O
Brasil vem destacando-se mundialmente como um importante produtor e consumidor
de frutas, especialmente as tropicais e subtropicais. Muitas fruteiras são
nativas do Brasil e muitas delas ainda são desconhecidas ou pouco conhecidas.
Dentre
estas, destacam-se as anonáceas, que no passado não apresentavam importância,
mas que atualmente se transformaram em cultivos rentáveis e geradores de
empregos.
Dentro
da família das Anonáceas, destacam-se a Graviola (Annona muricata), Pinha, Ata
ou Fruta-do-Conde (Annona squamosa), Cherimólia (Annona cherimola) e Atemóia
(híbrido entre cherimólia e pinha).
Dentre
as anonáceas, o cultivo da gravioleira é bastante recente. Com a evolução do
mercado, muitas áreas comerciais têm surgido em diversos Estados brasileiros,
destacando-se Bahia, Ceará, Pernambuco, Alagoas e Minas Gerais.
A
graviola é uma fruta originária das Antilhas, prefere climas úmidos, baixa
altitude, e não exige muito em relação a terrenos.
A
graviola é uma árvore de pequeno porte (atinge de 4 a 6 metros de altura) e é encontrada
em quase todos os países tropicais, com folhas verdes brilhantes e flores amareladas,
grandes e isoladas, que nascem no tronco e nos ramos.
Os
frutos têm forma ovalada, casca verde-pálida, são grandes, chegando a pesar
entre 750 gramas a 8 quilos e dando o ano todo. Contém muitas sementes, pretas,
envolvidas por uma polpa branca, de sabor agridoce, muito delicado e semelhante
à fruta-do-conde.
A
tecnologia adotada nas diversas regiões produtoras é muito variável, havendo
produtores que não usam quase nenhuma tecnologia moderna, como irrigação,
nutrição adequada, poda, proteção dos frutos e controle fitossanitário, com
métodos orgânicos, comprometendo a produtividade e qualidade dos frutos
produzidos.
Apesar
disso, diversos produtores têm cultivado a gravioleira de forma racional,
adotando a tecnologia disponível e obtendo produtividades elevadas e boa
rentabilidade.
Esta
fruta é conhecida não somente por seu delicioso sabor característico, levemente
azedo, bem como seu riquíssimo conteúdo em nutrientes. Cerca de 100 gramas de
graviola fornecem em média 60 calorias, 25 mg de cálcio, 28 mg de fósforo e 26
mg de vitamina C (um terço da recomendação de ingestão diária).
Raio x
Solo:
com textura leve, profundo, bem drenado e arejado
Clima:
temperaturas entre 21 ºC e 30 ºC
Área
mínima: pode ser plantada em pomares caseiros
Colheita:
12 meses após a enxertia ou de cinco a seis meses depois da abertura floral
Mãos à obra
Início
Mudas
enxertadas de gravioleira dão um pomar mais homogêneo. Procure por um viveirista
com referência, para assegurar a qualidade da planta.
O
melhor pegamento das mudas ocorre nos meses com maior incidência de chuva, o
que ainda contribui para reduzir custos, tendo em vista a menor necessidade de
irrigação.
Ambiente
Regiões
tropicais e subtropicais, com temperaturas entre 21 e 30 graus são adequadas
para o bom desenvolvimento da gravioleira. A planta não tolera locais frios,
mudanças bruscas de clima e muito menos geadas.
Plantio
Embora
aceite qualquer tipo de solo, devido a seu sistema radicular desenvolvido, a
planta prefere os de textura leve, profundos, bem drenados e arejados.
Os
melhores resultados no cultivo da graviola são obtidos em solos com elevados
teores de matéria orgânica e acidez corrigida.
Espaçamento
Recomenda-se
espaçamentos de 4 x 4 metros a 8 x 8 metros, o que depende de uma série de
fatores, como solo, nível de tecnologia aplicada (mecanização, condução da
planta, poda, por exemplo), topografia, condições climáticas, entre outros.
Em
geral, o tamanho das covas é de 60 x 60 x 60 centímetros. Elas devem ser
feitas, no mínimo, 30 dias antes do plantio das mudas.
Consórcio
Até a
produção plena, pode levar de quatro a cinco anos. Nesse período, no entanto, é
possível cultivar outras plantas, em sistema intercalado, para garantir alguma
renda na área. Algumas sugestões são hortaliças, feijão e frutas como maracujá,
mamão e abacaxi.
Produção
Após
12 meses da enxertia, pode ser iniciada a florescência da gravioleira. Porém, a
recomendação é que sejam eliminados os primeiros frutos, com o objetivo de
preservar o vigor da muda por mais tempo.
As
graviolas podem ser colhidas manualmente, mas com cuidado. Se destacadas da
planta ainda verdes, as frutas ficam ácidas e amargas.
Quando
muito maduras, podem ter sido bicadas por aves ou atacadas por insetos, além de
ficarem mais vulneráveis a danos no manuseio e transporte.
Uma
dica é apanhar as graviolas na fase em que a cor da casca passa do verde-escuro
para o verde-claro e as espículas (saliências da casca) quebram facilmente.
Por se
tratar de uma fruta com riquíssima composição nutricional, a graviola apresenta
inúmeras propriedades terapêuticas, podendo ser utilizada em sua totalidade.
Aproveitam-se
as folhas, as flores, os brotos, os frutos verdes ou maduros. A graviola pode
ser utilizada sob a forma in natura, sob a forma de chás, preparada como
cataplasmas que são sobrepostos diretamente nas afecções cutâneas e também em
cápsulas que contêm os princípios nutricionais desta maravilha da natureza.
Porém,
uma das maiores descobertas sobre a graviola foi sua sensacional capacidade de
agir contra as células do câncer, mostrando em testes em laboratório um
potencial extraordinário.
Dentre
as propriedades terapêuticas da graviola podem-se destacar o seu potencial
diurético, adstringente, vitamínico, anti-inflamatório, antirreumático, bem
como sua propriedade antiespasmódica, antitussígena e anticancerígena.
É boa
fonte de vitaminas do complexo B, importantes para o metabolismo de proteínas,
carboidratos e gorduras, incrementando o cardápio com vitaminas e minerais, bom
para a saúde.
É ruim
para pessoas com caxumba, aftas ou ferimentos na boca, que devem evitar
consumi-la in natura, pois sua acidez é irritativa e pode provocar dor.
Apesar
de estar aqui há muito tempo e ser popular nas regiões norte e nordeste do
país, somente nos últimos anos tornou-se mais conhecida entre os brasileiros
dos estados do Centro-Sul.
Da
família da Annonaceae, a mesma da fruta-do-conde, da cherimoia, da biribá,
entre outras, a graviola (Annona muricata L.) foi trazida para cá pelos
colonizadores portugueses no século XIV, embora deva ser dado aos exploradores
espanhóis o crédito pela disseminação da planta pelas áreas tropicais do
planeta.
Sua
origem, no entanto, é a América Central e os vales peruanos, com destaque para
a produção da Venezuela, a maior entre os países da América do Sul.
Fruta
aromática, com polpa branca, de sabor suave e levemente ácido, a graviola pode
ser consumida naturalmente, mas é muito usada para a fabricação de doces,
sucos, sorvetes e geleias.
Rica
em vitamina A, C e do complexo B, também contém cálcio, ferro, magnésio,
potássio e fósforo. Diurética, a graviola ainda é dotada de propriedades que
evitam espasmos, disenterias e problemas de nevralgia.
O
fruto pode chegar a dez quilos, como a variedade morada, que apresenta
rendimento de 40 quilos de polpa por ano no auge da produção – aos seis anos de
idade.
Crioula,
lisa e branca são outras opções com bom desenvolvimento. Sítios e chácaras são
locais onde a planta pode ser cultivada, como também em pomares caseiros.
Entre
as principais pragas que atacam a gravioleira destacam-se a broca-do-fruto, a
broca-do-tronco e a broca-da-semente. A antracnose é a doença fúngica que mais
afeta a planta.
Quando
a fruteira estiver infectada por insetos ou doenças, o mais indicado é
consultar um profissional habilitado para obter as orientações de controle
necessárias.
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