Nomenclatura e significado
Tanimbuca vem do Tupi-guarani e quer dizer “Frutos
pendurados como brinco”. Também é chamado de Cuiarana, Tarumarana e Boca-Boa
por causa do delicioso sabor de ameixa do fruto.
Origem
Nativa da floresta hombrofila densa, ocorrendo com muita
raridade também na transição para floresta semidecidual. É planta endêmica do
Brasil e localizada primeiramente no estado de São Paulo, e depois localizada
nos estados da Bahia, Minas Gerais, Espirito Santo e Rio de Janeiro, Brasil.
Observações
Essa espécie estava erroneamente classificada primeiro como
Buchenavia tomentosa que se difere dessa por ter folhas largamente obovadas
(com forma de ovo invertido com a parte larga no ápice) e ter o ápice
arredondado, bem como por ter tomento ou lanugem branca permanente até mesmo no
dorso das folhas velhas.
E uma segunda classificação errada era Buchenavia
macrophylla, mais essa espécie se difere da Buchenavia hoehneana por ter folhas
apiculadas (com ponta curta) e pecíolo ou cabinho bastante longo.
Todos os que compraram mudas dessa tanimbuca com o nome
cientifico de buchenavia tomentosa ou buchenavia macrophylla tem uma raríssima
frutífera em mãos que corre o perigo de extinção, tão rara que é essa planta
que existem só umas 2 ou 3 exsicatas legitimas e que foi difícil encontrar,
levando vários anos para chegar nessa correta e legitima identificação a buchenavia
hoehneana que é raríssima e muito preciosa como frutífera.
Características
A árvore tem uma característica única, pois, seus galhos são
ritmados e parecem formar sete copas. Quando no meio da mata atingindo 20 a 28
m de altura.
Exemplares jovens nas florestas mais abertas, ou quando
cultivados crescem de 5 a 10 m de altura, com tronco retilíneo (em linha reta),
com casca cinza esverdeado, inicialmente lisa, depois áspera e na faze adulta
(a partir dos 20 anos) a casca apresenta fissuras (sulcos) longitudinais com
desprendimento pouco evidente.
A copa é ampla, e os galhos se estendem quase que
horizontalmente formando vários andares. As folhas estão dispostas na
extremidade dos ramos rítmicos (com padrão de intervalos regulares)
apresentando brotos tomentosos (coberto de lanugem) e ferrugíneos, dos quais
desabrocham folhas pilosas (com pelos brancos) dispostas em rosetas (em forma
de flor) ordenadas em dois níveis com 4 a 7 pares de folhas.
Após ficarem velhas as folhas ficam glabrescentes (quase sem
pelos). As folhas são sub-coriáceas (de textura rija), espatulada (com forma de
espátula) e obovadas (com forma de ovo invertido), medindo 8 a 14,5 cm de
comprimento por 2,5 a 6 cm de largura.
Essa espécie é facilmente reconhecida por apresentar ponta
apiculada (pequena ponta) no ápice das folhas mais jovens que após ficarem mais
velhas se tornam emarginadas (com reentrância).
As flores são pequenas, esverdeadas e nascem em espigas que
surgem na axila das folhas terminais e mais jovens. Os frutos são bagas
redondas de 1,5 a 3 cm de diâmetro com casca fina esverdeada e tomentosa
(coberta de lanugem), contendo polpa gelatinosa, branca e muito saborosa que
envolve 1 semente pequena de no máximo 1,2 cm de comprimento.
Dicas para cultivo: E uma arvore rara, porém é muito fácil
cultivar visto que se adapta as mais diversas condições climáticas e de solo
que deve ser profundo, bem drenado e com boa fertilidade natural, e pH variando
de 4,8 a 5,8.
Pode ser plantada desde os 50 m de altitude até 1.480 m
acima do nível do mar. Aprecia clima seco e quente, com temperaturas mínimas de
8 graus e máximas de 38,9, podendo a planta suportar até 3 geadas seguidas de –
2 graus. É indiferente quanto ao volume de chuvas anuais.
Mudas
As sementes limpas conservam o poder germinativo por até 1
ano, tendo um índice de germinação inferior a 60%. O melhor substrato para
germinação das sementes é feito com 1 parte de terra vermelha de superfície, 1
parte de areia e 1 parte de matéria orgânica bem curtida.
Convém plantar 2 sementes por embalagem de 15 de largura por
25 de altura, evitando o transplante que é prejudicial para as plântulas;
devendo apenas fazer o desbaste quando as mudas tiverem com 08 cm de altura,
deixando a planta mais vigorosa.
A irrigação deve ser feita todas as tardes. As mudas devem
ficar em local sombreado (50%) e o crescimento é rápido no verão, podendo
atingir 40 cm em 6 meses de viveiro.
Plantando
As covas devem ser abertas num espaçamento de 8 x 8 m e
devem ter 50 cm nas três dimensões e adubada com 8 kg de composto orgânico, 500
g de calcário e 500 g de cinzas, que devem ser misturadas aos 30 cm da terra da
superfície com no mínimo 2 meses antes do plantio.
Melhor plantar em novembro ou dezembro e irrigar com 10 l de
água repetindo a irrigação a cada 10 dias se não chover, fazendo isso num
período de 3 meses. As arvores começam a produzir frutos com 7 a 9 anos de
vida.
Cultivando
A adubação deve ser feita em outubro a partir do terceiro
ano após o plantio, colocando 10 kg de matéria orgânica, 1 kg de cinza de madeira
e 200 gramas de adubo N-P-K 10-10-10 distribuídos numa coroa a 30 cm do tronco
com 40 cm de largura e 5 cm de profundidade, tomando o cuidado de incorporar
tudo com a terra tirada da coroa. Fazer poda de limpeza dos galhos que nascerem
na base do tronco ou aqueles que cruzarem a copa.
Usos
Frutifica de maio a julho. Os frutos são consumidos in natura
e muito apreciados. As flores produzem grande quantidade de néctar e pólen.
Os frutos atraem diversas espécies de pássaros e a árvore no
fim do inverno, fica com as folhas vermelhas, com uma beleza fenomenal.
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