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sexta-feira, 25 de março de 2016

Araticum - Annona crassiflora





Classificação científica

Reino: Plantae

Divisão:           Magnoliophyta

Classe:             Magnoliopsida

Ordem:           Magnoliales

Família:          Annonaceae

Género:           Annona

Espécie:           A. crassiflora

Nome binomial          Annona crassiflora

Araticum (Panã) é um fruto nativo do Cerrado. Também é conhecido por marolo, Pinha ou bruto. Araticum é nome dado a diversas espécies da família Annonaceae, mesma da fruta-do-conde (Annona squamosa), conhecida também como ata ou pinha, dependendo da região.

O maroleiro é uma árvore de 2,5 a 3,5 m de altura, com o diâmetro da copa chegando a 2–4 m, da família das anonáceas, que ocorre, de forma descontínua, no cerrado brasileiro.

A planta tem preferência por regiões de cerrado com menor déficit de umidade, em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, pequena parte do interior de São Paulo e em partes isoladas de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão e leste da Bahia. Mas é em Minas Gerais que o fruto é típico e muito apreciado.

Possui sistema radicular do tipo axial que atinge grandes profundidades no solo, para absorver água e nutrientes. O seu tronco é reto com galhos tortuosos, a casca é corticosa, fendida e grossa.

Possui folhas ovadas, coriáceas, flores verde-amarelas que ocorrem entre novembro e janeiro, com polinização entomófila, mais especificamente pelo besouro ciclocéfalo (Cyclocephala atricapilla).

Os frutos são infrutescências bacáceas múltiplas, grandes (até 4,5 kg), comestíveis, de casca verde-amarronzada, quando maduros, com sementes também tidas como antidiarreicas.

Seus frutos alcançam mais de 15 cm de diâmetro e 2 kg de peso, contendo muitas sementes com cerca de 1,5 cm de comprimento.

Quando aberto, o fruto oferece uma polpa cremosa de odor e sabor bem fortes e característicos que difere grandemente da fruta-do-conde, é considerada uma iguaria da região do cerrado, vendido em feiras livres ou consumido ao natural ou na forma de batidas, bolos, biscoitos e bolachas, picolés, sorvetes, geleias e diversos doces.

A frutificação inicia-se em novembro e a maturação entre fevereiro e abril, donde estar, em Minas Gerais, popularmente associado ao período da Quaresma.

Quando está maduro, o fruto cai no solo, sob a projeção da copa, exalando um forte e característico cheiro. Estes são os de melhor qualidade para o consumo, pois os colhidos diretamente da árvore ou não amadurecerão ou apresentarão sabor inferior.

A destruição do Cerrado e diminuição das espécies

O crescente desmatamento do cerrado e a germinação demorada das sementes, que pode atingir até trezentos dias, tem contribuído muito para a diminuição radical dos maroleiros em Minas Gerais.

É notável o trabalho de pesquisa científica e cultivo desenvolvido pelo Doutor João Afonso de Carvalho, professor da Escola Agrotécnica Federal de Machado, no sul de Minas para preservar os maroleiros daquela região.

As localidades que concentram maior número de árvores da espécie são Carvalhópolis e Paraguaçu.

Dormência

A dormência das sementes de araticum não está relacionada ao tegumento, mas a problemas endógenos. Sua imersão por quatro dias em ácido giberélico nas concentrações de 250 a 2000 mg/L por quatro dias ou 1000 a 2000 mg/L por dois dias foram igualmente eficazes para quebrar a dormência.

A escarificação mecânica do tegumento favorece a absorção do GA34 e, consequentemente a germinação das sementes e emergência das plântulas, mas não quebra a dormência "per se".

O choque térmico em água quente e a embebição prévia das sementes em água natural também não promovem a quebra da dormência.

O marolo também é conhecido por araticum cortiça, araticum do cerrado, bruto e no interior de Minas Gerais é também conhecido carinhosamente por: cabeça de nêgo.

O araticum (nome científico Annona coriacea) é uma planta característica do Cerrado. Ocorre, normalmente, em áreas secas e arenosas. Chega a alcançar entre quatro e oito metros de altura. De crescimento lento, costuma frutificar quando chega aos dois metros.

Tem um fruto bastante conhecido e muito apreciado. Dependendo da região, leva o nome de pinha, ata, marolo, condessa, bruto, cabeça-de-negro, entre outros.

O nome araticum é derivado do tupi e significa “árvore rija e dura, fruto do céu, saboroso, ou ainda fruto mole”, visto que sua polpa é branca, viscosa e mole quando maduro.

Quando chega a este ponto, costuma cair dos galhos e pode ser coletada do chão. A fruta é coberta por uma casca marrom, bem grossa, e contém inúmeras sementes pretas e lisas presas à polpa. É consumida ao natural, mas a polpa é muito utilizada também para sucos, sorvetes e doces.

Uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e da Universidade Católica de Goiás (UCG) observou que o araticum possui antioxidantes e ajuda na prevenção de doenças degenerativas. Os povos da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, fazem uso desta planta para combater reumatismo, úlcera e até câncer de pele.


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