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domingo, 7 de fevereiro de 2016

Amora

 
Classificação botânica, origem e cultivares

A amoreira-preta (“blackberry”) pertence ao gênero Rubus que, segundo Ying et al., 1990, contém aproximadamente 740 espécies, divididas segundo alguns autores, em 12 subgêneros ou segundo outros em 15 subgêneros (Jennings, 1988, citado por Daubeny, 1996).

Em geral as plantas têm hastes bianuais, as quais necessitam de um período de dormência antes de frutificar. A espécie R. procerus é uma exceção, pois tem hastes semiperenes que frutificam por diversos anos antes de morrer. Algumas amoreiras-preta frutificam nas hastes primárias.

O hábito de crescimento das hastes varia de ereta a prostrada, podendo ter hastes com ou sem espinhos. Este é um caráter genético recessivo para ausência de espinhos.

As flores, em geral, possuem cinco sépalas e cinco pétalas e numerosos estames e carpelos dispostos ao redor de um receptáculo, geralmente, de forma cônica.

Origem

O gênero Rubus apresenta formas de reprodução sexuada e assexuada, possuindo número básico de cromossomos igual a 7 (Jennings, 1995). A ocorrência de poliploidia, agamospermia (formação de sementes sem reprodução sexual) e hibridação entre as espécies, tornam a taxonomia do grupo bastante complicada (Alice, 2002). É comum a ocorrência de híbridos interespecíficos com vários graus de esterilidade, os quais se reproduzem assexuadamente por reprodução vegetativa e agamospermia (Grant, 1981).

Três grupos de amoreiras-pretas foram domesticados. O primeiro, das amoreiras-preta européias, inclui um grande número de formas poliplóides, com a maioria tetraplóide (2n = 4x = 28). O segundo, no leste da América do Norte, é composto por plantas de porte ereto e também inclui muitas formas poliploides.

O terceiro grupo, no oeste da América do Norte, geograficamente separado do anterior pelas pradarias e pelas Montanhas Rochosas, possui plantas de hábito prostrado e tem números de cromossomos mais elevados, sendo comuns as formas octaplóides (2n = 8x = 56) e dodecaplóides (2n = 12x = 84) (Jennings, 1995). O cultivo de amoreira-preta se tornou popular nos Estados Unidos após 1840.

No Brasil ocorrem cinco espécies nativas de amoreiras-preta R. urticaefolius, R. erythroclados, R. brasiliensis, R. sellowii e R.imperialis, as quais produzem frutos pequenos e com coloração branca (Figura 3), rosa, vermelha ou preta (Reitz, 1996). Nenhuma das espécies brasileiras foi domesticada. As cultivares de amoreiras-preta utilizadas no país são o resultado de introduções, hibridações e seleções de cultivares americanas.
 

 
Melhoramento genético

A medida que as matas iam sendo “clareadas”, as plantas nativas de amora-preta iam se espalhando, dando lugar a um programa de melhoramento natural e massivo, entre várias espécies de Rubus, que eram inter-férteis, com diferentes níveis de ploidia e altamente heterogêneas. Foram selecionados os melhores clones, sendo que dois deles, ‘Lawton’ e ‘Dorchester’, foram introduzidos para cultivo em 1850, contribuindo grandemente para o desenvolvimento de cultivares com características interessantes.

Em 1867, foram registradas 18 cultivares, a maioria selecionada de plantas nativas (Moore,1986 e Skirvin, 1990) incluindo a introdução de uma cultivar européia da espécie R. laciniatus. Um mutante sem espinhos de R. laciniatus, encontrado ocorrendo de forma silvestre em torno de 1930, se tornou a cultivar americana de maior produtividade (Jennings, 1995).

De um modo geral, as primeiras cultivares dos programas de melhoramento descendem da hibridação de várias espécies. Já a maioria das mais antigas cultivares sem espinhos se originaram de mutações dos tipos com espinhos. Várias são mutações superficiais, que não transmitem estas características quando multiplicadas por estacas de raiz ou em cruzamentos.

Um dos primeiros programas, planejados, de melhoramento genético propriamente dito, foi conduzido na Califórnia por Judge Logan, na década de 1880 (Jennings, 1981). Ele cultivava as cultivares de amoreira-preta (“blackberry”), Anghinbauch e Texas Early e a cv. de framboesa (“raspberry”), Red Antwerp muito próximas umas das outras. “Seedlings” originários da cv. Anghinbaugh deram uma seleção com frutas grandes e atrativas, intermediárias entre a citada cultivar e da cv. de framboesa Red Antwerp, que posteriormente, foi chamada de ‘Loganberry’.

Outras seleções foram feitas deste mesmo cruzamento, como ‘Mammoth’. Além destes, no século XX, houve outras cultivares lançadas como ‘Phenomenal’ e ‘Youngberry’ (Hall, 1990, citado por Daubeny, 1996).

Objetivos dos programas de melhoramento

Produtividade: é um dos atributos importantes. Considera-se uma produtividade de 10 t/ha como boa.

Qualidade: a qualidade das frutas é talvez o atributo mais importante. Especial ênfase é dada à aparência (tamanho das frutas, cor e brilho), firmeza e, principalmente, sabor. O pequeno tamanho das sementes também é desejável. 
 

· Época de maturação: a fim de permitir um escalonamento da produção.

· Plantas eretas: Têm custo de produção menor por não necessitarem de suporte

· Hastes sem espinhos: facilita colheita e tratos culturais, como a poda.

· Produção em hastes primárias: interessante em lugares com dificuldade de mão-de-obra. Elimina o trabalho de poda manual e permite uma produção no outono, embora em menor escala.

· Firmeza e conservação: importantes, principalmente por ser uma fruta em geral macia e de difícil conservação pós-colheita.

· Perfilhamento: a fim de facilitar os trabalhos de propagação.

Benefícios da Amora Para Saúde

Amoras estão entre os alimentos que provaram em estudos ser muito benéficas para a saúde. Devido ao seu teor em nutrientes tais como: antioxidantes, fito nutrientes, fibras, Ferro, Magnésio, Potássio, Zinco etc. Amora é eficaz em evitar danos nas células de DNA a partir dos radicais livres, que são a causa de muitos problemas de saúde, como o câncer, doenças cardiovasculares, doença degeneração muscular, envelhecimento e muitos mais. Amora também é eficaz na em melhorar a saúde dos olhos, a imunidade, melhora a memória e promove a saúde do cabelo.

Existem três tipos de amoras brancas, pretas e vermelhas. Amoras pretas são a melhor entre a consideração branca e vermelha com mais sabor e saúde.

Envelhecimento: O envelhecimento é causado devido aos danos celulares, aos radicais livres que são produzidos devido ao estresse. Mas os antioxidantes neutralizam os radicais livres e protegem contra o envelhecimento. Comer alimentos ricos nesses nutrientes ajuda a promover a pele saudável.

Benefícios da Amora na Prevenção do Câncer: Amora é rica em antioxidantes e fito nutrientes que protegem do câncer. Também é eficaz em parar o crescimento e disseminação das células tumorais.

Benefícios da Amora contra Anemia: Amora é rica em ferro que protege contra a anemia.

Benefícios da Amora - para a Diabetes: Os flavonoides presentes nas amoras, provaram ser benéficos em controlar o nível de açúcar. Por isso, as amoras são benéficas para evitar a complicação de diabetes devido ao nível de açúcar no pico.

Benefícios da Amora Para o Coração: Comer amoras e benéfico para o coração. Reforça o sistema nervoso, reduz o mau colesterol e impede o bloqueio do fluxo de sangue. Por isso, é eficaz para prevenir ataques cardíacos e derrames.

Benefícios da Amora - Para o Sistema imunológico: Amora é uma excelente fonte de vitamina C, com isso seu sistema imunológico irá se fortalecer e terá melhores defesas contra as doenças comuns, como resfriado, gripe ou alguma infecção.

Benefícios da Amora - Para os Olhos: Amora é muito benéfica para a saúde dos olhos. Também protege o olho dos radicais livres, que é a causa da perda de visão e da degeneração da retina.

Benefícios da Amora - Para o Cabelo: Amoras fortalecem, nutrem e promovem o crescimento de cabelo. Ela é utilizada para evitar o branqueamento do cabelo.

Benefícios da Amora Para o Cérebro: Amoras são o melhor tônico cerebral para aumentar a memória e promover um cérebro saudável.

Purificador do sangue: Amoras purificam o sangue. Também melhoram a circulação sanguínea.

Prisão de ventre: Amoras são ricas em fibras que melhoram a digestão, assim, evitando a constipação.

Benefícios da amora preta

Dentre as várias opções de espécies frutíferas com boas perspectivas de comercialização, surge a amora preta como umas das mais promissoras. A amora preta é uma das espécies que tem apresentado sensível crescimento nos últimos anos em algumas regiões brasileiras, devido ao seu baixo custo de produção, facilidade de manejo, rusticidade e pouca necessidade utilização de defensivos agrícolas.

Principais substâncias: cálcio, fósforo, potássio, magnésio, ferro, selênio e várias vitaminas. No entanto, é uma fruta extremamente rica em antocianinas. Cada 100g fornece de 120 a 160mg desse fito químico.

A amora preta in natura é altamente nutritiva. Da sua composição fazem parte água (85%), proteínas, fibras, lipídeos e carboidratos. É uma fruta de baixo valor calórico, apenas 52 calorias em 100 gramas de fruta.

Vários tipos de açúcares e ácidos fazem parte da composição da amora preta, sendo que o balanço entre acidez e sólidos solúveis é que dá o seu delicioso sabor característico.

Ainda na amora preta, são encontrados fito químicos, principalmente antocianinas, que dão a coloração vermelha e roxa das frutas, e os carotenoides, que são responsáveis pela coloração alaranjada. Existem, ainda, outros fito químicos que não apresentam cor como os ácidos fenólicos, mas são de grande importância para a saúde. Esses fito químicos atuam na prevenção e no combate de doenças crônicas como o câncer e as doenças cardiovasculares.

Estudos demonstram que o consumo de frutas e hortaliças está relacionado à prevenção das doenças crônicas, provavelmente, devido ao aumento no consumo de compostos antioxidantes. A amora preta apresenta uma alta atividade antioxidante, se comparada ao mirtilo, que é uma fruta muito estudada e utilizada como padrão de comparação.

Alguns estudos mostram o poder do extrato de amora preta na prevenção e combate do câncer de útero, cólon, boca, mama, próstata e pulmão. O extrato de amora preta previne ainda a formação da metástase, ou seja, evita que o câncer se espalhe e se instale em outros órgãos. Também foi observado um efeito anti-inflamatório do extrato de amora-preta, o que não deixa de ser interessante, já que se acredita que o câncer está relacionado a um processo de inflamação crônica.

Como ficam os fito químicos quando as amoras-pretas são processadas:

O processamento das frutas da amoreira-preta é uma forma de agregar valor ao produto, melhorando a renda dos fruticultores, sendo a sua transformação em geleias, sucos, iogurtes, sorvetes as formas mais comuns de consumir esta fruta. Após o processamento, há dúvidas quanto à manutenção dos fito químicos encontrados na fruta in natura.

Sabe-se que ocorre uma perda de antocianinas no processo de fabricação da geleia de amora preta em relação aos valores encontrados na polpa, e esta perda continua durante o armazenamento dos vidros de geleias através do tempo. Mesmo assim, a geleia da amora preta ainda é considerada uma boa fonte de fito químicos antioxidantes.

A amora preta já é considerada uma fruta funcional, ou seja, além das características nutricionais básicas, quando consumida como parte usual da dieta, produz efeito fisiológico/metabólico ou efeito benéfico à saúde humana, devendo ser segura para consumo sem supervisão médica. O consumo de frutas e hortaliças, como a amora-preta, em conjunto com um estilo de vida saudável, incluindo dieta equilibrada e exercícios físicos, pode prevenir alguns tipos de doenças.

Indicações terapêuticas: doenças cardiovasculares, diabetes, crônico-degenerativas, câncer (pela quantidade de antioxidantes), hipertensão arterial, osteoporose, anemia, depressão leve. 
 



 

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