Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Caesalpinioideae
Tribo: Detarieae
Género: Hymenaea
Espécie: H.
courbaril
Nome binomial Hymenaea
courbaril
Jatobá é um nome popular que se refere a árvores do gênero
Hymenaea L. (Fabaceae - Caesalpinioideae). Estas também são conhecidas pelos
nomes jataí, jutaí e pão-de-ló-de-mico.
São árvores que ocorrem em toda América Latina, com seu
centro de diversidade na Floresta Amazônica.
"Jatobá" (árvore com frutos moles é oriundo do
tupi yata'wá. "Jataí" deriva do tupi yata'i. "Jutaí" é
oriundo do tupi yuta'i. "Pão-de-ló-de-mico" é uma referência ao pó no
interior de seu fruto, que se parece com o pão de ló e que costuma ser
consumido pelos micos.
Com altura entre quinze e trinta metros e um tronco que pode
ultrapassar um metro de diâmetro, suas folhas têm dois folíolos brilhantes com
de seis a quatorze centímetros de comprimento.
O fruto é um legume indeiscente, de casca bastante dura.
Cada legume costuma ter 3 sementes e é preenchido por uma massa
verde/amarelada, comestível, com grande concentração de ferro, indicado para
anemias crônicas. Doces feitos com esta farinha eram muito comuns até o século
XIX.
A madeira é empregada na construção civil em vigas, caibros,
ripas, acabamentos internos (marcos de portas, tacos e tábuas para assoalhos),
na confecção de artigos para esportes, cabos de ferramentas, peças torneadas,
esquadrias, joias, objetos de arte e peças de decoração, bem como móveis de
alto luxo.
Conhecida, em inglês, como brazilian-cherry, a madeira do
jatobá consta, junto com as do ipê (brazilian-walnut) e as do mogno (mahogany),
no grupo das dez mais valiosas madeiras do mundo.
A polpa do legume é comestível e muito nutritiva. É usada
como alimento também pela fauna. A dispersão das sementes - de duas a quatro em
cada legume - se dá, em grande parte, por morcegos.
Entre seringueiros e moradores de regiões próximas das
florestas onde se encontram, é comum se utilizar a casca da árvore para fazer
um chá, também chamado de "vinho de jatobá".
Acreditam que este chá é um poderoso estimulante e
fortificante. Por volta do início dos anos 2000, para evitar a retirada da
casca, a Universidade Federal do Acre desenvolveu um método de extração do
vinho do jatobá através de uma mangueira.
Os mercados americanos e europeus são grande mercado para os
extratos de jatobá.
Como planta medicinal, diferentes partes são usadas por
indígenas do Brasil, Guianas e Peru contra diarreia, tosse, bronquite,
problemas de estômago e fungos nos pés.
Estudos recentes indicam que jatobás antigos podem produzir
substâncias com eficácia no combate a alguns tipos de câncer.
Tem sido usada na recomposição de matas degradadas e, com
este fim, suas sementes são comercializadas pelas redes de sementes oficiais de
seus biomas de origem.
Este fruto trazia equilíbrio de anseios, desejos,
sentimentos e pensamentos. Os índios costumavam, em tempos remotos, comer um ou
dois pedaços de jatobá e, logo após, fazer rodas de meditação.
Ao longo do tempo, as pessoas foram se perguntado se a polpa
do fruto fazia mesmo efeito sobre a saúde mental e sentimental. Com isso,
muitos cientistas passaram a estudar seus efeitos.
Estes concluíram que o jatobá traz alguns benefícios
importantes, como a organização mental e a purificação dos sentimentos. Já o
quanto tempo a pessoa precisa se alimentar disso para se sentir bem ainda é
contestável.
O tronco da árvore é muito forte e bem desenvolvido, e
juntamente com seus ramos liberam grande quantidade de seiva. Suas flores
nascem na forma de cachos, nas pontas dos ramos, e são delicadamente
esbranquiçadas.
Além de ser uma bela árvore, também é conhecida por possuir
importantes propriedades medicinais ao organismo humano.
Há muitas décadas a árvore é utilizada como alimento através
de seus frutos, além dos fins medicinais. Entre suas principais propriedades
estão:
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Adstringente;
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Antibacteriana;
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Antiespasmódica;
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Antifúngica,
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Anti-inflamatória;
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Antioxidante;
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Aperiente;
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Balsâmico;
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Descongestionante;
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Diurética;
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Estimulante;
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Estomáquica;
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Expectorante;
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Fortificante;
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Hepatoprotetora;
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Laxativa;
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Peitoral;
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Tônica;
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Vermífuga.
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As utilidades mais conhecidas da árvore jatobá são para o
tratamento de males respiratórios ou gastrintestinais. Quem sofre de asma,
bronquite, rinite e outros problemas respiratórios; ou ainda de úlceras,
gastrite, azia regular e demais problemas gastrintestinais podem beneficiar-se
grandemente ao incluir a jatobá em seu tratamento.
Por ser diurética, também é fortemente indicada para
cistites, infecções urinárias e cálculos renais. O consumo regular do jatobá
estimula a eliminação de líquidos, provocando uma espécie de “limpeza” não
apenas no organismo, mas principalmente nos rins e trato urinário.
Ainda, outro grande benefício dessa propriedade é que, ao
eliminar o excesso de líquidos, o corpo desincha e perde alguns quilos extras.
Outras indicações para o consumo da árvore jatobá são:
blenorragia, cólicas, fraqueza pulmonar, hemorragias, úlceras bocais,
disenteria, escarro de sangue e dispepsia.
Em farmácias e lojas de produtos naturais poderá encontrar
as cascas do jatobá trituradas e prontas para o preparo de seu chá. Leve ao
fogo um litro de água, juntamente com duas colheres de sopa das cascas da
árvore.
Deixe ferver por 10 minutos, então abafe o recipiente,
desligue o fogo e aguarde amornar. Quando a temperatura estiver adequada para
consumo, coe e beba o chá duas vezes por dia.
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