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quarta-feira, 30 de março de 2016

Ingá - Inga laurina




 

Classificação científica



Reino: Plantae



Divisão: Magnoliophyta



Classe: Magnoliopsida



Ordem: Fabales



Família: Fabaceae



Subfamília: Mimosoideae



Género: Inga



O(a) ingá, também chamado(a) ingazeira, é uma árvore do gênero Inga, da subfamília Mimosoideae, da família Fabaceae. "Ingá" também designa o fruto da árvore: uma longa vagem que contém sementes envolvidas por uma polpa muitas vezes comestível.



É muito comum nas margens de rios e lagos, sendo muito procurado pela fauna e pelo homem por suas sementes envolvidas por polpa branca e adocicada. O ingazeiro costuma apresentar floração mais de uma vez por ano.







São conhecidas cerca de 300 espécies do gênero Inga. O atual centro de diversidade do gênero é a floresta amazônica, mas o gênero possui representantes no México, Antilhas e em toda a América do Sul, sendo um gênero exclusivamente neotropical. Em geral, os ingás preferem nascer às margens dos rios, devido à grande quantidade de sementes levadas e depositadas nas várzeas pelas enchentes.



"Ingá" se originou do termo tupi in-gá. De acordo com alguns, "ingá" significa "embebido, empapado, ensopado", devido talvez à consistência da polpa aquosa que envolve as sementes.



Todas as espécies de ingá produzem frutos em vagens, que podem atingir até mais 1 m de comprimento, dependendo da espécie, mas no geral, a maioria das espécies possuem frutos com até cerca de 10 – 30 cm de comprimento.



As espécies são facilmente reconhecidas a nível de gênero por apresentares folhas compostas, paripinadas, raque foliar normalmente alada, nectários foliares entre cada par de folíolos e sarcotesta envolvendo as sementes.



Esta última característica é única na subfamília, o que diferencia Inga dos demais gêneros. Existem várias espécies, que se diferenciam pelo tamanho do fruto, outras pelo tamanho e tipo dos nectários foliares, porém, quase sempre, se utiliza várias características morfológicas para diferenciar as espécies, tarefa que nem sempre é fácil.



A polpa que envolve as sementes, denominada em termos corretos de sarcotesta é branca, levemente fibrosa e adocicada, bastante rica em sais minerais, e é consumida ao natural.



Também é usada na medicina caseira, sendo útil no tratamento da bronquite (xarope) e como cicatrizante (chá). A árvore pode chegar a uma altura de 15 metros, é muito utilizada para sombreamento dos cafezais.



A planta prefere solos arenosos perto de rios. Com flores de coloração branco-esverdeada, a ingazeira frutifica praticamente em todo o ano.



As crianças guaranis no litoral norte de São Paulo, no Brasil, ensinam que, para reconhecer se o ingá está bom para comer, deve-se ver a cor da polpa que envolve as sementes dentro da fava.



Uma vez aberta a fava, que é bem dura, mas que se rompe sob pressão ao longo de sua linha de costura, observa-se a cor da polpa: se estiver preta, não presta para comer, mas, se a polpa estiver esbranquiçada, está boa e seu sabor e aroma são muito agradáveis.



Embora o ingá tenha propriedades nutritivas e um sabor agradável, na região Amazônica o fruto é consumido mais por distração do que por apreciação.



De qualquer forma, o ingá é rico em sais minerais, essenciais para o bom funcionamento do organismo. Sua casca é usada na cicatrização de feridas e o xarope do fruto também é utilizado no tratamento da bronquite.



O fruto é consumido unicamente in natura, visto que o mesmo não se presta a preparações culinárias. As vagens de ingá podem ser encontradas facilmente em mercados das cidades da região Norte do Brasil.


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