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sexta-feira, 25 de março de 2016

Atemoia - Annona × atemoya Mabb.



Classificação científica

Reino: Plantae

Divisão:           Magnoliophyta

Classe:             Magnoliopsida

Ordem:           Magnoliales

Família:          Annonaceae

Género:           Annona

Espécie:           A. × atemoya

Nome binomial          Annona × atemoya Mabb.

A atemoia é uma fruta híbrida que é obtida através do cruzamento da chirimoia (Annona cherimola, Mill) com a fruta-pinha (Annona squamosa, L.), ambas pertencentes à família das anonáceas (a mesma da graviola).

São três variedades que estão bem aclimatadas no Brasil:

Pink Mammoth, que tem uma fruta grande e perfumada, doce e com poucas sementes.

Thompson, bem parecida, com um brix superior.

Gefner

Existe também a African Pride, originária da Austrália, que também já foi introduzida no Brasil.

O plantio da atemoia através da propagação por sementes não é recomendada porque surgem grandes variações, visto que é uma híbrida.

No cultivo da atemoia, devem-se utilizar sempre mudas enxertadas e sadias. Se você deseja adquirir novas cultivares, aí sim, utilize as sementes.

A atemoia é da família das anonáceas, possui uma casca rugosa e pontiaguda, como a da graviola, trazendo em seu interior uma polpa branca com sementes negras, é resultante do cruzamento da pinha com a cherimóia, nativa das regiões tropicais do Peru, Equador e Colômbia.

No Brasil as primeiras plantações começaram na década de 60, hoje a área plantada é de aproximadamente mil hectares, concentrados nas Regiões Sul e Sudeste.

O estado de maior produção de atemoia é São Paulo com 43,8%, Minas Gerais, Paraná e Bahia ficam com 18,8% cada. A plantação da atemoia está restrita em alguns países tropicais e subtropicais, por adaptar-se melhor às condições intermediárias entre a cherimóia (clima subtropical) e a pinha (clima tropical).

Mas ela também é muito vendida em outras regiões como o norte de Minas Gerais e outros estados, além de ser produzida no Sul e Sudeste do Brasil.

Curiosidades sobre a atemoia

Para quem tem prisão de ventre, colesterol alto, gripes e resfriados, esta fruta é um remédio natural. Saiba algumas curiosidades da atemoia

A atemoia é fonte de energia sendo indicada para “dar um gás” nos compromissos do dia a dia.

É regulador da pressão

Devido à presença de potássio em sua polpa, a atemoia auxilia na redução da pressão arterial, pois esse mineral é vasodilatador.

Usado pelo nosso corpo para equilibrar a água, o potássio é também elemento necessário para a contração muscular. Uma dieta rica nesse mineral é ótima para os praticantes de atividades físicas em geral.

Deve ser consumida in natura

O melhor jeito de ingerir a fruta é da forma como a natureza nos mandou, pois assim se preservam os nutrientes.

Caso você opte pelo suco, por exemplo, a vitamina C se perderá em cerca de 20 minutos a partir do momento em que a bebida foi preparada. Além disso, as fibras presentes também se quebrarão.

Casca e sementes podem ser aproveitadas

“Se devidamente usadas, não fazem mal à saúde”, explica a nutricionista Juliana Fontes. Embora seja difícil consumir a casca in natura por ser pontiaguada, áspera e não ter um sabor muito agradável.

Para isso, ela apresenta uma sugestão: “Pode ser usada para fazer geleia ou até mesmo compota. A casca possui fibras e minerais”. E as sementes?

“Ricas também nesses elementos, podem ser trituradas e colocadas sobre iogurtes, frutas, saladas, sorvetes e até mesmo no arroz com feijão”, responde Juliana.

Durante a safra de qualquer alimento, sua qualidade nutricional é melhor, apresentando maiores taxas de nutrientes; em especial, as vitaminas e os minerais. “E quanto mais maduro o fruto estiver, maior sua quantidade de nutrientes”, ressalta a nutricionista.

É fonte de energia

A atemoia é fonte de energia (243 calorias em uma unidade de 250 g), sendo indicada para “dar um gás” nos compromissos do dia a dia. Isso se deve à grande quantidade de carboidratos encontrada em sua polpa.

“Sendo assim, ela deve ser consumida com moderação, principalmente por quem está tentando controlar os ponteiros da balança”, alerta a nutricionista.

Rica em fibras

As fibras são importantíssimas para o adequado funcionamento intestinal, além de diminuir a absorção de açúcar e de gordura, sendo ideal para quem tem diabetes e/ou colesterol elevado.

Híbrida, porém saborosa

Combinação da cherimóia com a fruta-do-conde, a atemóia oferece bons rendimentos ao pequeno produtor

No início do século 20, cientistas norte-americanos se empenharam no desenvolvimento de uma fruta com desempenho comercial superior ao da fruta-do-conde e o sabor da cherimóia, um dos mais apreciados no mundo.

Do cruzamento artificial nasceu um novo híbrido da família das anonáceas: a atemóia. O primeiro plantio no Brasil foi feito em 1950 pelo IAC - Instituto Agronômico de Campinas, em São Paulo.

Mais de meio século depois, a atemóia continua desprezada pelos produtores. No entanto, a oferta reduzida acaba proporcionando bons preços no mercado e mostra que a fruta tem um grande potencial econômico, despertando interesse em agricultores de pequenas propriedades. Dependendo da época, o quilo no varejo ultrapassa cinco reais.

Conhecimento e prática são fatores importantes. Por isso inicie o cultivo com poucas plantas para depois expandir a quantidade paulatinamente.

Escolha locais com água em abundância, pois ela vai bem em lugares com bons índices de chuvas, algo entre 750 e 1,5 mil milímetros. Os estados do Sul e do Sudeste são as principais regiões produtoras, mas há também áreas cultivadas no Nordeste.

Versatilidade

A fruta adapta-se a diferentes condições climáticas, herança das características da cherimóia, que frutifica nas regiões andinas da América do Sul, e da fruta-do-conde, encontrada em locais onde os termômetros marcam graus mais elevados.

Contudo, proteja a plantação de geadas, com a opção de plantio nas partes mais altas do terreno.

A atemóia adapta-se a vários tipos de solos, porém os recomendados são aqueles profundos, bem drenados e ricos em matéria orgânica.

Deve-se procurar corrigir o pH da terra entre 5,0 e 6,0. O produtor pode simplificar seu trabalho iniciando a plantação com mudas enxertadas, que evitam o ataque de fungos de solo e de coleobrocas - larvas de insetos -, além de proporcionar um pomar mais homogêneo.

Devem ser adquiridas apenas em viveiros credenciados pelo Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com preço médio de 4,50 reais a unidade.

As mudas enxertadas também aceleram a frutificação e registram produção comercial a partir do terceiro ano, época que o volume atinge de 80 a 150 frutos por planta.

A produção plena se dá no quinto ano em diante. Maio, junho e julho são os meses de colheita da atemóia em regiões de clima ameno, período que precede um bimestre de dormência da planta para, em seguida, ser realizada a poda.

Entre os tratos culturais adequados para o desenvolvimento da atemóia, devem ser realizadas as podas de formação, frutificação e raleio de frutos - alguns frutos são retirados para diminuir o excesso na planta.

O desbaste de ramos deve deixar a copa aberta, para facilitar o trabalho do manejo à colheita. O produtor não pode também se descuidar com o controle do mato e, sempre, deve ficar atento à incidência de pragas e doenças, como a broca do coleto e a antracnose, respectivamente.



A atemóia tem um sabor leve e agridoce. A polpa branca, com sementes pretas, é suculenta e de alto valor nutritivo. O comum é o consumo in natura, mas da fruta podem ser feitos sucos, pudins, sorvetes e outras receitas culinárias.

Família botânica: híbrido da Annona cherimola Mill (cherimóia) com a Annona squamosa L. (ata, pinha, fruta-do-conde e outras)

Plantio: em períodos chuvosos, devido à necessidade de água para as mudas

Solo: profundo, bem drenado, sem camada de compactação e com matéria orgânica abundante

Clima: tropicais, subtropicais e tropicais de altitude

Uso culinário: consumo in natura, sucos, doces, sorvetes, cobertura para bolos, compotas e pudins

Uso medicinal: contém fibra, proteínas, fósforo, potássio e cálcio, mas não há estudos científicos que comprovem qualquer uso específico

Colheita: principalmente entre os meses de maio e julho, podendo começar em fevereiro/março e se estender até agosto/setembro

Área mínima: um hectare com 200 plantas em média

Dicas

O desenvolvimento da planta se dá bem na faixa que vai de 13 graus a 32 graus e, para a maturação dos frutos, recomenda-se entre 15 graus e 24 graus.

O período de polinização requer clima mais quente, em torno de 27 graus e 28 graus, com umidade relativa do ar de 70% a 80%.

Nos mais adensados, os plantios são feitos em covas de 60 x 60 x 60 centímetros, com variação de espaçamento entre 4 x 3 metros a 4 x 2 metros.

Para a adubação de cada cova, é indicado a mistura de um quilo de termofosfato (adubo rico em fósforo), 100 gramas de cloreto de potássio e 18 litros de esterco de curral bem curtido.

Caso seja necessário, aplique 50 gramas de nitrocálcio no primeiro ano de cultivo e, se for preciso, repita a operação. A partir do terceiro ano, as adubações são baseadas na análise do solo e na expectativa de produção.






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