Classificação científica
Reino: Plantae
Filo: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Subclasse: Caryophyllidae
Ordem: Caryophyllales
Família: Cactaceae
Subfamília: Cactoideae
Tribo: Cereeae
Género: Cereus
Espécie: C.
jamacaru
Nome binomial Cereus
jamacaru
O mandacaru (Cereus jamacaru), também conhecido como
cardeiro e jamacaru, planta da família das Cactaceae, gênero cactus.
Arbustiva, xerófita, nativa do Brasil, disseminada no
Semiárido do Nordeste. Mandacaru vem do tupi mãdaka'ru ou iamanaka'ru, que
significa «espinhos em grupo que fazem mal, danificam».
Nasce e cresce no campo sem qualquer trato cultural. A
semente espalhada pelas aves ou pelo vento, não escolhe lugar para nascer. Até
sobre telhados de casas rurais pode-se ver pé de mandacaru.
O crescimento fica na dependência dos nutrientes do solo em
que germina. A espécie típica do Bioma Caatinga pode atingir 5 até 6 metros de
altura.
Adaptada a viver em ambiente de clima seco, com quantidades
de água reduzidas, suas folhas se transformaram em espinhos, que acabam sendo
elementos de defesa frente aos animais herbívoros.
Suas raízes são responsáveis pela captação de água no lençol
freático. O caule ou tronco colunar serve de eixo de sustentação e sua parte
central, o miolo, contém vasos condutores da água e outras substâncias vitais à
planta.
Lateralmente ao caule, saem peças articuladas facetadas cuja
morfologia lembra um grande castiçal com várias ramificações. A parte externa
seja do tronco ou das brotações laterais, é protegida por uma grossa cutícula
que impede excessiva perda de água por transpiração.
As flores desta espécie de cacto são brancas, muito bonitas
e medem aproximadamente 12 cm de comprimento. Desabrocham à noite e murcham ao
nascer do sol.
Alimentam as abelhas, especialmente de arapuá. Seus frutos
têm uma cor violeta forte, um formato elipsoide, alcança 15 cm de comprimento e
12 cm de diâmetro em média. A polpa é branca com sementes pretas minúsculas,
que servem de alimento para diversas aves típicas da Caatinga.
Depois de queimados os espinhos dos ramos novos, essa
cactácea pode ser usada para a alimentação animal, caracterizando-se como uma
ótima fonte de alimento alternativo para bovinos, ovinos e caprinos no período
da estiagem.
Para ter sucesso é necessário que o plantio aconteça pelo
menos, um mês antes do início das chuvas. No segundo ano do plantio já se pode
fazer o primeiro corte. De uma única planta, e sem risco de morte, é possível
retirar material para o cultivo de outras cem.
Os tratos culturais requeridos são os mesmo da palma, ou
seja, simplesmente a capina. Se o agricultor tiver esterco de curral pode usar
como adubo, já que o mandacaru responde bem à adubação orgânica.
As técnicas simples para o plantio e manejo favorecem a
implantação dos cultivos. Todos estes procedimentos são de baixo custo.
Estas características favorecem o uso mais intenso do
mandacaru de forma mais intensa. Com teores de proteína em torno de 11,41% de
proteína e produção média de 78 t/ha, é uma planta com potencial forrageiro
semelhante ao da palma.
Cultivada em uma área da propriedade, a espécie é uma
alternativa barata para melhor estruturar os sistemas de produção da agricultura
familiar.
Para a instalação de um campo de mandacaru, basta o produtor
cortar pedaços dos galhos da planta, deixar secar de um dia para o outro, e
enterrar apenas uma parte no solo. É um processo bem simples e de custo
baixíssimo.
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