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segunda-feira, 28 de março de 2016

Cajuí - Anacardium giganteum


Espécie do Cerrado

Cajuí, cajuzinho-do-cerrado ou cajuzinho-do-campo são os nomes dados aos cajus nativos do bioma Cerrado. Espécies ainda pouco estudadas, Anacardium nanum e Anacardium humile, são plantas de porte arbustivo encontradas nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e no Distrito Federal.

O pseudofruto é conhecido possui cores que variam entre amarelo e vermelho. É pequeno, de sabor ácido e suculento. Pode ser consumido ao natural ou em sucos, bebidas, doces.

Porém, seu fruto verdadeiro é a castanha. O óleo da castanha contém cardol e ácido anacárdico. É utilizado para fins medicinais, em virtude de sua ação antisséptica e cicatrizante.

A planta floresce entre os meses de setembro e outubro, dando frutos em novembro. Alguns animais se alimentam do cajuí, como é o caso da raposa do campo. O animal ajuda, dessa forma, a dispersar as sementes.

O cajuzinho-do-cerrado, caju-do-cerrado, cajuí ou cajueiro-do-campo (Anacardium humile) é uma planta arbustiva hermafrodita, da família das anacardiáceas. É uma planta nativa do Brasil com ocorrência mais comum no cerrado.

Está presente em Estados como Tocantins, Piauí, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Pode atingir cerca de 80 cm.

Caracteriza-se por vários ramos eretos com base num xilopódio (caule subterrâneo) desenvolvido. tem folhas ovado-lanceoladas. As flores podem ser brancas, róseas ou amarelas, com estrias roxas na base.

O fruto verdadeiro é uma noz de cor cinzenta e com forma de rim. Tem, contudo, um pseudofruto (tal como o caju), vermelho e claviforme, com polpa branca e suculenta.

Tanto o fruto como o pseudofruto são comestíveis, embora o fruto apresente alto teor de acidez. No estado de Goiás onde é abundante, é mais conhecido por cajuzinho-do-campo e cajuzinho-azedo. É comido puro quando maduro, usado para fazer licores, sucos e doces.

O cajuí (Anacardium humile) pertence à família Anacardiaceae, constituída por árvores e arbustos tropicais, que apresentam ramos sempre providos de canais resiníferos e folhas alternadas, coriáceas, sem estípulas.

É composta por mais de 60 gêneros e 400 espécies, entre elas se destacam mangas, cajás, aroeiras e cajus. O fruto é conhecido popularmente também como cajuzinho-do-cerrado ou cajuzinho-do-campo.

A espécie ocorre com frequência em campo sujo e no cerrado, sendo as principais áreas de distribuição os estados de Rondônia, Bahia, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

O fruto verdadeiro é uma núcula reniforme, com pericarpo duro e seco, de cor parda, alcançando o seu tamanho final antes mesmo do pedicelo se tornar espesso e modificado na forma de uma baga, varia de 1,5 cm a 2,5 cm de comprimento por 1,2 cm a 1,5 cm de largura, profundamente escavado na parte central.

O pedúnculo (pseudofruto) é de cor avermelhada, com 3 cm a 4 cm de comprimento, sucoso e ácido.

A planta apresenta potencial medicinal e alimentar, podendo ser enquadrada no grupo das fruteiras tropicais. O pseudofruto, um pouco mais ácido que o cajueiro comum, e os frutos, são valorizados pelas populações locais como fonte alimentar.

O óleo encontrado na castanha é corrosivo e volátil, contendo cardol e ácido anacárdico, considerados de uso medicinal, com ação antisséptica e cicatrizante.

A espécie é bastante produtiva, floresce de setembro a outubro e frutifica em novembro. Suas sementes germinam com facilidade e suas folhas, entretanto, apresentam-se bastante atacadas por fungos.

O cajuí é fonte alimentar de canídeos silvestres neotropicais, como a raposa-do-campo, que atua como agente dispersor em áreas mais secas do cerrado e que, por apresentar elevada frequência de sementes intactas nas suas fezes durante diferentes períodos do ano, pode ser considerado um dos recolonizadores de áreas abertas por atividade humana.

O hábito rasteiro torna a espécie mais susceptível a ações antrópicas e ao fogo, quando comparado ao cajueiro comum (Anacardium occidentale L.), concorrendo com outras espécies ao título de espécie ameaçada de extinção.

De natureza arbustiva, é uma espécie melífera, que floresce de setembro a outubro, frutificando em novembro, apesar de apesentar baixa capacidade de produção de frutos e sementes.

Assim como o caju comum (Anacardium occidentale), o cajuzinho-do-campo também é um pseudofruto. Seus frutos pequenos são muito consumidos in natura e também na forma de sucos, doces e geleias.

Quando fermentados, fornecem uma espécie de aguardente conhecida pelos índios como cauim. As castanhas são consumidas em forma de amêndoas, da mesma forma que o caju comum, e são ricas em vitaminas B1 e B2, proteínas, lipídeos, niacina, fósforo e ferro.

Toda a planta do cajuzinho-do-cerrado é empregada na medicina popular. A infusão de suas folhas e da casca do caule subterrâneo é utilizada para curar diarreias. O óleo encontrado na castanha tem ação antisséptica e cicatrizante, sendo também empregado na indústria para a produção de matérias plásticas, vernizes e isolantes.

O pedúnculo do cajuzinho-do-cerrado é rico em vitamina C, fibras e compostos antioxidantes. Essa composição biológica está associada à prevenção de doenças crônico-degenerativas, como doenças cardiovasculares, câncer e diabetes. A infusão das inflorescências é utilizada para combater a tosse e baixar o nível de glicose nas pessoas diabéticas.

O cajuzinho-do-cerrado é muito consumido por animais silvestres, o que ajuda na disseminação de suas sementes, que possuem baixa capacidade de germinação. Por ser uma espécie rasteira, é mais suscetível à ação do homem e do fogo, e está concorrendo com outras espécies ao título de espécie ameaçada de extinção.


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