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quinta-feira, 3 de março de 2016

Tudo o que você precisa saber para cultivar Pitangueira





Nome científico: eugenia uniflora

Sinonímia: eugenia brasiliana, eugenia costata, eugenia indica, eugenia lacustris, eugenia michelii, eugenia microphylla, eugenia parkeriana, stenocalyx affinis, stenocalyx brunneus, stenocalyx dasyblastus, stenocalyx glaber, stenocalyx impunctatus, stenocalyx lucidus, stenocalyx michelii, stenocalyx strigosus, stenocalyx uniflorus, myrtus brasiliana, plinia pedunculata, plinia rubra

Nomes populares: pitanga, pitangueira, cerejeira-brasileira, ginja, pitanga-branca, pitanga-do-mato, pitanga-rósea, pitanga-roxa, pitangueira-miúda, pitangueira-vermelha, pitanga-vermelha, pitangueira, pitangueira-comum

Altura: 1.8 a 2.4 metros, 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0 metros, 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros

Ciclo de vida: perene

Clima: equatorial, mediterrâneo, oceânico, semi-árido, subtropical, temperado, tropical

Floração: primavera, verão

Luminosidade: sol pleno

Origem: américa do sul, argentina, brasil, uruguai

Porte: atinge de 2 m a 10 m de altura

Propagação: sementes.

Regas: regulares, sempre que o solo estiver seco

Solo: ácido

Muito comum no brasil a pitangueira possui mais de 15 espécies diferentes. É uma árvore medianamente rústica, seu tronco é liso na cor bege-acinzentado com estrias que se formam na sua constante renovação da casca.

A copa é globosa de folhagem densa e perene de cor verde escura e folhas pequenas, lustrosas e aromáticas. Possuem flores brancas que surgem na primavera até o verão. Seus frutos começam a vingar com maior quantidade a partir do sexto ano de vida.

O bonsai de pitangueira tem um potencial incrível devido suas tonalidades de cores e o aspecto de seu tronco. A palavra “pitanga” vem do tupi-guarani pï’tana, que significa “vermelho” (a cor mais comum deste fruto). O fruto é também conhecido como brazilian cherry ou surinam cherry.

Solo

O solo para pitangueira precisa ser poroso para uma boa drenagem, deve conter também matéria orgânica (casca de pinheiro ralada é excelente).

Atenção

Toda a matéria orgânica deverá ter passado por um período de curtição por no mínimo 180 dias, ou poderão danificar as raízes da árvore bem como a formação de gases tóxicos no solo prejudicará a planta.

Uma boa composição do solo para o plantio de nosso bonsai de é a combinação de: 15% de areia grossa ou pedrisco 3 mm (calcária) + 50% de matéria orgânica + 30% caquinhos de cerâmicas 3 a 5 mm (tijolos /telhas) + 5% carvão.

Todos os componentes do solo deverão estar secos e peneirados para a retirada de partículas muito miúdas e do pó antes de ser usado. Deve ser plantada em vaso profundo.

Essa mistura é para cidades de clima quente. Caso você more em locais mais frios use uma mistura com menos matéria orgânica e mais cacos de cerâmica.

Rega

Como geralmente ocorre com a maioria dos bonsais de frutíferas, a pitangueira é uma árvore com consumo elevado de água.

No verão deve-se regar a pitangueira diariamente e se for preciso mais de uma vez ao dia com o objetivo de deixar sua terra sempre úmida. Em épocas mais frias, as regas deveram ser efetuadas somente quando a terra estiver seca na superfície do vaso.

O excesso de água em época fria pode causar o aparecimento de fungos e estes podem ocasionar a morte de nosso bonsai. Deve-se fazer pulverização diariamente em toda sua copa.

Alguns são contra esta pratica por motivos que eles consideram validos, não os critico. Se eles estão tendo sucesso assim que continuem, no meu caso tenho tido excelentes resultados usando esta pratica sem qualquer outro problema, apenas tome cuidado de não pulverizar a árvore quando ela estiver florida para que não se percam as flores.

Adubação

Durante o período de forte crescimento, devemos fazer uma adubação menos distanciada. Alguns adubos podem ser usados semanalmente outros a cada mês outros a cada 3 ou 9 meses escolha o que melhor lhe convier.

Os adubos mais indicados para quem possui uma grande quantidade de árvores são os orgânicos e ricos em fósforo (p), podendo ser adubos líquidos por via foliar ou sólidos postos na terra. Uma mistura orgânica que produz resultados excelentes é:

Torta de algodão ou mamona 50% mais farinha de osso 50% colocada na borda do vaso a cada trinta dias na proporção de uma colher de sopa rasa para vasos com 20 a 22 cm de comprimento (vasos menores ou maiores deverão receber quantidade proporcional ao seu tamanho).

Caso sua planta ainda esteja em formação e ainda não está em vaso para bonsai, pode se colocar esta mistura diretamente no solo, entretanto se o seu bonsai já está envasado, coloque a mistura em um potinho perfurado e enterrado no solo para que a mistura não se espalhe e com o tempo torne o substrato do vaso compactado – retire o potinho com a mistura a cada 2 meses).

Lembrando sempre que devemos fazer no mínimo uma vez por ano uma adubação com micronutriente (ca {cálcio}, mg {magnésio}, s {enxofre}, b {boro}, cl, cu, co, fe…).

A pitangueira não deve ser adubada um mês antes mês de seu transplante. Melhor época para iniciar a adubação é a primavera. Nunca adube plantas doentes ou recém transplantadas. Em meses muito quentes não adube.

As mirtáceas guardam energia que podem provocar brotações após terem suas raízes podadas, estas brotações não são sinais que as suas raízes estejam crescendo em baixo no solo, e que esteja tudo bem com a planta.

Tome muito cuidado com isso e aprenda a identificar este tipo de crescimento, pois se você usar adubos para incentivar o crescimento destes novos ramos poderá matar sua árvore.

A poda da pitangueira deve ser feita usando uma tesoura afiada.

Pode encurtando os novos rebentos com 6-8 pares de folhas para deixá-los com 1-2 pares. Podam-se todos os ramos que saem de zonas indesejáveis devendo procurar alcançar o estilo desejado.

Podas mais drástica deverão ser efetuados no final do inverno, início da primavera. A pitangueira brota na madeira velha suportando muito bem podas drásticas renovando-se logo depois com uma brotação intensa.

A pitangueira pode ser desfolhada no verão o que ocasionará um tom avermelhado em sua copa e a diminuição das folhas. Isso, porém só deverá ser efetuada em plantas sadias.

Use sempre tesouras e alicates de podas bem amoladas para que os cortes sejam limpos. Mantenha sua ferramenta sempre limpa para que não transmita alguma doença através da poda. Não economize quando for comprar suas ferramentas, as melhores são geralmente mais caras.

Transplante

Quando efetuarmos a troca de solo deverá podar no máximo 35 % das raízes. Deve-se providenciar a troca de terra da pitangueira anualmente ou a cada dois anos, fazendo isso normalmente no início da primavera quando a árvore inicia sua brotação intensa.

Nunca adube plantas doentes ou recém transplantadas.

Evite lavar as raízes da pitangueira se for necessário para se retirar a porção de solo ruim que veio com a muda, faça cortes no solo como fatias de pizza até bem próximo do tronco faça isso a cada ano até que toda terra ruim seja retirada.

Não se esqueça de pôr uma tela plástica nos furos do vaso. Para a firme sustentação da árvore e mantê-la assentada no vaso, passe arames ou barbante – que apodrecerá com o tempo – se optar pelo arame corte-os tão logo perceba que a árvore está com ótimo desenvolvimento. Se desejar poderá fazer uso de enraizadores para adiantar o processo de estabelecimento da árvore.

Comece a adubação cerca de 40 a 50 dias após o transplante quando os primeiros brotos estiverem crescendo, use metade do adubo que normalmente se usaria.

Mantenha a árvore na sombra até que comecem a aparecer os primeiros brotos após o que vá aumentando, aos poucos, sua exposição ao sol.

Aramagem

A aramagem é uma técnica usada que visa: corrigir o posicionamento dos ramos, conduzindo-os para a posição desejada. O tempo de permanência dos arames nos ramos vai depender do tipo de árvore e do seu crescimento.

Em média deixa-se o arame por seis meses verificando sempre se este não está produzindo marcas no tronco. Se os arames estiverem penetrando na casca tire-os imediatamente.

Deve-se evitar o uso de arames de cobre. Use arames encapados ou proteja o tronco do contato com ele. Tencionar os ramos tem sido uma técnica muito usada para alcançar a forma desejada, tencione o galho cuidadosamente, quando sentir que não é possível dobrar mais o galho pare.

Se for preciso tencionar mais o galho para que chegue a posição desejada, espere mais seis meses ou um ano até que a planta esteja restabelecida do primeiro movimento para tencioná-lo novamente.

Na pitangueira o arame usado deverá ser encapado ou deveremos fazer uma proteção no tronco para que não fiquem marcas.

Melhor época para aramação

Final do verão, mas poderá ser efetuada em outras estações.

A grossura do arame dependerá da força necessária para se vergar o ramo. Mas uma vez vou lembrar, na pitangueira devem-se proteger os ramos do contato direto com o arame. Para retirar o arame corte-os com um alicate próprio para isso.

Árvores com troncos lisos como os das pitangueiras devem estar livres de marcas, portanto podas efetuadas com ferramentas de excelente qualidade proporcionarão uma cicatrização rápida e perfeita.

Propagação

Os métodos mais usados são: a enxertia; a semente; no verão, o alporque.

O melhor modo de se propagar a pitangueira é utilizando suas sementes que germinam relativamente fácil. A enxertia é uma técnica mais difícil e requer certa habilidade do bonsaísta.

Não sendo usada no cultivo do bonsai na pitangueira por deixar marca permanente no tronco. O alporque pode ser usado produzindo como resultado uma planta mais madura que pode ir direto para o vaso. É um método muito usado por grandes bonsaístas experientes.

Dicas

Antes de fazer a aramagem suspenda as regas, isso fará os galhos ficarem mais flexíveis facilitando a torção do mesmo.

Caso surjam fungos esses podem ser tratados com a moderação na rega, e a retirada com uma escova e fungicida.

Para deixar mais flexível o fio de cobre aqueça-o no fogo antes de usá-lo.

Desfolhe a pitangueira no início de janeiro e ela brotará com uma folhagem menor.

Uma adubação rica em fósforo iniciada no final do inverno indo até outubro, induzirá a pitangueira a dar frutos no verão.

Se tiver dúvidas de como aplicar os métodos a cima busque a orientação de bonsaístas experientes.

Ambiente

A pitangueira é uma planta de exterior. Adora o sol. No verão é preciso protegê-la do sol mais intenso para não correr o risco de ter a copa da árvore danificada pelo calor.

A pitangueira ama a luz devendo ser colocada em lugares onde o sol incida diretamente sobre as folhas o maior número de horas possível. A exposição da pitangueira ao sol é indispensável para sua floração e a frutificação e diminuição das folhas bem como seus entrenós.

A pitangueira é uma árvore ou arbusto frutífero e ornamental, nativo da mata atlântica e conhecido principalmente pelos frutos doces e perfumados que fazem parte da cultura dos brasileiros.

O nome “pitanga” é de origem tupi e significa vermelho-rubro, uma alusão à cor dos frutos maduros. O porte pode ser arbustivo, entre 2 a 4 metros de altura, ou arbóreo, chegando nestes casos entre 6 e 12 metros.

A copa é densa e arredondada. O florescimento é errático, e pode ocorrer duas ou mais vezes ao ano, dependendo na maioria das vezes do clima da região de plantio e da variedade da planta.

As flores são pequenas, hermafroditas, brancas, perfumadas, com longos estames e muito melíferas, atraindo abelhas. As folhas são opostas, simples, ovais, acuminadas, glabras, avermelhadas quando jovens, e que gradativamente vão tomando a cor verde.

Os frutos são bagas globosas, deprimidas nos polos, com sulcos longitudinais e quando maduros ficam de cor vermelha, vinho e até mesmo negra, de acordo com a variedade.

A polpa é macia, suculenta e vermelha, recoberta por uma casca muito fina e delicada. Carrega entre 1 a 3 sementes grandes. No brasil não há uma grande diferenciação de variedades, mas temos o maior banco de germoplasma da espécie.

A pitanga é consumida geralmente ao natural. Seu sabor é doce, ácido, pungente e com aroma muito característico. Ela também é muito nutritiva, sendo rica em vitaminas e minerais.

Além de haver poucos produtores, ela é uma fruta frágil e de baixa durabilidade, por este motivo dificilmente é encontrada nas gôndolas dos supermercados.

É mais fácil encontrar produtos artesanais de pitanga em mercados regionais, como licores, cachaças aromatizadas, geleias e vinhos. No entanto, é crescente a produção industrial de polpas, sucos e picolés preparados à base de pitanga.

Além de suas qualidades como frutífera, a pitangueira é decorativa. Seu caule tortuoso e os galhos intensamente ramificados, com folhas miúdas, chamam a atenção, sendo muito apreciados em jardins residenciais.

Elas são frequentes em jardins sustentáveis que unem beleza e função, com preocupação ecológica. Jardins de inspiração italiana, que unem árvores frutíferas a formas geométricas também são perfeitos para pitangueiras.

Projetos de reflorestamento muitas vezes contam com esta espécie também que além de ser nativa, ainda é capaz de atrair a avifauna, com seus frutos doces.

A pitangueira é uma planta rústica e de baixa manutenção. É capaz de resistir a podas drásticas e frequentes. Por ser ramificada e tolerante a podas é também utilizada como cerca-viva. As adubações são necessárias semestralmente e no momento do plantio.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo preferencialmente fértil e profundo, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente por pelo menos dois anos após o plantio e em regiões semiáridas.

Adapta-se a diferentes tipos de solo, vegetando bem em solo pesadas e até mesmo em restingas e praias. Não tolera salinidade ou estiagem prolongada.

Resistente ao frio, é capaz de tolerar temperaturas abaixo de zero. Multiplica-se facilmente por sementes que germinam em cerca de 22 dias após o plantio.

Atualmente, os cultivos comerciais também obtêm sucesso com plantio através de alporques e estacas, garantido assim a homogeneidade do pomar e a perpetuação das características da planta mãe. Frutifica já no 3º ano após o plantio.

Medicinal

Indicações: febre, afecções estomacais, hipertensão, obesidade, reumatismo, afecções do fígado, cólicas menstruais, diabete, disenteria, gota, hipertensão, afecções da garganta, queda dos cabelos, bronquite, afecções cardiovasculares, diarreias

Propriedades: adstringente, analgésica, depurativa, digestiva, estimulante, refrescante, antioxidante, calmante, anti-inflamatória, diurética, vermífuga

Partes utilizadas: folhas e frutos

Apresenta uma boa quantidade de vitaminas e sais minerais.

Possui um valor calórico baixo.

A pitanga, com uma grande quantidade de cálcio que carrega, fósforo e ferro, além de vitaminas a e c, indicando seu elevado poder antioxidante, faz dela uma poderosa aliada para os ossos, ajudando a prevenir doenças como osteoporose.

As folhas da pitanga são usadas no tratamento de febre, doenças estomacais, hipertensão, obesidade, reumatismo, bronquite, doenças cardiovasculares e reidratação nos casos de diarreia. Tem ação antioxidante, calmante, anti-inflamatória e diurética.

Na composição da pitanga, destacam-se as antocianinas, pigmentos antioxidantes; os carotenoides, importantes na prevenção de doenças degenerativas, como doença arterial coronária, catarata e câncer; e os fenóis, que funcionam como anti-inflamatórios celulares.

Algumas dessas substâncias atuam sobre o câncer, protegendo o DNA celular contra mutações com possibilidade de levar à formação de um câncer.

A vitamina a presente na pitanga é capaz de neutralizar a ação de radicais livres, tendo uma ação anti-inflamatória e regenerativa, melhorando a consistência e a elasticidade da pele.

A pitanga também se é muito eficiente no controle de rugas e proliferação de acne.

Dica

Para fazer o chá da pitangueira, coloque dez folhas bem lavadas em meio litro de água e leve ao fogo. Quando ferver, desligue. Tome ao longo do dia.


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