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sábado, 5 de março de 2016

Como plantar Manjerona

A manjerona (Origanum majorana) é uma planta perene que atinge de 30 cm a 60 cm de altura, e é muito apreciada como erva culinária. De aparência similar ao orégano, a manjerona tem um sabor mais suave e delicado.
Clima
A manjerona é uma planta que cresce melhor em clima ameno ou quente, não suportando bem temperaturas abaixo de 10°C.
Luminosidade
A manjerona deve receber luz solar direta ao menos por algumas horas diariamente. A manjerona terá mais aroma e melhor sabor se for cultivada em pleno sol o dia todo.
A manjerona pode ser cultivada em qualquer tipo de solo, desde que este seja bem drenado.
Solo
O solo deve ser bem drenado, fértil e rico em matéria orgânica. A planta cresce melhor em solos calcários de pH levemente alcalino ou neutro, mas é bastante tolerante quanto ao pH e o tipo de solo.
Irrigação
Irrigue com frequência para que o solo seja mantido levemente úmido. Tanto a falta quanto o excesso de água prejudicam a manjerona.
Plantio
A manjerona pode ser cultivada a partir de sementes ou por estaquia. As sementes podem ser plantadas diretamente no local definitivo da horta, ou podem ser plantadas em sementeiras, pequenos vasos ou copinhos feitos de papel jornal com aproximadamente 10 cm de altura e 5 cm de diâmetro, a não mais do que 0,5 cm de profundidade.
As mudas de manjerona são transplantadas quando ficam grandes o bastante para serem manuseadas sem sofrer danos. A germinação das sementes geralmente leva de duas a quatro semanas.
O plantio por estaquia, ou seja, por ramos cortados de plantas adultas saudáveis, é feito cortando ramos com pelo menos 10 cm de comprimento.
Cerca de dois terços do comprimento do ramo devem ficar enterrados no solo úmido. O ideal é plantar os ramos em vasos mantidos em local fresco e bem iluminado, mas sem luz solar direta, até que as mudas tenham enraizado bem.
O espaçamento entre as plantas pode ser geralmente de 20 cm, com 30 a 40 cm entre as linhas de plantio.
A manjerona também pode ser cultivada facilmente em jardineiras e vasos de tamanho médio ou grande.
Tratos culturais
Retire as plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e outros recursos.
Colha as folhas individualmente ou corte ramos a mais de 10 cm de solo.
Colheita
A colheita das folhas da manjerona pode começar a partir de 60 a 90 dias após o plantio. Colha as folhas individualmente quando necessário ou colha os ramos acima de 10 cm do solo, para permitir que a planta rebrote. As flores também são utilizadas como condimento, e devem ser colhidas assim que se abrem.
As folhas e flores frescas podem ser deixadas para secar em um local escuro, seco e que seja bem ventilado. As folhas e flores secas têm sabor mais intenso que as frescas.
A manjerona produz bem por 2 ou 3 anos (ou mesmo mais) se cultivada em condições adequadas. Em regiões de inverno frio, a planta é cultivada como anual.
Benefícios e propriedades da manjerona
Origanum majorana
Descrição
Planta da família das Labiadas, também conhecida como flor-do-himeneu, manjerona-doce.
É um pequeno arbusto bianual, em alguns locais é perene, com uma raiz principal muito ramificada, podendo crescer até 25 cm de altura, aromática e silvestre, que cresce a beira dos caminhos e nos terrenos baldios, seu caule é ramificado.
Possui pequenas folhas ovais e esbranquiçadas com pequenas flores, brancas ou púrpuras, com um cálice com cinco dentes e crescem em corimbos.
Seus frutos são ovais e lisos, com cheiro aromático.
Origem
É nativa do Mediterrâneo e do Oriente Médio, em muitas das referências Portugal é tido como a terra natal da manjerona.
História
Uma das mais antigas plantas medicinais, e em uso até nossos dias é cercada de misticismo, pois era usada na antiguidade pelos oráculos e ainda hoje é usada no folclore europeu para sortilégios de amor.
Sua história é repleta de lendas, os médicos gregos a empregavam em fomentações para aplicação externa, como chá para convulsões e hidropisia, e como antídoto para venenos narcotizantes.
Também na Grécia antiga era utilizada pelas cortesãs para como afrodisíaco.
Partes Utilizadas
Sumidades florais e as folhas.
Plantio
É perene nos climas frios e precisa ser tratada como planta anual, que brota a cada primavera, deixar as sementes em local fechado e bem protegido.
Se for colocada em um pote antes do inverno, a manjerona aguentará o frio numa janela que receba o sol, podendo ser usada como tempero. Sua reprodução se dá por divisão de touceiras.
Propriedades
Antiespasmódica (essência e infusão), carminativa, digestiva, sedativa (essência e infusão), hipotensora (essência e infusão), expectorante e antirreumática (fricções), diaforética, suavemente tônica e emenagoga, seu sabor é amargo.
Indicações
Também usada como tempero, combate a insônia, gripes, resfriados, flatulência, cólicas menstruais, dores de cabeça, tonturas, depressão, neurastenia e enjoos de viagem; paralisias; entorses e traumatismos; afecções da pele: tumores, feridas inflamadas, contusões; afecções gastrointestinais, convulsões, hidropisia, gastrite; congestão nasal da rinite e dos resfriados; tosses paroxísticas; o óleo essencial é indicado em uso externo para dores músculo·esqueléticas.
Seu perfume inconfundível é penetrante, exótico e presta-se à fabricação de sabonetes e perfumaria, esse perfume distingue-se do orégano vulgar (Origanum vulgare) por possuir um aroma mais delicado.
Princípios Ativos
Óleo essencial com 40% de terpenos.
Flavonoides: diosmetina, luteolina, apigenina e seus glicosídeos, vitexina, orientina timonina;
Glicosídeos hidroquinônicos: arbutina e metil-arbutina;
Derivados do ácido cafeico: ácidos roamarínico e clorogênico; Polissacarídeos hidrossolúveis;
Triterpenos: ácidos ursolico e oleanóico; hidrato de cissabineno, hidrato-acetato de cis-sabineno, sabineno e hidrato de trans-sabineno.
Após a destilação o hidrato-acetato de cis-sabinenose transforma em 4- ol-terpineno, 4-terpineno, a-terpineno, limoneno e terpinóis;
Taninos;
Matérias amargas; Pentosanas; Sais minerais.
Farmacologia
As plantas aromáticas, através de diferentes rotas metabólicas, sintetizam grupos de princípios ativos. Entre estes os óleos essenciais, em deferentes partes das plantas, principalmente nas folhas, flores, raízes, e estruturas especializadas, como nos tricomas glandulares e nas bolsas secretoras.
A maioria dos óleos essenciais possui ação antiviral, antiespasmódica, analgésica, bactericida, cicatrizante, expectorante, relaxante e vermífuga.
Para uso em perfumaria, é extraído o óleo essencial da planta fresca ou dessecada, colhida o mais próximo possível do início da floração.
A porcentagem de óleo essencial na planta fresca fica em tomo de 0,50%. Na planta seca, seu teor de óleo pode variar de 0,70 até 3%;
A manjerona já demonstrou in vitro propriedades antimicrobianas, antivirais e inseticidas.
Uso na gestação e na amamentação
Contraindicada na gestação por seus efeitos sobre o útero. As lactantes devem usá-la em pequenas quantidades, se necessário, preferencialmente como tempero aromático.
Contraindicações
Pessoas alérgicas ao orégano e ao timol; Óleo essencial para crianças e planta como medicinal para gestantes; Uso interno do óleo essencial. O uso em quantidades elevadas ou o uso intermo do óleo pode causar diarreia, náusea e vômitos.
É contraindicada para diabéticos
Evitar seu uso prolongado pelo seu conteúdo de arbutina, timol e hidroquinonas.
Superdosagem
Caso ocorra fazer o tratamento sintomático para náusea, vômitos e diarreia deverá ser instituído.
Posologia
Adultos
É receita recorrente em muitos livros de medicina caseira do século XIX que uma infusão quente tomada no início do sarampo promove respiração e provoca as erupções.
Também encontramos referências de que algumas gotas do óleo das folhas na cavidade do dente acalmam a dor.
Como tempero; 8g de folhas adultas frescas ou 4g de folhas secas (2 colheres de sopa para cada xícara de água) em infuso ou decoto até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs para todas as indicações, para colutórios e compressas.
O óleo essencial é usado externamente, 3 gotas diluídas em 200ml de óleo vegetal em fricções; 8g de folhas frescas vaporizadas em água quente para emplastro nas afecções da pele e dores.
Com as folhas secas se prepara um unguento que deve ser mantido sob refrigeração, que é usado externamente para a congestão nasal e rinites e pode ser colocado na água quente para inalações.
Crianças - Usar apenas externamente.

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