espetadas que lembram franjas de cabelo,
de cor magenta.
As extremidades brilham, e lá estão pequenas gotas de
mucilagem, uma substância açucarada produzida para atrair suas presas.
Uma vez que um inseto se estabelece na mucilagem, torna-se
preso, a folha envolve-se em torno do inseto em uma maneira similar à um
tentáculo de polvo.
Euphorbia milii – Coroa de Cristo
Arbustiva espinhosa, com pequeninas flores vermelhas em
grossos galhos que mais parecem arame farpado, tem que ser contida por podas frequentes
para que não ocupe todo o espaço à volta por sua agressividade.
É planta leitosa que causa irritação de pele e mucosas e, as
feridas causadas por seus espinhos são profundas e de difícil cicatrização.
Ficus pumila – Hera
A hera de folha miúda, ou qualquer outra planta do gênero
Ficus, muito usadas em casa até como bonzais, são tóxicas por seu leite que
contem oxalato de cálcio.
Jacobaea vulgaris - Senecio
A Jacobaea vulgaris, também conhecida como Tasneirinha, é
uma planta importante para o ecossistema em que floresce. Muitos insetos obtêm
alimento a partir dela.
Por causa disso, a presença das flores é interessante para
as sociedades de conservação. Isso é uma boa notícia para os insetos, mas uma
má notícia para todas as outras espécies.
A Organização Mundial de Saúde confirmou a presença de pelo
menos oito alcaloides tóxicos em nessa planta. O problema é que, ao contrário
da maioria dos venenos, que rapidamente deixam o sistema, os alcaloides da
Jacobaea se acumulam no fígado com o tempo.
Dessa forma, as toxinas acumuladas resultam em cirrose. No
entanto, a toxicidade vai piorando o quadro do fígado de forma silenciosa e,
quando a pessoa começa a sentir os sintomas, já é tarde demais.
Infelizmente, essas toxinas também afetam o mel produzido
pelas abelhas que visitaram as flores dessa espécie, bem como o leite de cabras
que comem essa flor.
Kalmia latifolia - Louro-da-Montanha
A Kalmia latifolia, mais comumente conhecida como
Louro-da-Montanha, produz delicadas flores brancas e rosadas no final da
primavera, sendo nativa dos Estados Unidos.
Ela é belíssima, mas por baixo daquele exterior delicado
bate o coração de um assassino.
As duas principais toxinas nessa flor são a andromedotoxina
e o arbutin, mas a primeira é que é realmente preocupante. A andromedotoxina
causa simultaneamente um efeito em que o coração bate perigosamente rápido e
também muito devagar.
O resultado é um ataque cardíaco, mas apenas se consumida em
grande quantidade. Em doses menores, a toxicidade da flor causa respiração
irregular, salivação abundante, perda da coordenação motora, vômitos, diarreia,
fraqueza e convulsões.
Os gregos já chamavam esse produto de "mel
furioso" e eles usaram para derrotar Xenofonte de Atenas por volta de 400
a.C.
Ricinus communis L – Mamona
A mais venenosa do mundo. Dela se extrai o óleo de rícino.
Durante séculos, os chineses usaram óleo de mamona como um medicamento e para
sanar ferimentos.
Óleo de mamona também pode ser encontrado no chocolate, bem
como na fabricação de sabão, laxantes, tinta e plástico. No entanto, a mamona é
a planta mais venenosa do mundo, apenas um miligrama do veneno pode matar um
adulto.
As sementes da planta contêm ricina, uma toxina extremamente
venenosa, também presente em menor concentração nas folhas da planta. Jamais
deixe crianças brincarem com os "pompons" da mamoneira.
Melia azedarach - Cedro branco
Também conhecida como “cedro branco”, tem frutos redondos,
bolotas, parecidas com as do cedro. Esta é arvore nativa ornamental do Oriente,
e muito útil por seu sombreado é agradável.
Tem folhas e frutos altamente tóxicos para humanos e
animais, excluindo os pássaros, que se alimentam de seus frutos.
Monstera deliciosa – Costela de Adão
Possui grandes folhas furadas, que contém oxalato de cálcio,
daí sua toxicidade. É cultivada como ornamental e muito usada em locais de
sombreamento.
Suas flores são claras, cor de creme, e muito odoríferas, e
seu fruto é comestível. Porém, cuidado, é uma planta da família das Aráceas,
por tanto, perigosa ao ser comida.
Nepenthes truncata – Nepenthes
A Nepenthes truncata não só come insetos, como é capaz de
devorar pequenos roedores.
Suponhamos um rato curioso andando em cima de suas folhas
escorregadias, ele perde seu equilíbrio e cai dentro do profundo corpo em forma
de jarro da planta, ele não consegue sair, pois as paredes internas do jarro
são bastante lisas.
O rato então se afoga dentro da planta e é dissolvido em
suas poderosas enzimas digestivas. A planta pode crescer para mais de 40
centímetros de altura, é encontrada apenas nas Filipinas e é extremamente rara.
Nerium oleander – Oleandro
A assassina de perfume adocicado. Muitas pessoas possuem a
elegante Nerium oleander em seus jardins. Suas lindas flores variam nas cores
magenta, vermelho ou branco cremoso.
Mas, preste bastante atenção na incrível toxidade dessa
planta - a ingestão de uma única folha pode matar. Em cada parte dela há
substâncias extraordinariamente tóxicas.
Ela sequer deve ser queimada, a inalação da fumaça é
ameaçadora para à saúde. A flor é tão perigosa que até mesmo o mel feito pelas
abelhas, que usaram a planta espirradeira para o néctar, é venenoso.
O envenenamento causa, entre outros vários sintomas, um desarranjo
no ritmo cardíaco, até que o coração para de bater completamente.
Esta é uma arbustiva de porte médio, que floresce
profusamente, em cores que vão do branco ao rosa-lilás, muito usada nas
calçadas e quintais, por sua beleza.
No entanto, aos alérgicos esta planta é profundamente
tóxica, bastante passar perto para que se desencadeiem crises de rinite ou
casos de asma.
Também sua ingestão é perigosa já que produz distúrbios
cardíacos que requerem atendimento imediato.
Oenanthe crocata – Prego do diabo
Em 2002, oito turistas em Argyll, na Escócia, decidiram se
alimentar com algumas raízes de um córrego próximo ao local em que estavam
visitando.
Após colher as plantas, eles voltaram para a casa em que
estavam hospedados e adicionaram a quantia em um preparo de um prato de curry.
No dia seguinte, quatro foram parar no hospital. O que eles
pensavam ser pastinacas (um legume bastante consumido nas regiões britânicas)
era realmente a Oenanthe crocata.
O consumo dessa planta tem taxa de mortalidade de até 70%.
Então, o pequeno grupo de turistas teve até sorte, pois nenhum deles morreu.
Além de ser letal, dependendo da dose, essa planta tem uma
propriedade tóxica bastante interessante. O composto assassino, chamado de
oenanthotoxina (OETX), relaxa os músculos ao redor dos lábios e força a pessoa
intoxicada a sorrir, mesmo quando ela está no meio de convulsões fatais.
De acordo com os registros históricos, a planta era usada na
Grécia desde o século VIII a.C., quando Homero cunhou o termo "sorriso
irônico" para descrever o sorriso macabro adornando os rostos das vítimas
desse veneno.
Rafflesia arnoldii – Panda Gigante
Aqui está a maior flor individual do mundo. Sua
circunferência pétala a pétala, pode chegar à quase um metro e pode pesar 6,8
kg.
Cresce apenas em florestas tropicais do sudeste da Ásia, e
está em risco de extinção. Ela não tem caule ou folhas e vive inteiramente
dentro de seu hospedeiro (Tetrastigma), que geralmente é a raiz de uma árvore
de grande porte.
Quando a flor desabrocha, por apenas cinco dias, libera um
perfume que cheira a carne podre para atrair as moscas que ela precisa para a
polinização.
Apesar de suas formas parasitárias e aroma desagradável, ela
ganhou um apelido adorável: "o panda gigante do mundo vegetal."
Sanguinaria canadensis - Raiz de sangue
Cresce no leste da América do Norte. Os nativos americanos
costumavam utilizá-la como um corante ornamental, mas ela também era usada para
induzir abortos.
Uma quantidade maior pode levar as pessoas ao coma. Recentemente,
passaram a usá-la indiscriminadamente como um remédio caseiro para o câncer de
pele, mas, obviamente, os resultados foram terríveis.
A raiz de sangue contém uma substância química chamada
sanguarine, a qual, além de ser uma toxina perigosa, é uma substância
escarótica.
Os escaróticos matam o tecido e o desfazem como uma
gelatina, deixando para trás uma cicatriz preta chamada escara. Em outras
palavras, colocar um unguento com essas flores em sua pele faz com que as
células da epiderme literalmente se matem.
A mesma coisa acontece internamente. O componente interrompe
uma enzima que faz o trabalho importante de bombeamento de sódio para fora das
células e de potássio para dentro. Quando isso não acontece, todas as funções
do corpo param. E o resultado você pode imaginar qual é.
Strychnos nux-vomica – Estricnina
A árvore Estricnina é nativa da Índia e sudeste asiático. As
pequenas sementes dentro do fruto verde para laranja são altamente tóxicas, com
alcalóides venenosos.
30 miligramas dessas toxinas são o suficiente para serem
fatais a um adulto, e levará a uma morte dolorosa de convulsões violentas
devido à estimulação simultânea de gânglios sensoriais da coluna vertebral.
A noz-vómica é uma planta de tamanho mediano nativa da Índia
e do sudoeste da Ásia. Seus pequenos frutos arredondados (parecidos com
laranjas) são altamente perigosos, pois contêm os alcaloides venenosos
estricnina e brucina.
Por sua vez, as sementes possuem 1,5 % do primeiro composto,
e as extremidades florais secas dispõem de cerca de 1 %.
Com apenas 30 mg desses componentes, é possível matar um
adulto de forma violenta e dolorosa, causando convulsões e estímulos
simultâneos no gânglio sensorial da espinha.
No entanto, a noz-vómica também tem propriedades medicinais
para combater astenia cardíaca, paralisias, neurastenia, sintomas de uso de
entorpecentes e problemas gastrintestinais tóxico-infecciosos.
Taxus baccata – Teixo
Essa árvore é nativa da Europa, norte da África e sudoeste
asiático. Ela tem sementes dentro de sua baga vermelha.
Essa é a única parte do fruto que não é venenosa e permite
que as aves a comam e espalhem as sementes. É preciso uma dose de cerca de 50
gramas para ser fatal para um ser humano.
Os sintomas incluem dificuldade respiratória, tremores
musculares, convulsões, colapso e, finalmente, parada cardíaca. Em casos de
intoxicação grave, a morte pode ser tão rápida que os outros sintomas não são
sentidos.
Veratrum – Veratro-Branco
O Veratrum é comumente cultivado para fins ornamentais. No
entanto, a beleza dessa flor para por aí, pois cada pedaço da planta é
letalmente tóxico.
Os primeiros sintomas de envenenamento por Veratrum são
violentas dores de estômago, que normalmente se iniciam cerca de 30 minutos
após a ingestão.
Como as toxinas caem na corrente sanguínea, elas fazem um
caminho mais curto para os canais de íons de sódio, que agem como portões que
permitem que o sódio flua através dos nervos, provocando uma reação.
Isso causa convulsões e batimentos acelerados e lentos no
coração, podendo causar um ataque cardíaco ou estado de coma. Acredita-se que
este foi o veneno que matou Alexandre, o Grande.
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