Classificação científica
Reino: Plantae
Clado: angiospérmicas
Clado: eudicotiledóneas
Clado: asterídeas
Ordem: Dipsacales
Família: Adoxaceae
Género: Sambucus
Espécie: S. nigra
Nome binomial Sambucus nigra
Sambucus nigra L., conhecida
pelos nomes comuns de sabugueiro ou sabugueirinho, é uma espécie arbustiva
pertencente ao género Sambucus da família Adoxaceae (Caprifoliaceae na
classificação anterior ao sistema APG), com distribuição natural na Europa e
Norte da África mas atualmente naturalizada em diversas zonas temperadas e
subtropicais, incluindo algumas regiões do Brasil como Rio Grande do Sul.
O sabugueiro é uma espécie
muito comum na Europa, sendo as suas flores e frutos amplamente utilizados como
medicamento, alimento e corante.
A drupa, conhecida por sabugo
ou baga de sabugueiro, é um fruto comestível, utilizado na preparação de doces
e de bebidas, razão pela qual a espécie é comercialmente cultivada no centro e
leste da Europa.
O sabugueiro é um arbusto ou
pequena árvore, com até 11-14 metros de altura, com ramificação profusa e ramos
muitas vezes arqueados e alastrando horizontalmente.
O ritidoma (casca) é
castanho-acinzentado e pontilhado com lenticelas que formam poros elevados, de
coloração mais clara, preenchidos com um material filamentoso semelhante a uma
espuma esbranquiçada.
O tronco e os ramos mais
grossos apresentam o ritidoma com coloração cinzento-acastanhada e aspecto
suberoso, sulcados longitudinalmente. A espécie desenvolve raízes superficiais,
com sistema radicular extensa.
As folhas são opostas, com
cerca de 12 centímetros de comprimento, pinadas com um número ímpar de
folíolos. Os folíolos individuais (geralmente em número de 5 ou 7) apresentam
cerca de 30 centímetros de comprimento e são elípticos e com o bordo serrado. A
folhagem desenvolve-se por volta de março-abril.
Entre maio e julho surgem nos
ramos jovens corimbos com até 30 centímetros de largura, planos, constituídos
por um elevado número de flores individuais.
As flores emitem uma fragrância
distinta, percebida como fresca e frutada, típica das flores do sabugueiro (a
mesma fragrância, embora de forma muito sutil, é emitida pelas folhas frescas
quando esmagadas).
As flores são brancas ou
ligeiramente amarelado, geralmente pentâmeras (com cinco sépalas, cinco pétalas
soldadas, cinco estames livres com anteras amarelas e três carpelos fundidos).
Os três carpelos constituem os
núcleos de formação das sementes. No entanto, uma pequena parte da flor também
é tetrâmera. As flores são visitadas por moscas e himenópteros, que as
polinizam.
A frutificação ocorre em agosto
e setembro, com a produção de drupas, com cerca de 6 mm de diâmetro,
inicialmente verdes mas que durante o processo de maturação adquirem uma
coloração avermelhada que quando completamente maduras escurece para negro ou
negro-azulado.
As drupas, conhecidas quando
maduras por sabugo, contêm três sementes minúsculas e são ricas em vitamina C e
em potássio, produzindo um suco vermelho-escuro que causa nos têxteis nódoas de
difícil lavagem.
Quando os frutos amadurecem
também as hastes em que se inserem desenvolvem uma coloração avermelhada. Os
frutos são comestíveis por humanos depois de cozedura ou fermentação.
Os frutos são consumidos e as
sementes dispersas principalmente por aves, como os melros, os tordos e os
estorninhos, mas também por alguns mamíferos. A sua utilização pelos humanos
contribuiu para a sua disseminação generalizada pelas regiões temperadas e
subtropicais.
A planta pode atingir cerca de
20 anos de idade.
O sabugueiro da espécie S.
nigra é uma espécie arbustiva com distribuição natural na Europa, no oeste da
Sibéria e regiões montanhosas da Ásia Central até ao norte da Índia, no Cáucaso
e Ásia Menor e no Norte de África.
Esta distribuição alargada
deve-se à robustez e plasticidade ecológica da espécie, que é muito resistente
à secura e ao ataque de pragas e cresce bem na sombra parcial entre ervas
daninhas e em ambientes ruderais, clareiras de floresta ou ao longo de
estradas, embora prefira solos limosos a medianamente arenosos e ligeiramente
ácidos, frescos e ricos em azoto.
A espécie comporta-se como um
indicador da riqueza em azoto no solo, sendo comum a sua concentração em locais
ricos em nitrato. Nos Alpes encontra-se em áreas até cerca de 1500 m de altitude
acima do nível médio do mar.
A sua presença na Europa
Central é muito comum, encontrando-se com abundância em todos os estados da
região alpina. Além da ocorrência em estado selvagem, naquela região europeia é
comum a cultura de sabugueiro desde meados da década de 1980, em número
crescente.
Entre as regiões onde esta
cultura tem maior importância econômica conta-se a parte leste da Estíria.
Existem variedades selecionadas especificamente para diferentes fins.
Etnobotânica
Dizia a lenda que, de sua
madeira foi feita a cruz onde Cristo morreu. Isso porque ao espremer o fruto do
sabugueiro escorre um suco de cor vermelho-sangue.
Dizia-se dar azar cortar um
sabugueiro. A folha do sabugueiro é boa para gripes, resfriados, tosse, sarampo
e caxumba.
As folhas, galhos, ramos,
sementes e raízes contêm um glicosídeo de cianeto de indução (glicosídeo que dá
origem a cianeto quando processado pelo metabolismo).
Ingerir qualquer destas peças
em quantidade suficiente podem causar uma acumulação tóxica de cianeto no
corpo. Devido à possibilidade de intoxicação por cianeto, as crianças devem ser
desencorajadas a fazer apitos, estilingues ou outros brinquedos de sabugueiro
de madeira.
Além disso, "chás de
ervas" feito com folhas de sabugueiro (que contêm glicosídeos cianogênios)
devem ser tratados com muita cautela. No entanto, frutos maduros (polpa e pele)
são seguros para comer.
As variedades ornamentais de
Sabugueiro são cultivadas em jardins por serem flores vistosas, frutas e folhas
rendadas. Espécies nativas de sabugueiro são frequentemente plantadas por
pessoas que desejem apoiar a borboleta nativa e espécies de aves.
Parte da planta utilizada:
flores e frutos
O sabugueiro é uma planta
arbustiva, decídua, de porte médio, atingindo entre 3 e 9m de altura. Pode ser
encontrada em várias regiões da Europa, desde o sul da Escandinávia até o norte
da África.
Suas flores são bem pequenas e
numerosas, agrupadas em inflorescências, de cor branca, que exalam perfume
agradável.
O sabugueiro produz pequenos
frutos arredondados de cor violeta escuro, dispostos na forma de cachos,
comestíveis, porém, o sabor é mais aceito após cozimento. Medem aproximadamente
0,5cm
No Brasil, o nome sabugueiro
pode se referir a uma outra espécie de planta pertencente ao mesmo gênero, a
Sambucus australis Cham. & Schlecht. e que possui propriedades semelhantes.
Essa espécie pode ser encontrada na região sul do Brasil e às vezes é referida
como sabugueiro do Brasil.
O chá de sabugueiro feito com
as flores desidratadas é utilizado, por indicação popular, como remédio caseiro
para febres, resfriados e para eliminar o catarro. Esse chá também é indicado
para casos de inflamações em decorrência de gripes e resfriados.
Na Europa, a partir dos frutos
do sabugueiro são produzidos geleias, vinhos e conservas.
Cuidados e Contraindicações
Todas as partes do sabugueiro,
exceto as flores e frutos maduros, contêm sambunigrina, uma substância
potencialmente tóxica que, quando metabolizado, pode levar ao acúmulo de
cianeto no corpo.
Os frutos verdes também
apresentam concentração significativa de sambunigrina.
Por essa razão, atualmente
somente as flores - na forma de chás ou xaropes - e os frutos maduros são
usados para fins terapêuticos ou alimentícios.
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