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sexta-feira, 4 de março de 2016

Tudo o que você precisa saber para cultivar Ixora





Nome científico: ixora chinensis

Nomes populares: ixora-chinesa, alfinete-gigante, ixora-vermelha, ixória-chinesa

Família: rubiaceae

Categoria: arbustos, arbustos tropicais, cercas vivas, flores perenes

Clima: equatorial, oceânico, subtropical, tropical

Origem: Ásia, China, Malásia

Altura: 1.2 a 1.8 metros

Luminosidade: meia sombra, sol pleno

Ciclo de vida: perene

A ixora-chinesa é uma planta arbustiva própria para jardins tropicais. Seu caule é de textura lenhosa, ramificado, ereto e pode alcançar até 2 metros de altura. As folhas são simples, de coloração verde-escura, coriáceas e muito brilhantes.

Com o crescimento da planta os ramos reclinam-se um pouco dando um aspecto mais despojado à planta. As inflorescências são terminais, em umbela, com numerosos botões alongados, que gradativamente abrem-se em flores com formato de estrela de quatro pontas. As flores podem ser alaranjadas, róseas, vermelhas ou amarelas.

A ixora-chinesa é uma planta maravilhosa, com seus cachos de florezinhas que despontam o ano todo, mas principalmente na primavera e verão.

No jardim ela pode ser plantada isolada, em grupos irregulares ou renques. Suas flores pequenas e coloridas são ricas em néctar e atraem beija-flores e borboletas.

Ocorrem ainda variedades anãs, menores e mais compactas, que podem ser utilizadas como forração e até mesmo em vasos e jardineiras.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. A ixora-chinesa é uma planta tipicamente tropical, não tolerando geadas ou neves.

Em países de clima temperado, ela pode ser cultivada em estufas úmidas. Fertilizações leves podem ser realizadas durante todo o ano, estimulando o permanente florescimento da planta. Multiplica-se por estaquia.

O que mais atrai os criadores nesta planta asiática é o fato dela combinar uma aparência compacta, ideal para cercas vivas ou arbustos modelados, lindas flores de cinco lados que atraem beija flores e uma grande adaptação ao clima tropical, o que torna seu cultivo pouco complicado no Brasil.

A somatória desses fatores torna-a excelente para decoração de exteriores, seja fazendo divisórias ou mesmo cultivada isoladamente, podendo na hora da poda ser esculpida artisticamente.

Cultivo

Onde e como plantar

Esta é uma planta que necessita ser cultivada a pleno sol, ou no máximo com sombra parcial de árvores maiores, mas de forma que ainda sim receba bastante luz durante o dia, logo, ao planejar seu plantio, observe bem as condições de iluminação do lugar.

Na hora do plantio, lembre-se de deixar alguns palmos de distância entre as mudas caso estiver compondo uma cerca viva, se elas ficarem extremamente juntas poderão prejudicar-se mutuamente competindo por espaço.

Faça covas maiores que o torrão da planta, de modo a poder colocar a mistura de solo e adubo tanto no fundo das covas, quanto em volta dos torrões.

Tipo de solo

Essa planta necessita de um solo fértil e de boa drenagem, para obter isso devemos misturar bastante areia e adubo orgânico ao solo onde estivermos plantando-a, a areia auxiliará a drenagem d’água, enquanto o fertilizante proverá todo nitrogênio necessário nos primeiros estágios de crescimento da planta.

Como cuidar

As regas devem ser diárias, principalmente quando a planta for jovem, porém sem nunca a encharcar. Quando a planta estiver mais crescida você poderá fazer a rega em dias alternados durante as épocas em que o solo demora mais para secar, como no frio.

Lembre-se de promover podas de formação frequentemente se você pretende moldar a planta de alguma forma específica, sempre com todos os cuidados necessário quanto a qualidade dos instrumentos usados e removendo sempre os ramos certos. Aplique a cada 2 meses um pouco de adubo orgânico sobre o solo para mantê-lo fértil, além de NPK rico em fósforo para estimular uma maior floração.

As ixoras são muito utilizadas nos jardins brasileiros, muito resistente ao calor e chamam atenção com suas flores globosas e vibrantes.

Ixora chinesa: ixora chinensis

Porte: pode chegar a uma altura de até 2 m, folhas simples, coriáceas e curtas.

Floração: muito visitadas por beija-flores, suas flores são numerosas com variadas cores vermelhas, vermelho-alaranjadas, róseas ou amarelas. Podendo ser apreciadas quase o ano todo e no verão principalmente.

Utilização no paisagismo: usada isoladamente ou em grupos formando renques ou conjuntos.

Ixora rei: ixora macrothyrsa

Porte: arbusto de até 2 metros de altura com folhas verde-escuras e coriáceas.

Floração: flores globosas, grandes e de um colorido vermelho bem vivo.

Utilização no paisagismo (igual para todas): usada isoladamente ou em grupos.

Lugar ideal (igual para todas): a pleno sol e com um solo rico em matéria orgânica vc terá uma planta maravilhosa e não poderá esquecer da rega por duas vezes na semana.

Ixora coral ou ixora midi: ixora coccinea

Porte: um arbusto que chega a medir 2,5m de altura com folhagens coriáceas de cor verde clara.

Floração: sua florada se dá na primavera e verão com cores vibrantes que vai do vermelho-alaranjado ao amarelo.

Utilização no paisagismo: usada isoladamente ou em grupos formando renques ou conjuntos.

Lugar ideal: a pleno sol e com um solo rico em matéria orgânica você terá uma planta maravilhosa e não poderá esquecer da rega por duas vezes na semana.

Adubar duas vezes ao ano no início da primavera com farinha de osso e húmus de minhoca e outra no início do verão com fertilizante NPK 4.14.8.

Ixora branca: ixora finlaysoniana

Porte: diferente de todos as outras ixoras essa pode chegar a uma altura de até 3 metros, muito ramificada com folhas alongada e densas.

Floração: ao longo do ano você poderá apreciar as belíssimas flores brancas, principalmente no verão e sendo muito visitadas por borboletas e beija-flores.

Utilização no paisagismo: emite brotações partidas das raízes formando touceiras densas então vai muito bem isoladamente, em grupos.

Lugar ideal: a pleno sol e com um solo rico em matéria orgânica vc terá uma planta maravilhosa e não poderá esquecer da rega por duas vezes na semana.

Adubar duas vezes ao ano no início da primavera com farinha de osso e húmus de minhoca e outra no início do verão com fertilizante NPK 4.14.8.

Ixora rosa: ixora undulata

Porte: de 1m à 2m de altura de textura lenhosa e bem ramificado.

Floração: de cor rosa formadas na primavera e verão.

Utilização no paisagismo: usada isoladamente ou em grupos formando renques ou conjuntos.

Lugar ideal (igual para todas).

A pleno sol e com um solo rico enriquecido com húmus de minhoca e permeável.

Perfil Etnobotânico de Ixora coccínea

O uso de plantas no tratamento e na cura de enfermidades é tão antigo quanto à espécie humana. Ainda hoje nas regiões mais pobres do país e até mesmo nas grandes cidades brasileiras, plantas medicinais são comercializadas em feiras livres, mercados populares e encontradas em quintais residenciais.

As observações populares sobre o uso e a eficácia de plantas medicinais contribuem de forma relevante para a divulgação das virtudes terapêuticas dos vegetais, prescritos com frequência, pelos efeitos medicinais que produzem, apesar de não terem seus constituintes químicos conhecidos (Maciel et al., 2002).

Dessa forma, usuários de plantas medicinais de todo o mundo, mantém em voga a prática do consumo de fitoterápicos, tornando válidas informações terapêuticas que foram sendo acumuladas durante séculos.

De maneira indireta, este tipo de cultura medicinal desperta o interesse de pesquisadores em estudos envolvendo áreas interdisciplinares e multidisciplinares, que juntas enriquecem os conhecimentos sobre a inesgotável fonte medicinal natural: a flora mundial (Maciel et al., 2002).

Como exemplos:

Botânica (identificação vegetal);

Química orgânica [semi-síntese de moléculas bioativas provenientes de metabólitos secundários; sínteses totais e/ou parciais de metabólitos secundários (também conhecidos como “metabólitos especiais”];

Fitoquímica (pesquisas que contemplam a preparação de extratos vegetais, fracionamento cromatográfico, isolamento, purificação e caracterização de metabólitos especiais);

4-farmacologia (terapêuticas de metabólitos especiais avaliação das propriedades);

Fitofarmacologia (estudos fitoquímicos e farmacológicos etnodirigidos);

6-bioquímica (pesquisas que avaliam metabólitos com enfoque quimiofarmacológico, em que se incluem também, obtenção de bioformulações e suas caracterizações físico-químicas, bem como encapsulamento de fitofármacos); físico-química orgânica (estudos que contemplam a obtenção de formulações biológicas, encapsulamento de fitofármacos e suas caracterizações físico-químicas).

Há inúmeras espécies de Ixora, a maioria de origem asiática. Dentre elas citamos a Ixora coccinea L. também chamada de ixora-japonesa é originária da Malásia e produz flores em creme, rosa e vermelho com as pétalas mais pontiagudas com altura até 0,80 m de altura. Aprecia locais ensolarados, solo bem adubado, com bom teor de matéria orgânica e bem drenado.

O pH = 5, mais ácido, é o ideal para o seu crescimento.

Encontra-se distribuída em todo mundo, compreendendo cerca de 500 gêneros e aproximadamente 7.000 espécies, sendo, portanto, uma das maiores famílias de angiopermas, ocorrendo tanto nas regiões frias como nas zonas temperadas e tropicais.

São plantas de hábito muito variado, vão desde ervas, arbustos, subarbustos, árvores, trepadeiras, com folhas opostas ou verticiladas, sempre com estipulas interpeciolares muito características e inteiras.

Exemplo comum desta família é a Genipa, o gênero do conhecido jenipapo com frutos do tamanho de uma laranja com polpa comestível, comum na região Nordeste Brasil.

Outro exemplo é Coffea, gênero nativo da África, com espécie extensamente cultivada entre nós. Dentre as flores destacam-se a gardênia (Gardenia), jasmim-do-cabo e ixora, com suas inflorescências de cores variadas e vistosas, e frequentemente encontradas nos jardins.

Embora o cultivo do gênero Ixora seja praticado no Brasil há 2séculos, com uso estritamente ornamental principalmente nos estados de clima quente, os povos orientais utilizam-no por muito mais tempo, com fins medicinais de uso popular.

A literatura mostra inúmeros trabalhos envolvendo o gênero Ixora no que diz respeito a sua propagação, controle de pragas, investigações nas áreas de química inorgânica.

Estudos fitoquímicos mostraram a presença de terpenóides (Reena, 1994), flavonóides e alcalóides. Das flores de Ixora coccinea, foram identificados, misturas de hidrocarbonetos, sesquiterpenos, esteróides, mistura de triterpenos, bem como o açúcar manitol.

Evidenciou-se ainda, a presença do triterpeno ácido ursólico, tendo sido isolado em bons rendimentos.

Este triterpeno possui ações medicinais, tais como: hepatoprotetor, anti-inflamatório, antialérgico, antibacteriano, antiviral, antifúngico, antimalárico, anti-HIV, diurético, hipoglicemiante e antiproliferativo .

De forma geral, espécie medicinais que podem ser encontradas em países diferentes em torno do mundo, despertam aos pesquisadores vinculados aos estudos de química de produtos naturais, interesses inesgotáveis já que mudanças químicas (quimismo das plantas sofre modificações) podem ocorrer devido aos fatores ambientais diferentes, tais como a fertilidade, a umidade, a radiação solar, a temperatura do vento, os herbívoros e a poluição do ar/solo.

Estas variações podem esclarecer resultados diferenciados na ação farmacológica da planta, evidenciados em estudos comparativos. Em adição, outros fatores como a idade da planta e o momento de coleta, podem igualmente trazer mudanças nos teores dos constituintes químicos de metabólitos especiais, bem como nos bioresultados.


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