Classificação
científica
Reino:
Plantae
Divisão:
Anthophyta
Classe:
Magnoliopsida
Ordem:
Sapindales
Família:
Anacardiaceae
Género:
Schinus
Nome
binomial Schinus terebinthifolius
Aroeira-vermelha,
aroeira-pimenteira ou poivre-rose são nomes populares da espécie Schinus
terebinthifolius, árvore nativa da América do Sul da família das Anacardiaceae.
Outros
nomes populares: aguaraíba, aroeira, aroeira-branca, aroeira-da-praia,
aroeira-do-brejo, aroeira-do-campo, aroeira-do-paraná, aroeira-mansa,
aroeira-negra, aroeira-precoce, aroerinha-do-iguapé, bálsamo, cambuí,
fruto-do-sabiá.
Características
Árvore
de porte médio, dióica, de folhas compostas, aromáticas. Flores pequenas em
panículas, fruto tipo drupa, vermelho-brilhante, aromático e adocicado.
Reproduz-se por sementes ou por estacas.
Polinização
A
vespa Mischocyttarus rotundicollis transportando grãos de pólen de
aroeira-vermelha Schinus terebinthifolius
A
espécie é generalista quanto aos polinizadores, possuindo uma vasta gama de
vetores de pólen, sendo em geral polinizada efetivamente por algumas espécies
de abelhas e vespas e potencialmente por diversos outros insetos.
Ocorrência
Em boa
parte da América Latina, no Brasil desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande
do Sul, em várias formações vegetais, sendo mais comum em beiras de rios.
Usos
A
aroeira-salsa e a aroeira-pimenteira são usadas em culinária, recebendo na
França o nome de poivre rose, um tipo de pimenta doce.
Usada
em medicina popular. Indicada medicinalmente no tratamento da artrite, febres,
ferimentos e reumatismos.
Ávila
registra os seguinte usos etnofarmacológicos: antiinflamatória, atiespasmódica,
tônica, vulnerária, diurética, antileucorréica, emenagoga, adstringente,
cicatrizante, balsâmica e bactericida.
Assinalando
ainda que com a resina azulada da casca os jesuítas preparavam o “balsamo das
missões” de uso corrente entre a população cabocla.
De
acordo com Guilherme Piso (1611 - 1678) a aroeira ou lentisco é semelhante à
Murta europeia e à Molle dos peruanos tendo também propriedades comuns com o
Araçá e outros vegetais adstringentes e odoríferos, sendo sua peculiaridade a
emanação de uma resina fragantíssima da qual se prepara um emplastro contra as
afecções frias.
Segundo
ele extrai-se também, um óleo de suas bagas suculentas, que serve para o mesmo
emprego da resina com qualidades aromáticas e quentes.
Da
destilação de suas folhas frescas se extrai uma água odorífera e adstringente
que …”se conserva tanto para expulsar as afecções do corpo como para o luxo”.
No
Brasil registra-se ainda nos candomblés jêje-nagôs o uso da aroeira comum ou
aroeira-vermelha, onde é conhecida pelos nomes de àjóbi (àjóbi oilé e àjóbi
pupa) seu uso nos sacrifícios de animais quadrúpedes em ebós e sacudimentos
além do emprego medicinal como anti-reumático, contra feridas, inflamações,
corrimentos e diarreias.
Barros
e Napoleão a definem como uma planta associada aos Orixás, Ossain, Ogun e Exu,
ou seja suas características correspondem às características destes orixás
enquanto categorias de classificação do pensamento mítico.
Observa-se,
segundo os referidos autores a crença de que pela manhã seja atribuída a Ogun,
e pela tarde pertence a Exu sendo ainda utilizada na vestimenta de Ossain
estabelecendo-se desse modo o nexo entre essa planta e o conjunto das narrativas
míticas ao que se somam as observações adquiridas por outras comparações com
vegetais de origem africana, similares as que faziam os antigos herboristas,
somadas às experiências de uso secular.
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