Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Subclasse: Dilleniidae
Ordem: Brassicales
Família: Capparaceae
Género: Crataeva
Espécie: C. tapia
Nome binomial Crataeva tapia
Crataeva tapia ou simplesmente
tapiá é uma espécie de árvores ou arbustos, sendo o único membro do gênero
monotípico Crataeva, pertencente à família Capparaceae. É uma espécie nativa
das Américas.
São árvores ou arbustos que
variam de 2 a 25 metros de altitude, com uma coroa de até 20 metros de
diâmetro. Possuem uma crosta marrom opaca, que varia desde tons claros até tons
mais escuros. Possuem também galhos largos e estreitos variando de 8 a 13 cm de
comprimento e 2 a 9 cm de largura.
É uma espécie comum em
florestas secas e áreas com solos arenosos, especialmente na altitude de 0-500
metros. Distribui-se intensamente entre o México e a Amazônia.
Nomenclatura e significado:
tapiá ou trapiá vem do tupi guarani e quer dizer “fruta de anta”, pois esse
mamífero tem grande predileção por essa fruta. Também chamado de Boloteira,
Cabaceira ou Basparí na Bahia.
Aparece na floresta Amazônica,
avançando para outras formações florestais como a Caatinga nordestina onde
habita principalmente as matas ciliares, o Cerrado, o Pantanal no Brasil,
atingindo o chaco da Bolívia e do norte da Argentina.
Arvore elegante, de 4 a 15 m
conforme as variações climáticas de cada região. Copa é arredondada ou
semelhante a um guarda-chuva, e troncos e galhos esparsos que se estendem na
horizontal.
O tronco é tortuoso,
cilíndrico, de 20 a 45 cm de diâmetro, com ritidoma (casca) glabro (sem pelos),
áspero, de coloração creme acinzentado, e quando cortada exala cheiro
característico de alho.
As folhas são alternas, glabras
em ambas as faces, membranáceas, trifoliadas (com três folíolos saindo do mesmo
ponto), sob pecíolo (haste ou suporte) circular, longo de 5 a 9 cm de
comprimento, cuja lamina foliar é presa por peciólulos (hastes secundarias)
subsésseis (muito curtas) de 4 a 12 mm de comprimento.
A lamina foliar é oval ou
oblonga (mais longa que larga) com 5 a 15 cm de comprimento por 2 a 7 cm de
largura, com base aguda (termina em ponta) e acuminados (com ponta longa) no
ápice.
Os folíolos laterais são oblíquos
(desiguais em tamanho), e cuneiformes (em forma de cunha) na base. As flores
são vistosas, e nascem no ápice dos ramos, reunidas em cachos corimbiformes
(cacho em que as flores saem de pontos diferentes da mesma haste ou eixo) de 12
a 18 cm de comprimento, contendo de 15 a 32 flores de 7 cm de diâmetro.
Planta subtropical, muito
rústica e pode ser cultivada em todo o Brasil. Suporta temperaturas mínimas de
até – 3º C no inverno, perdendo todas que são queimadas pela geada, ou
temperaturas máximas de até 38º C.
Pode ser cultivada desde o
nível do mar até 1.300 m de altitude, preferindo os solos argilosos, ricos em
matéria orgânica, na proximidade dos rios, com pH entre 5,5 a 7,2.
Também suporta a seca por
períodos longos e mantém a folhagem densa e verde por mais de 6 meses, mesmo
sem chuva. Começa a frutificar com 4 a 6 anos após o plantio.
As sementes são de cor creme e
achatadas; têm comportamento ortodoxo em relação ao armazenamento, ou seja,
podem ser guardadas por mais de 2 anos sem perder a capacidade germinativa.
Podem ser semeadas tanto em
canteiros como em saquinhos individuais contendo o substrato composto de 40% de
matéria orgânica, 30% de areia e 30% de terra de superfície.
A germinação se inicia com 30
dias e prolonga-se até por 75 dias após a semeadura. O crescimento das plantas
é rápido, atingindo 40 cm aos 6 meses de idade.
A planta também pode ser
reproduzida por estacas das raízes ou pela retirada de mudas que brotam por
estolão das raízes superficiais.
Plantar no espaçamento de 6 x 6
m na região sudeste onde a arvore cresce menos e 8 x 8 m na região norte ou
nordeste onde a planta cresce mais.
As covas devem ter 40 cm nas
três dimensões e adubada com 8 kg de composto orgânico, 500 g de calcário e 500
g de cinzas, tomando o cuidado de misturar os componentes aos 20 cm da terra da
superfície e o preparo das covas deve ser feito 2 meses antes do plantio.
A melhor época do plantio é em
novembro ou dezembro, sendo necessário fazer apenas uma irrigação de 20 l de
água após o plantio, repetindo uma vez por mês.
Fazer apenas podas de formação
da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco. A adubação pode
ser feita em setembro, com 10 kg de matéria orgânica, 1 kg de cinza vegetal e
100 gramas de adubo N-P-K 10-10-10 distribuídos numa coroa a 30 cm do tronco
com 40 cm de largura e 5 cm de profundidade, tomando o cuidado de incorporar
tudo com a terra tirada da coroa.
Frutifica em fevereiro a abril.
A polpa pode ser consumida com a ajuda de uma colher, colocando porções na boca
e chupando e jogando fora as sementes.
Os frutos sem casca podem ser
usados para enriquecer sopas de legumes. A Arvore tem magnífica floração e por
sua grande produção de frutas, não deve faltar em projetos de reflorestamentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário