Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Magnoliales
Família: Annonaceae
Género: Annona
Espécie: A.
crassiflora
Nome binomial Annona
crassiflora
Wikispecies
Araticum (Panã) é um fruto nativo do Cerrado. Também é
conhecido por marolo, Pinha ou bruto. Araticum é nome dado a diversas espécies
da família Annonaceae, mesma da fruta-do-conde (Annona squamosa), conhecida
também como ata ou pinha, dependendo da região.
O maroleiro é uma árvore de 2,5 a 3,5 m de altura, com o
diâmetro da copa chegando a 2–4 m, da família das anonáceas, que ocorre, de
forma descontínua, no cerrado brasileiro.
A planta tem preferência por regiões de cerrado com menor
déficit de umidade, em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, pequena parte do
interior de São Paulo e em partes isoladas de Goiás, Mato Grosso, Tocantins,
Maranhão e leste da Bahia. Mas é em Minas Gerais que o fruto é típico e muito
apreciado.
Possui sistema radicular do tipo axial que atinge grandes
profundidades no solo, para absorver água e nutrientes. O seu tronco é reto com
galhos tortuosos, a casca é corticosa, fendida e grossa.
Possui folhas ovadas, coriáceas, flores verde-amarelas que
ocorrem entre novembro e janeiro, com polinização entomófila, mais
especificamente pelo besouro ciclocéfalo (Cyclocephala atricapilla).
Os frutos são infrutescências bacáceas múltiplas, grandes
(até 4,5 kg), comestíveis, de casca verde-amarronzada, quando maduros, com
sementes também tidas como antidiarreicas.
Seus frutos alcançam mais de 15 cm de diâmetro e 2 kg de
peso, contendo muitas sementes com cerca de 1,5 cm de comprimento. Quando
aberto, o fruto oferece uma polpa cremosa de odor e sabor bem fortes e
característicos que difere grandemente da fruta-do-conde, é considerada uma
iguaria da região do cerrado, vendido em feiras livres ou consumido ao natural
ou na forma de batidas, bolos, biscoitos e bolachas, picolés, sorvetes, geleias
e diversos doces.
A frutificação inicia-se em novembro e a maturação entre
fevereiro e abril, donde estar, em Minas Gerais, popularmente associado ao
período da Quaresma.
Quando está maduro, o fruto cai no solo, sob a projeção da
copa, exalando um forte e característico cheiro. Estes são os de melhor
qualidade para o consumo, pois os colhidos diretamente da árvore ou não
amadurecerão ou apresentarão sabor inferior.
Esta fruta ocorre em cerrados e cerradões, ao longo de todo
o bioma Cerrado. “O quanto em toda vereda em que se baixava, a gente saudava o
buritizal e se bebia estável.
O “Marolo de Moita” (Annona dioica) foi descrita por
Saint-Hilaire. Trata-se de uma variedade de marolo que cresce nos cerrados
brasileiros, sendo muito resistente a seca, podendo ser cultivada a pleno sol e
em qualquer pequeno espaço.
É rara, rústica e não necessita cuidados especiais. A planta
adulta tem cerca de 50cm de altura. O fruto tem tamanho grande, polpa clara e
sabor doce. É muito consumida ao natural e é também utilizada para fazer
sorvetes, doces e licores.
O araticum-do-cerrado (Annona crassiflora), da família
Annonaceae, é uma fruta nativa do cerrado brasileiro, popularmente chamada de
marolo, cabeça-de-negro ou bruto.
Outros frutos que pertencem à família Annonaceae têm forma
parecida com o araticum-do-cerrado, como a ata, também conhecida como pinha ou
fruta-do-conde. O nome araticum vem do tupi e significa “fruto mole”.
A árvore do araticum-do-cerrado é chamada de araticunzeiro e
pode atingir até 8 metros de altura. Sua floração ocorre de setembro a
novembro, sendo sua frutificação nos meses de novembro a março.
Essas árvores possuem polinização entomófila, sendo os
principais polinizadores os besouros. Não apresentam grande quantidade de
frutos, mas em compensação apresentam frutos de até 2 kg.
O araticum-do-cerrado é um fruto grande, que apresenta polpa
adocicada, rica em ferro, potássio, cálcio, vitamina C, vitamina A, vitamina B1
e B2.
Com relação às polpas ocorrem dois tipos de frutos: o
araticum de polpa rosada, mais doce e macio; e o araticum de polpa amarelada,
não muito macio e um pouco ácido.
Na época de sua frutificação são comuns o seu consumo pelas
populações locais e sua comercialização em feiras ou em beira de estradas.
Na culinária, o araticum-do-cerrado é a espécie mais bem
aproveitada da família Annonaceae. Além de seu consumo in natura, também são
produzidos, a partir dele, bolachas, geleias, sucos, licores, bolos, sorvetes,
doces, entre várias outras receitas.
As folhas e sementes do araticunzeiro são utilizadas para
conter a diarreia, induzir a menstruação, além de serem usadas no tratamento de
úlceras, cólicas, câncer de pele e reumatismo.
Infelizmente muitos araticunzeiros estão sendo arrancados em
razão do desmatamento. Como a semente demora muito para germinar (em torno de
300 dias), corre-se o risco de não haver mais essa árvore, típica do cerrado,
sem o cultivo humano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário