Diabetes, digestivo, laxante brando. - Semente altamente
nutritiva, que estimula o apetite, engorda. Indicado nas fraquezas típicas de
gripes, anemia ou convalescência. Melhora a pele e evita rugas.
Muito mucilaginoso, acalma e cura tecidos doloridos,
inflamados ou ulcerados no aparelho gastrointestinal. Testes clínicos provaram
que reduz o nível de gorduras ruins — colesterol, LDL, VLDL e triglicéridos -
no sangue. Também melhora o controle dos níveis de açúcar no sangue, é a
resposta da insulina nos diabéticos.
Descrição: Planta da família das Leguminosas, também
conhecida como Alforfa. Planta anual, ereta cresce até 60cm de altura. Raiz
longa, caule vigoroso, redondo e ereto ou inclinante e ramificado.
Folhas pecioladas trifoliadas, folíolos oblongos
lanceolados, membranosos e levemente pubescentes. Longas flores solitárias ou
em par na axila das folhas, quase sésseis.
Corola amarela pálido ou brancas, corola grande, obtusa,
redonda. O fruto e uma vagem longa, fina, pubescente, em formato de espada, com
uma ponta longa e curvada, com 4 a 20 sementes achatadas, angulares, dividas em
2 metades por um sulco profundo, amarelo amarronzadas e muito duras quando
secas.
Parte utilizada: Sementes maduras e secas.
Habitat: É comum do Mediterrâneo, Índia e China, até a
Etiópia e Turquia.
História: Foi usada como condimento na Europa por muitos
séculos e ainda hoje é um ingrediente muito popular na Índia e Ásia; fez parte
de uma patente do século XIX, contra dismenorreia e menopausa; já foi usado
como substituinte da insulina; faz parte das farmacopeias aiurvédica e chinesa.
Propriedades: Laxante e emoliente.
Indicações: Em casos de anemia e inflamações em geral.
Aplicada em forma de cataplasma, combate as hemorroidas. Um cataplasma feito do
pó das sementes misturado com vinagre de maçã diluído é empregado para aliviar
dores provocadas por gota, nevralgia, ciática, gânglios inchados e irritações
da pele.
As irritações do estômago e dos intestinos são aliviadas com
a ingestão de uma decocção das sementes.
As sementes germinadas do feno grego são uma valiosa
contribuição à dieta de diabéticos, podendo ser ingeridas em sanduíches ou
sopas. Devido à similaridade que possui com o óleo de fígado de bacalhau, têm
sido usado no tratamento de raquitismo.
Problemas gastrointestinais: O efeito umidificante e
protetor das sementes é benéfico em inflamações no aparelho digestivo, tais
como aftas, gastrite e cólon irritável. Para melhores resultados, demolhe as
sementes em água.
Colesterol e açúcar no sangue: Há provas científicas da
eficácia do fenacho na redução do colesterol; mas nos testes usaram-se doses
grandes (5-100 g por dia) para obter resultados.
As sementes também podem ser usadas diariamente para reduzir
os níveis de açúcar nos diabéticos. O fenacho tem constituintes que estimulam a
insulina e atrasam a absorção de açúcar.
Uso pediátrico: Não há relatos de contraindicação, e tão
pouco de indicações
Uso na gestação e na amamentação: contraindicada na gestação
por seus efeitos estimulantes sobre o útero. Há relatos do uso tradicional para
facilitar o parto e como estimulante da lactação. Seu comportamento no leite
excretado ainda não foi pesquisado.
Princípios Ativos: Ácido malônico, albuminas, carpaína,
glicídeosluteonina, oligossacarídeos, proteínas, quercetina, trigogenina.
Carboidrato, (principalmente mucilagens galactomananas), prótidos, compostos
fosforados (lecitina, fitina), colina, trigonelina, saponosídeos esteroídicos
(diosgenina/yamogenina, fenogrequina), fitosteróis (colesterol, sitosterol),
flavonoides (vitexina, saponaretina, trigonelina, homoorientina), ácidos graxos
insaturados (oleico, linoleico, palmítico), traços de cumarinas, ferro,
manganês, vitamina A, niacina, tiamina, riboflavina, traços de óleo essencial
rico em anetol.
Contraindicações/cuidados: Gravidez, lactação. Controlar a
glicemia de pacientes diabéticos insulinodependentes (pois reduz a absorção de
Euglucon).
Na medicina tradicional chinesa: rins, dor abdominal ou
testicular (que agrava com o frio), dor de hérnia, lombares e edemas nas
pernas.
Interação medicamentosa: Pacientes em uso de anticoagulantes
como a aspirina, heparina, warfarina, AINEs devem evitar o uso concomitante do
feno-grego. - Pode haver sangramento anormal, aumento do tempo de protrombina.
Pacientes em uso de insulina e antidiabéticos podem ter a
glicemia muito baixa: Em todos estes casos os pacientes deverão ter
acompanhamento clínico e monitoramento constante: Como o feno-grego têm um
efeito de ligação, pode alterar a absorção de outros medicamentos.
O paciente deve ser orientado a tomar o feno-grego e as
doses medicamentosas usuais com um intervalo mínimo de 2 horas; os níveis de
glicose em testes laboratoriais podem estar diminuindo.
Precauções: Evitar seu uso em pacientes com distúrbios da
coagulação sanguínea, hipotensos severos, portadores de doenças do fígado e
úlceras pépticas. Em todos esses casos, se for necessário o uso da planta,
deverá haver acompanhamento de profissional experiente e de um clínico.
Efeitos colaterais: Quando ingerido em quantidades
culinárias, não causa qualquer efeito colateral, a não ser que a pessoa tenha
alergia específica a ele ou ao curry: O uso em quantidades terapêuticas pode
causar dispepsia e distensão abdominal leve nos primeiros dias, que desaparecem
com a continuação do tratamento.
Mais raramente podem ocorrer dermatite de contato e rash
cutâneo no uso externo: Odor de Xarope de Bordo na urina (devido à sotolona
presente tanto na planta quanto nesta doença) levando a falsos diagnósticos de
doença renal, podem ocorrer em crianças que tomam chás com feno-grego ou
amamentados por mães que estejam em uso.
Toxicologia: Sem toxidade nas doses recomendadas. Não há
caracterização e casos de intoxicação aguda, mas a hipoglicemia certamente
ocorrerá. A DLM é acima de 1 g/Kg administrada pentonealmente em cobaias.
Farmacologia: A excreção de ácidos biliares e colesterol é
aumentada pelo feno-grego, pela sua reação com as saponinas que formam micelos
muito grandes para serem absorvidos pelo trato digestivo.
Outra ação suposta é a redução da taxa de síntese hepática
de colesterol pela ação da mucilagem fibrosa das sementes. Estudos com animais
confirmaram totalmente a ação hipocoles-terolêmica do LHL e aumento do HDL:
Estudos clínicos mostraram redução de triglicérides, LDL e
colesterol é rico total, e a manutenção da taxa do HDL. As frações fibrosas
ricas em galactomanna são responsáveis pela atividade antidiabética das
sementes.
Propriedades insulinotrópicas a antidiabéticas também foram
associadas aos aminoácidos do feno-grego. Estudos in vitro indicaram que estes
aminoácidos estimulam diretamente as células B pancreáticas.
A inibição do transporte de glicose também está associada a
estes mecanismos; Estudos com animais não revelaram mecanismos clínicos de ação
anti-inflamatória: Foi concedida uma patente francesa para um produto
antitumoral, específico para fibromas, que contém em sua fórmula, entre outras
plantas, o feno-grego.
O pré-tratamento com feno-grego aumenta a contagem de
necrófagos em ratos, e após a inoculação de células tumorais a formação do
tumor é inibida: Não há estudos clínicos que suportem esta ação antitumoral em
humanos: Os altos índices de flavonoides polifenólicos estão associados à
proteção antioxidante de eritrócitos em um estudo in vitro. Ainda não há dados
clínicos para humanos: O extrato aquoso preveniu os danos causados pelo álcool
na peroxidação lipídica e enzimas causadoras de hepato toxidade em estudos com
animais.
As sementes ricas em proteínas prestam-se à alimentação de
animais, à produção comercial de diosgenina como precursora da síntese de esteroides
e os resíduos ricos em nitrogênio e potássio são usados como fertilizante
agrícola: A redução da catarata em ratos diabéticos foi demonstrada e também
efeito gastro protetor semelhante ao omeprazol
Por causa do alto conteúdo mucilaginoso de suas sementes, é
efetivo como emoliente, auxiliando tanto nas constipações quanto nas diarreias.
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