A manjerona (Origanum
majorana) é uma planta perene que atinge de 30 cm a 60 cm
de altura, e é muito apreciada como erva culinária. De aparência similar ao
orégano, a manjerona tem um sabor mais suave e delicado.
Clima
A manjerona é uma planta que cresce melhor em clima
ameno ou quente, não suportando bem temperaturas abaixo de 10°C.
Luminosidade
A manjerona deve receber luz solar direta ao menos
por algumas horas diariamente. A manjerona terá mais aroma e melhor sabor se for
cultivada em pleno sol o dia todo.
A manjerona pode ser cultivada em qualquer tipo de
solo, desde que este seja bem drenado.
Solo
O solo deve ser bem drenado, fértil e rico em
matéria orgânica. A planta cresce melhor em solos calcários de pH levemente
alcalino ou neutro, mas é bastante tolerante quanto ao pH e o tipo de solo.
Irrigação
Irrigue com frequência para que o solo seja mantido
levemente úmido. Tanto a falta quanto o excesso de água prejudicam a manjerona.
Plantio
A manjerona pode ser cultivada a partir de sementes
ou por estaquia. As sementes podem ser plantadas diretamente no local
definitivo da horta, ou podem ser plantadas em sementeiras, pequenos vasos ou
copinhos feitos de papel jornal com aproximadamente 10 cm de altura e 5 cm de
diâmetro, a não mais do que 0,5 cm de profundidade.
As mudas de manjerona são transplantadas quando
ficam grandes o bastante para serem manuseadas sem sofrer danos. A germinação
das sementes geralmente leva de duas a quatro semanas.
O plantio por estaquia, ou seja, por ramos cortados
de plantas adultas saudáveis, é feito cortando ramos com pelo menos 10 cm de
comprimento.
Cerca de dois terços do comprimento do ramo devem
ficar enterrados no solo úmido. O ideal é plantar os ramos em vasos mantidos em
local fresco e bem iluminado, mas sem luz solar direta, até que as mudas tenham
enraizado bem.
O espaçamento entre as plantas pode ser geralmente
de 20 cm, com 30 a 40 cm entre as linhas de plantio.
A manjerona também pode ser cultivada facilmente em
jardineiras e vasos de tamanho médio ou grande.
Tratos
culturais
Retire as plantas invasoras que estejam concorrendo
por nutrientes e outros recursos.
Colha as folhas individualmente ou corte ramos a
mais de 10 cm de solo.
Colheita
A colheita das folhas da manjerona pode começar a
partir de 60 a 90 dias após o plantio. Colha as folhas individualmente quando
necessário ou colha os ramos acima de 10 cm do solo, para permitir que a planta
rebrote. As flores também são utilizadas como condimento, e devem ser colhidas
assim que se abrem.
As folhas e flores frescas podem ser deixadas para
secar em um local escuro, seco e que seja bem ventilado. As folhas e flores
secas têm sabor mais intenso que as frescas.
A manjerona produz bem por 2 ou 3 anos (ou mesmo
mais) se cultivada em condições adequadas. Em regiões de inverno frio, a planta
é cultivada como anual.
Benefícios e propriedades da
manjerona
Origanum majorana
Descrição
Planta da família das Labiadas, também conhecida
como flor-do-himeneu, manjerona-doce.
É um pequeno arbusto bianual, em alguns locais é
perene, com uma raiz principal muito ramificada, podendo crescer até 25 cm de
altura, aromática e silvestre, que cresce a beira dos caminhos e nos terrenos
baldios, seu caule é ramificado.
Possui pequenas folhas ovais e esbranquiçadas com
pequenas flores, brancas ou púrpuras, com um cálice com cinco dentes e crescem
em corimbos.
Seus frutos são ovais e lisos, com cheiro
aromático.
Origem
É nativa do Mediterrâneo e do Oriente Médio, em
muitas das referências Portugal é tido como a terra natal da
manjerona.
História
Uma das mais antigas plantas medicinais, e em uso
até nossos dias é cercada de misticismo, pois era usada na antiguidade pelos
oráculos e ainda hoje é usada no folclore europeu para sortilégios de amor.
Sua história é repleta de lendas, os médicos gregos
a empregavam em fomentações para aplicação externa,
como chá para convulsões e hidropisia, e como antídoto para venenos
narcotizantes.
Também na Grécia antiga era utilizada pelas cortesãs para
como afrodisíaco.
Partes Utilizadas
Sumidades florais e as folhas.
Plantio
É perene nos climas frios e precisa ser tratada
como planta anual, que brota a cada primavera, deixar as sementes em local
fechado e bem protegido.
Se for colocada em um pote antes do inverno, a
manjerona aguentará o frio numa janela que receba o sol, podendo ser usada como
tempero. Sua reprodução se dá por divisão de touceiras.
Propriedades
Antiespasmódica (essência e infusão), carminativa,
digestiva, sedativa (essência e infusão), hipotensora (essência e infusão),
expectorante e antirreumática (fricções), diaforética, suavemente tônica e
emenagoga, seu sabor é amargo.
Indicações
Também usada como tempero, combate a insônia,
gripes, resfriados, flatulência, cólicas menstruais, dores de cabeça, tonturas,
depressão, neurastenia e enjoos de viagem; paralisias; entorses e traumatismos;
afecções da pele: tumores, feridas inflamadas, contusões; afecções
gastrointestinais, convulsões, hidropisia, gastrite; congestão nasal da rinite
e dos resfriados; tosses paroxísticas; o óleo essencial é indicado em uso
externo para dores músculo·esqueléticas.
Seu perfume inconfundível é penetrante, exótico e
presta-se à fabricação de sabonetes e perfumaria, esse perfume distingue-se do
orégano vulgar (Origanum vulgare) por possuir um aroma mais delicado.
Princípios Ativos
Óleo essencial com 40% de terpenos.
Flavonoides: diosmetina, luteolina, apigenina e seus
glicosídeos, vitexina, orientina timonina;
Glicosídeos hidroquinônicos: arbutina e metil-arbutina;
Derivados do ácido cafeico: ácidos roamarínico e
clorogênico; Polissacarídeos hidrossolúveis;
Triterpenos: ácidos ursolico e oleanóico; hidrato
de cissabineno, hidrato-acetato de cis-sabineno, sabineno e hidrato de
trans-sabineno.
Após a destilação o hidrato-acetato de
cis-sabinenose transforma em 4- ol-terpineno, 4-terpineno, a-terpineno,
limoneno e terpinóis;
Taninos;
Matérias amargas; Pentosanas; Sais minerais.
Farmacologia
As plantas aromáticas, através de diferentes rotas metabólicas,
sintetizam grupos de princípios ativos. Entre estes os óleos essenciais, em
deferentes partes das plantas, principalmente nas folhas, flores, raízes, e
estruturas especializadas, como nos tricomas glandulares e nas bolsas
secretoras.
A maioria dos óleos essenciais possui ação antiviral,
antiespasmódica, analgésica, bactericida, cicatrizante, expectorante, relaxante
e vermífuga.
Para uso em perfumaria, é extraído o óleo essencial
da planta fresca ou dessecada, colhida o mais próximo possível do início da
floração.
A porcentagem de óleo essencial na planta fresca
fica em tomo de 0,50%. Na planta seca, seu teor de óleo pode variar de 0,70 até
3%;
A manjerona já demonstrou in vitro propriedades
antimicrobianas, antivirais e inseticidas.
Uso na gestação e na amamentação
Contraindicada na gestação por seus efeitos sobre o
útero. As lactantes devem usá-la em pequenas quantidades, se necessário,
preferencialmente como tempero aromático.
Contraindicações
Pessoas alérgicas ao orégano e ao timol; Óleo essencial
para crianças e planta como medicinal para gestantes; Uso interno do óleo
essencial. O uso em quantidades elevadas ou o uso intermo do óleo pode causar
diarreia, náusea e vômitos.
É contraindicada para diabéticos
Evitar seu uso prolongado pelo seu conteúdo de
arbutina, timol e hidroquinonas.
Superdosagem
Caso ocorra fazer o tratamento sintomático para
náusea, vômitos e diarreia deverá ser instituído.
Posologia
Adultos
É receita recorrente em muitos livros de medicina
caseira do século XIX que uma infusão quente tomada no início do sarampo
promove respiração e provoca as erupções.
Também encontramos referências de que algumas gotas
do óleo das folhas na cavidade do dente acalmam a dor.
Como tempero; 8g de folhas adultas frescas ou 4g de
folhas secas (2 colheres de sopa para cada xícara de água) em infuso ou decoto
até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs para todas as indicações,
para colutórios e compressas.
O óleo essencial é usado externamente, 3 gotas
diluídas em 200ml de óleo vegetal em fricções; 8g de folhas frescas vaporizadas
em água quente para emplastro nas afecções da pele e dores.
Com as folhas secas se prepara um unguento que deve
ser mantido sob refrigeração, que é usado externamente para a congestão nasal e
rinites e pode ser colocado na água quente para inalações.
Crianças - Usar apenas externamente.
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