Guapixava
– vem do tupi-guarani e significa “Fruta que aperta a guela”. Isso pelo fato de
a garganta se fechar com o consumo do fruto.
Não á
perigo de morte ou de ter falta de ar, mais a sensação é muito ruim. Também
chamada de Guamirim perta-guela e ameixa do mato.
Origem:
Ocorre exclusivamente na floresta pluvial e de encosta da Mata Atlântica,
aparecendo no estado do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina,
Brasil.
Espécie
rara descoberta em 2.012 nas minhas expedições. Anteriormente essa espécie era
classificada cientificamente como Gomidesia spectabilis agora o nome é apenas
sinonímia.
Arvore
de pequeno porte, atingindo 4 a 8 m de altura, copa cilíndrica, ramificada, com
ramos jovens com pilosidade tênue com consistência farinácea.
O tronco
tem casca lisa de coloração clara e o cerne é avermelhado; este dificilmente
ultrapassa os 20 cm de diâmetro. As folhas são opostas, cartáceas (textura de
cartolina), sob pecíolo (haste ou suporte) bem grosso de 2 a 4 mm de
comprimento.
A
lamina foliar é oblonga (mais longa que larga), lanceolada (forma de lança),
medindo 12 a 26 cm de comprimento por 4 a 7 cm de largura, com base cuneada
(forma de cunha) e ápice acuminado (com ponta longa).
As
flores nascem em panículas (cacho de forma variada) terminais de 10 a 16 cm de
comprimento, nos brotos formados no fim do inverno. As flores são protegidas
por sépalas arredondadas e sericeas (com pelos cobertos de cera).
Os
frutos são amarelos ficando vermelho e por fim arroxeado quando totalmente
maduros, são arredondados, medindo 1,5 a 2,3 cm de diâmetro, contendo 4 a 8
sementes com forma de rim e esverdeadas.
Planta
de fácil cultivo, gosta de sombra ou sol desde que o solo mantenha boa umidade.
Pode ser cultivada em todo o Brasil em qualquer altitude.
É
resistente a baixas temperaturas (até – 3 graus), suportando bem períodos de
estiagens ou secas de até 5 meses. Aprecia diversos tipos de solos, desde
arenosos, turfosos e até arenosos, mais estes devem ser profundos, úmido, ricos
em matéria orgânica e neutro (com pH ente 5,0 a 6,2).
É
preciso plantas no mínimo 2 plantas para uma melhor produção. Começa a
frutificar com 2 a 4 anos após o plantio, a depender do clima e tratos
culturais.
As
sementes são recalcitrantes (perdem o poder germinativo em 20 dias se forem
secas), e germinam em 30 a 40 dias, se plantadas em substrato feito de 30% de
terra, 30% de areia e 40% de matéria orgânica.
As
plântulas não gostam de ser transplantadas, por isso recomendo semear 2
sementes diretamente em saquinhos individuais. Produzir as mudas em local com
sombreamento de 50%.
As
mudas atingem 30 cm com 10 a 12 meses após a germinação. A melhor época de
plantio é no campo é nos meses de setembro a novembro.
Pode
ser plantada em pleno sol como em bosques no meio de arvores grandes bem
espaçadas. Espaçamento 5 x 5 m entre plantas.
É bom
fazer covas de 50 cm nas três dimensões e prepará-las com 2 meses de
antecedência misturando aos 30 cm da terra inicial da cova 300 g de calcário,
500 g de cinzas e cerca de 6 pás de matéria orgânica. Após o plantio irrigar a
cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar água na época
da florada.
Fazer
apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do
tronco ou os ramos voltados ou cruzados no interior da copa.
Manter
sempre a coroa da planta coberta com folhas ou capim seco para manter a
umidade. Adubar com composto orgânico, pode ser 3 pás de cama de frango bem
curtido + 30 g de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 3ª ano,
depois manter essa adubação.
Frutifica
nos meses de outubro a novembro. Os frutos são podem ser consumidos in natura,
porém em pequena quantidade para quem nunca sentiu um aperto na garganta.
Após
ir se acostumando com a sensação, pode comer mais, pois não fará mal algum. As
flores são apícolas e a arvore é ornamental podendo ser cultivada com sucesso
na arborização urbana ou utilizadas em reflorestamentos para poder assim
alimentar a ave-fauna em geral.
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