Classificação científica
Domínio: Eukariota
Reino: Archaeplastida
Subreino: Biliphyta
Filo: Rhodophyta
Subfilo: Rhodophytina
Classe: Bangiophyceae
Ordem: Bangiales
Família: Bangiaceae
Género: Porphyra
C.A.Agardh, 1824
Descrição Resumida da Alga: Talo constituído por uma lâmina
monostromática de cor arroxeada e de consistência gelatinosa. As células de
região inferior da lâmina apresentam rizóides incolores por meio dos quais a
lâmina se fixa ao substracto.
Cada célula apresenta um plasto axial estrelado com um
pirenóide. Reproduz-se assexuadamente por monósporos. Espermatângios e
carpogónios diferenciam-se nas margens da lâmina.
O zigoto origina directamente carpósporos que germinam num
tetrasporófito (Conchocelis) diferente do gametófito.
Porphyra C.A.Agardh, 1824, segundo o sistema de
classificação de Hwan Su Yoon et al. (2006), é o nome botânico de um gênero de
algas vermelhas pluricelulares da família Bangiaceae.
É um género de alga vermelha foliosa composto por
aproximadamente 70 espécies. Cresce na zona intertidal, normalmente na área
entre o intertidal superior e a zona de rebentação.
No Extremo Oriente é utilizada na confecção de produtos
culinários como o nori (no Japão) e o gim (na Coreia).
A Porphyra apresenta no seu ciclo de vida uma alternância de
gerações heteromórfica (a fase haplóide é morfologicamente diferente da fase
diplóide).
O talo (forma mais visível da alga) corresponde à geração
haplóide, que pode se reproduzir assexuadamente através da formação de esporos
que crescem de forma a replicar o talo original.
Reproduz-se também de forma sexuada (regra geral na altura
da Primavera), através da formação de gâmetas masculinos e femininos em cada
talo (cada talo produz apenas um tipo de gâmeta).
Os gâmetas femininos são fertilizados ainda no talo pelos
gâmetas masculinos libertados (que não possuem modos de locomoção próprios). A
estrutura formada após a fertilização, agora diplóide, é denominada de
carpogónio, que após mitoses sucessivas dá origem aos carpósporos.
Estes carpósporos em forma de concha assentam em substratos,
germinam e dão origem a uma estrutura filamentosa (geração diplóide),
morfologicamente diferente da estrutura talosa que caracteriza a fase haplóide.
Esta estrutura, com o fim do Verão começa a formar o
conchosporângio, onde, através de meioses se formam os conchósporos que dão
origem à fase talosa das espécies deste género, recomeçando assim o ciclo.
As diferenças são tão grandes entre estas duas fases que
pensou-se originalmente que esta fase filamentosa correspondia a uma espécie
totalmente diferente de alga, cujo nome científico era Conchocelis rosea.
Actualmente é reconhecida como a fase diplóide da Porphyra.
A maioria das culturas humanas com acesso à Porphyra usam-na
de alguma forma na sua dieta, tornando-a, provavelmente, na alga marinha mais
"domesticada", também conhecida como nori, alga comestível, zakai,
gim ou kim, karengo, sloke ou slukos.
As espécies de Porphyra utilizadas na produção de nori (no
Japão) e gim (na Coreia), têm sido extensamente cultivadas em vários países asiáticos,
utilizando-se depois para enrolar o arroz e o peixe que compõem o sushi japonês
e o gimbap coreano.
Só no Japão, estima-se que o valor de produção de algas
deste género ascenda aos 100 mil milhões de ienes anuais (cerca de 600 milhões
de euros, 1.450 milhões de reais, 900 milhões de dólares).
Espécies
Porphyra leucosticta Thuret, 1863
Porphyra
linearis Greville, 1830
Porphyra
miniata (C. Agardh) C. Agardh, 1824
Porphyra
purpurea (Roth) C. Agardh. 1824
Porphyra umbilicalis (Linnaeus) J. Agardh, 1883[6]
Porphyra yezoensis Ueda, 1932
Nenhum comentário:
Postar um comentário