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quarta-feira, 23 de março de 2016

Cajá - Spondias mombin



   



Classificação científica

Domínio:         Eukaryota

Reino: Plantae

Divisão:           Magnoliophyta

Classe:             Magnoliopsida

Ordem:           Sapindales

Família:          Anacardiaceae

Gênero:           Spondias

Espécie:           S. mombin

Nome binomial          Spondias mombin (L.)

O cajá é o fruto da cajazeira (Spondias mombin). É também chamada de ambaló, ambaró, cajá-mirim, cajazinha, tapareba, taperebá, taperibá ou tapiriba.

A cajazeira (Spondias mombin L.) é uma espécie frutífera da família Anacardiaceae. É originária da América tropical.

Na região sudeste do estado brasileiro da Bahia, a cajazeira é encontrada como árvore usada para sombreamento permanente do cacaueiro e também como produtora de frutos que servem como importante fonte de renda adicional para o produtor.

Os frutos drupáceos, suculentos, amarelos, azedos e aromáticos da cajazeira são muito apreciados para refrescos e licores. Além disso, apresentam boas características agroindustriais como rendimento de polpa de 56% em média e suas características químicas, como Brix de 13o. A polpa de cajá está entre as mais comercializadas na região.

Clima e solo

A cajazeira desenvolve-se bem em climas úmidos, subúmidos e quentes, com precipitação anual entre 1.100 e 2.000 milímetros.

Os solos recomendados para o plantio são os profundos e bem drenados, para que as raízes tenham um desenvolvimento satisfatório. Os terrenos com declividade acima de 20% não são recomendáveis.

Plantio

Recomenda-se o plantio de mudas clonadas ou estacas lenhosas (1,20 cm de comprimento com 3 a 6 cm de diâmetro obtidos de plantas de boas características agroindustriais.

Em plantios solteiros, sugere-se os espaçamentos 8 x 8 m (156 plantas/ha) e 8 x 6 m (208 plantas/ha), que podem ser modificados quando a cajazeira for utilizada em consórcio com outras plantas.

Na consorciação com o cacaueiro, recomenda-se um arranjo com fileira dupla da cajazeira de 9 x 9 x 18 m, com 5 filas de cacaueiro no espaçamento de 3 x 3 m.

Para o plantio recomenda-se abertura de covas com 40 x 40 x 40 cm adubadas com 20 a 30 litros de esterco curtido, 300 g de superfosfato simples, 50 g de uréia e 30 g de cloreto de potássio.



Tratos culturais

Apesar da literatura agronômica não fornecer informações sobre nutrição e manejo para a cajazeira, sugere-se a adaptação de tecnologia utilizada em outras fruteiras tropicais com porte parecido.

Assim, recomenda-se adubação com 400 g de superfosfato simples, 200 g de ureia e 150 g de cloreto de potássio parcelados em 3 vezes ao ano.

Deve-se manter a cajazeira livre da concorrência das plantas daninhas através de roçagens e capinas.

Por se tratar de uma planta com forte dominância apical, deve-se realizar a eliminação do broto terminal quando a planta atingir 60 cm de altura, a fim de proporcionar uma melhor distribuição dos ramos e uma arquitetura da copa mais adequada.

A poda de formação para obtenção de uma copa mais baixa requer cuidado constante. Deve-se eliminar os ramos que apresentarem crescimento vertical.

Com essa prática, espera-se que o porte da planta se mantenha entre 4 e 6 m de altura, com o propósito de facilitar os tratos culturais.

Pragas e doenças

Apesar de não se encontrar plantios de cajazeiras tecnicamente formados, vários pesquisadores já identificaram a ocorrência de pragas e doenças, que prejudicam o desenvolvimento e a produção dessa fruteira.

Mosca-das-frutas

A mosca-das-frutas (Anastrepha sp) inicia seu ataque quando o cajá se encontra verdoengo ou de vez; os ovos são depositados no interior dos frutos.

Após a eclosão, as larvas se alimentam da polpa e facilitam a entrada de fungos e bactérias, provocando podridão e queda de frutos.

Os frutos caídos abrigam as larvas e estas saem dos frutos e penetram no solo a 5 cm de profundidade, onde posteriormente se transformam em pupas e adultos.

Recomenda-se coletar e enterrar os frutos caídos com sintomas do ataque dessa praga para diminuir a população futura nos pomares.

Outras pragas

Outros insetos que afetam a cajazeira são: saúvas, tripes, cochonilhas, lagartas que atacam folhas, ramos e frutos.

Doenças

As principais doenças descritas são: antracnose, verrugose, resimose, cercosporiose e mancha-de-alga.

Colheita e comercialização

A colheita é feita manualmente, através da coleta dos frutos maduros caídos.

Nos estados produtores, o período de safra varia: maio a junho na Paraíba; fevereiro a maio na região sudeste da Bahia; agosto a dezembro no Pará e janeiro a maio no Ceará.

A comercialização na região Sul da Bahia é feita em feiras livres, às margens de rodovias próximas às unidades de produção e nas indústrias de processamento de polpas localizadas na região.

Utilização Atual e Potencial

Na indústria - os frutos possuem excelente sabor e aroma, além de rendimento acima de 60% em polpa, e por isso são amplamente utilizados na confecção de suco, néctar, sorvetes, geleias, vinhos, licores, etc.

Devido a sua acidez, normalmente, não é consumido ao natural. Apesar da polpa de cajá possuir grande demanda, em algumas regiões do país, a sua industrialização é totalmente dependente das variações das safras, considerando a forma de exploração extrativista do cajá e a grande perda de frutos devido a problemas de colheita e de transporte.

Desse modo, a atual produção industrializada não é suficiente para atender nem o mercado interno consumidor do Norte e Nordeste.

 Na medicina popular e na indústria farmacêutica - é crescente a utilização do cajá. A casca é aromática, adstringente e emética, constituindo-se um bom vomitório nos casos de febres biliosas e palustres, tem reputação de antidiarréica, antidesintérica, antiblenorrágica e anti-hemorroidária, sendo a última propriedade também atribuída a raiz.

As folhas são úteis contra febres biliosas, constipação do ventre, dores do estômago etc. Nos últimos anos, descobriu-se que o extrato das folhas e dos ramos da cajazeira continham taninos elágicos com propriedades medicinais para o controle de bactérias gram negativas e positivas.

Na alimentação animal - As folhas são alimentos prediletos do bicho na época da seca


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