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quinta-feira, 3 de março de 2016

Tudo que vc precisa saber para cultivar Acerola



A acerola é uma planta nativa das Antilhas, América Central e do norte da América do Sul. Por ser uma planta rústica e resistente, a acerola se propaga com facilidade em toda parte do mundo.

É também chamada de Cereja-das-antilhas, Cereja-de-barbados ou acerola, como é mais conhecida atualmente no Brasil, apresentando uma certa semelhança com a cereja europeia. 

O fruto apresenta cor vermelha forte quando maduro, variando entre os tons alaranjados e o púrpura, com um perfume semelhante ao da maça, com sabor ácido, polpa macia e cheia de suco.

O interesse pela acerola e os estudos sobre suas potencialidades econômicas, no entanto, só foram despertadas a partir dos anos 40, quando se descobriu na porção comestível da fruta altos teores de ácido ascórbico, ou seja, vitamina C.  

Sendo assim, o consumo de acerola é indicado para o combate de várias doenças humanas, como a gripe e afecções pulmonares, controle de hemorragias nasais e gengivais, auxilia no tratamento de doenças do fígado, além de evitar a perda de apetite e dores musculares.


  • ·                    Família: Malpighiaceae.
  • ·                    Origem: América Central- Antilhas.
  • ·                    Clima: Prefere regiões mais quentes, com temperaturas em torno de 25 a 27° C.
  • ·                    Solo: Desenvolve-se em qualquer tipo de solo contendo fertilidade mediana.
  • ·                    Porte: Arbustivo, podendo atingir até 3 m. de altura, com tronco se ramificando desde a base.
  • ·                    Propagação: Semente, estaquia e enxertia.
Como plantar acerola

Fruta rica em vitamina C, é uma boa opção para a agricultura familiar, pois se adapta a diversas condições climáticas e produz o ano inteiro

Prova de que tamanho não é documento é a acerola (Malpighia emarginata D.C.). Embora muito menor, a fruta madura possui 36 vezes, respectivamente, mais teor de ácido ascórbico – substância que forma a vitamina C – do que a laranja e a goiaba, ambas possuidoras de alto conteúdo do nutriente.

Farta em propriedades benéficas à saúde humana, a acerola passou a ser desejada por muitos consumidores, tornando-se mais presente nas sacolas de compras que saem do varejo alimentício.
A elevada concentração de vitamina C também tem impulsionado a comercialização de frutos verdes para a fabricação de medicamentos.

Com o aumento da demanda, a acerola tornou-se um produto agrícola gerador de lucro para o agricultor brasileiro, em especial para donos de propriedades de menos de 50 hectares e empregadores de mão de obra familiar. 

Na safra 2013/2014, o preço médio do quilo da fruta in natura negociada na Central de Abastecimento e Armazéns Gerais do Estado e São Paulo (Ceagesp) foi de R$ 4,21, enquanto o equivalente a R$ 0,87 por quilo foi o valor médio da acerola para processamento pago pela indústria ao produtor.

Adaptada às diferentes condições climáticas, a aceroleira, que pode florescer e frutificar várias vezes no ano, conta ainda com a possibilidade de ser cultivada em qualquer lugar do território nacional.
Somam-se cerca de 10.000 hectares de área plantada de norte a sul do Brasil, sobretudo no Nordeste, dada as características de solo e clima locais. Somente Bahia, Ceará, Paraíba e Pernambuco detêm juntos 60% da produção total.

O Sudeste, segundo maior produtor de acerola, com participação de 15% a 20% nos plantios do país, registra desempenho promissor na evolução da cultura

A produtividade da fruteira por hectare é crescente, passando de 6,5 toneladas no segundo ano de cultivo para 40 toneladas do quinto até o décimo ano.

Desde a implantação comercial nos anos 1990, a cadeia produtiva da acerola no Estado de São Paulo vem se mostrando rentável. A a cultura foi introduzida na década de 1950 pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, mas somente no início dos anos 1980 foi explorada comercialmente, por conta do crescimento das exportações para países da Europa, Japão e Estados Unidos.

Vale salientar que, como a polinização da aceroleira também depende da ação de insetos, com destaque para as abelhas nativas do gênero Centris spp., é preciso contar com eles nas proximidades do cultivo. 

No entanto, quando se planta mais de uma variedade de acerola no mesmo pomar, pode ocorrer a polinização cruzada, o que beneficia ainda mais o pegamento dos frutos.

Mãos à obra

Início: Adquira de viveiristas idôneos as mudas de qualidade obtidas por estaquia ou por enxertia, que geram um pomar mais uniforme e produtivo. 

Compre exemplares em substratos comerciais e com aparência saudável, evitando levar junto uma praga de solo. As variedades mais cultivadas em São Paulo são olivier e waldy-CATI, mas existem outras como sertaneja, flor-branca, okinawa e outras selecionadas pela Embrapa e pela Universidade Estadual de Londrina.

Ambiente: Planta de clima tropical, a aceroleira também apresenta boa adaptação em regiões onde o clima é subtropical. Prefere temperaturas na faixa de 15 º C a 32 º C, com média anual de cerca de 26 º C. 

A planta, apesar de ser exigente quanto à insolação, devido à influência que o sol tem na produção de vitamina C, registra bom desenvolvimento em locais onde as chuvas são bem distribuídas ao longo do ano.

Plantio: Deve ser realizado, preferencialmente, no início ou durante os meses da estação das chuvas, em solos profundos, areno-argilosos e bem drenados. 

Exceto no inverno, o plantio pode ser feito em qualquer época do ano, se houver disponibilidade de irrigação no cultivo da fruteira.

Espaçamento: Pode variar entre 5 x 5 metros, 6 x 4 metros e 5 x 4 metros, que é o mais utilizado nos plantios em propriedades instaladas no Estado de São Paulo, com 500 árvores por hectare.

Cuidados: Em caso de necessidade, deve-se realizar as práticas culturais usuais, como controle de plantas daninhas, adubações de solo, podas de formação e de limpeza e irrigação. 

Faça a Semeadura da Acerola

Depois de adquirir as sementes de acerola é o momento de fazer a semeadura. Sendo assim, comece abrindo as covas para depositar as sementes, que devem ter aproximadamente 10 cm de profundidade e 15 cm de profundidade. Cada canteiro tem que ter um espaçamento de 80 cm, evitando que uma planta interfira no crescimento da outra.

É importante respeitar esse espaço mínimo de 80 cm, pois caso contrário, as plantas poderão sugar os nutrientes referentes ao espaço de outra planta, o que, por consequência, prejudicará o desenvolvimento uma da outra.

Na sequência, deposite as 3 sementes dentro de cada cova, depois, feche-as com 2 camadas de terra. Por fim, irrigue os canteiros para acelerar o processo de germinação das sementes de acerola.
Caso você tenha adquirido as mudas já desenvolvidas, o processo é semelhante, basta transplantá-las para dentro dos buracos e ancorá-las com terra para deixá-las bem firmes.

Adubos orgânicos contribuem para que os frutos fiquem maiores e a aceroleira mais produtiva. Nematoides, pulgões, formigas cortadeiras, cigarrinhas e mosca das frutas são algumas das pragas que atacam a fruteira, enquanto entre as doenças se incluem antracnose, cercosporiose, seca descendente de ramos e podridão de frutos.

Produção: Dependendo das condições climáticas locais e da condução do plantio, a partir de oito meses surgem os primeiros frutos da aceroleira.
A planta pode registrar anualmente três ou mais safras concentradas, principalmente, na primavera e verão. Após o terceiro ou quarto ano do plantio, as fruteiras adultas chegam a produzir 40 quilos de acerolas por planta ao ano, o que corresponde a uma produtividade média em torno de 16 toneladas por hectare. 

Colha os frutos a cada dois ou três dias, retirando todos os maduros e os que estão mudando de coloração. Evite deixar as acerolas expostas ao sol depois da colheita.

·         Solo: profundo, areno-argiloso e bem drenado

  • ·         Clima: tropical e subtropical
  • ·         Área mínima: pode ser plantada em vaso para consumo doméstico
  • ·         Colheita: a partir de 8 meses
  • ·         Custo: de R$ 3 a R$ 5 é o preço das mudas
Além da quantidade extremamente grande de vitamina C que trouxe maior fama à planta, existem várias outras características benéficas ao corpo humano que são trazidos pela acerola, benefícios estes tais como melhorar a composição dos ossos, graças a seu cálcio, e diversos outros, graças a presença de ferro e vitamina A e B.

Sua adaptação ao clima brasileiro é muito boa, sendo ótima principalmente para ser cultivada nos estados mais quentes. 

Devido a não atingir um grande porte, pode ser utilizada mesmo em lugares com pouco espaço e próximo a calçadas, o maior problema de utilizá-la na rua é que provavelmente a vizinhança inteira vai comer mais acerola que você, e crianças podem chegar a quebrar galhos tentando apanhar os frutos.

Cultivo

O cultivo da acerola não é muito difícil nos estados mais quentes do Brasil, uma vez que ela se encontra em seu clima nativo e provavelmente não terá problemas com isso, basta transferir a muda para um local com solo devidamente preparado com matéria orgânica, para que assim não tenha problemas de falta de nutrientes e mantê-lo sempre úmido, porém sem nunca exagerar na rega.

Um grande problema que pode ser encontrado é a presença de formigas que comem as folhas, deixando elas cheias de buraquinhos e minando as forças da planta, o que pode ser letal caso você não consiga controlá-las. 

Felizmente existem vários venenos tipo “isca” que possuem um bom efeito, porém devem ser bem aplicados e observado se nenhum fator está atrapalhando seu efeito (como chuvas que destroem as iscas).

Para estimular uma melhor frutificação, você pode adicionar um pouco de adubo NPK ao solo logo antes da planta começar o período de frutificação, quando ela ainda estiver preparando os brotinhos das flores. 

Com suficiente nutrientes no solo, uma boa irrigação e luminosidade, o pé de acerola produz uma quantidade bem grande de frutas. Só tome cuidado em seguir apropriadamente as instruções de uso, pois o excesso de adubo também é prejudicial.

Por fim, se você mora em algum lugar de clima mais frio e pretende ter esta planta, tenha certeza de cultivá-la em um lugar onde seja possível de protegê-la nas épocas de clima mais rigoroso, mas que ela possa tomar bastante sol. 

Geralmente próximo a algum muro que bloqueie ventos, mas não bloqueie o sol durante boa parte do dia é uma boa escolha.

Cultivo da acerola

A aceroleira é uma planta rústica, desenvolve-se e produz bem em clima tropical e subtropical, sendo sensível às geadas. A temperatura ideal gira em torno de 26ºC.

Cresce e produz melhor quando as chuvas variam entre 1.200 e 1.600 mm anuais, bem distribuídos. Não há restrições específicas quanto ao tipo de solo, sendo possível cultivá-la tanto nos solos arenosos como nos argilosos.

O método de propagação mais utilizado é por meio de estaquia. A propagação por sementes pode ser utilizada, mas gera pomares desuniformes. As mudas, propagadas por estaquia ou por enxerto, devem ser adquiridas de entidades ou produtores credenciados e idôneos.

O terreno deve ser arado e gradeado para que possa oferecer condições ao desenvolvimento inicial da planta. Preparam-se as covas com 30 dias de antecedência, nas dimensões de 40 x 40 x 40 cm; o espaçamento indicado é de 5 x 4 m ou 6 x 5 m.

Adubam-se as covas com 20 litros de esterco de curral, 1 litro de torta de mamona, 200 g de superfosfato simples e 3 gramas de zinco. Misturar com terra e encher as covas.

O plantio consiste em tirar o saco plástico que envolve o torrão deixando sua face superior no mesmo nível ou um pouco acima do solo. Construir uma bacia de irrigação ao redor da muda e regar com, no mínimo, 40 litros de água.

Amarrar cada muda a um tutor com uma fita que tenha área de contato larga, para evitar o estrangulamento da planta.

Quando a planta atingir uma altura de 60 a 70 cm, executar a poda de formação, com intuito de formar uma planta com copa baixa, no formato de uma taça.

Essa poda consiste em extrair parte da porção terminal do ramo principal a uma altura de 50 cm do solo. Da brotação que ocorrer, escolhem-se 3 ou 4 ramos, dispostos radialmente, para formar a copa.
Depois de 70 a 80 dias, extrair toda a brotação abaixo de 40 cm de altura e o excesso de ramos surgidos acima desse ponto, deixando 3 a 4 pernadas nos 10 cm terminais do tronco único.

A planta começa a produzir com dois ou três anos após o plantio. Do florescimento à colheita, passam-se 20 a 25 dias. Em regiões quentes, o período de produção dura 8 meses, e em locais de clima ameno esse tempo é reduzido para 4 a 6 meses.

A colheita deve ocorrer todos os dias, e consiste em colher os frutos "de vez", estes são mais firmes e resistentes que os maduros e apresentam maior quantidade de vitamina C.

A aceroleira (Malphigia glabra L.) é uma planta originária das Antilhas e cultivada em escala comercial em Porto Rico, Havaí, Jamaica e Brasil.

É uma fruta atrativa pelo seu sabor agradável e destaca-se por seu reconhecido valor nutricional, principalmente como fonte de vitamina C, vitamina A, ferro, cálcio e vitaminas do complexo B (Tiamina, Riboflavina e Niacina). 

Consumida tanto in natura como industrializada, sob a forma de sucos, sorvetes, geleias, xaropes, licores, doces em caldas entre outros.

A maior parte dos pomares de acerola é formada com mudas oriundas de sementes. Por isso apresentam grande variabilidade genética quanto à produtividade, porte, arquitetura da copa, rendimento de polpa, cor, sabor, consistência e tamanho do fruto.

Clima e Solo

A aceroleira é uma planta rústica que se desenvolve bem em clima tropical e subtropical, sendo resistente a temperatura próxima a 0ºC. A temperatura média anual em torno de 25ºC é ideal para o seu cultivo. 

Um regime pluviométrico entre 1300 a 1500 anuais bem distribuídos proporciona uma maior produção de frutos com boa qualidade.

Os solos mais indicados para a acerola são os de textura argilo-arenoso, profundos e bem drenados.

Plantio

O preparo do solo consiste na eliminação da vegetação existente, balizamento e correção do solo, se necessário.

Os espaçamentos mais indicados para o seu cultivo variam de 4 x 4 m, (625 plantas/ha) 4 x 3 m (833 plantas/ha) e 5 x 4 m (500 plantas/ha).

As covas de plantio devem ter as dimensões de 0,40 x 0,40 x 0,40 m. A adubação na cova deve conter 20 litros de esterco de curral e 300 g de superfosfato simples.

O plantio deve ser feito preferencialmente na época chuvosa, que na região sudeste da Bahia, corresponde ao período de maio a agosto.

Adubação e Calagem

A adubação é feita de acordo com as análises químicas do solo. Em virtude da falta de estudos relacionados com a nutrição da acerola, sugere-se adaptações de formulados estudados e utilizados em outras regiões tropicais do país.

A CEPLAC recomenda a formulação 11-30-17, conhecida regionalmente, como Fórmula A nas seguintes dosagens de acordo com a idade da planta:

  • ·         100 g/planta 1º ano (2 vezes)
  • ·         200g/planta 2º anos (2 vezes)
  • ·         400g/planta 3º ano em diante (2 vezes)
Tratos Culturais

a) Poda da formação e condução
Poda de formação – altura 30 a 40 cm do solo
Poda de condução (após a safra) – eliminação dos ramos ladrões e malformados para facilitar a colheita (altura 1,70 a 2,0 m).
b) Controle de plantas daninhas
·         Roçagem manual e mecânica
·         Controle químico - herbicidas

Pragas e Doenças

Pragas

  • Pulgões (Aphis spiroecola)
  • Danos – atacam parte terminal dosramos, flores e frutos jovens.
  • Controle – pulverizações de óleo mineral de 1 a 1,5 % em água
  • Bicudo (Anthomomis floris)
  • Danos – faz sua ovoposição noovário das flores e nos frutos jovens. Os frutos ficam deformados.
  • Controle – pulverizar com parathion na época de floração, recolher e enterrar todos os frutos caídos no chão.
  • Mosca-das-frutas (Ceratitis capitata)
  • Danos – causa prejuízos aos frutos
Controle – usar produtos à base de fenthion como isca para mosca-das-frutas.

a) outras – eventualmente poderá ocorrer ataques de cochonilhas e cigarrinhas na aceroleira.

Doenças

a) Antracnose Agente causal – Colletotrichum gloeosporioides
Sintomas – ataca folhas e frutos – os sintomas são manchas circulares de cor marrom Controle – oxicloreto de cobre a 0,25 % a intervalos de 15 a 21 dias
b) Cercosporiose
Agente causal – Cercospora bunchosiae
Sintomas – pontuações arredondadas nas flores que amarelecem e caem. Ataque interno dá-se a desfolha total da planta.
Controle – fungicida a base de cobre.

c) Verrugose:

Agente causal – Sphaceloma sp
Sintomas – ataca ramos, folhas e frutos provocando deformações.
Controle – oxicloreto de cobre a 0,25 % aplicado a intervalor de 15 a 21 dias.

Produtividade e Colheita

A colheita é feita manualmente. O fruto quando atingir a cor rosada deve ser colhido. Os frutos quando maduros, estragam rapidamente e devem ser consumidos até três dias após a colheita. Um homem pode colher até 50 kg de frutos/dia.

Os frutos colhidos podem ser armazenados a 8ºC com 90% de umidade relativa e embalados em sacos de polietileno para preservar suas qualidades até sete dias.

A produtividade da aceroleira pode variar em função da variedade, condições ambientais e do manejo empregado. Área sem irrigação em Petrolina, PE a produtividade é de 17 kg de frutos/planta, com irrigação 100 kg de frutos/planta/ano.

Expectativa de produção: espaçamento 4,0 x 4,0 m – 625 plantas/ha, 100 kg/planta/ano – 62 t/ha.

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