Classificação
científica
·
Reino:
Plantae
·
Divisão:
Magnoliophyta
·
Classe:
Liliopsida
·
Ordem:
Arecales
·
Família:
Arecaceae
·
Gênero:
Euterpe
·
Espécie:
E. oleracea
A árvore
que produz o açaí chama-se açaizeiro. É uma espécie de palmeira encontrada no
Amazonas, Pará, Maranhão, Acre e Amapá.
O açaí
pode ser consumido de diversas formas: sucos, doces, sorvetes e geleias.
Atualmente é muito consumido o açaí na tigela, onde a polpa é acompanhada de
frutas e até mesmo de outros alimentos.
Na
região amazônica, a polpa do açaí é muito consumida com farinha de mandioca ou
tapioca. A polpa do açaí é um ótimo energético, sendo que cada 100 gramas
possuem 250 calorias.
O açaí
é uma fruta rica em proteínas, fibras e lipídios. Encontramos nesta fruta as
seguintes vitaminas: vitaminas C, B1 e B2. O açaí também possui uma boa
quantidade de fósforo, ferro e cálcio.
A
indústria de cosméticos nacional e internacional está utilizando o açaí para
produzir cremes, shampoos e outros produtos de beleza.
As
sementes do açaí são utilizadas no artesanato da região norte.
As
folhas do açaizeiro são usadas para a produção de produtos trançados (bolsas,
redes, sacolas, etc.) e, devido à sua resistência, serve como cobertura de
casas (produção de telhados). Pequeno, redondo e de cor azul-noite, quase
negro, o açaí pode ser considerado a pérola da Amazônia.
O
açaizeiro faz parte da família das palmáceas. Esta palmeira brasileira é uma
planta que se desenvolve próxima aos ribeirões, rios, igapó, várzea e nas matas
de terra firme, e com menos frequência, em terrenos mais afastados e locais
pantanosos.
Ocorre
predominantemente na região Norte, principalmente nos estados do Pará, Amapá,
Maranhão e Tocantins. Palmeira delgada e alta que pode atingir uma altura de 20
a 25 metros.
O
açaizeiro apresenta farta perfilhação e alcança, no estado nativo, a 20
palmeiras por "touceira" (das quais pelo menos três em produção).
Produz,
cada uma, entre 6 e 8 cachos com 2,5 kg cada um, representando de 15 a 20
quilos de frutos por palmeira (em duas safras) e de 12 a 25 toneladas de
frutos/ha/ano.
Os
troncos são lisos, roliços, longos, de cor clara, sem espinhos. Cachos de
flores miúdas amarelas, surgem predominantemente de setembro a janeiro, podendo
aparecer quase o ano todo.
Frutos
pequeninos, redondos, roxos, quase pretos agrupados em cachos pendentes. Tem um
caroço grande, e muito pouca polpa. O fruto é colhido subindo-se na palmeira
com o auxílio de um trançado de folha amarrado aos pés - a peconha.
Frutificação
de outubro a janeiro.
O açaí
tem um antioxidante excelente para a saúde. A polpa do açaí contém alto teor
energético, e a divulgação de suas propriedades nutritivas possibilitou a
abertura de novos mercados de consumo em outras regiões do país, tornando-se
uma nova e ecologicamente correta, fonte de renda para as populações nativas.
O
cultivo e manejo do açaizeiro é ecologicamente adequado para as condições de
solo úmido das várzeas do Estuário Amazônico.
A
palmeira pode ser utilizada para a extração do palmito (a partir do estipe), e
produção de frutos, utilizados na fabricação do "vinho do açaí", que
é um dos principais alimentos das populações ribeirinhas.
Dos frutos
maduros, é extraída a polpa que é consumida na forma de sucos, creme, licor,
geleia, mingau, sorvetes e doces.
Estudos revelam que a polpa de Açaí da Amazônia
contém:
Uma
formidável concentração de antioxidantes que ajudam a combater o envelhecimento
prematuro, contendo um volume 10-30 vezes maior de antocianinas (antioxidantes
roxos) se comparado ao vinho tinto.
A
antocianina é conhecida por suas potentes propriedades terapêuticas entre os
quais inclui-se o tratamento de retinopatia diabética e de doença fibrocística
da mama em seres humanos. Entre os potenciais efeitos fisiológicos das
antocianinas incluem-se agentes radioprotetores, químioprotetores,
vasoprotetores e anti-inflamatórios.
A
principal antocianina no Açaí é a cianidina-3 glucosídeo. A cianidina-3 -
glucosídeo é comprovadamente 3.5 vezes mais forte do que Trolox (análogo da
vitamina E).
Uma
sinergia de gorduras monoinsaturadas (saudáveis), fibras alimentares e
fitoesteróis, que contribuem para o sistema cardiovascular e a saúde do trato digestivo.
Um
complexo essencial quase perfeito de aminoácidos juntamente com valiosas
substâncias minerais, vitais à adequada contração e regeneração musculares.
Fitoesteróis
valiosos. Os Esteróis são componentes de membranas de células vegetais que oferecem
inúmeros benefícios ao organismo humano, entre eles, a redução do colesterol.
Os
esteróis vêm atualmente sendo usados no tratamento de sintomas associados à
hiperplasia benigna da próstata. Provas preliminares sugerem que
beta-sitosterol (o esterol predominante no Açaí) possa ajudar na prevenção da
fraqueza imunológica resultante de grave estresse físico. Boa fonte de fibras,
o açaí contém 2.0 gramas de fibra alimentar em uma porção.
As
fibras promovem um sistema digestivo saudável. Acredita-se que o baixo teor de
fibras na dieta americana seja fator que contribui para a alta incidência de
câncer e de doenças cardíacas.
Fibras
solúveis podem ajudar a reduzir o colesterol sanguíneo; e acredita-se que
fibras insolúveis possam ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento de certos
tipos de câncer.
60%
oleico (Ômega 9), ácido graxo monoinsaturado essencial, que auxilia na redução
dos níveis do LDL (colesterol ruim) enquanto mantém os do HDL (colesterol bom).
12% linoleico (Ômega 6), ácido graxo poli-insaturado essencial, que
comprovadamente reduz os níveis tanto do LDL quanto do HDL.
Ácidos
graxos ajudam no transporte e absorção de vitaminas lipossolúveis, i.e.,
Vitaminas A, E, D, e K.
A taxa
de ácido graxo do Açaí assemelha-se à do azeite de oliva, a qual se acredita
seja um fator que contribui para a baixa incidência de doença coronariana nas
populações mediterrâneas.
O
principal produto oriundo do fruto é uma bebida de consistência pastosa,
denominada açaí. A consistência pastosa da bebida é devido aos elevados teores
de amido (9,30%) e pectina (0,67%) encontrados na parte comestível do fruto.
São
necessários de 2,5 quilos de frutos maduros para a produção de um litro de suco
de açaí.
Bebida
extraída do pequeno fruto do açaizeiro que produz cachos com dezenas de caroços
(frutos) redondinhos. De cor arroxeada, a bebida é assim extraída:
Colocam-se
os caroços do açaí de molho na água para amolecer a casca fina que os reveste.
Em seguida os caroços são amassados com água em alguidar de barro ou máquina
própria, coando-se então a mistura em peneiras especiais para que se obtenha um
líquido roxo, espesso e de sabor característico incomparável.
Toma-se
gelado com açúcar, farinha de tapioca ou farinha-d'água. Há quem o aprecie sem
açúcar. É nutritivo e refrescante. É também delicioso no preparo de sorvetes,
licores, mousses, etc.
Potencial
anticancerígeno do Açaí é reforçado - Mais uma indicação do potencial
anticancerígeno do açaí acaba de ser anunciada.
Um
grupo norte-americano publicou artigo no Journal of Agricultural and Food
Chemistry em que descreve como os antioxidantes contidos no fruto originário da
Amazônia conseguiram destruir células cancerosas.
O açaí
é ouro preto para produtores paraenses - Pura, com farinha ou arroz e feijão, a
polpa do açaí está no cardápio diário dos paraenses e alimenta também uma
cadeia produtiva que começa nas propriedades ribeirinhas e vai parar até na
mesa dos consumidores australianos e americanos.
Uma
das frutas mais populares da região norte do Brasil é o tema da nossa segunda
reportagem sobre projetos de desenvolvimento sustentável e combate à pobreza na
Amazônia.
Açaí,
o maná da Amazônia - Sem dúvida, o açaí é uma das palmeiras mais típicas do
Pará. Sua maior ocorrência é no estuário do Rio Amazonas, mormente em terrenos
de várzea, nos igapós e, também, em terra firme, sendo encontrada, muitas
vezes, em formações quase puras ocupando, por isso, ao lado do miriti (ou
buriti) o primeiro lugar na exótica e exuberante paisagem amazônica.
Conheça
os teores nutricionais e a utilidade dos subprodutos do açaizeiro - O açaizeiro
praticamente nada se perde. É uma palmeira que tem multiplicidade de usos.
De
seus frutos, como já vimos, é extraído um suco altamente energético, muito consumido
pela população paraense, mas que, atualmente, vai tendo parte de sua produção
exportada para os Estados do Sul/Sudeste do Brasil, bem como para o Nordeste e,
mais recentemente, para os Estados Unidos.
O
palmito, muito elogiado por sua leveza, é quase todo exportado. 95% de todo o
palmito produzido no Brasil provêm do açaizeiro, sendo o Pará o principal
produtor nacional.
Apesar
da preocupação dos ecologistas, os cultivos racionais do açaizeiro estão
surgindo graças ao interesse entre os agricultores tradicionais e grupos
empresariais, pelas excelentes perspectivas existentes no mercado brasileiro e
no exterior.
Confira o passo a passo para cultivar açaí
Cerca
de 30 dias antes de plantar, prepare o solo com 10 a 15 l de esterco bovino, 2
a 3l de esterco de galinha e 200 g de superfosfato triplo.
Plante
a muda em uma cova de 40 x 40 x 40 cm, respeitando a altura do torrão, e regue
diariamente até começarem a surgir novas brotações.
A área
de cultivo deve ter em média 3 x 2 m.
O
açaizeiro, por ser espécie alógama (originária de cruzamentos), com ampla
ocorrência na Amazônia Continental, apresenta grande variação de tipos para os
mais diversos caracteres de interesse, como precocidade, produtividade de
frutos, rendimento de polpa e época de produção.
Os
vários tipos de açaizeiro foram definidos de acordo com a coloração de frutos,
formas de inflorescências e cachos, número de frutos por ráquila e diâmetro dos
estipes.
A
partir dessas características resultaram, entre outras, as denominações de
açaí-roxo ou preto, açaí-branco, açaí-açu, açaí-espada e açaí-sangue-de-boi.
O uso
de cultivares adaptadas às diferentes condições de clima, solo e sistema de
produção é o princípio fundamental para a obtenção de incrementos de
produtividade e de qualidade de qualquer vegetal.
A
partir da década de 1990, a produção de frutos de açaizeiro, até então
proveniente da exploração extrativa, passou a contar, também, com a
participação de açaizais nativos manejados e de cultivos, em várzea e terra
firme, em sistemas solteiros e consorciados.
Nesses
cultivos foram usadas sementes de origem genética desconhecida, resultando em
plantios heterogêneos quanto à produtividade e qualidade do fruto, em razão de
não existir campos de produção de sementes, provenientes de matrizes
selecionadas, obedecendo aos padrões técnicos exigidos para a certificação de
sementes.
A
produção de frutos tem início a partir do 3o ano, sendo possível obter, nas 2
primeiras safras, produtividades de aproximadamente 3 toneladas por
hectare/ano.
No período
inicial de produção, é comum a desuniformidade de lançamento de cachos
produtivos, mas com a tendência de uniformidade a partir do 5º ano, com maior
concentração da produção de frutos no 2º semestre.
De
modo geral, é estimado que, no 5o ano, a produtividade possa chegar a 4
toneladas e, a partir do 6o ano, ocorram aumentos progressivos que poderão
alcançar a 10 toneladas de frutos no 8º ano.
Produção de mudas
O
açaizeiro pode ser propagado pelas vias assexuada (retirada de perfilhos) e
sexuada (germinação de sementes).
A
produção de mudas, por meio de perfilhos, é indicada para a propagação, em
pequena escala, de indivíduos que apresentem características desejáveis, como
alta produtividade, elevado rendimento de polpa, maturação uniforme dos frutos
no cacho e período de frutificação na entressafra.
Esse
processo deve ter o seu uso restrito aos trabalhos de melhoramento genético,
pelas dificuldades de serem obtidos perfilhos em número suficiente, além de sua
baixa taxa de sobrevivência em viveiro ou no campo.
A
produção de mudas a partir de sementes é o processo mais indicado para o
estabelecimento de cultivos comerciais, pois possibilita produzir grande número
de indivíduos com menor custo, quando comparado com a propagação assexuada.
Propagação assexuada
Os
perfilhos são emitidos na base do estipe do açaizeiro, em número variável,
dependendo do genótipo e das condições ambientais.
A
extração de perfilhos tem uso restrito, por causa do pequeno número de plantas
que podem ser obtidas por esse processo. Nesse processo de propagação, a taxa
de multiplicação é baixa, quando comparada com a sexuada, sendo possível
extrair de 5 a 10 perfilhos por touceira a cada ano, enquanto uma única planta
pode produzir, anualmente, até 10 mil sementes.
A
extração de perfilhos da planta-mãe é realizada no período mais chuvoso do ano,
quando são observadas maiores taxas de sobrevivência no viveiro, porém, não
ultrapassando os 60%.
Os
perfilhos devem ter a altura mínima de 50 cm e apresentarem, pelo menos, uma
folha (flecha) ainda fechada.
Os
perfilhos estão intimamente ligados à parte basal do estipe adulto e emitidos
abaixo do coleto. Quando novos, os perfilhos não têm raízes em número
suficientes que garantam o desenvolvimento normal das mudas.
Assim,
quando do desmembramento, esses são mantidos junto à planta-mãe por cerca de 60
dias, para o completo desenvolvimento do sistema radicular.
Essas
mudas podem ser transplantadas para sacos de plástico preto (15 x 35 cm),
contendo substrato orgânico, constituído de solo (60%) e matéria orgânica
(40%), e mantidas em viveiro com interceptação de 50% da radiação solar direta,
ou plantadas diretamente no campo, quando a área de cultivo estiver próxima ao
campo de matrizes.
Propagação sexuada
A semente
do açaizeiro é envolvida por uma camada de fibras, recoberta por fina cutícula
oleosa, apresenta um embrião diminuto, com abundante tecido endospermático
compacto, o perianto parcialmente fibroso, rico em sílica e pobre em lipídios
(gorduras), proteínas e amido.
O
endocarpo é lenhoso, séssil, de forma arredondada, com diâmetro de 1 a 2 cm e
peso de 0,8 a 2,3 g. O mesocarpo ou polpa tem a espessura de 1 a 2 mm e
corresponde de 5% a 15% do volume do fruto.
O
epicarpo corresponde à fina camada externa do fruto, com coloração que pode
variar, quando maduro, de verde (açaí branco) a violáceo (açaí preto).
O
endocarpo, estrutura utilizada na propagação sexuada do açaizeiro, representa
cerca de 73% do peso do fruto.
Obtenção de sementes e preparo de mudas
A
maioria dos plantios comerciais implantados no Estado do Pará foi feita, até
recentemente, a partir de sementes com características desconhecidas e
não-selecionadas.
O
açaizeiro por ser planta de fecundação cruzada (alógama) favorece a segregação
de suas características morfológicas e produtivas, resultando na formação de
plantios heterogêneos, com produções desuniformes e de baixo rendimento de
frutos e polpa.
As
sementes são obtidas de plantas-matrizes com características desejadas, com
base no tipo de estipe (touceira), comprimento do entrenó (cicatriz foliar),
número de cachos emitidos, produção de frutos, rendimento de frutos por cacho e
de polpa por fruto.
São
bons parâmetros de avaliação e seleção de plantas-matrizes, para a obtenção de
sementes, aquelas com produção de frutos superior a 5 latas/touceira e com o
rendimento mínimo de 8 litros de polpa/lata com 14 a 15 kg de frutos.
Depois
de colhidos, os frutos são submetidos ao processo de extração da polpa, com a
ajuda de máquinas despolpadoras ou batedeiras de açaí.
Após o
despolpamento, e antes da semeadura, as sementes são lavadas com água potável.
O despolpamento manual pode ser usado para pequenas quantidades de sementes e
consiste da remoção, com o auxílio de um estilete, do mesocarpo e do epicarpo.
Acondicionamento de sementes
As
sementes de açaizeiro perdem a viabilidade rapidamente, pois apresentam
comportamento recalcitrante, não suportando a secagem nem o armazenamento a
temperaturas abaixo de 15º C.
Por
esse motivo, não podem ser conservadas pelos processos convencionais de
armazenamento, cujos pressupostos básicos consideram a secagem e o
armazenamento das sementes a baixas temperaturas.
O
ideal é que sejam semeadas logo após a colheita e o despolpamento, garantindo a
germinação de aproximadamente 100%.
Na
impossibilidade de realizar a semeadura de imediato, as sementes são
estratificadas em serragem (curtida ou esterilizada em água fervente por duas
horas), vermiculita ou carvão moído umedecidos previamente com água.
A
areia ou solo não são indicados para a estratificação das sementes do
açaizeiro, por serem demasiadamente pesados, dificultando o manuseio das
embalagens.
Alternativamente,
as sementes de açaizeiro podem ser acondicionadas em sacos de plástico sem
substrato, necessitando de tratamento prévio, por via úmida, com fungicida
específico para sementes, seguido de secagem superficial mantendo o teor de
umidade entre 25% e 30%.
O modo
prático de ser obtido esse nível de umidade é dispondo as sementes, em camada
única, sobre papel jornal e mantê-las à sombra durante 24 horas.
Necessidade de sementes
A
quantidade necessária de sementes para a produção de mudas, visando à
implantação de 1 hectare, dependerá do espaçamento a ser adotado.
Considerando
que cada quilograma possui de 600 a 720 sementes e a necessidade de seleção de
plântulas na sementeira e de mudas no viveiro, é recomendável a semeadura de
aproximadamente 1.000 sementes (1,4 a 1,7 kg) para cada hectare a ser
implantado no espaçamento 5 x 5 m (400 mudas/hectare).
Semeadura e Germinação de Sementes
A
semeadura pode ser feita diretamente em sacos de plástico preto ou em
sementeiras preenchidos com substrato orgânico. As sementes também podem ser
colocadas para germinar em sacos de plástico, dispostas em camadas estratificadas
em serragem ou ainda sem este substrato.
A
emergência de plântula do açaizeiro é desuniforme, e se inicia por volta dos 22
dias após a semeadura e se estabiliza aos 48 dias.
Em
média, a germinação requer cerca de 30 dias e a aceleração do processo ocorre
com a imersão das sementes em água morna durante 10 a 15 minutos.
As
sementes germinadas são imediatamente repicadas para o viveiro. Quando a
germinação das sementes é realizada em sementeira ou em sacos de plástico, com
ou sem substrato, a repicagem das plântulas para o viveiro é efetuada antes da
abertura do 1o par de folhas, no estádio denominado de "palito",
normalmente com 5 a 7 cm de altura.
Nessa
condição, praticamente 100% das plântulas sobrevivem à repicagem e apresentam
desenvolvimento normal. Quando necessário, é realizada a poda das raízes.
Semeadura direta em saco plástico com substrato
Este
método é recomendado quando a quantidade de mudas a ser produzida é pequena, entre
500 a 1.000. A semeadura direta de 50.000 sementes, por exemplo, ocupará uma
área de 500 m2 do viveiro, além disso, nem todas as sementes germinam, o que
exigirá novas semeaduras.
Por
outro lado, a semeadura de duas ou mais sementes por saco implicará na
eliminação das plântulas excedentes, onerando os custos operacionais.
Os
sacos de plástico devem ter dimensões mínimas de 15 cm de largura por 25 cm de
altura. O substrato de enchimento dos sacos é constituído da mistura de 60% de
solo, 20% de serragem e 20% de esterco curtido ou ainda da mistura de 60% de
solo e 40% de cama de aviário.
É
necessário umedecer o substrato antes da semeadura e depois, com ajuda com a
ajuda de um bastão, são feitas pequenas covas com profundidade aproximadamente
de 2 cm, onde as sementes são depositadas e cobertas por uma fina camada de
substrato.
Semeadura em sementeira
Este
método é indicado quando é grande a quantidade de mudas a serem produzidas,
pois implica em considerável economia de mão-de-obra e possibilita a realização
de criteriosa seleção de plântulas a serem transplantadas para os sacos de
plástico com substrato.
A área
ocupada com a sementeira é bem pequena e permite o suprimento de água, em
quantidade adequada, e o controle de plantas invasoras. A semeadura de 50.000
sementes ocupará somente 50 m2 na sementeira.
O
substrato para o preparo da sementeira é constituído da mistura de areia lavada
com serragem curtida, na proporção volumétrica de 1:1.
As
sementes são semeadas em sulcos distanciados de 4 cm, na profundidade de 1 cm,
onde são distribuídas 40 sementes por metro linear, o que permite a
concentração de 1.000 sementes por metro quadrado.
A
repicagem das plântulas para os sacos será efetuada, preferencialmente, no
estádio "palito", antes da abertura do 1o par de folhas.
Pré-germinação de sementes estratificadas
As
sementes são colocadas para germinar dentro de sacos de plástico transparentes,
com dimensões compatíveis com a quantidade de sementes.
A
estratificação pode ser feita com serragem curtida, vermiculita ou carvão
vegetal moído, previamente umedecido.
Estes
sacos devem ter o dobro do volume ocupado pelas sementes estratificadas mais o
substrato, para que contenha oxigênio suficiente às necessidades respiratórias
das sementes e serem hermeticamente fechados para evitar o dessecamento muito
rápido do substrato.
Os
sacos são mantidos, até a germinação das sementes, protegidos da radiação solar
direta e à temperatura ambiente.
Viveiro
O
local para instalação do viveiro deve ser de fácil acesso e próximo de fontes
de água, para a irrigação das mudas no período de menor pluviosidade.
Deve
ter boa drenagem e reduzida declividade, mas que permita o escoamento dos
excedentes pluviométricos e, preferencialmente, estar situado próximo ao local
do plantio definitivo. Esse procedimento minimiza o excesso de movimentação das
mudas e diminui os custos de transporte.
A
cobertura do viveiro pode ser feita com palhas de palmeiras (verdes, sadias e
tratadas com mistura de inseticida e fungicida) ou sombrite (50% de
interceptação da radiação solar) e com a altura mínima de 2 m.
Essa
cobertura é suportada por uma armação de colmos de bambu ou outro material de
mais fácil obtenção no local, fixada com arame ou cordão de plástico.
Os
canteiros devem ter 1,5 m de largura por 20 m de comprimento, e distanciados
entre si de 50 cm, para permitir a movimentação de pessoas.
Os
sacos de plástico a serem utilizados devem medir 15 x 25 cm, se as mudas
permanecerem no viveiro de 6 a 8 meses; ou de 17 x 27 cm, caso sejam mantidas
por período superior àquele período. Esses sacos são perfurados no terço
inferior para permitir a drenagem do excesso de água.
No
viveiro, sempre que necessário, são realizados os seguintes tratos de
manutenção: capinas manuais nos sacos (mondas), manutenção dos drenos,
irrigação no período menos chuvoso, adubações (somente se o período de produção
de mudas passar de 8 meses), manutenção da cobertura e seu gradual raleamento a
partir do 8o mês, para permitir a adaptação das mudas à radiação direta.
As mondas
periódicas são realizadas para eliminar as ervas invasoras, que exercem
concorrência por água e luz. As mudas de açaizeiro necessitam de cerca de 2
litros de água por dia, assim, se as chuvas não forem suficientes (2 mm/dia),
haverá a necessidade de irrigação, que deve ser realizada, preferencialmente,
no início da manhã ou no final da tarde, evitando aplicar jato muito forte
sobre as mudas ou substrato.
Quando
o período de produção de mudas passar de 8 meses, é aplicada mensalmente, via
foliar, solução de ureia a 0,5% (5 g de ureia para 1 litro de água). Para cada
100 mudas são necessários 2 litros dessa solução ou 20 ml por saco.
Antes
do transporte das mudas para o plantio no campo, é realizado a toalete das
mesmas, que consiste da eliminação de folhas secas e amarrio das folhas em
torno da flecha.
Mais sobre como plantar
Prepare
um espaço para crescimento da palmeira de açaí. Ela se desenvolve entre
aproximadamente 15 e 32 °C. A temperatura nunca deve ser inferior a 10 °C.
Se você
vive em condições climáticas frias, será necessário instalar um solário ou
estufa. Se o lugar tem uma temperatura adequada para o crescimento em área
livre, selecione um local que receba completamente a luz solar.
Coloque
as sementes de açaí entre dois papéis toalha e dobre-os ao meio. Insira os
papéis em uma sacola plástica. Adicione água morna para ensopar os papéis e
deixe água em excesso no fundo da sacola.
A água
deve ter, idealmente, aproximadamente 24 °C. Deixe a sacola em uma área quente
por dois dias para que as sementes germinem.
Coloque
uma camada de pedras de 5 cm no fundo do pote para plantar. Este deverá ter um
diâmetro de, aproximadamente, 60 cm. Despeje o adubo em cima do cascalho,
preenchendo 4/5 do pote. Adicione água morna no adubo até que o fundo esteja
seco. Ele deve estar totalmente ensopado.
Remova
as sementes do papel toalha e coloque-as no meio do adubo no pote. Cubra-as com
2,5 cm de adubo e espere que desabrochem.
Durante
esse processo, elas devem receber oito horas de luz solar por dia e ter uma
temperatura de, aproximadamente, 15 a 32 °C. Em sete a 14 dias, pequenos talos
vermelhos aparecerão sobre o adubo.
Regue
o açaí diariamente em condições mornas para facilitar o crescimento.
O
adubo deve estar úmido sempre. Use fertilizante solúvel, de acordo com as
instruções do fabricante, para alimentar o açaí uma vez ao mês. Em dois ou três
anos, a palmeira começará a produzir os frutos.
Euterpe oleracea var. / açaí-anão-precoce
Palmeira
elegante e bela, de porte médio (até 15 m nas variedades convencionais, porém
bem menor [ca. 2-3 m] na "anã-precoce"), cespitosa, com tronco fino
(7-10 cm de diâmetro).
Os
numerosos frutos são produzidos em cachos, têm forma esférica com
aproximadamente 1,5 cm de diâmetro e coloração negro-arroxeada, recobertos por
uma fina camada esbranquiçada quando bem maduros.
Usos:
A bebida preparada com sua polpa (vinho de açaí) é amplamente consumida na
Região Norte, e mais recentemente na Sudeste. O palmito é também muito
saboroso, e a palmeira possui notáveis atributos paisagísticos.
Cultivo:
Climas tropicais e subtropicais amenos, preferencialmente em solos com boa
disponibilidade de umidade. A variedade "anã-precoce" inicia a
produção em cerca de 2-3 anos, com menos de 1,00 m de altura. Aprecia
iluminação solar direta, e beneficia-se de uma adubação equilibrada.
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