Planta da família das Cucurbitaceae, também
conhecida como cabacinha, buchinha, bucha dos paulistas, purga de João Pais,
abobrinha do Norte, abobrinha do mato, bucha dos caçadores, purga de bicho,
purga de bucha, purga de alope, endoço, bucha dos pescadores, purga dos
paulistas, bucha do Norte, capa de bode, buchinha do Nordeste.
É uma trepadeira de caule com 5 angulos, gavinhas
simples ou bífidas, compridas e vilosas. Folhas longo pecioladas, cordiformes
ou reniformes, angulosas ou lobadas (de 3 a 5 lobos), um pouco ásperas.
Flores amarelas, campanuladas, pequenas, axilares.
Frutos ovoides, moles, pequenos, ásperos e com pequenas nervuras ou saliências
espinescentes e seriados.
Sementes compridas, lisas, com as margens
regulares, sem alas.
Parte utilizada: Fruto Seco.
Multiplicação: reproduz-se por sementes;
Cultivo: em solos arenosos e secos;
Colheita: colhem-se as buchinhas quando maduras.
Habitat: E cultivada em vários países de clima
quente, com fins medicinais.
É erva uma invasora e daninha, aparecendo em pastos
e terrenos baldios em quase todo o pais.
Planta de uso popular, encontrada em mateiros e
raizeiros, feiras livres, lojas de produtos naturais e algumas farmácias
costuma ser usada como abortiva, com resultados perigosos devido a sua
toxidade. Jamais deveria ser usada por leigos, mas sendo espontânea em várias
regiões, é impossível controlar seu uso.
Origem: A buchinha é originária da América do Sul,
e nativa no Brasil.
Principal uso: A aspiração do infuso aquoso dos
frutos há muito tempo tem sido utilizada empiricamente contra a rinite e a
sinusite. Porém, existem muitos relatos da ocorrência de hemorragias nasais
após estas aspirações, resguardando seu uso.
Entretanto, não foi da utilização desta planta no
tratamento da sinusite que resultaram as intoxicações atendidas no Hospital das
Clínicas de Ribeirão Preto. Neste, todas as ocorrências relacionadas à buchinha
tiveram como vítimas mulheres, entre 16 e 25 anos, que ingeriram quantidades
variáveis de chás preparados com os frutos, na tentativa de causar aborto.
Um caso de óbito foi registrado. São poucos os
relatos na literatura referentes a intoxicações por esta espécie. Os que
existem fazem alusões a intoxicações experimentais em animais.
O mecanismo de ação do vegetal não está esclarecido
e ainda existem dúvidas sobre o princípio causador do quadro toxicológico.
Indicações: rinite, ameba, herpes, sinusite,
amenorreia, ascite, inflamações gênitourinárias e oftálmicas, hematomas,
úlceras, feridas, hidropisia, clorose.
Contraindicações/cuidados: Indicada para sinusites
e rinites é para ser utilizada apenas para uso externo nasal. Jamais deve ser
fervida pois suas substâncias de princípio ativo têm característica cáustica
sobre a mucosa nasal, podendo provocar hemorragias e danos a mucosa.
Efeitos colaterais: Dose elevada irrita mucosa e em
uso interno é hemorrágica. Provoca náuseas, cólica, fortes dejeções.
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