Classificação
científica
Reino:
Plantae
Clado:
angiospérmicas
Clado:
eudicotiledóneas
Clado:
Rosídeas
Ordem:
Rosales
Família:
Rosaceae
Género:
Rubus
Espécie:
R. chamaemorus
Nome
binomial Rubus chamaemorus
A
amora-branca-silvestre, também conhecida como amora-ártica ou framboesa-amarela
(Rubus chamaemorus) é uma espécie de crescimento lento do género Rubus e que
produz um fruto particularmente saboroso. O seu nome científico provém do grego
chamai ("anã") e morus ("amora").
A
amora-branca-silvestre chega a atingir 10–25 cm de altura. As suas folhas são
alternadas, frágeis, palmadas e dispõem-se em caules eretos sem ramos.
Depois
da polinização, as suas flores brancas (por vezes com laivos avermelhados)
formam amoras do tamanho de framboesas, unindo em si de 5 a 25 pequenas drupas,
inicialmente de um vermelho pálido que se torna cor de âmbar no início do
outono.
Distribuição
As
amoras-brancas-silvestres são espontâneas no hemisfério norte entre os 55°N e
os 78°N, dispersando-se a sul até aos 44°N, principalmente em áreas
montanhosas.
Na
Europa e na Ásia, crescem nos países nórdicos, nas charnecas da Grã-Bretanha e
Irlanda, nos países Bálticos e na Rússia setentrional oriental até ao Oceano
Pacífico.
Pequenas
populações foram ainda encontradas mais a sul, como vestígio das eras
glaciares, como nos vales alemães do Weser e do Elba, onde são protegidas por
lei.
Na
América do Norte, existem no Canadá e no Alasca e, menos, no norte dos estados
do Minnesota, New Hampshire, Maine, além da pequena população de Long Island,
Nova Iorque.
Nascem
em pântanos e outros terrenos alagadiços, como estuários, e requerem exposição
solar e solo ácido (entre 3,5 e 5 de pH). Suportam facilmente temperaturas
baixas (até menos de - 40 °C), mas são sensíveis ao sal e à falta de água.
Propagação
Amora-branca-silvestre,
ainda em processo de maturação, e folhagem
Ao
contrário de muitas espécies do género Rubus, a amora-branca-selvagem não
procede à autopolinização, havendo variedades masculinas e femininas (espécie
dioica).
A
disseminação de sementes faz-se pelo consumo dos frutos por animais
(principalmente aves) que eliminam as sementes, não digeríveis juntamente com
as fezes. Também se propagam assexuadamente através de extensões do seu rizoma.
Apesar
da procura cada vez maior no mercado das frutas silvestres, principalmente na
Noruega, a amora-branca-silvestre é, essencialmente, uma planta silvestre.
Desde
meados da década de 1990 que a amora-branca-silvestre é objeto do Projeto de
Pesquisa "Northberry". O governo norueguês, em cooperação com a
Finlândia, Suécia e Escócia, têm prosseguido o objectivo de incrementar a
produção comercial de vários frutos silvestres.
A
Noruega importa cerca de 200 a 300 toneladas de amoras-brancas-silvestres por
ano, da Finlândia. Desde 2002 que algumas cultivares estão à disposição de
produtores agrícolas, principalmente as variedades "Apolto" (macho),
"Fjellgull" (fêmea) e "Fjordgull" (fêmea).
A
planta é principalmente cultivada na região ártica, onde poucas espécies podem
ser cultivadas - é o caso da costa setentrional da Noruega.
Uso
Os
frutos maduros têm uma cor âmbar, amarelo-dourado, são suaves e suculentos. São
particularmente ricos em vitamina C. Quando comidos frescos, têm um sabor
picante distinto.
São
usados na produção de compotas, sumos, tartes e licores. Na Finlândia são comidas
com "Leipäjuusto" (um tipo de queijo regional) e muito açúcar.
Na
Suécia, são usadas em compotas ou "topping" em gelados. No Canadá
também são usadas para compota, mas em menor escala que na Escandinávia.
Devido
ao seu elevado conteúdo em vitamina C, o fruto é muito estimado por marinheiros
nórdicos e pelos Inuit, como protecção contra o escorbuto. São ainda ricos em
ácido benzoico que age como um conservante natural.
Na
medicina tradicional escandinava, as folhas são utilizadas em chás, benéficos
no caso de infecções do trato urinário.
A
planta serve ainda de alimento a algumas larvas de lepidópteros, como é o caso
da traça-imperial.
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