O keppel (Stelechocarpus burahol) é uma fruta do tamanho de
uma maçã, da família das Anonáceas (a mesma da fruta-de-conde, dos araticuns e
da graviola), originária da ilha de Java, na Indonésia.
A árvore que o produz é belíssima, chegando a atingir mais
de 20 m de altura em seu habitat natural. Suas enormes folhas, de até 30 cm de
comprimento, possuem quando jovens uma coloração que passa por tons de carne,
rosa-choque e vermelho-vinho.
A copa é piramidal e muito densa, lembrando de longe a de um
jambeiro (Syzygium malaccense). Também muito decorativas são suas flores, as
femininas com longo pedúnculo ("cabinho"), nascidas do tronco e muito
perfumadas.
Os frutos assemelham-se externamente a um sapoti (Manilkara
zapota) esférico, mas possuem polpa amarelo-alaranjada, macia, doce e
aromática.
Possui um leve sabor de coco-da-baía (Cocos nucifera), mas
sua textura remete à do mamão (Carica papaya).
A fama do keppel no Ocidente adveio dos escritos de David
Fairchild, o grande explorador de plantas norte-americano, e que dá nome ao
Fairchild Tropical Garden.
Em Yogyakarta (nome atual de Djokjakarta), localizada em
Java na Indonésia, o yankee encantou-se com a elegância e imponência da árvore.
Ele nos revelou que a fruta era a grande favorita entre as mulheres do harém do
Sultão.
Os jardins do Taman Sari (Palácio das Águas), notável
conjunto arquitetônico projetado pelos portugueses no século XVIII, e integrado
ao Kraton (Palácio do Sultão), são arborizados com vários exemplares de
Stelechocarpus burahol. Reza a lenda que as secreções de quem saborear esses
frutos exalará um intenso aroma de violetas.
Fairchild levou sementes em 1926 para os EUA, mas nenhuma
das plantas delas oriundas sobreviveu em cultivo. Foi somente na década de
1970, que o colecionador de frutas Bill Whitman logrou cultivar e frutificar o
keppel na Flórida.
Cultivado a sol pleno e em terra rica em húmus, mantida
sempre úmida, porém sem encharcamento. Na Natureza, esta espécie habita
florestas tropicais ou seu entorno, e segundo trabalhos recentes, encontra-se
ameaçada de extinção na Indonésia.
Sem dúvidas a rainha das frutas raras. Esta fruta, da
família da Pinha, da Atemoia e Cherimoia, é originária de Brunei, onde só os
membros da família real podiam comer seus frutos.
Você deve estar se perguntando o porquê de tanto mistério ao
redor desta espécie, e a resposta é a seguinte: o consumo dos frutos deixa na
pele um maravilhoso perfume de violetas!
Extraordinário fruto do tamanho de uma maçã, de formato
esférico e casca marrom, de polpa amarelo-alaranjada, macia, doce e aromática.
Seu sabor lembra o do coco-da-bahia, e sua textura a do
mamão. A árvore é belíssima, de porte médio, cauliflora e suas folhas jovens
são muito coloridas, passando por tons de carne, rosa-choque e vermelho-vinho.
Usos
A fruta é consumida ao natural, ou sob a forma de sucos; A
árvore é muito ornamental, e pode ser empregada com destaque, seja pela beleza
de sua frutificação, quanto de sua folhagem jovem.
Cultivo
Sol pleno, em solos úmidos, porém drenados, ricos em húmus.
De clima tropical, pode ser cultivada até em climas mais frios, onde perde
parte das folhas durante os invernos (geadas). Aprecia adubações regulares.
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