Planta da família das Myrtaceae, também conhecida como
gabirobeira, gabirova, gavirova, goiaba-da-serra, guabiroba-da-mata,
guabirobeira, guabirova, guariroba, guarirova, guavira, guaviroba, guavirova;
guariroba, guabirá .
Parte utilizada: Frutos, cascas, folhas.
Princípios Ativos
Proteínas, carboidratos, niacina, sais minerais (ferro,
fósforo, cálcio), vitaminas do complexo B.
Propriedades medicinais
Adstringente, antidiarreica, antidesintérica.
Indicações
Cistite, uretrite, diarreia, disenteria.
Modo de usar
Consumidas "in natura": diarreia, disenteria;
Preparo de geleias, licores, sucos, doces e sorvetes;
Infusão das cascas e/ou folhas: cistite e uretrite.
Nome indígena
Guabiroba vem do tupi guarani e significa “fruto da casca
amarga” característica bem notória para qualquer pessoa que mastigar a casca
desse fruto.
Existe a variedade arbórea chamada popularmente de guabiroba
amarela ou do mato; e a variedade rasteira chamada de Guabiroba rasteira ou da
praia.
Ocorre na floresta semidecidua (que perde as folhas no
inverno) em toda a bacia do Rio Paraná e na Floresta Atlântica do Espírito Santo
ao Rio Grande do Sul, Brasil.
Características
Pode ser um arbusto de 50 cm de altura por até 1,5 m de
ramagem lateral ou uma árvore de 5 cm a 20 metros de altura com tronco reto de
30 a 50 cm de diâmetro, com casca sulcada, suberosa (com espessura variável e
áspera) e descamante.
A guabiroba rasteira é facilmente reconhecida por suas
folhas arredondadas de coloração verde clara com margens enrugadas e nervuras
profundamente impressas na face superior.
A folha é papirácea
(textura de papel) e medem 4,5 a 8 cm de comprimento por 2 a 4 cm de
largura. A base é cuneada (tem forma de cunha), a margem é ondulada e o ápice é
obtuso (arredondado).
A guabiroba amarela tem folhas mais estreitas, medindo no
máximo 1,2 a 2,2 cm de largura, com textura coriácea (rija como couro) e ápice
acuminado (com ponta longa), diferindo da primeira pela coloração verde
amarelada das folhas.
As flores são simples, solitárias, axilares ou laterais e
hermafroditas. Cada flor mede de 1,5 a 2,0 cm de comprimento, são actinomorfas
(com vários planos passando num mesmo eixo), com longos pedicelos (haste que
suporta a flor) e cálice (invólucro esterno) com 5 lobos ou recortes agudos; e
corola (invólucro interno) com 4 a 6 pétalas brancas ovadas.
Dicas para cultivo
Árvore de crescimento rápido que é resiste a geadas
inferiores a 0 grau, vegeta bem em qualquer altitude. O solo pode ser profundo,
úmido, neutro, com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho) e até
pedregoso, porém, deve ter boa fertilidade natural. A árvore inicia a
frutificação a partir do 3 ano para a Guabiroba rasteira e a partir do 5 ano
para a Guabiroba amarela.
Mudas
As sementes são de cor creme, arredondadas, semelhantes a
uma ferradura e recalcitantes (perde o poder germinativo rapidamente). Germinam
em 10 a 40 dias se o substrato for rico em matéria orgânica e haver irrigação
diária.
As mudas de guabiroba amarela atingem 30 cm com 4 meses e as
mudas de guabiroba rasteira atingem 20 cm com 4 ou 5 meses.
Plantando
Pode ser plantada a pleno sol como em bosques com árvores
grandes bem espaçadas. Espaçamento 6 x 6 m para a Guabiroba amarela ou 3 x 3 m
para Guabiroba rasteira.
Faça covas com 40 cm de largura, altura e profundidade,
misturando a terra solta 500g de calcário e1 kg de cinzas e 8 kg de matéria
orgânica bem curtida, deixando curtir por 2 meses.
A melhor época de plantio é de setembro a outubro. Depois de
plantada, irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se
faltar água na época da florada.
A guabiroba rasteira pode ser plantada em vasos grandes com
40 cm de boca e 50 cm de altura substrato feito com 50% de terra vermelha, 30%
de matéria orgânica e 20% de areia saibro de reboco.
Cultivando
Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos
que nascerem na base do tronco. Adubar com composto orgânico, pode ser 6 kg de
matéria orgânica bem curtida + 30 g de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a
cada ano até o 4º ano.
Usos: Frutifica de outubro a janeiro. Os frutos são
consumidos in natura, ou usados para fazer geleias, sorvetes e licores
deliciosos.
As árvores não devem faltar em reflorestamentos de
preservação permanente, pois seus frutos alimentam diversas espécies de
pássaros e outros animais e a madeira é de boa qualidade para obras internas.
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