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terça-feira, 7 de junho de 2016

Carotenos



Carotenos são pigmentos orgânicos pertencentes ao grupo dos carotenoides responsáveis pelas cores amarela, vermelha, verde e alaranjada de vegetais, algas, fungos, da gema do ovo e da manteiga. Trata-se de substâncias essenciais para a manutenção da vida e impossível de serem sintetizadas por organismos vivos, sendo necessário, então, adquiri-lo através da alimentação.

Os carotenos apresentam em sua estrutura química 40 átomos de carbono e um bom número de ligações duplas conjugadas, característica que permite a absorção de luz, dando cor aos seres e compostos já citados.

Essa coloração se deve ao comprimento de onda captado, sendo assim, quanto maior o número de ligações duplas, mais largas são as ondas captadas. Quando há apenas três ligações, a substância capta somente a luz ultravioleta (invisível aos olhos humanos).

O licopeno, responsável pela cor vermelha do tomate tem 11 ligações e é capaz de absorver do ultravioleta ao vermelho. Os carotenos de cor amarela são denominados betacaroteno, os de cor verde, zetacarotenos e os de cor alaranjada, neurosporaxantina.

O número de carotenos encontrados na natureza é de, aproximadamente, 600, sendo o betacaroteno um dos mais importantes. O betacaroteno apresenta uma estrutura formada por dois anéis hexagonais (não aromáticos) ligados através de uma longa cadeia, insolúvel em água e lipossolúveis (solúveis em gordura), são muito importantes para os seres vivos pelo fato de serem os precursores da vitamina A, ou seja, uma molécula de betacaroteno, no organismo, é quebrada dando origem a duas moléculas de vitamina A, essencial para a saúde dos olhos, dos cabelos, crescimento e desenvolvimento corporal, e de ação antioxidante (combate os radicais livres provenientes das reações bioquímicas da respiração celular que aceleram o envelhecimento de tecidos).

O betacaroteno é encontrado em legumes e frutas amarelo-alaranjadas como, por exemplo, cenoura, abóbora, melão, mamão, manga, pêssego, laranja, milho; vegetais folhosos verdes escuros como a couve, espinafre, chicória, brócolis, mostarda, agrião, folhas do nabo.

A deficiência de vitamina A pode causar cegueira noturna (distúrbio denominado xeroftalmia), lesões na pele, diminuição do olfato e do paladar, aumento do atrito entre as pálpebras dos olhos, além da redução da capacidade de defesa do organismo.

Alguns tipos de carotenos como o licopeno não são convertidos em vitamina A pelo organismo, porém desempenham um papel antioxidante mais enérgico que o próprio betacaroteno. O licopeno é encontrado em vegetais de cor vermelha como o tomate, o mamão e a melancia.

Pesquisas científicas comprovam que pessoas que ingerem boas quantidades de alimentos ricos em caroteno têm menor probabilidade de desenvolver câncer e doenças cardíacas. Não existe nenhum caso na Medicina, até hoje, de doença provocada por deficiência de carotenoides (não confunda deficiência de carotenoides com deficiência de vitamina A).

Betacaroteno

O betacaroteno é um pigmento carotenoide antioxidante. Natural, é uma das formas de se obter indiretamente a vitamina A. Na química de lipídios possuem função de pigmento, sendo precursor da vitamina A (lipossolúvel) que é apolar e lipídica, expressando cor laranja.

Tem sido descobertas grandes propriedades para o betacaroteno nas pesquisas das quais é alvo. Sabe-se hoje que ele é um antioxidante (inibe radicais livres, prevenindo o envelhecimento), beneficia a visão noturna, aumenta a imunidade, dá elasticidade à pele, aumenta o brilho dos cabelos e o fortalecimento das unhas, além de atuar no metabolismo de gorduras.

O betacaroteno também é favorável na obtenção do bronzeamento da pele. Quando transformado em vitamina A em nosso organismo, auxilia na formação de melanina, pigmento responsável por proteger a pele dos raios ultravioleta e conferir o bronzeamento.

As principais fontes de betacaroteno são: damasco, cenoura, abóbora, beterraba, mamão, manga e a batata-doce. Em quantidades menores, pode ser encontrado nos vegetais folhosos como couve, repolho, espinafre, agrião e brócolis.

Consumir grande quantidade de betacaroteno não é perigoso para o organismo. O único efeito colateral conhecido pelo excesso do mesmo é o aparecimento de uma coloração amarelada na pele, que é inócua e não deixa sequelas, que desaparece com a redução do consumo, denominada por hipercarotenodermia.

Alfacaroteno

O alfa-caroteno é um isómero estrutural do Betacaroteno. Isto significa que compartem a mesma fórmula molecular, mas têm diferente estrutura e por tanto variam em algumas das suas propriedades físicas e químicas.

O alfa caroteno é um caroteno pró-vitamínico e, por conseguinte tem a capacidade de transformar-se em vitamina A no organismo humano, embora a sua atividade pró-vitamínica seja inferior à do betacaroteno.

No entanto, a sua capacidade antioxidante é maior que a do betacaroteno. Embora o termo caroteno seja geralmente associado ao β-caroteno, existem outros compostos de tipo carotenoide menos comuns: com atividade vitamínica estão o alfa e o gama caroteno, e sem atividade vitamínica encontram-se o licopeno, fitoeno e o fitoflueno.

Tal como o resto dos carotenos, é mais solúvel em gordura do que em água, e por isso, o alfa-caroteno será melhor absorvido pelo organismo se for consumido junto com óleos ou gorduras.

O alfa-caroteno em forma natural, aparece praticamente nos mesmos alimentos que o betacaroteno, embora em menor quantidade, destacando as cenouras, o brócolis ou o espinafre.

O consumo de alfa-caroteno contribui a proteger o corpo dos radicais livres. O alfa-caroteno é um 38% mais potente como antioxidante do que o betacaroteno. A diabete parece diminuir os níveis de luteína e de zeaxantina, e o consumo de carotenoides pode ser de grande ajuda perante à retinopatia diabética. O alfa-caroteno destaca pela sua função protetora do sistema imune, dando resistência contra às infeções.

O alfa-caroteno é necessário para o ótimo desenvolvimento e manutenção do tecido epitelial e das mucosas, assim como para o revestimento dos pulmões, os brônquios e outros tecidos respiratórios. O tecido epitelial com ajuda do alfa-caroteno forma uma barreira contra as bactérias e substâncias estranhas e ajuda diretamente à prevenção de infeções e doenças.

O alfa-caroteno tem propriedades protetoras contra diferentes tipos de câncer, muito melhor inclusive que o betacaroteno, destacando a sua função contra o câncer de pulmão e o de colo de útero, além disso, estima-se o alfa-caroteno 10 vezes mais efetivo como inibidor do câncer do fígado, da pele e do pulmão (este efeito é potenciado quando se consome combinado com vitamina E e com selênio).

Beta-criptoxantina

Existem aproximadamente 600 tipos de carotenoides, porém menos de 10% deles são precursores da vitamina A. Os principais carotenoides com atividade de provitamina A nos mamíferos são o alfa-caroteno, beta-criptoxantina e betacaroteno, embora o gama-caroteno e outros 50 carotenoides também apresentem alguma atividade nutricional.

Licopeno

O licopeno é uma substância carotenoide que confere a cor avermelhada ao tomate, melancia, morango, entre outros vegetais, sendo que quanto mais intensa for a cor vermelha, maior a quantidade de licopeno. É um antioxidante que combate os radicais livres e retarda o envelhecimento.

Os radicais livres são moléculas produzidas durante funções normais do organismo (durante o processo de combustão do oxigênio) como, por exemplo, exercícios físicos e respiração, assim como durante o hábito de fumar, excessiva exposição ao sol, poluição do ar e estresse. Podem danificar células saudáveis do organismo, podendo levar ao desenvolvimento de diversas doenças, como por exemplo, o câncer, inclusive o de próstata.

Seu transporte no organismo ocorre por meio de lipoproteínas, em especial, o LDL (lipoproteína de baixa densidade), sendo que este possui a função de transportar colesterol para as células do corpo, levando também, juntamente, licopeno e betacaroteno.

Seu principal local de estoque se encontra no fígado; outro local onde pode ser encontrado, é no tecido adiposo (em menor quantidade), dependendo da quantidade de gordura existente no organismo.

O tomate é a principal fonte de licopeno. Como esta substância é absorvida melhor na presença de gorduras saudáveis, a adição de uma pequena dose de gordura monoinsaturada (como o azeite) facilita o transporte, a absorção e a ação do licopeno no organismo.

Outra característica que aumenta a biodisponibilidade do licopeno é preparar o alimento cozido, pois no tomate cru o licopeno está em uma forma linear, já após o aquecimento, ele adquire uma conformação circular, a mesma encontrada na corrente sanguínea.

O licopeno presente na melancia e no mamão é muito biodisponível (aproximadamente 60%), já no tomate cru é em torno de 13%, enquanto que este mesmo, cozido, sobe para 70%.

Luteína + zeaxantina

São dois carotenoides. Eles são pigmentos presentes em frutas e vegetais e determinantes das cores dos mesmos. Objeto de estudo dos cientistas nos últimos tempos, muitos deles se transformam em vitamina A e funcionam como antioxidantes, protegendo as células.

Importantes para a saúde, eles não podem ser produzidos pelo organismo humano, sendo obtidos por meio dos alimentos ou suplementação. Consumi-los é fundamental, pois além de outros benefícios, ajudam na saúde ocular.

A luteína – chamada por muitos especialistas como a vitamina do olho – é também encontrada na gema do ovo. Quando ingerida atua como pigmento de cor no olho humano, dando à mácula um tom amarelado.

A zeaxantina consegue absorver os raios azuis da luz solar, impedindo-os de causar prejuízos aos nossos olhos. Estudos apontam que tanto a luteína quanto a zeaxantina atuam como bloqueadores dos raios ultravioletas, impedindo-os de causar danos oxidativos à retina e, consequentemente, a degeneração macular.

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