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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Mamão - Carica papaya


Classificação científica
Reino:  Plantae
Clado:  Angiosperms
Clado:  Eudicots
Clado:  Rosids
Divisão:           Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem:           Brassicales
Família:           Caricaceae
Género:           Carica
Espécie:          C. papaya
Nome binomial          Carica papaya
L.[1]

Carica papaya L. é uma espécie de fruteira tropical que produz os frutos conhecidos pelos nomes comerciais de papaia ou ababaia (de papaya, da língua caribe via espanhol), ou mamão. Carica papaya é, na actual circunscrição taxonómica do género Carica, a única espécie deste género monotípico, embora a família Caricaceae inclua várias espécies similares, algumas da quais produzindo frutos conhecidos pelos mesmos nomes comuns ou nomes similares.

A espécie é nativa das regiões tropicais das Américas, provavelmente da região sul do México e regiões adjacentes da América Central. Terá sido inicialmente cultivada no sul do México vários séculos antes da emergência das civilizações clássicas mesoamericanas.

C. papaya é uma grande planta arborescente, com um único caule central, frequentemente não ramificado ou apenas ramificado na região terminal, que cresce até aos 5 a 10 m de altura, com folhas arranjadas em espiral confinadas ao topo do tronco e região terminal dos eventuais ramos.

A parte inferior do tronco apresenta cicatrizes foliares conspícuas marcando os pontos de inserção de folhas e frutos de anos anteriores. Em geral não ramifica, excepto se o caule principal tiver sido cortado.

A folhas são grandes, com 50 a 70 cm de diâmetro, profundamente palmatilobadas, com 7 lóbulos. De forma incomum para plantas daquela dimensão, os espécimes de C. papaya são dioicos.

As flores são similares em forma às flores de Plumeria, mas são menores e apresentam um aspecto ceroso e translúcido. As flores ocorrem nas axilas das folhas, maturando em frutos de grandes dimensões, com 15 a 45 cm de comprimento e 10 a 30 cm de diâmetro.

O fruto é do tipo baga, inicialmente verde e rijo, mas amadurecendo para um fruto amarelo de polpa macia e alaranjada, por vezes com laivos âmbar o alaranjados na casca.

Carica papaya foi a primeira fruteira transgénica a ter o seu genoma integralmente sequenciado.

A espécie é nativa do sul do México, América Central e norte da América do Sul, estando naturalizada nas Caraíbas, Flórida e diversas regiões de África. A espécie é cultivada como fruteira no Brasil, Índia, Austrália, Malásia, Indonésia, Filipinas, Angola, Hawaii e muitas outras regiões dos trópicos e sub-trópicos.

Mamão, papaia ou ababaia é o fruto do mamoeiro ou papaeira, árvores da espécie Carica papaya. Em Angola utilizam-se os termos mamão ou mamoeiro para identificar as variedades com fruto mais arredondado, designado-se por papaia ou papaeira aquelas que produzem o fruto mais alongado e mais adocicado.

São bagas ovaladas, com casca macia e amarela ou esverdeada. A sua polpa é de uma cor laranja forte, doce e macia. Há uma cavidade central preenchida com sementes negras e rugosas, envolvidas por um arilo transparente.

Os mamões são consumidos in natura, em saladas e sucos. Antes da maturação, a sua casca apresenta um látex leitoso que deve ser retirado antes do consumo. Este látex contém substâncias nocivas às mucosas, sendo usado, inclusive, culinariamente, como amaciante de carnes.

Tem um alto teor de papaína, uma enzima proteolítica, que é usada em medicamentos para tratamento de distúrbios gastrointestinais e para reabsorção de hematomas.

Originalmente do sul do México e países vizinhos, é atualmente cultivada na maioria dos países tropicais e nos Estados Unidos, onde foi introduzido primeiramente na Flórida, Havaí, Porto Rico, e nas Ilhas Virgens.

O mamoeiro produz fruto o ano todo, porém, no Brasil, a safra geralmente ocorre nos meses de maio, junho, agosto e outubro.

Existem diversas variedades de mamão e as mais conhecidas no Brasil são: mamão papaia, mamão formosa (um pouco maior e geralmente usado para fazer doces), mamão-da-baía, mamão-macho e mamão-da-índia.

Valor nutricional por 100 g (3,53 oz)
Energia           179 kJ (40 kcal)
Carboidratos
Carboidratos totais    10.82 g
 • Açúcares     7.82 g
 • Fibra dietética        1.7 g
Gorduras
Gorduras totais          0.26 g
Proteínas
Proteínas totais          0.47 g
Vitaminas
Vitamina A equiv.       47 µg (6%)
- Betacaroteno           274 µg (3%)
- Luteína e Zeaxantina           89 µg
Tiamina (vit. B1)        0.023 mg (2%)
Riboflavina (vit. B2)   0.027 mg (2%)
Niacina (vit. B3)         0.357 mg (2%)
Ácido pantotênico (B5)          0.191 mg (4%)
Ácido fólico (vit. B9)   38 µg (10%)
Vitamina C      62 mg (75%)
Vitamina E      0.3 mg (2%)
Vitamina K      2.6 µg (2%)
Minerais
Cálcio  20 mg (2%)
Ferro   0.25 mg (2%)
Magnésio        21 mg (6%)
Manganês       0.04 mg (2%)
Fósforo            10 mg (1%)
Potássio          182 mg (4%)
Sódio   8 mg (1%)
Zinco   0.08 mg (1%)
Licopeno         1828 µg
Link to USDA Database entry
Percentuais são relativos ao nível de ingestão diária recomendada para adultos.
O consumo do mamão é recomendado pelos nutricionistas por se constituir em um alimento rico em licopeno (média de 3,39 mg em 100 g), vitamina C e minerais importantes para o organismo. Quanto mais maduro, maior a concentração desses nutrientes.

Numa porção de 100 gramas do fruto estão contidas 43 calorias e uma quantidade significativa de vitamina C (75% da Dose Diária Recomendada, DDR) e uma quantidade moderada de folato (10% da DDR), para além de uma variedade de nutrientes embora em quantidades negligíveis (ver tabela).

O Brasil é o segundo produtor mundial de mamão, com uma produção de 1.517.696 t/ano, situando-se entre os principais países exportadores, principalmente para o mercado europeu. A espécie Carica papaya é a mais cultivada em todo mundo.

O mamoeiro responde bem à adubação orgânica, que traz como vantagens a melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo. Sempre que possível utilizar adubos como tortas de mamona e cacau, estercos de gado e galinha. A adubação verde por incrementar a cobertura do solo, protege e melhora a sua estrutura física.

Colheita e pós-colheita
O fruto pode não amadurecer normalmente se colhido muito imaturo. A depender da cultivar o mamão completa a maturação na planta 4 a 6 meses após a abertura da flor. Para comercialização e consumo, deve-se colher os frutos quando apresentarem estrias ou faixas com 50% de coloração amarela.
O mamão possui uma casca muito fina, facilmente danificável, e pequenas lesões durante o manuseio são portas de entrada para microorganismos. Portanto, é necessário efetuar tratamento dos frutos após a colheita.

É importante salientar que o tratamento hidrotérmico pode causar alterações no metabolismo do fruto e consequente descaracterização da palatabilidade, sendo necessário um rígido controle da temperatura da água e do tempo de imersão.

Consorciação de culturas

O mamoeiro, como cultura principal, pode ser consorciado com milho, arroz, feijão, batata doce, amendoim, leguminosas para adubação verde etc. Evitar consórcio com abóbora, melancia, melão e pepino.

O controle de plantas daninhas pode ser feito por capinas manuais ou mecanizadas, com uso de grades ou roçadeiras. Só se recomenda o uso das grades até os seis primeiros meses. Outra opção é a capina química, pela aplicação de herbicidas.

Cultivares
As mais exploradas no Brasil são: Solo (ex: 'Sunrise Solo' e 'Improved Sunrise Solo cv 72/12') e Formosa (ex: 'Tainung nº 1 nº 2').
'Sunrise Solo': mais conhecida como mamão Havaí, Papaya ou Amazônia. Tem forma de pera, com peso médio de 500g. Possui polpa vermelha-alaranjada de boa qualidade e cavidade interna estrelada. A produção começa entre 8 e 10 meses após o plantio, produzindo em média 40t/ha/ano.
'Improved Sunrise Solo cv. 72/12': comumente conhecida como mamão Havaí. A polpa é espessa e de coloração vermelha-alaranjada, de boa qualidade, com boa resistência ao transporte e maior resistência ao armazenamento. A produção começa a partir do nono mês após o plantio.
Tainung nº 1: apresenta casca de coloração verde claro e cor de polpa laranja-avermelhada, de ótimo sabor; Produção média - 60t/ha/ano.
Tainung nº 2: apresenta polpa vermelha de bom sabor, maturação rápida, com pouca resistência ao transporte. Produção média - 60 t/ha/ano.

As viroses constituem o maior entrave à implantação desta cultura. As duas mais importantes são: Viroses do Mosaico do mamoeiro e Vírus da mancha anelar do mamoeiro.
Vírus do mosaico do mamoeiro (VMM): reduz a produção e prejudica a qualidade do fruto. Sintomas - amarelecimento e enrugamento das folhas mais novas; clareamento das nervuras, mosaico nas folhas e paralisação do crescimento das plantas.
Vírus da mancha anelar (VMAM): apresentam baixa produtividade e os frutos atingidos podem tornar-se imprestáveis para a comercialização. Sintomas - amarelecimento das folhas mais novas, clareamento das nervuras, enrugamento e mosaico nas folhas, redução da lâmina foliar (sintoma conhecido como fio-de-sapato) aparecimento de estrias oleosas nos pecíolos, etc.
Meleira - principal sintoma - perda por gotejamento do látex (leite) nos frutos.
Medidas de controle aplicáveis às viroses - devem incluir: produção de mudas em áreas isoladas para evitar a infecção ainda no viveiro; vistoria no viveiro e/ou no pomar duas a três vezes por semana; eliminação de pomares velhos e improdutivos; erradicar e/ou evitar o plantio de cucurbitáceas, berinjela, quiabo, algodão, couve, couve flor, pimenta e repolho (hospedeiras do vírus do mosaico), além de se fazer rotação de culturas.

Tombamento ou "Damping-off" - sintomas - encharcamento dos tecidos na região do colo, encolhimento da área afetada, apodrecimento de raízes, tombamento e morte das plantas.

Controle - com produtos à base de PCNB (Pentaclonitrobenzeno) (300g/1001 de água), regando o solo semanalmente até o desaparecimento dos sintomas.

Podridões de Phytophthora - manchas aquosas no colo seguida de apodrecimento de raízes, amarelecimento de folhas, queda dos frutos, murchamento e curvatura do ápice (ponteiro).

Controle - evitar o plantio em solos pesados, dar preferência a solos virgens, erradicar plantas irrecuperáveis e fazer o controle químico com fosetil AL (250 g/1001 de água) em três aplicações anuais.

Antracnose - aparecem nos frutos em qualquer estágio de desenvolvimento, mas principalmente em frutos maduros. As lesões começam com a formação de pontos negros, que vão aumentando de tamanho até transformar-se em lesões deprimidas, com até 5cm de diâmetro.

Controle - retirar e enterrar frutos atacados, colhê-los ainda verdoengos, desinfestar galpões e vasilhames de transporte e aplicar quinzenalmente fungicidas à base de cobre.

Varíola ou pinta-preta: surgimento de pequenas lesões circulares na parte inferior da folha. Nos frutos, as lesões são circulares, salientes, apresentando centros esbranquiçados no estágio final.

Controle - aplicações quinzenais de fungicidas à base de cobre, a partir do início da frutificação.

Oídio - ocorre especialmente em viveiros muito sombreados e durante os meses mais frios. Sintomas - aparecimento de manchas verde-amareladas de contornos irregulares. Nestas áreas descoloridas surge uma massa pulverulenta branca formada pelos esporos do fungo.

Controle - aplicação de fungicidas à base de enxofre. As aplicações não devem ser feitas com temperaturas acima de 20 graus centígrados para não queimar os frutos.

Ácaro branco - conhecido como ácaro tropical ou ácaro da queda do chapéu. As folhas novas ficam reduzidas quase que somente às nervuras, paralisando o crescimento. Ocorre principalmente durante os períodos mais quentes e de umidade mais elevada.

Ácaros rajado e vermelho - provoca o amarelecimento, necrose e perfurações nas folhas. Ocorrem nos meses quentes e secos. O controle é feito eliminando-se as folhas velhas e aplicando-se acaricidas.

As cigarrrinhas verdes - ao sugarem a seiva das plantas causam o amarelecimento e encurvamento das folhas mais velhas. Para o controle aplica-se trichlorphon (não registrado para o mamoeiro) somente quando houver ataque.

Mandarová ou gervão - se alimentam das folhas. A planta pode apresentar desfolhamento total. Pode ser controlada usando inseticida biológico, a base de Bacillus thuringiensis.

Como pragas podemos citar também a lagarta rosca, coleobrocas, cochonilha, mosca-das-frutas, formigas cortadeiras, pulgões e nemátoides.

Nematóides - apresentam sintomas de clorose (amarelecimento), queda de folhas mais velhas, redução e paralisação do crescimento, além do retardamento no início da produção e baixa produtividade.

Controle - plantio de mudas sadias, em áreas livres de fitonematóides, não localizar o viveiro junto ou abaixo de lavouras de mamão, sem proteção adequada, proteger o veiro contra enxurradas, com valas profundas ou cordões altos, nas suas laterais, etc.

O mamoeiro é uma planta muito exigente em água, tanto no período de crescimento quanto no período de produção, sendo necessário irrigar a cultura em regiões com déficit hídrico acentuado e/ou má distribuição de chuvas. Como o mamoeiro é sensível ao encharcamento deve-se evitar o método de irrigação por inundação.

Em viveiros cobertos, as irrigações devem ser diárias, contudo sem excesso. Para os viveiros descobertos irrigar no mínimo duas vezes por dia.

As mudas podem ser produzidas em leiras ou em canteiros compostos de recipientes de plásticos.

As plantas escolhidas para a produção de sementes devem ser hermafroditas, ter boa sanidade, baixa altura de inserção das primeiras flores, precocidade, alta produtividade, etc.

Entre 20 a 30 dias após a germinação das sementes inicia-se a seleção das mudas para o plantio. Devem estar livres de pragas e doenças e com altura entre 15 a 20 cm.

O mamoeiro pode ser propagado por meio de sementes, estacas e enxertia. A propagação por sementes é a mais utilizada. Sistemas de plantio comercial - em cova, no sulco e em camalhões.

Com o solo preparado e o sistema de irrigação, o mamoeiro pode ser plantado em qualquer época do ano. Sem irrigação as mudas devem ser levadas para o campo no início das chuvas e plantadas em dias nublados ou chuvosos.

Para se determinar a necessidade de calagem e optar por um esquema de adubação, é preciso fazer a amostragem do solo para análise química de três a seis meses antes da implantação da cultura.

O mamoeiro vegeta bem em regiões de grande insolação. O solo mais adequado é o de textura areno-argilosa com pH variando de 5,5 a 6,7. Deve-se evitar os muito argilosos, pouco profundos ou localizados em baixadas.

As adubações de cobertura devem ser efetuadas, mensalmente ou de 2 em 2 meses. Deve-se ter sempre uma boa umidade no solo, colocar o adubo em círculo e usar fontes de adubos preferencialmente solúveis e que contenham enxofre.

Observar as condições de umidade para evitar o processo erosivo. O preparo deve ser efetuado quando a umidade do solo estiver na faixa friável (úmido).

Uma boa fatia de mamão comida em jejum, todos os dias, garante o bom funcionamento dos rins e fígado.
O leite de mamão serve para amaciar carnes duras. Passe sobre a superfície da carne e deixe descansar por algum tempo.
Para manter a pele macia, passe diariamente sobre o rosto casca de mamão (o lado da polpa)
Foram os portugueses que levaram o mamão para a Índia, onde hoje em dia é muito consumido.

Todas as espécies de mamão conhecidas são de origem americana.

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