Nome científico: eugenia
uniflora
Sinonímia: eugenia brasiliana, eugenia
costata, eugenia indica, eugenia lacustris, eugenia michelii, eugenia
microphylla, eugenia parkeriana, stenocalyx affinis, stenocalyx brunneus,
stenocalyx dasyblastus, stenocalyx glaber, stenocalyx impunctatus, stenocalyx
lucidus, stenocalyx michelii, stenocalyx strigosus, stenocalyx uniflorus,
myrtus brasiliana, plinia pedunculata, plinia rubra
Nomes populares: pitanga,
pitangueira, cerejeira-brasileira, ginja, pitanga-branca, pitanga-do-mato,
pitanga-rósea, pitanga-roxa, pitangueira-miúda, pitangueira-vermelha,
pitanga-vermelha, pitangueira, pitangueira-comum
Altura: 1.8 a 2.4
metros, 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0 metros,
6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros
Ciclo de vida: perene
Clima: equatorial,
mediterrâneo, oceânico, semi-árido, subtropical, temperado, tropical
Floração: primavera, verão
Luminosidade: sol pleno
Origem: américa do
sul, argentina, brasil, uruguai
Porte: atinge de 2 m a 10 m de altura
Propagação: sementes.
Regas: regulares, sempre que o solo estiver seco
Solo: ácido
Muito comum no brasil a pitangueira possui mais de 15 espécies diferentes. É uma árvore
medianamente rústica, seu tronco é liso na cor bege-acinzentado com estrias que
se formam na sua constante renovação da casca.
A copa é globosa de folhagem densa e perene de cor
verde escura e folhas pequenas, lustrosas e aromáticas. Possuem flores brancas
que surgem na primavera até o verão. Seus frutos começam a vingar com maior
quantidade a partir do sexto ano de vida.
O bonsai de pitangueira tem um potencial incrível
devido suas tonalidades de cores e o aspecto de seu tronco. A palavra “pitanga”
vem do tupi-guarani pï’tana, que significa “vermelho” (a cor mais comum deste
fruto). O fruto é também conhecido como brazilian cherry ou surinam cherry.
Solo
O solo para pitangueira precisa ser poroso para uma
boa drenagem, deve conter também matéria orgânica (casca de pinheiro ralada é
excelente).
Atenção
Toda a matéria orgânica deverá ter passado por um
período de curtição por no mínimo 180 dias, ou poderão danificar as raízes da
árvore bem como a formação de gases tóxicos no solo prejudicará a planta.
Uma boa composição do solo para o plantio de nosso
bonsai de é a combinação de: 15% de areia grossa ou pedrisco 3 mm (calcária) +
50% de matéria orgânica + 30% caquinhos de cerâmicas 3 a 5 mm (tijolos /telhas)
+ 5% carvão.
Todos os componentes do solo deverão estar secos e
peneirados para a retirada de partículas muito miúdas e do pó antes de ser
usado. Deve ser plantada em vaso profundo.
Essa mistura é para cidades de clima quente. Caso
você more em locais mais frios use uma mistura com menos matéria orgânica e
mais cacos de cerâmica.
Rega
Como geralmente ocorre com a maioria dos bonsais de
frutíferas, a pitangueira é uma árvore com consumo elevado de água.
No verão deve-se regar a pitangueira diariamente e
se for preciso mais de uma vez ao dia com o objetivo de deixar sua terra sempre
úmida. Em épocas mais frias, as regas deveram ser efetuadas somente quando a
terra estiver seca na superfície do vaso.
O excesso de água em época fria pode causar o
aparecimento de fungos e estes podem ocasionar a morte de nosso bonsai. Deve-se
fazer pulverização diariamente em toda sua copa.
Alguns são contra esta pratica por motivos que eles
consideram validos, não os critico. Se eles estão tendo sucesso assim que
continuem, no meu caso tenho tido excelentes resultados usando esta pratica sem
qualquer outro problema, apenas tome cuidado de não pulverizar a árvore quando
ela estiver florida para que não se percam as flores.
Adubação
Durante o período de forte crescimento, devemos
fazer uma adubação menos distanciada. Alguns adubos podem ser usados
semanalmente outros a cada mês outros a cada 3 ou 9 meses escolha o que melhor
lhe convier.
Os adubos mais indicados para quem possui uma
grande quantidade de árvores são os orgânicos e ricos em fósforo (p), podendo
ser adubos líquidos por via foliar ou sólidos postos na terra. Uma mistura
orgânica que produz resultados excelentes é:
Torta de algodão ou mamona 50% mais farinha de osso
50% colocada na borda do vaso a cada trinta dias na proporção de uma colher de
sopa rasa para vasos com 20 a 22 cm de comprimento (vasos menores ou maiores
deverão receber quantidade proporcional ao seu tamanho).
Caso sua planta ainda esteja em formação e ainda
não está em vaso para bonsai, pode se colocar esta mistura diretamente no solo,
entretanto se o seu bonsai já está envasado, coloque a mistura em um potinho
perfurado e enterrado no solo para que a mistura não se espalhe e com o tempo
torne o substrato do vaso compactado – retire o potinho com a mistura a cada 2
meses).
Lembrando sempre que devemos fazer no mínimo uma
vez por ano uma adubação com micronutriente (ca {cálcio}, mg {magnésio}, s
{enxofre}, b {boro}, cl, cu, co, fe…).
A pitangueira não deve ser adubada um mês antes mês
de seu transplante. Melhor época para iniciar a adubação é a primavera. Nunca
adube plantas doentes ou recém transplantadas. Em meses muito quentes não
adube.
As mirtáceas guardam energia que podem provocar
brotações após terem suas raízes podadas, estas brotações não são sinais que as
suas raízes estejam crescendo em baixo no solo, e que esteja tudo bem com a
planta.
Tome muito cuidado com isso e aprenda a identificar
este tipo de crescimento, pois se você usar adubos para incentivar o
crescimento destes novos ramos poderá matar sua árvore.
A poda da pitangueira deve ser feita usando uma
tesoura afiada.
Pode encurtando os novos rebentos com 6-8 pares de
folhas para deixá-los com 1-2 pares. Podam-se todos os ramos que saem de zonas
indesejáveis devendo procurar alcançar o estilo desejado.
Podas mais drástica deverão ser efetuados no final
do inverno, início da primavera. A pitangueira brota na madeira velha
suportando muito bem podas drásticas renovando-se logo depois com uma brotação
intensa.
A pitangueira pode ser desfolhada no verão o que
ocasionará um tom avermelhado em sua copa e a diminuição das folhas. Isso,
porém só deverá ser efetuada em plantas sadias.
Use sempre tesouras e alicates de podas bem
amoladas para que os cortes sejam limpos. Mantenha sua ferramenta sempre limpa
para que não transmita alguma doença através da poda. Não economize quando for
comprar suas ferramentas, as melhores são geralmente mais caras.
Transplante
Quando efetuarmos a troca de solo deverá podar no
máximo 35 % das raízes. Deve-se providenciar a troca de terra da pitangueira
anualmente ou a cada dois anos, fazendo isso normalmente no início da primavera
quando a árvore inicia sua brotação intensa.
Nunca adube plantas doentes ou recém
transplantadas.
Evite lavar as raízes da pitangueira se for
necessário para se retirar a porção de solo ruim que veio com a muda, faça
cortes no solo como fatias de pizza até bem próximo do tronco faça isso a cada
ano até que toda terra ruim seja retirada.
Não se esqueça de pôr uma tela plástica nos furos
do vaso. Para a firme sustentação da árvore e mantê-la assentada no vaso, passe
arames ou barbante – que apodrecerá com o tempo – se optar pelo arame corte-os
tão logo perceba que a árvore está com ótimo desenvolvimento. Se desejar poderá
fazer uso de enraizadores para adiantar o processo de estabelecimento da
árvore.
Comece a adubação cerca de 40 a 50 dias após o
transplante quando os primeiros brotos estiverem crescendo, use metade do adubo
que normalmente se usaria.
Mantenha a árvore na sombra até que comecem a
aparecer os primeiros brotos após o que vá aumentando, aos poucos, sua exposição ao sol.
Aramagem
A aramagem é uma técnica usada que visa: corrigir o
posicionamento dos ramos, conduzindo-os para a posição desejada. O tempo de
permanência dos arames nos ramos vai depender do tipo de árvore e do seu
crescimento.
Em média deixa-se o arame por seis meses
verificando sempre se este não está produzindo marcas no tronco. Se os arames
estiverem penetrando na casca tire-os imediatamente.
Deve-se evitar o uso de arames de cobre. Use arames
encapados ou proteja o tronco do contato com ele. Tencionar os ramos tem sido
uma técnica muito usada para alcançar a forma desejada, tencione o galho
cuidadosamente, quando sentir que não é possível dobrar mais o galho pare.
Se for preciso tencionar mais o galho para que
chegue a posição desejada, espere mais seis meses ou um ano até que a planta
esteja restabelecida do primeiro movimento para tencioná-lo novamente.
Na pitangueira o arame usado deverá ser encapado ou
deveremos fazer uma proteção no tronco para que não fiquem marcas.
Melhor época para aramação
Final do verão, mas poderá ser efetuada em outras
estações.
A grossura do arame dependerá da força necessária
para se vergar o ramo. Mas uma vez vou lembrar, na pitangueira devem-se
proteger os ramos do contato direto com o arame. Para retirar o arame corte-os
com um alicate próprio para isso.
Árvores com troncos lisos como os das pitangueiras
devem estar livres de marcas, portanto podas efetuadas com ferramentas de
excelente qualidade proporcionarão uma cicatrização rápida e perfeita.
Propagação
Os métodos mais usados são: a enxertia; a semente;
no verão, o alporque.
O melhor modo de se propagar a pitangueira é
utilizando suas sementes que germinam relativamente fácil. A enxertia é uma
técnica mais difícil e requer certa habilidade do bonsaísta.
Não sendo usada no cultivo do bonsai na pitangueira
por deixar marca permanente no tronco. O alporque pode ser usado produzindo
como resultado uma planta mais madura que pode ir direto para o vaso. É um
método muito usado por grandes bonsaístas experientes.
Dicas
Antes de
fazer a aramagem suspenda as regas, isso fará os galhos ficarem mais flexíveis
facilitando a torção do mesmo.
Caso surjam
fungos esses podem ser tratados com a moderação na rega, e a retirada com uma
escova e fungicida.
Para deixar
mais flexível o fio de cobre aqueça-o no fogo antes de usá-lo.
Desfolhe a
pitangueira no início de janeiro e ela brotará com uma folhagem menor.
Uma adubação
rica em fósforo iniciada no final do inverno indo até outubro, induzirá a
pitangueira a dar frutos no verão.
Se tiver
dúvidas de como aplicar os métodos a cima busque a orientação de bonsaístas
experientes.
Ambiente
A pitangueira é uma planta de exterior. Adora o
sol. No verão é preciso protegê-la do sol mais intenso para não correr o risco
de ter a copa da árvore danificada pelo calor.
A pitangueira ama a luz devendo ser colocada em
lugares onde o sol incida diretamente sobre as folhas o maior número de horas
possível. A exposição da pitangueira ao sol é indispensável para sua floração e
a frutificação e diminuição das folhas bem como seus entrenós.
A
pitangueira é uma árvore ou arbusto frutífero e ornamental, nativo da mata
atlântica e conhecido principalmente pelos frutos doces e perfumados que fazem
parte da cultura dos brasileiros.
O
nome “pitanga” é de origem tupi e significa vermelho-rubro, uma alusão à cor
dos frutos maduros. O porte pode ser arbustivo, entre 2 a 4 metros de altura,
ou arbóreo, chegando nestes casos entre 6 e 12 metros.
A
copa é densa e arredondada. O florescimento é errático, e pode ocorrer duas ou
mais vezes ao ano, dependendo na maioria das vezes do clima da região de
plantio e da variedade da planta.
As
flores são pequenas, hermafroditas, brancas, perfumadas, com longos estames e
muito melíferas, atraindo abelhas. As folhas são opostas, simples, ovais,
acuminadas, glabras, avermelhadas quando jovens, e que gradativamente vão
tomando a cor verde.
Os
frutos são bagas globosas, deprimidas nos polos, com sulcos longitudinais e
quando maduros ficam de cor vermelha, vinho e até mesmo negra, de acordo com a
variedade.
A
polpa é macia, suculenta e vermelha, recoberta por uma casca muito fina e
delicada. Carrega entre 1 a 3 sementes grandes. No brasil não há uma grande
diferenciação de variedades, mas temos o maior banco de germoplasma da espécie.
A
pitanga é consumida geralmente ao natural. Seu sabor é doce, ácido, pungente e
com aroma muito característico. Ela também é muito nutritiva, sendo rica em
vitaminas e minerais.
Além
de haver poucos produtores, ela é uma fruta frágil e de baixa durabilidade, por
este motivo dificilmente é encontrada nas gôndolas dos supermercados.
É
mais fácil encontrar produtos artesanais de pitanga em mercados regionais, como
licores, cachaças aromatizadas, geleias e vinhos. No entanto, é crescente a
produção industrial de polpas, sucos e picolés preparados à base de pitanga.
Além
de suas qualidades como frutífera, a pitangueira é decorativa. Seu caule
tortuoso e os galhos intensamente ramificados, com folhas miúdas, chamam a
atenção, sendo muito apreciados em jardins residenciais.
Elas
são frequentes em jardins sustentáveis que unem beleza e função, com
preocupação ecológica. Jardins de inspiração italiana, que unem árvores
frutíferas a formas geométricas também são perfeitos para pitangueiras.
Projetos
de reflorestamento muitas vezes contam com esta espécie também que além de ser
nativa, ainda é capaz de atrair a avifauna, com seus frutos doces.
A
pitangueira é uma planta rústica e de baixa manutenção. É capaz de resistir a
podas drásticas e frequentes. Por ser ramificada e tolerante a podas é também
utilizada como cerca-viva. As adubações são necessárias semestralmente e no
momento do plantio.
Deve
ser cultivada sob sol pleno, em solo preferencialmente fértil e profundo,
enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente por pelo menos dois anos
após o plantio e em regiões semiáridas.
Adapta-se
a diferentes tipos de solo, vegetando bem em solo pesadas e até mesmo em
restingas e praias. Não tolera salinidade ou estiagem prolongada.
Resistente
ao frio, é capaz de tolerar temperaturas abaixo de zero. Multiplica-se
facilmente por sementes que germinam em cerca de 22 dias após o plantio.
Atualmente,
os cultivos comerciais também obtêm sucesso com plantio através de alporques e
estacas, garantido assim a homogeneidade do pomar e a perpetuação das
características da planta mãe. Frutifica já no 3º ano após o plantio.
Medicinal
Indicações: febre, afecções
estomacais, hipertensão, obesidade, reumatismo, afecções do fígado, cólicas
menstruais, diabete, disenteria, gota, hipertensão, afecções da garganta, queda
dos cabelos, bronquite, afecções cardiovasculares, diarreias
Propriedades: adstringente,
analgésica, depurativa, digestiva, estimulante, refrescante, antioxidante,
calmante, anti-inflamatória, diurética, vermífuga
Partes utilizadas: folhas e frutos
Apresenta
uma boa quantidade de vitaminas e sais minerais.
Possui
um valor calórico baixo.
A
pitanga, com uma grande quantidade de cálcio que carrega, fósforo e ferro, além
de vitaminas a e c, indicando seu elevado poder antioxidante, faz dela uma
poderosa aliada para os ossos, ajudando a prevenir doenças como osteoporose.
As
folhas da pitanga são usadas no tratamento de febre, doenças estomacais,
hipertensão, obesidade, reumatismo, bronquite, doenças cardiovasculares e
reidratação nos casos de diarreia. Tem ação antioxidante, calmante,
anti-inflamatória e diurética.
Na
composição da pitanga, destacam-se as antocianinas, pigmentos antioxidantes; os
carotenoides, importantes na prevenção de doenças degenerativas, como doença
arterial coronária, catarata e câncer; e os fenóis, que funcionam como
anti-inflamatórios celulares.
Algumas
dessas substâncias atuam sobre o câncer, protegendo o DNA celular contra
mutações com possibilidade de levar à formação de um câncer.
A
vitamina a presente na pitanga é capaz de neutralizar a ação de radicais
livres, tendo uma ação anti-inflamatória e regenerativa, melhorando a
consistência e a elasticidade da pele.
A
pitanga também se é muito eficiente no controle de rugas e proliferação de
acne.
Dica
Para
fazer o chá da pitangueira, coloque dez folhas bem lavadas em meio litro de
água e leve ao fogo. Quando ferver, desligue. Tome ao longo do dia.
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