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segunda-feira, 28 de março de 2016

Camu Camu - Myrciaria dúbia



Nome popular: caçari cauari

Nome científico: Dubia (H B K..) McVaugh

Família botânica: Myrtaceae

Origem: Região Amazônica

O Camu-camu é um arbusto de pequeno porte, podendo atingir até 3 m de altura, caule com casca lisa. Folhas avermelhadas quando jovens e verdes posteriormente, lisas e brilhantes. Flores brancas, aromáticas, aglomeradas em grupos de 3 a 4.

Fruto

Arredondado, de coloração avermelhada quando jovem e roxo- escura quando maduro.

Polpa aquosa envolvendo a semente de coloração esverdeada. Frutifica de novembro a marco.

Cultivo

Espécie silvestre que ocorre predominantemente ao longo das margens de rios e lagos, com a parte inferior do caule e frequentemente submerso.

O camu-camu, de acordo com resultados obtidos em experimentas realizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), apresenta alto valores nutritivos e, em especial, possui uma concentração de vitamina C em sua polpa superior ao da acerola.

Técnicos do INPA estão, também, fazendo experimentos que procuram viabilizar comercialmente o seu cultivo, tornando a planta mais produtiva.

Para quem conhece os teores de ácido ascórbico - ou vitamina C - contidos na acerola e a dimensão dos valores e ganhos obtidos em sua exploração econômica, estas são importantes afirmações.

Fruto de planta nativa da Amazônia, o camu-camu cresce em arbustos ou pequenas árvores e se encontra disperso em quase toda a região.

Pode ser encontrado, invariavelmente, à beira dos igarapés, rios ou em regiões permanentemente alagadas, onde a parte inferior de seu caule pode ficar imersa.

Os frutos do camu-camu são pequenas esferas do tamanho de cerejas, de casca mais resistente do que a acerola, lembrando a jabuticaba: sua casca, ao se romper na boca, deixa escapar o caldo da polpa, que fica envolto em uma semente única. Apresentam uma cor avermelhada que, à medida que vão amadurecendo, passam a um roxo enegrecido.

Muitas vezes, as frutinhas são encontradas em tamanha quantidade, que o colorido que dão à margem das águas amazônicas chama a atenção de qualquer pessoa. Em Roraima onde ela pode ser encontrada em profusão, há até mesmo um bairro da cidade de Boavista que tomou emprestado da fruta o nome de caçari pelo qual é mais conhecido na região.

Apesar de tanta abundância, o brasileiro nativo ainda não aprendeu a aproveitar de toda a generosidade dessa planta.

Quando muito, o camu-camu é utilizado como passatempo e tira-gosto pelos pescadores nas longas horas em que permanessem à beira d'água, próximos aos arbustos repletos.

Na pescaria, a fruta é também utilizada como isca para o tambaqui, um dos melhores e mais comuns peixes amazônicos.

Atualmente, é na Amazônia peruana onde vamos buscar algumas lições para a utilização desta fruta. Ali, o camu- camu é pouco consumido in natura.

Por ser bastante ácido, apesar de doce, é fruta preterida para o preparo de refrescos, sorvetes, picolés, geleias, doces ou licores, além de acrescentar sabor e cor a diferentes tipos de tortas e sobremesas confeccionadas à base de outras frutas.

Em todos os casos, a casca deve ser acrescentada juntamente com a polpa suculenta da fruta, pois, é ela que concentra a maior parte de seus teores nutritivos e que carrega sua bonita e atraente coloração vermelho- arroxeada.

O camu-camu é uma espécie tipicamente silvestre, mas com um grande potencial econômico capaz de colocá-lo no mesmo nível de importância de outras frutíferas tradicionais da região amazônica, tais como o açaí e o cupuaçu.

Mas não é apenas ali que o camu-camu tem futuro: em São Paulo, no Vale do Ribeira, região de mangues e de clima quente e úmido semelhante ao da Amazônia, a planta já começou a ser cultivada com sucesso.


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