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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Amazônia


 

Amazônia

Bioma Floresta tropical
 
 

A Amazônia (português brasileiro) ou Amazónia (português europeu) (também chamada de Floresta Amazônica, Selva Amazônica, Floresta Equatorial da Amazônia, Floresta Pluvial ou Hileia Amazônica) é uma floresta latifoliada úmida que cobre a maior parte da Bacia Amazônica da América do Sul.

Esta bacia abrange sete milhões de quilômetros quadrados, dos quais cinco milhões e meio de quilômetros quadrados são cobertos pela floresta tropical. Esta região inclui territórios pertencentes a nove nações.

A maioria das florestas está contida dentro do Brasil, com 60 por cento da floresta, seguida pelo Peru com 13 por cento e com partes menores na Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e França (Guiana Francesa). Estados ou departamentos de quatro nações vizinhas do Brasil têm o nome de Amazonas por isso.

A Amazônia representa mais da metade das florestas tropicais remanescentes no planeta e compreende a maior biodiversidade em uma floresta tropical no mundo. É um dos seis grandes biomas brasileiros.

No Brasil, para efeitos de governo e economia, a Amazônia é delimitada por uma área chamada "Amazônia Legal" definida a partir da criação da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), em 1966.

É chamado também de Amazônia o bioma que, no Brasil, ocupa 49,29% do território e abrange três das cinco divisões regionais do país (Norte, Nordeste e Centro-Oeste), sendo o maior bioma terrestre do país.

Uma área de seis milhões de hectares no centro de sua bacia hidrográfica, incluindo o Parque Nacional do Jaú, foi considerada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, em 2000 (com extensão em 2003), Patrimônio da Humanidade.

A Floresta Amazônica foi pré-selecionada em 2008 como candidata a uma das Novas 7 Maravilhas da Natureza pela Fundação Sete maravilhas do mundo moderno. Em fevereiro de 2009, a Amazônia foi classificada em primeiro lugar no Grupo. E, a categoria para as florestas, parques nacionais e reservas naturais.

O nome "Amazônia" deriva das amazonas, mulheres guerreiras da Mitologia grega. Segundo a lenda, as amazonas pertenciam a uma tribo, comandada por Hipólita, que não aceitava homens: as crianças de sexo masculino eram mortas ao nascer.

Quando Francisco de Orellana desceu o rio em busca de ouro, descendo os Andes em 1541, deparou-se com as índias icamiabas. A belicosa vitória das icamiabas contra os invasores espanhóis foi tamanha que o fato foi narrado ao rei Carlos V de Habsburgo, o qual, inspirado nas guerreiras hititas ou amazonas, batizou o rio de "Amazonas".

A floresta provavelmente se formou durante o período Eoceno. Ela apareceu na sequência de uma redução global das temperaturas tropicais do Oceano Atlântico, quando ele tinha se alargado o suficiente para proporcionar um clima quente e úmido para a bacia amazônica.

A floresta tropical tem existido por pelo menos 55 milhões de anos e a maior parte da região permaneceu livre por biomas do tipo savanas por, pelo menos, até a Era do Gelo Atual, quando o clima era mais seco e as savanas mais generalizadas.

Após o evento da Extinção Cretáceo-Paleogeno, a subsequente extinção dos dinossauros e o clima mais úmido permitiram que a floresta tropical se espalhasse por todo o continente. Entre 65-34 milhões de anos atrás, a floresta se estendia até o sul do Paralelo 45 S.

Flutuações climáticas durante os últimos 34 milhões anos têm permitido que as regiões de savana se expandam para os trópicos. Durante o período Oligoceno, por exemplo, a floresta tropical atravessou a faixa relativamente estreita que ficava em sua maioria acima da latitude 15 °N.

Expandiu-se novamente durante o Mioceno Médio e, em seguida recolheu-se a uma formação na maior parte do interior no último máximo glacial. No entanto, a floresta ainda conseguiu prosperar durante estes períodos glaciais, permitindo a sobrevivência e a evolução de uma ampla diversidade de espécies.

Durante Mioceno Médio, acredita-se que a bacia de drenagem da Amazônia foi dividida ao longo do meio do continente pelo Arco de Purus. A água no lado oriental fluiu para o Atlântico, enquanto a água a oeste fluiu em direção ao Pacífico através da Bacia do Amazonas.

Com o crescimento do Andes, no entanto, uma grande bacia foi criada em um lago fechado, agora conhecida como a Bacia do Solimões. Dentro dos últimos 5-10 milhões de anos, esta acumulação de água rompeu o Arco de Purus, juntando-se em um fluxo único em direção ao leste do Oceano Atlântico.

Há evidências de que tenha havido mudanças significativas na vegetação da floresta tropical amazônica ao longo dos últimos 21 000 anos através do Último Máximo Glacial e a subsequente deglaciação.

Análises de depósitos de sedimentos de paleolagos da Bacia do Amazonas indicam que a precipitação na bacia durante o UMG foi menor do que a atual e isso foi quase certamente associado com uma cobertura vegetal tropical úmida reduzida na bacia.

Não há debate, no entanto, sobre quão extensa foi essa redução. Alguns cientistas argumentam que a floresta tropical foi reduzida para pequenos e isolados refugia, separados por floresta aberta e pastagens; outros cientistas argumentam que a floresta tropical permaneceu em grande parte intacta, mas muito se estendeu muito menos para o norte, sul e leste do que é visto hoje.

Este debate tem-se revelado difícil de resolver porque as limitações práticas de trabalho na floresta tropical significam que a amostragem de dados é tendenciosa de acordo com a distância do centro da bacia amazônica e ambas as explicações são razoavelmente bem apoiadas pelos dados disponíveis.

Com base em evidências arqueológicas de uma escavação na Caverna da Pedra Pintada, habitantes humanos se estabeleceram na região amazônica pelo menos há 11 200 anos atrás.

O desenvolvimento posterior levou a assentamentos pré-históricos tardios ao longo da periferia da floresta em 1.250 AD, o que induziu a alterações na cobertura florestal.

Durante muito tempo, pensou-se que a floresta amazônica havia sido sempre pouco povoada, já que seria impossível sustentar uma grande população através da agricultura, devido à pobreza do solo da região.

A arqueóloga Betty Meggers foi uma importante defensora desta ideia, tal como descrito em seu livro "Amazônia: Homem e Cultura em um paraíso falsificado". Ela alegou que uma densidade populacional de 0,2 habitante por quilômetro quadrado era o máximo que poderia ser sustentado pela floresta tropical através da caça, sendo a agricultura necessária para acolher uma população maior.

No entanto, recentes descobertas antropológicas têm sugerido que a região amazônica realmente chegou a ser densamente povoada. Cerca de 5 milhões de pessoas podem ter vivido na Amazônia no ano de 1500, divididos entre densos assentamentos costeiros, tais como em Marajó, e moradores do interior.

Em 1900, a população tinha caído para 1 milhão e, no início dos anos 1980, era inferior a 200 000 pessoas.

O primeiro europeu a percorrer o comprimento do rio Amazonas foi o espanhol Francisco de Orellana em 1542. O programa Unnatural Histories, da BBC, apresenta evidências de que Orellana, ao invés de exagerar em seus relatos, como se pensava anteriormente, estava correto em suas observações de que uma civilização complexa estava florescendo ao longo da Amazônia na década de 1540.

Acredita-se que a civilização mais tarde foi devastada pela propagação de doenças provenientes da Europa, como a varíola.

Desde os anos 1970, vários geoglifos foram descobertos em terras desmatadas datados entre o ano 0 e 1250, impulsionando alegações sobre civilizações pré-colombianas.

Alceu Ranzi, geógrafo brasileiro, é creditado pela primeira descoberta de geoglifos enquanto sobrevoava o estado do Acre.

A rede BBC apresentou provas de que a floresta amazônica, em vez de ser uma selva virgem, foi moldada pelos humanos há pelo menos 11 000 anos, através de práticas como a jardinagem florestal e a terra preta.

A terra preta está distribuída por grandes áreas da floresta amazônica e é agora amplamente aceita como um produto resultante do manejo do solo pelos indígenas.

O desenvolvimento deste solo fértil permitiu a agricultura e a silvicultura no antigo ambiente hostil, o que significa que grande parte da floresta amazônica é, provavelmente, o resultado de séculos de intervenção humana, mais do que um processo natural, como havia sido previamente suposto.

Na região das tribos do Xingu, restos de alguns destes grandes assentamentos no meio da floresta amazônica foram encontrados em 2003 por Michael Heckenberger e seus colegas da Universidade da Flórida. Entre os achados, estavam evidências de estradas, pontes e praças de grande porte.

A Amazônia é uma das três grandes florestas tropicais do mundo e a maior floresta delas, enquanto perde em tamanho para a taiga siberiana que é uma floresta de coníferas, árvores em forma de cones, os pinheiros.[carece de fontes]

A Floresta Amazônica possui a aparência, vista de cima, de uma camada contínua de copas largas, situadas a aproximadamente 30 metros acima do solo.

A maior parte de seus cinco milhões de quilômetros quadrados, ou 42 por cento do território brasileiro, é composta por uma floresta que nunca se alaga, em uma planície de 130 a 200 metros de altitude, formada por sedimentos do lago Belterra, que ocupou a bacia Amazônica entre 1,8 milhão e 25 mil anos atrás. Ao tempo em que os Andes se erguiam, os rios cavaram seu leito.

No Pleistoceno o clima da Amazônia alternou-se entre frio-seco, quente-úmido e quente-seco. Na última fase frio-seca, há cerca de 18 ou 12 mil anos, o clima amazônico era semiárido, e o máximo de umidade ocorreu há sete mil anos.

Na fase semiárida, predominaram as formações vegetais abertas, como cerrado e caatinga, com "refúgios" onde sobrevivia a floresta. Atualmente o cerrado subsiste em abrigos no interior da mata.

Atualmente, o clima na floresta Amazônica é equatorial, quente e úmido, devido à proximidade à Linha do Equador (contínua à Mata Atlântica), com a temperatura variando pouco durante o ano.

As chuvas são abundantes, com as médias de precipitação anuais variando de 1 500 mm a 1 700 mm, podendo ultrapassar 3 000 mm na foz do rio Amazonas e no litoral do Amapá. O principal período chuvoso dura seis meses.

A Amazônia é considerada pela comunidade científica uma peça importante para o equilíbrio climático em quase toda a América do Sul.

Parte da umidade do ar (que, posteriormente, se transforma em chuva) importante para as regiões Centro Oeste, Sul e Sudeste do Brasil em vários meses do ano são justamente da Amazônia, levada pelos ventos para essas regiões. A Amazônia é importante para o equilíbrio do clima no Brasil, no Paraguai, no Uruguai e até na Argentina.

O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de nutrientes. Contudo, a flora e fauna mantêm-se em virtude do estado de equilíbrio (clímax) atingido pelo ecossistema. O aproveitamento de recursos é ótimo, havendo o mínimo de perdas.

Um claro exemplo está na distribuição acentuada de micorrizas pelo solo, que garantem às raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem da floresta com as chuvas.

Também se forma no solo uma camada de decomposição de folhas, galhos e animais mortos, rapidamente convertidos em nutrientes e aproveitados antes da lixiviação. Tal conversão dá-se pelo fato de os fungos ali encontrados serem saprofíticos.

Potencial energético solar

Alguns estudos demonstram o potencial energético solar na região amazônica e todos convergem para um mesmo ponto: o potencial energético fotovoltaico da região é imenso, porém pouco explorado.

O Atlas Brasileiro de Energia Solar diz que “O mapeamento dos recursos de energia solar mostram um elevado fluxo de radiação solar na região Amazônica (cerca de 5,5 MW/m2) com baixa variabilidade inter-sazonal e adequada aos padrões técnicos recomendados para a tecnologia de mini-sistemas híbridos”

 “Os índices de irradiação solar na Amazônia como mostrado no mapa de radiação solar global são maiores do que observados em outras macrorregiões do território nacional e até mesmo de países da Europa, onde a tecnologia fotovoltaica e o aproveitamento energético solar são bem mais avançados”

Florestas tropicais úmidas são biomas muito biodiversos e as florestas tropicais da América são consistentemente mais biodiversas do que as florestas úmidas da África e Ásia.

Com a maior extensão de floresta tropical da América, as florestas tropicais da Amazônia têm inigualável biodiversidade. Uma em cada dez espécies conhecidas no mundo vive na Floresta Amazônica.

Esta constitui a maior coleção de plantas vivas e espécies animais no mundo.

A região é o lar de cerca de 2,5 milhões de espécies de insetos, dezenas de milhares de plantas e cerca de 2 000 aves e mamíferos. Até o momento, pelo menos 40 000 espécies de plantas, 3 000 de peixes, 1 294 aves, 427 mamíferos, 428 anfíbios e 378 répteis foram classificadas cientificamente na região.

Um em cada cinco de todos os pássaros no mundo vivem nas florestas tropicais da Amazônia. Os cientistas descreveram entre 96660 e 128843 espécies de invertebrados só no Brasil.

A diversidade de espécies de plantas é a mais alta da Terra, sendo que alguns especialistas estimam que um quilômetro quadrado amazônico pode conter mais de mil tipos de árvores e milhares de espécies de outras plantas superiores.

De acordo com um estudo de 2001, um quarto de quilômetro quadrado de floresta equatoriana suporta mais de 1 100 espécies de árvores.

Até o momento, cerca de 438 mil espécies de plantas de interesse econômico e social têm sido registradas na região, com muitas mais ainda a serem descobertas ou catalogadas.

A área foliar verde das plantas e árvores na floresta varia em cerca de 25 por cento, como resultado de mudanças sazonais. Essa área expande-se durante a estação seca quando a luz solar é máxima, então sofre uma abscisão durante a estação úmida nublada. Estas mudanças fornecem um balanço de carbono entre fotossíntese e respiração.

A floresta contém várias espécies que podem representar perigo. Entre as maiores criaturas predatórias estão o jacaré-açu, onça-pintada (ou jaguar), suçuarana (ou puma) e a sucuri. No rio Amazonas, enguias elétricas podem produzir um choque elétrico que pode atordoar ou matar, enquanto que as piranhas são conhecidas por morder e machucar seres humanos. Em suas águas, também é possível se observar um dos maiores peixes de água doce do mundo, o pirarucu.

Várias espécies de sapos venenosos secretam toxinas lipofílicas alcaloides através de sua carne. Há também inúmeros parasitas e vetores de doenças.

Morcegos-vampiros habitam na floresta e podem espalhar o vírus da raiva. Malária, febre amarela e dengue também podem ser contraídas na região amazônica.

A fauna e flora amazônicas foram descritas no impressionante Flora Brasiliensis (15 volumes), de Carl von Martius, naturalista austríaco que dedicou boa parte de sua vida à pesquisa da Amazônia, no século XIX.

Todavia, a diversidade de espécies e a dificuldade de acesso às copas elevadas tornam ainda desconhecida grande parte das riquezas faunísticas.

Vegetação

A Amazônia é uma das três grandes florestas tropicais do mundo. A hileia amazônica (como a definiu Alexander von Humboldt) possui a aparência, vista de cima, de uma camada contínua de copas, situadas a aproximadamente 50 metros do solo.

Existem três tipos de floresta da Amazônia. As duas últimas formam a Amazônia brasileira: florestas montanhosas andinas, florestas de terra firme e florestas fluviais alagadas.

A floresta de terra firme, que não difere muito da floresta andina, exceto pela menor densidade, está localizada em planaltos pouco elevados (30-200 metros) e apresenta um solo extremamente pobre em nutrientes.

Isto forçou uma adaptação das raízes das plantas, que, através de uma associação simbiótica com alguns tipos de fungos, passaram a decompor rapidamente a matéria orgânica depositada no solo, a fim de absorver os nutrientes antes deles serem lixiviados.

A floresta fluvial alagada também apresenta algumas adaptações às condições do ambiente, como raízes respiratórias, que possuem poros que permitem a absorção de oxigênio atmosférico.

As áreas localizadas em terrenos baixos e sujeitos a inundações periódicas por águas brancas ou turvas, provenientes de rios de regiões ricas em matéria orgânica, são chamadas de florestas de várzea.

E as áreas alagadas por águas escuras, que percorrem terras arenosas e pobres em minerais e que assumem uma coloração escura devido à matéria orgânica presente, são chamadas de florestas de igapó. A oscilação do nível das águas pode chegar a até dez metros de altura.

A dificuldade para a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os animais que habitam o solo e precisam desta vegetação. A maior parte da fauna amazônica é composta de animais que habitam as copas das árvores, entre 30 e 50 metros.

A diversidade de espécies, porém, e a dificuldade de acesso às altas copas, faz com que grande parte da fauna ainda seja desconhecida. A fauna e flora amazônicas foram descritas no impressionante Flora Brasiliensis (15 volumes), de Carl von Martius, naturalista austríaco que dedicou boa parte de sua vida à pesquisa da Amazônia, no século XIX.

A Amazônia não é homogênea, ao contrário, ela é formada por um mosaico de hábitats bastante distintos. A diversidade de hábitats inclui as florestas de transição, as matas secas e matas semidecíduas; matas de bambu (Guadua spp.), campinaranas, enclaves de cerrado, buritizais, florestas inundáveis (igapó e várzea), e a floresta de terra firme.

O Rio Amazonas é um grande rio sul-americano que nasce na Cordilheira dos Andes, no lago Lauri ou Lauricocha, no Peru e desagua no Oceano Atlântico, junto à Ilha de Marajó, no Brasil.

Ao longo de seu percurso, ele recebe os nomes Tunguragua, Apurímac, Marañón, Ucayali, Amazonas (a partir da junção dos rios Marañon e Ucayali, no Peru), Solimões e novamente Amazonas (a partir da junção dos rios Solimões e Negro, no Brasil).

Por muito tempo, acreditou-se que o Rio Amazonas fosse o rio mais caudaloso do mundo e o segundo em comprimento, porém pesquisas recentes o apontam também como o rio mais longo do mundo.

É o rio com a maior bacia hidrográfica do mundo, ultrapassando os 7 milhões de quilômetros quadrados, grande parte deles de selva tropical.

A área coberta por água no Rio Amazonas e seus afluentes mais do que triplica durante as estações do ano. Em média, na estação seca, 110 000 km² estão submersas, enquanto que, na estação das chuvas, essa área chega a ser de 350 000 km².

No seu ponto mais largo, atinge, na época seca, 11 km de largura, que se transformam em 45 km na estação das chuvas.

O desmatamento é a conversão de áreas florestais para áreas não florestadas. As principais fontes de desmatamento na Amazônia são assentamentos humanos e o desenvolvimento da terra.

Antes do início dos anos 1960, o acesso ao interior da floresta era muito restrito e a floresta permaneceu basicamente intacta.

Fazendas estabelecidas durante a década de 1960 eram baseadas no cultivo e corte e no método de queimar. No entanto, os colonos eram incapazes de gerir os seus campos e culturas por causa da perda de fertilidade do solo e a invasão de ervas daninhas.

Os solos da Amazônia são produtivos por apenas um curto período de tempo, o que faz com que os agricultores estejam constantemente mudando-se para novas áreas e desmatando mais florestas.

Estas práticas agrícolas levaram ao desmatamento e causaram extensos danos ambientais. O desmatamento é considerável e áreas desmatadas de floresta são visíveis a olho nu do espaço exterior.

Entre 1991 e 2000, a área total de floresta perdida na Amazônia subiu de 415 000 para 587 000 quilômetros quadrados, com a maioria da floresta desmatada sendo transformada em pastagens para o gado.

Setenta por cento das terras anteriormente florestadas da Amazônia e 91% das terras desmatadas desde 1970 são usadas para pastagem de gado.

Além disso, o Brasil é atualmente o segundo maior produtor mundial de soja depois dos Estados Unidos. As necessidades dos agricultores de soja têm sido usadas para validar muitos dos projetos de transporte controversos que estão atualmente em desenvolvimento na Amazônia.

As duas primeiras rodovias com sucesso abriram a floresta tropical e levaram ao aumento do desmatamento. A taxa de desmatamento médio anual entre 2000 e 2005 (22.392 km² por ano) foi 18% maior do que nos últimos cinco anos (19.018 km² por ano).

O desmatamento tem diminuído significativamente na Amazônia brasileira desde 2004.

Entretanto, segundo o relatório Assessment of the Risk of Amazon Dieback feito pelo Banco Mundial, cerca de 75 por cento da floresta podem ser perdidos até 2025.

Em 2075, podem restar apenas 5 por cento de florestas no leste da Amazônia. O processo é resultado de desmatamento, mudanças climáticas e queimadas.

Ambientalistas estão preocupados com a perda de biodiversidade resultante da destruição da floresta. Outro fator preocupante é a emissão de carbono, que pode acelerar o aquecimento global.

A vegetação da Amazônia possui cerca de 10% das reservas de carbono do mundo em seu ecossistema. Estudos mostram que o desmatamento insustentável da floresta levará à redução das chuvas e ao aumento da temperatura.

Territórios indígenas

Territórios indígenas são frequentemente destruídos por desmatamento. As comunidades peruanas, por exemplo, estão desaparecendo, enquanto outras batalham para permanecer culturalmente e socialmente ativas nos territórios da floresta Amazônica.

Diversas são as lendas relacionadas à Amazônia. O Eldorado, uma cidade cujas construções seriam todas feitas de ouro maciço e cujos tesouros existiriam em quantidades inimagináveis, e o lago Parima (supostamente a Fonte da juventude).

Provavelmente estas duas lendas referem-se à existência real do Lago Amaçu, que tinha uma pequena ilha coberta de xisto micáceo, um material que produz forte brilho ao ser iluminado pela luz do sol e que produzia a ilusão de riquezas aos europeus.

O Bioma Amazônia é um conjunto de ecossistemas interligados pela Floresta Amazônica e pela Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas, a mais densa de todo o planeta.

Caracteriza-se pela sua elevada extensão, ocupando quase a metade do território do Brasil, além das áreas territoriais da Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Peru, Colômbia, Venezuela e Equador.

A floresta Amazônica é uma cobertura vegetal também chamada de Floresta Latifoliada Equatorial. Essa nomenclatura relaciona-se ao fato de a floresta apresentar árvores de folhas geralmente largas (latifoliada) e localizar-se na zona intertropical do planeta (equatorial). É uma das maiores e mais importantes coberturas vegetais, apresentando um terço de toda a madeira tropical existente, a maior reserva desse tipo já vista no mundo.

A Bacia do Amazonas

A Bacia Hidrográfica do Amazonas é a área em que o escoamento da água segue em direção ao Rio Amazonas. Trata-se, assim, da maior bacia hidrográfica do planeta, com uma área de aproximadamente 5 846 100 km².

Para se ter uma ideia, essa área corresponde quase ao dobro da Bacia do Rio Nilo. O Rio Amazonas, por sua vez, é o maior e mais extenso do mundo, com 6 850 km², e conta com mais de 1 100 afluentes.

O Rio Amazonas, durante um único dia, despeja no Oceano Atlântico uma quantidade de água superior ao que o Rio Tâmisa, em Londres, deposita no mar durante todo o ano. Se levarmos em conta apenas um de seus afluentes, o Rio Negro, já temos mais água do que toda a Europa.

Fauna e Flora

A quantidade de espécies animais e vegetais é muito elevada, com mais de 2 500 tipos de árvores e 30 mil tipos diferentes de plantas e vegetais. A sua fauna também é bastante ampla e diversificada, possui cerca de 20% de toda a quantidade de espécies catalogadas em todo o mundo. Há uma grande quantidade de insetos, anfíbios, répteis, mamíferos, peixes e árvores, apresentando uma complexa cadeia alimentar, composta por mais de 30 milhões de espécies.

Solo

O solo da Floresta Amazônica não é propício para a agricultura. Em 1970, por exemplo, o governo brasileiro iniciou um projeto que compreendia em oferecer incentivos fiscais para pecuaristas ocuparem a região sul do Pará na Floresta Amazônia.

No entanto, com o solo muito pobre em nutrientes, nem o capim a ser utilizado como pasto crescia direito, transformando a ação pública em algo que até hoje rende críticas ao Regime Militar.

Uma das principais marcas do bioma Amazônia é o fato de ele apresentar a maior biodiversidade do mundo, em números absolutos. Se considerarmos, no entanto, a proporção entre o número de espécies por metro quadrado, aí esse título vai para a Mata Atlântica.

A Amazônia é quase mítica: um verde e vasto mundo de águas e florestas, onde as copas de árvores imensas escondem o úmido nascimento, reprodução e morte de mais de um-terço das espécies que vivem sobre a Terra.

Os números são igualmente monumentais. A Amazônia é o maior bioma do Brasil: num território de 4,196.943 milhões de km2 (IBGE,2004), crescem 2.500 espécies de árvores (ou um-terço de toda a madeira tropical do mundo) e 30 mil espécies de plantas (das 100 mil da América do Sul).

A bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo: cobre cerca de 6 milhões de km2 e tem 1.100 afluentes. Seu principal rio, o Amazonas, corta a região para desaguar no Oceano Atlântico, lançando ao mar cerca de 175 milhões de litros d’água a cada segundo.

As estimativas situam a região como a maior reserva de madeira tropical do mundo. Seus recursos naturais – que, além da madeira, incluem enormes estoques de borracha, castanha, peixe e minérios, por exemplo – representam uma abundante fonte de riqueza natural.

A região abriga também grande riqueza cultural, incluindo o conhecimento tradicional sobre os usos e a forma de explorar esses recursos naturais sem esgotá-los nem destruir o habitat natural.

Toda essa grandeza não esconde a fragilidade do ecossistema local, porém. A floresta vive a partir de seu próprio material orgânico, e seu delicado equilíbrio é extremamente sensível a quaisquer interferências. Os danos causados pela ação antrópica são muitas vezes irreversíveis.

Ademais, a riqueza natural da Amazônia se contrapõe dramaticamente aos baixos índices socioeconômicos da região, de baixa densidade demográfica e crescente urbanização. Desta forma, o uso dos recursos florestais é estratégico para o desenvolvimento da região.

A Amazônia é uma floresta tropical úmida que se estende pela bacia hidrográfica do rio Amazonas, uma vasta área tropical natural, com área de aproximadamente 6,74 milhões km2, que se estende por oito países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Venezuela.

O bioma Amazônia é quase do tamanho da bacia, com 6,7 milhões de km². A maior parte desse bioma – 60,1% – está em território brasileiro. Para se ter uma ideia de sua grandiosidade, se a Amazônia fosse um país, seria o sétimo maior do mundo.

Biodiversidade excepcional

A Amazônia abriga um número enorme de plantas e animais existentes no planeta e a maior parte dessas espécies sequer foi estudada pelos cientistas.

Até agora, já se tem a classificação científica de pelo menos 40 mil espécies vegetais, 427 mamíferos, 1.294 aves, 378 répteis, 427 anfíbios e cerca de 3 mil peixes da região.

No entanto, as menores formas de vida são as que apresentam os números mais impressionantes: os cientistas já descreveram entre 96.660 e 128.840 espécies de invertebrados só na parte brasileira da Amazônia.

A riqueza cultural indígena

A vida silvestre da Amazônia compartilha o espaço com cerca de 30 milhões de pessoas. Nessa população, incluem-se mais de 220 grupos indígenas na Amazônia brasileira, além de comunidades tradicionais que dependem dos recursos naturais para sobreviver.

Por trás dessa incrível diversidade cultural, no entanto, descortina-se um cenário desolador. Apesar de habitarem uma área com uma coleção fantástica de produtos e serviços naturais, muitas das populações locais continuam vivendo em relativa pobreza.

O rio Amazonas é o eixo da vida

Com mais de 6.400 km de extensão, o rio Amazonas é o segundo rio mais longo do mundo (o primeiro é o Nilo, na África).

Esse corpo d’água colossal, alimentado por muitos afluentes, é o eixo da bacia hidrográfica Amazônica e desce do alto dos Andes até o oceano Atlântico, onde deposita suas águas.

As águas levadas pelo Amazonas ao mar equivalem a quase um sexto de toda a água doce que deságua nos oceanos do mundo.

A Amazônia não é só verde e selvagem

Então, a Amazônia é meramente uma enorme extensão uniforme de floresta tropical cortada em duas por um extenso rio? Essa percepção sobre a Amazônia é muito superficial.

Na verdade, trata-se de um ambiente extremamente complexo e dinâmico. A bacia hidrográfica é composta por uma variedade de paisagens e ecossistemas, que incluem florestas tropicais úmidas, florestas inundadas ou várzeas, savanas e uma rede intrincada de rios, lagos e igarapés.

Calor e umidade

Úmida e quente, a região amazônica possui todos os atributos típicos de um ambiente tropical. A temperatura média geralmente fica em 27,9 °C durante a estação da seca e em 25,8°C durante a estação das chuvas.

A umidade relativa do ar é muito elevada e atinge em média 88% na estação das chuvas e 77% na estação da seca. Chove e faz calor quase todos os dias do ano.

O ciclo das águas: um processo natural muito eficiente

Todos os anos, caem sobre a floresta amazônica chuvas torrenciais – entre 1.500 mm e 3.000 mm. De onde vem toda essa água?

Os ventos alísios que sopram desde o oceano Atlântico respondem por cerca de metade dessas chuvas. A outra metade provém da evapotranspiração, ou seja, a perda de água do solo por meio da transpiração das plantas e da evaporação.

Se a evapotranspiração e seu papel na manutenção do equilíbrio ecológico forem prejudicados, o que pode acontecer, por exemplo, com o desmatamento de grandes áreas, haverá um impacto significativo na região amazônica – e muito além dela.

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