Arbusto
perene de 2 a 4 m de altura com copa frondosa e compacta. Suas folhas são
verdes, coriáceas, alongadas com 6 a 11 cm de comprimento, formadas dois a dois
e opostas nos ramos, a nervura principal é saliente na face inferior e as
margens do limbo recurvadas para baixo.
O
pecíolo é curto e as flores são brancas, pequenas, hermafroditas, auto férteis,
formadas em grande quantidade, em glumélulas e axilares.
Os
frutos maduros são globosos, casca grossa, cor amarela-canário, a polpa é
translúcida, suculenta, doce e levemente ácida (adstringente). Em cada fruto
contem 1 a 2 sementes grandes.
Locais
de Ocorrência
Ocorre
naturalmente nos estados do Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais e de São Paulo.
Aspectos
Ecológicos
As
condições favoráveis ao bom desenvolvimento e frutificação são: clima ameno a
quente, solos férteis ricos em matéria orgânica e boa disponibilidade de água
durante o ano.
A
propagação é feita por sementes e por enxertia. O florescimento ocorre no
período de maio a junho. É uma espécie frutífera e por isso atrai grande
quantidade de animais, sendo muito útil na recuperação de áreas degradadas.
Além
disso, por ser uma planta de bela arquitetura, pode ser usada nos trabalhos de
paisagismo de praças e jardins.
Nomenclatura
e significado
Guapirijuba
vem do Tupi, e significa “Fruta amarela de casca amarga e felpuda”. Também é
chamada de Cabeludinha, Café cabeludo, Fruta cabeluda, Jabuticaba amarela,
Peludinha e Vassourinha da praia.
Origem
Nativa
das serras litorâneas e restingas presentes nos estados de São Paulo, Rio de
Janeiro e parte do estado de Minas Gerais. Brasil.
Características
Arvoreta
ramificada de 2 a 4 m de altura, com caule dividido em vários galhos desde a
base, do qual surgem ramos que são declinados e bifurcados.
O
tronco atinge pequenas dimensões, medindo de 5 cm a no máximo 10 cm de diâmetro
e é coberto por uma casca fissurada (com rugas) no sentido longitudinal, com
coloração marrom enegrecida.
As
folhas são simples, opostas, inseridas num mesmo plano sob pecíolo (haste ou
suporte) curto, denso e bruneo-viloso (coberto de pelos longos e escuros),
medindo de 3 a 5 mm de comprimento.
A
lamina foliar é elíptica (alongada), cartácea (com textura de cartolina), com
base obtusa (arredondada) ou truncada (reta, cortada) e ápice longamente agudo
ou pontudo, medindo de 6 a 12 cm de comprimento por 2 a 3,6 cm de largura.
As
flores surgem nas axilas das folhas ou nos ramos desnudados (sem folhas) sob a
copa, são sésseis (desprovidas de cabinho) e pauciglomeradas (aglomeradas no
caule) em número de 3 a 15 flores.
Contém
cálice (invólucro externo) é formado por alabastros (um vaso de elevação) de 4
a 6 mm de altura e 4 lobos esverdeados triangulares de 2 a 3 mm de comprimento,
dispostos em cruz e que fazem a vez das sépalas.
A
corola (invólucro interno) é formada por 5 pétalas cremes, arredondadas,
côncavas de 4 a 5 mm de comprimento, as quais caem 2 dias depois a antese da
flor.
O
fruto é uma baga globosa de 1,4 a 1,7 cm de altura por 2 a 2,3 cm de largura,
que é levemente achatada nos polos, albo pubescente (com pelos esbranquiçados)
quando verde e tomentosas (coberta de lanugem) quando madura.
Nessa
época, a casca (tem espessura de 1,3 mm) adquire coloração amarela intensa, e
recobre uma polpa translúcida e sucosa de agradável sabor, as quais envolvem 1
ou 2 ou raramente 3 sementes de coloração creme.
Dicas
para cultivo
Planta
de crescimento rápido que aprecia qualquer tipo de solos com boa fertilidade
natural e rápida drenagem. Aprecia clima tropical úmido a subtropical úmido nos
morros ou climas temperados sempre chuvosos; com temperatura média de 8,2 a
25,5 graus, com variações grandes que podem chegar a máxima de 38 graus no
verão e mínimas de até – 4 graus com cerca de 3 a 7 geadas que a planta resiste
muito bem.
Quanto
às chuvas o índice pluviômetro anual varia de 1.200 a 2.700 mm anuais. Pode ser
cultivada desde o nível do mar até 1.350 m de altitude; tanto na beira de rios
em locais sombreados onde podem ocorrer inundações, onde a planta resiste até
20 dias submersa ou em locais pedregosos e secos.
O pH
ideal da terra deve estar entre 5,0 a 6,5, e boas safras ocorrem quando a
umidade do ar está em torno de 70% e é constante.
Mudas
As
sementes são redondas, recalcitrantes (perdem o poder germinativo se forem secadas)
e devem ser plantadas em no máximo 20 dias depois de colhidas.
Pode-se
plantar em sementeira com substrato composto de: 1 parte de areia, 2 partes de
terra vermelha e 1 parte de esterco bem curtido.
A
germinação ocorre em 25 a 47 dias e o crescimento das mudas é rápido tanto na
sombra como em pleno sol. O transplante da sementeira é feito quando as
plântulas atingem 10 cm de altura, ocasião em que devem ficar em local
sombreado por cerca de 1 mês, sendo irrigadas generosamente.
A
planta inicia a frutificação com 3 a 4 anos ou até com 2 anos quando cultivada
em vasos com 30 cm de largura e 40 cm de altura contendo o mesmo substrato
indicado acima.
Plantando
Recomendo
que seja plantada a pleno sol num espaçamento 5 x 5 ou na sombra, onde produz
maiores e mais saborosos frutos, com espaçamento de 4 x 4 m em covas abertas
com no mínimo 2 meses antes do plantio, estas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e
convém misturar 30% de areia saibro + 7 pás de matéria orgânica aos 30 cm de
terra da superfície da cova; misturando junto + 500 g de calcário e 1 kg de
cinzas de madeira.
A
melhor época de plantio é outubro a novembro, convém irrigar 10 l de água após
o plantio e a cada 15 dias se não chover.
Cultivando
A
planta cresce rápido e não necessita de cuidados especiais, apenas deve-se
cobrir a superfície com capim cortado e eliminar qualquer erva daninha que
possa sufocar a planta.
Deve-se
fazer podas no fim do inverno para fazer a formação da planta eliminando ramos
e brotos da base e todo o excesso de ramos que nascerem voltados para o
interior da copa.
Adubar
com 4 kg de composto orgânico feito de esterco de galinha curtido e 30 gramas
de NPK 10-10-10. Distribuir os nutrientes à 5 cm superficialmente a 20 cm do
caule no início do mês de outubro.
Usos
Frutifica
nos meses de outubro a dezembro. Os frutos são deliciosos para serem consumidos
in natura e aproveitados para fazer sucos, doces e sorvetes.
A
árvore é ornamental, as flores são melíferas e é uma espécie ideal para
arborização urbana de ruas, praças e parques.
As
condições favoráveis ao bom desenvolvimento e frutificação são: clima ameno a
quente, solos férteis ricos em matéria orgânica e boa disponibilidade de água
durante o ano. A propagação é feita por sementes e pode ser feita por enxertia.
Existem
materiais mais produtivos que outros, bem como no tamanho e no sabor dos frutos.
O
início da frutificação ocorre 2 a 4 anos após o plantio no local definitivo.
Não existe informação sobre a produtividade, pois a planta é pouca conhecida
pelo grande público e não muito difundida no meio rural.
O
fruto é comestível ao natural, apresenta um sabor agradável, levemente ácido e
muito rico principalmente em vitamina C. Pode ser usado no preparo de sucos e geleias.
A
planta, pela sua bela arquitetura, pode ser usada nos trabalhos de paisagismo
de praças, jardins e na recuperação da vegetação de áreas degradadas.
Fruta
pequena, do tamanho de uma cereja, com casca amarela quando madura, levemente
aveludada, contendo 1 ou 2 sementes grandes. A polpa é sumarenta, adocicada,
levemente ácida, como um delicioso licor sem álcool e com alto teor de vitamina
C.
Flores
brancas, pequenas e numerosas.
Fruto
baga, de forma quase globosa, coroado por uma cicatriz de restos da flor, casca
grossa, na cor amarelo-canário, pubescente, possui uma ou duas sementes
grandes, polpa suculenta e sementes com sabor adstringente.
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