Espécie do Cerrado
Cajuí, cajuzinho-do-cerrado ou cajuzinho-do-campo são os
nomes dados aos cajus nativos do bioma Cerrado. Espécies ainda pouco estudadas,
Anacardium nanum e Anacardium humile, são plantas de porte arbustivo
encontradas nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e no
Distrito Federal.
O pseudofruto é conhecido possui cores que variam entre
amarelo e vermelho. É pequeno, de sabor ácido e suculento. Pode ser consumido
ao natural ou em sucos, bebidas, doces.
Porém, seu fruto verdadeiro é a castanha. O óleo da castanha
contém cardol e ácido anacárdico. É utilizado para fins medicinais, em virtude
de sua ação antisséptica e cicatrizante.
A planta floresce entre os meses de setembro e outubro,
dando frutos em novembro. Alguns animais se alimentam do cajuí, como é o caso
da raposa do campo. O animal ajuda, dessa forma, a dispersar as sementes.
O cajuzinho-do-cerrado, caju-do-cerrado, cajuí ou
cajueiro-do-campo (Anacardium humile) é uma planta arbustiva hermafrodita, da
família das anacardiáceas. É uma planta nativa do Brasil com ocorrência mais
comum no cerrado.
Está presente em Estados como Tocantins, Piauí, Goiás,
Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e
Paraná. Pode atingir cerca de 80 cm.
Caracteriza-se por vários ramos eretos com base num
xilopódio (caule subterrâneo) desenvolvido. tem folhas ovado-lanceoladas. As
flores podem ser brancas, róseas ou amarelas, com estrias roxas na base.
O fruto verdadeiro é uma noz de cor cinzenta e com forma de
rim. Tem, contudo, um pseudofruto (tal como o caju), vermelho e claviforme, com
polpa branca e suculenta.
Tanto o fruto como o pseudofruto são comestíveis, embora o
fruto apresente alto teor de acidez. No estado de Goiás onde é abundante, é
mais conhecido por cajuzinho-do-campo e cajuzinho-azedo. É comido puro quando
maduro, usado para fazer licores, sucos e doces.
O cajuí (Anacardium humile) pertence à família
Anacardiaceae, constituída por árvores e arbustos tropicais, que apresentam
ramos sempre providos de canais resiníferos e folhas alternadas, coriáceas, sem
estípulas.
É composta por mais de 60 gêneros e 400 espécies, entre elas
se destacam mangas, cajás, aroeiras e cajus. O fruto é conhecido popularmente
também como cajuzinho-do-cerrado ou cajuzinho-do-campo.
A espécie ocorre com frequência em campo sujo e no cerrado,
sendo as principais áreas de distribuição os estados de Rondônia, Bahia, Goiás,
Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São
Paulo.
O fruto verdadeiro é uma núcula reniforme, com pericarpo
duro e seco, de cor parda, alcançando o seu tamanho final antes mesmo do
pedicelo se tornar espesso e modificado na forma de uma baga, varia de 1,5 cm a
2,5 cm de comprimento por 1,2 cm a 1,5 cm de largura, profundamente escavado na
parte central.
O pedúnculo (pseudofruto) é de cor avermelhada, com 3 cm a 4
cm de comprimento, sucoso e ácido.
A planta apresenta potencial medicinal e alimentar, podendo
ser enquadrada no grupo das fruteiras tropicais. O pseudofruto, um pouco mais
ácido que o cajueiro comum, e os frutos, são valorizados pelas populações
locais como fonte alimentar.
O óleo encontrado na castanha é corrosivo e volátil,
contendo cardol e ácido anacárdico, considerados de uso medicinal, com ação
antisséptica e cicatrizante.
A espécie é bastante produtiva, floresce de setembro a
outubro e frutifica em novembro. Suas sementes germinam com facilidade e suas
folhas, entretanto, apresentam-se bastante atacadas por fungos.
O cajuí é fonte alimentar de canídeos silvestres
neotropicais, como a raposa-do-campo, que atua como agente dispersor em áreas
mais secas do cerrado e que, por apresentar elevada frequência de sementes
intactas nas suas fezes durante diferentes períodos do ano, pode ser
considerado um dos recolonizadores de áreas abertas por atividade humana.
O hábito rasteiro torna a espécie mais susceptível a ações
antrópicas e ao fogo, quando comparado ao cajueiro comum (Anacardium
occidentale L.), concorrendo com outras espécies ao título de espécie ameaçada
de extinção.
De natureza arbustiva, é uma espécie melífera, que floresce
de setembro a outubro, frutificando em novembro, apesar de apesentar baixa
capacidade de produção de frutos e sementes.
Assim como o caju comum (Anacardium occidentale), o
cajuzinho-do-campo também é um pseudofruto. Seus frutos pequenos são muito
consumidos in natura e também na forma de sucos, doces e geleias.
Quando fermentados, fornecem uma espécie de aguardente
conhecida pelos índios como cauim. As castanhas são consumidas em forma de
amêndoas, da mesma forma que o caju comum, e são ricas em vitaminas B1 e B2,
proteínas, lipídeos, niacina, fósforo e ferro.
Toda a planta do cajuzinho-do-cerrado é empregada na
medicina popular. A infusão de suas folhas e da casca do caule subterrâneo é
utilizada para curar diarreias. O óleo encontrado na castanha tem ação
antisséptica e cicatrizante, sendo também empregado na indústria para a
produção de matérias plásticas, vernizes e isolantes.
O pedúnculo do cajuzinho-do-cerrado é rico em vitamina C,
fibras e compostos antioxidantes. Essa composição biológica está associada à
prevenção de doenças crônico-degenerativas, como doenças cardiovasculares,
câncer e diabetes. A infusão das inflorescências é utilizada para combater a
tosse e baixar o nível de glicose nas pessoas diabéticas.
O cajuzinho-do-cerrado é muito consumido por animais
silvestres, o que ajuda na disseminação de suas sementes, que possuem baixa
capacidade de germinação. Por ser uma espécie rasteira, é mais suscetível à
ação do homem e do fogo, e está concorrendo com outras espécies ao título de
espécie ameaçada de extinção.
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