Classificação
científica
Reino:
Plantae
Divisão:
Magnoliophyta
Classe:
Magnoliopsida
Ordem:
Magnoliales
Família:
Annonaceae
Género:
Annona
Espécie:
A. × atemoya
Nome
binomial Annona × atemoya Mabb.
A
atemoia é uma fruta híbrida que é obtida através do cruzamento da chirimoia
(Annona cherimola, Mill) com a fruta-pinha (Annona squamosa, L.), ambas
pertencentes à família das anonáceas (a mesma da graviola).
São
três variedades que estão bem aclimatadas no Brasil:
Pink
Mammoth, que tem uma fruta grande e perfumada, doce e com poucas sementes.
Thompson,
bem parecida, com um brix superior.
Gefner
Existe
também a African Pride, originária da Austrália, que também já foi introduzida
no Brasil.
O
plantio da atemoia através da propagação por sementes não é recomendada porque
surgem grandes variações, visto que é uma híbrida.
No
cultivo da atemoia, devem-se utilizar sempre mudas enxertadas e sadias. Se você
deseja adquirir novas cultivares, aí sim, utilize as sementes.
A
atemoia é da família das anonáceas, possui uma casca rugosa e pontiaguda, como
a da graviola, trazendo em seu interior uma polpa branca com sementes negras, é
resultante do cruzamento da pinha com a cherimóia, nativa das regiões tropicais
do Peru, Equador e Colômbia.
No
Brasil as primeiras plantações começaram na década de 60, hoje a área plantada
é de aproximadamente mil hectares, concentrados nas Regiões Sul e Sudeste.
O
estado de maior produção de atemoia é São Paulo com 43,8%, Minas Gerais, Paraná
e Bahia ficam com 18,8% cada. A plantação da atemoia está restrita em alguns
países tropicais e subtropicais, por adaptar-se melhor às condições
intermediárias entre a cherimóia (clima subtropical) e a pinha (clima
tropical).
Mas
ela também é muito vendida em outras regiões como o norte de Minas Gerais e
outros estados, além de ser produzida no Sul e Sudeste do Brasil.
Curiosidades
sobre a atemoia
Para
quem tem prisão de ventre, colesterol alto, gripes e resfriados, esta fruta é
um remédio natural. Saiba algumas curiosidades da atemoia
A
atemoia é fonte de energia sendo indicada para “dar um gás” nos compromissos do
dia a dia.
É
regulador da pressão
Devido
à presença de potássio em sua polpa, a atemoia auxilia na redução da pressão
arterial, pois esse mineral é vasodilatador.
Usado
pelo nosso corpo para equilibrar a água, o potássio é também elemento
necessário para a contração muscular. Uma dieta rica nesse mineral é ótima para
os praticantes de atividades físicas em geral.
Deve
ser consumida in natura
O
melhor jeito de ingerir a fruta é da forma como a natureza nos mandou, pois
assim se preservam os nutrientes.
Caso
você opte pelo suco, por exemplo, a vitamina C se perderá em cerca de 20
minutos a partir do momento em que a bebida foi preparada. Além disso, as
fibras presentes também se quebrarão.
Casca
e sementes podem ser aproveitadas
“Se
devidamente usadas, não fazem mal à saúde”, explica a nutricionista Juliana
Fontes. Embora seja difícil consumir a casca in natura por ser pontiaguada,
áspera e não ter um sabor muito agradável.
Para
isso, ela apresenta uma sugestão: “Pode ser usada para fazer geleia ou até
mesmo compota. A casca possui fibras e minerais”. E as sementes?
“Ricas
também nesses elementos, podem ser trituradas e colocadas sobre iogurtes,
frutas, saladas, sorvetes e até mesmo no arroz com feijão”, responde Juliana.
Durante
a safra de qualquer alimento, sua qualidade nutricional é melhor, apresentando
maiores taxas de nutrientes; em especial, as vitaminas e os minerais. “E quanto
mais maduro o fruto estiver, maior sua quantidade de nutrientes”, ressalta a
nutricionista.
É
fonte de energia
A
atemoia é fonte de energia (243 calorias em uma unidade de 250 g), sendo
indicada para “dar um gás” nos compromissos do dia a dia. Isso se deve à grande
quantidade de carboidratos encontrada em sua polpa.
“Sendo
assim, ela deve ser consumida com moderação, principalmente por quem está
tentando controlar os ponteiros da balança”, alerta a nutricionista.
Rica
em fibras
As
fibras são importantíssimas para o adequado funcionamento intestinal, além de
diminuir a absorção de açúcar e de gordura, sendo ideal para quem tem diabetes
e/ou colesterol elevado.
Híbrida,
porém saborosa
Combinação
da cherimóia com a fruta-do-conde, a atemóia oferece bons rendimentos ao
pequeno produtor
No
início do século 20, cientistas norte-americanos se empenharam no
desenvolvimento de uma fruta com desempenho comercial superior ao da
fruta-do-conde e o sabor da cherimóia, um dos mais apreciados no mundo.
Do
cruzamento artificial nasceu um novo híbrido da família das anonáceas: a
atemóia. O primeiro plantio no Brasil foi feito em 1950 pelo IAC - Instituto
Agronômico de Campinas, em São Paulo.
Mais
de meio século depois, a atemóia continua desprezada pelos produtores. No entanto,
a oferta reduzida acaba proporcionando bons preços no mercado e mostra que a
fruta tem um grande potencial econômico, despertando interesse em agricultores
de pequenas propriedades. Dependendo da época, o quilo no varejo ultrapassa
cinco reais.
Conhecimento
e prática são fatores importantes. Por isso inicie o cultivo com poucas plantas
para depois expandir a quantidade paulatinamente.
Escolha
locais com água em abundância, pois ela vai bem em lugares com bons índices de
chuvas, algo entre 750 e 1,5 mil milímetros. Os estados do Sul e do Sudeste são
as principais regiões produtoras, mas há também áreas cultivadas no Nordeste.
Versatilidade
A
fruta adapta-se a diferentes condições climáticas, herança das características
da cherimóia, que frutifica nas regiões andinas da América do Sul, e da
fruta-do-conde, encontrada em locais onde os termômetros marcam graus mais
elevados.
Contudo,
proteja a plantação de geadas, com a opção de plantio nas partes mais altas do
terreno.
A
atemóia adapta-se a vários tipos de solos, porém os recomendados são aqueles
profundos, bem drenados e ricos em matéria orgânica.
Deve-se
procurar corrigir o pH da terra entre 5,0 e 6,0. O produtor pode simplificar
seu trabalho iniciando a plantação com mudas enxertadas, que evitam o ataque de
fungos de solo e de coleobrocas - larvas de insetos -, além de proporcionar um
pomar mais homogêneo.
Devem
ser adquiridas apenas em viveiros credenciados pelo Mapa - Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com preço médio de 4,50 reais a unidade.
As
mudas enxertadas também aceleram a frutificação e registram produção comercial
a partir do terceiro ano, época que o volume atinge de 80 a 150 frutos por
planta.
A
produção plena se dá no quinto ano em diante. Maio, junho e julho são os meses
de colheita da atemóia em regiões de clima ameno, período que precede um
bimestre de dormência da planta para, em seguida, ser realizada a poda.
Entre
os tratos culturais adequados para o desenvolvimento da atemóia, devem ser
realizadas as podas de formação, frutificação e raleio de frutos - alguns
frutos são retirados para diminuir o excesso na planta.
O
desbaste de ramos deve deixar a copa aberta, para facilitar o trabalho do
manejo à colheita. O produtor não pode também se descuidar com o controle do
mato e, sempre, deve ficar atento à incidência de pragas e doenças, como a
broca do coleto e a antracnose, respectivamente.
A
atemóia tem um sabor leve e agridoce. A polpa branca, com sementes pretas, é
suculenta e de alto valor nutritivo. O comum é o consumo in natura, mas da
fruta podem ser feitos sucos, pudins, sorvetes e outras receitas culinárias.
Família
botânica: híbrido da Annona cherimola Mill (cherimóia) com a Annona squamosa L.
(ata, pinha, fruta-do-conde e outras)
Plantio:
em períodos chuvosos, devido à necessidade de água para as mudas
Solo:
profundo, bem drenado, sem camada de compactação e com matéria orgânica
abundante
Clima:
tropicais, subtropicais e tropicais de altitude
Uso
culinário: consumo in natura, sucos, doces, sorvetes, cobertura para bolos,
compotas e pudins
Uso
medicinal: contém fibra, proteínas, fósforo, potássio e cálcio, mas não há
estudos científicos que comprovem qualquer uso específico
Colheita:
principalmente entre os meses de maio e julho, podendo começar em
fevereiro/março e se estender até agosto/setembro
Área
mínima: um hectare com 200 plantas em média
Dicas
O
desenvolvimento da planta se dá bem na faixa que vai de 13 graus a 32 graus e,
para a maturação dos frutos, recomenda-se entre 15 graus e 24 graus.
O
período de polinização requer clima mais quente, em torno de 27 graus e 28
graus, com umidade relativa do ar de 70% a 80%.
Nos
mais adensados, os plantios são feitos em covas de 60 x 60 x 60 centímetros,
com variação de espaçamento entre 4 x 3 metros a 4 x 2 metros.
Para a
adubação de cada cova, é indicado a mistura de um quilo de termofosfato (adubo
rico em fósforo), 100 gramas de cloreto de potássio e 18 litros de esterco de
curral bem curtido.
Caso
seja necessário, aplique 50 gramas de nitrocálcio no primeiro ano de cultivo e,
se for preciso, repita a operação. A partir do terceiro ano, as adubações são
baseadas na análise do solo e na expectativa de produção.
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