Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Brassicales
Família: Brassicaceae
Género: Capsella
Nome binomial Capsella
bursa-pastoris
Bolsa-de-pastor (Capsella bursa - pastoris) é uma planta
anual, cosmopolita, da família das Brassicaceae (crucíferas). Tem utilização
como erva medicinal e há quem as utilize na alimentação. É também considerada
uma planta protocarnívora.
Floresce desde o início da primavera até ao início do
inverno. As flores dispõem-se em rácimos (cachos) eretos. São flores de
pequenas dimensões, com quatro pétalas brancas em forma de espátula.
Cada flor forma um fruto com a forma de coração ou bolsa,
com duas cavidades separadas por um septo, de cerca de meio centímetro de
comprimento, contendo uma grande quantidade de pequenas sementes
(polispérmica).
O fruto é suportado por um pedúnculo relativamente longo.
Quando esta vagem (silíqua) seca, abre-se ao meio, libertando e disseminando as
sementes maduras.
As suas folhas, penatipartidas e ligeiramente pilosas,
formam uma roseta junto ao solo. No início de cada caule e ao longo deste
existem folhas caulinares abraçadoras (amplexicaules) de forma sagitada.
Cresce em jardins, campos, entulheiras, taludes. Espontânea
em toda a Europa e Ásia.
Desde tempos imemoriais que estas plantas são utilizadas
como verdura na alimentação humana. Por exemplo, em Çatal Huyuk, no estômago do
homem de Tollund (que se pressupõe ter vivido em cerca de 5950 a.C.), foram
encontradas algumas das suas sementes.
É cultivada em alguns países orientais, enquanto que noutros
países, como em Portugal, é considerada uma erva daninha. Quando brota, no
início da primavera, antes de nascerem os caules floríferos, as folhas podem
ser utilizadas em saladas ou mesmo cozidas.
Quando floresce, as folhas maiores, da base, têm tendência a
morrer, permanecendo apenas folhas mais pequenas ao longo do caule, ainda assim
comestíveis mas menos apreciadas.
Como planta medicinal, já era utilizada pela medicina
tradicional chinesa no tratamento de doenças oftalmológicas e da disenteria. É
considerada, igualmente, uma planta diurética e febrífuga (baixa a febre).
Tem também propriedade oxitócicas, ou seja, age no organismo
da mulher como a hormona oxitocina, induzindo a contração do útero, além de
estimular a produção de leite pelas glândulas mamárias.
Se você não conhece por esse nome não se preocupe, a
bolsa-de-pastor tem uma listinha de outros nomes e também é conhecida como
braço-de-preguiça, bucho-de-boi, chapéu-de-frade, panaceia e planta herbácea.
É uma planta de uso medicinal, indicada para as mulheres que
sofrem com problemas na menstruação. Ela pode ser usada inteira nas receitas,
menos as raízes.
Não é durante todo o ano que essa planta floresce. Isso
ocorre somente no início da primavera até o início do inverno. As folhas são
pequenas e possuem apenas quatro pétalas brancas. Cada flor tem o formato de
uma bolsa com grande quantidade de pequenas sementes.
Geralmente o uso é em forma de chá. Ela age como
adstringente (adstringência é a ação que contrai os tecidos e vasos sanguíneos,
diminuindo a secreção das mucosas), muito usada em situações que o indivíduo
esteja vomitando sangue, hemorragia nasal ou até mesmo em disenterias.
Contraindicações
A bolsa-de-pastor não é indicada para mulheres no período da
gestação ou pessoas que possuem pedras nos rins. Pois as doses da planta em
quantidade grande pode causar intoxicação.
Antes mesmo de se tornar mais conhecida, essa planta já
tinha propriedades medicinais e era usada na China como tratamento em doenças
oftalmológicas.
Pode ser encontrada facilmente na Europa, Ásia e até nas
montanhas, em cerca de 1600 metros de altitude. Quando encontradas então, é só
colher e secar as folhas e para fazer o chá.
Esse nome curioso da planta, bolsa-de-pastor, foi dado pelo
motivo dos frutos serem muito parecidos com uma bolsa ou carteira usada por
pastor.
É também considerada uma planta protocarnívora. Ou seja, ela
mata pequenos insetos ou animais para se alimentar. Mas não tem a capacidade de
digerir o que comeu e absorver os nutrientes, diferente de uma verdadeira
planta carnívora.
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