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segunda-feira, 8 de maio de 2017

Xiquexique





Pilosocereus gounellei

O  (Pilosocereus gounellei) é um cacto endêmico do semiárido brasileiro. Seu caule suculento tem uma consistência macia que reserva muita água e é protegido por espinhos fortes. 

Em secas prolongadas, serve como fonte de alimento tanto para o homem quanto para os animais de criação. É queimado para retirar os espinhos e oferecido ao gado como complemento ou muitas vezes como única fonte de alimento. 

Manuseado com cuidado, retirando-se espinhos (descascando), pode-se mascar a polpa e consumir a água lá reservada. Apesar de salobra, a água que conseguimos extrair é uma saída para os efeitos desagradáveis de um sol escaldante e pouquíssima umidade.

Os frutos são arredondados com polpa purpúrea e pequenas sementes pretas. Frutifica entre março e outubro, variando a época de acordo com a distribuição e intensidade de chuvas. 

De sabor adocicado, é um dos recursos de pássaros e muitos outros animais da caatinga, inclusive o homem.

Os espinhos que chegam alcançar aproximadamente 10 cm são agulhões afiadíssimos que ferem ao menor contato. Geralmente estão sob lajedos exigindo atenção ao caminhar nessas áreas, onde são comuns indivíduos jovens escondidos e camuflados em frestas. 

Encontramos também rosetas de espinhos que se soltam de plantas mortas e se espalham pelo lajedo. Pisar nesses espinhos é um grande problema, pois geralmente penetram fundo e quebram dificultando a remoção.

Cacto típico de todo sertão nordestino. Invadem as serras e caatingas do Nordeste. Seus galhos se arrastam pelo chão formando verdadeiros alastrados. 

Os espinhos são agudos brancos e se formam em um conjunto com vários espinhos. A planta é de cor verde claro. Ao lado do mandacaru é um dos frutos da caatinga disputados por colecionadores da espécie e integra alguns cardápios exóticos do Nordeste brasileiro (com pratos como o "cortado" de xique-xique). 

O Xique-xique é uma Cactaceae utilizada, pelos agricultores, como uma alternativa para alimentação dos animais em períodos de longa estiagem nas caatingas do Nordeste brasileiro. 

Esta planta é a última alternativa dos agricultores para salvar seus animais, devido a grande dificuldade de sua utilização. 

Foi avaliado o efeito da utilização do xiquexique sobre o ganho de peso de 12 caprinos, no período de agosto a novembro de 2005. O delineamento experimental constou de três tratamentos com quatro repetições. 

Os animais consumiram no período, uma média de 351,13 kg de fitomassa de xiquexique no período. O consumo diário de foi de 6,63 kg/dia.

Os animais que receberam suplementação tiveram uma perda de peso menor do que aqueles que permaneceram em pastejo contínuo na caatinga.

Floração: coloca flores rosadas protegidas por uma espécie de algodão natural produzido pela planta. As flores surgem nos meses que antecedem as trovoadas, geralmente de dezembro a janeiro.

Frutificação: os frutos são bagas de tamanho médio, verde por fora e vermelha por dentro, repletos de sementes que são muito apreciadas por aves e animais da caatinga.

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