Ajurú-branco, ajurú-preto ou ajurú-vermelho. Arredondado, de
cor diversificada entre o branco-creme, o rosa e o púrpura e, algumas vezes,
quase preto, polpa brancacenta, um tanto esponjosa, às vezes adocicada; outras,
insípida e bastante adstringente quando o fruto não está bem maduro.
Da família das Chrysobalanaceae, o Ajuru é um pequeno
arbusto que apresenta propriedades hipoglicemiantes comprovadas por pesquisas
farmacológicas, sendo utilizada na medicina popular para este fim.
Seus frutos tem uma polpa branca, esponjosa e adocicada,
sendo consumidos em muitos países como doces e conservas. Em Cuba, onde o Icaco
(nome espanhol, muitas vezes escrito Hicaco e jicaco) seus frutos silvestres
são recolhidos e transformados em uma conserva doce, que é servido nos
restaurantes de Havana como sobremesa.
No Brasil, onde também é chamado Uajuru, seu uso é limitado.
O fruto lembra uma ameixa grande na aparência, sendo oval, branco rosado,
magenta, vermelho, ou quase de cor preta.
A pele é fina, e a polpa branca, que é fofo e de gosto
insípido, adere à grande semente oblonga.
É bastante utilizada como planta ornamental na América do Norte.
Aqui no Brasil, a espécie é conhecida também como abajurú,
abajerú, bajerú, guajurú, entre outros nomes populares, ocorrendo no litoral brasileiro
e também no litoral dos países do norte da América do Sul, América Central, México,
bem como na costa ocidental da África.
O óleo da semente era outrora aproveitado para preparação de
uma emulsão antidiarréica e para ungüentos.
As raízes, cascas e folhas são adstringentes e utilizadas
contra disenterias, catarro de bexiga, leucorréias e pedra nos rins.
Seu uso potencial como agente anti-tumoral e também no
combate ao diabetes mellitus foram amplamente divulgados na literatura.
A semente do Ajuru também pode ser usada como alimento, crua
ou torrada.
NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: Abajerú vem do Tupi guarani e
significa “Fruta de papagaio falante”. Também chamada de Ajurú, Icaco e
Maçãzinha da praia.
Origem
Ocorre nos bancos de areia da Amazônia e na restinga desde
Pernambuco até o estado de São Paulo, Brasil. Existem diversas variedades com
frutos brancos, vermelhos, roxos, pretos e verdes.
Características
É uma planta que pode arbustiva formando touceira de 40 cm a
2 m de altura ou uma arvore que pode atingir dimensões de 4 a 7 m de altura,
com tronco tortuoso de casca fina ou reticulada (como rede) em indivíduos
praianos, com coloração cinza esbranquiçada com leve descamação em escamas de
tamanho variados.
As folhas são simples, alternas, semicoriaceas (de textura
grossa, porém flexível), orbiculares (arredondadas) ou obovadas (forma de ovo
invertido, com a parte larga voltada para o ápice), subsésseis (com pecíolo muito
curto, medindo 2 a 5 mm de comprimento).
A lamina mede 2 a 8 cm de comprimento por 1,5 a 4,5 cm de
largura, na base do pecíolo (haste ou suporte) existem 2 estipulas (lamina
foliar minúscula) caducas (que caem) e medem 1 a 3 mm de comprimento.
As inflorescências surgem em racemos (tipo de cacho)
terminal ou axilar (nasce na base da folha) com 1,5 a 3,7 cm de comprimento,
com 4 a 12 flores brancacentas.
O fruto é uma drupa arredondada ou ovóide de 2 a 4,5 cm de
altura por 2,5 a 3,5 cm de largura com casca fina de coloração muito variada.
Dicas para cultivo
Pode ser cultivado desde o nível do mar até 750 m de
altitude onde frutifica abundantemente. Em altitudes superiores a frutificação
fica muito prejudicada e o início do florescimento se dá tardiamente.
Aceita uma variedade enorme de climas, passando do
equatorial, para o tropical e do semi-árido para o subtropical. Geralmente o
Abajerú suporta bem a geada de até – 3 graus e também é resistente a secas,
suportando até 6 meses de estiagem.
Podem ser cultivados em vários tipos de solos, desde os
arenosos, os latossolos (terra vermelha ou amarela) e até nos terrenos
argilosos próximos de rios e vertentes.
Esses solos devem ser sempre profundos e permeáveis e com
boa capacidade de retenção de água nas camadas do subsolo. Começa a frutificar
com 3 a 4 anos após o plantio.
Mudas
As sementes são grandes e duras, podendo ser armazenadas por
até 1 ano após serem limpas e secas. Elas germinam num período de 45 a 90 dias
se forem plantadas logo que colhidas sob substrato composto de 50% de areia e
50% de matéria orgânica.
As mudas formadas em sementeiras devem ser transplantadas
para embalagens individuais com 3 a 4 meses após a germinação, época em que as
plantas estarão com 10 cm de altura.
Após o transplante as mudas devem ficar na sombra por 2
meses e ser irrigadas copiosamente. As mudas atingem 40 cm de altura com 12
meses de idade.
Plantando
Convém plantar num espaçamento de 4 x 4 m na região sudeste
onde a arvore cresce menos e 6 x 6 m na região norte ou nordeste onde a planta
cresce mais.
As covas devem ter 50 cm nas três dimensões e adubada com 8
kg de composto orgânico, 500 g de calcário e 500 g de cinzas, tomando o cuidado
de misturar os componentes aos 30 cm da terra da superfície e o preparo das
covas deve ser feito 2 meses antes do plantio.
A melhor época do plantio é de outubro a novembro, sendo
necessário fazer apenas uma irrigação de 20 l de água após o plantio, repetindo
a operação a cada 15 dias, somente no primeiro ano após o plantio.
Cultivando
A adubação pode ser feita em setembro, com 10 kg de matéria
orgânica, 1 kg de cinza vegetal e 100 gramas de adubo N-P-K 10-10-10
distribuídos numa coroa a 30 cm do tronco.
A poda de formação visa eliminar os galhos laterais que
estiverem se encostando no chão.
O Abajerú também pode em vasos grandes de 60 cm de altura
por 40 cm de diâmetro, onde a planta formará uma copa reduzida e densa, se
adaptando plenamente a essas condições.
O vaso deve ficar onde a planta possa tomar sol pelo menos
por um período do dia e a irrigação deve ser feita com 2 l de água
semanalmente.
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