Classificação científica
Reino: Chromalveolata
Divisão: Stramenopiles
Classe: Phaeophyceae
Ordem: Fucales
Família: Fucaceae
Género: Fucus
Espécie: F.
vesiculosus
Nome binomial Fucus
vesiculosus
L.
Fucus vesiculosus L., conhecida pelos nomes comuns de
bodelha e fava-do-mar, é uma espécie de macroalga castanha (Phaeophyta) com
distribuição natural nas costas das regiões temperadas e frias dos oceanos
Pacífico e Atlântico, incluindo o oeste do Mar Báltico.
Foi a partir de um extrato desta alga que em 1811 foi
descoberto o elemento químico iodo, razão pela qual foi extensivamente usada em
tratamentos para o bócio, uma hipertrofia da glândula tiroide relacionada com
uma crónica deficiência metabólica em iodo.
As frondes de F. vesiculosus apresentam uma nervura central
proeminente e vesículas de gás (aerocistos ou pneumatocistos) quase esféricos,
geralmente em pares distribuídos de forma simétrica em relação à nervura
central do talo.
Os aerocistos estão em geral ausentes nas algas jovens. A
margem do talo é lisa e a fronde apresenta uma clara ramificação dicotómica. A
espécie é frequentemente confundida com Fucus spiralis, uma espécie
estreitamente aparentada com a qual hibridiza.
Pertence a um grupo de algas multicelulares,
fundamentalmente marinhas, e a sua cor castanho-amarelada deriva do pigmento
fucoxantina.
Em relação à sua morfologia, apresenta-se como um talo plano
e ramificado dicotomicamente, com pequenas dilatações cheias de ar (aerocistos)
que asseguram a flutuação do talo. Na época de reprodução, a extremidade distal
dos talos fica intumescida.
Nessas extremidades férteis, crivadas de orifícios
minúsculos, é produzida uma geleia de coloração alaranjada ou verde-escura,
conforme o sexo é, respectivamente, masculino ou feminino.
F. vesiculosus é uma alga dióica. Os gâmetas são geralmente
libertados para a água em situações de fraca ondulação, quando as correntes são
fracas junto à costa. São simultaneamente produzidos e libertados oogónios e
anterídios que são fertilizados externamente para produzir os zigoto.
Os oogónios são fertilizados pouco depois de serem
libertados do receptáculo. Um estudo realizado nas costas do Maine mostrou que
ocorria cerca de 100% fertilização tanto em zonas abrigadas como em zonas
expostas à ondulação.
Populações constantemente submersa no Mar Báltico são muito
sensíveis a condições de turbulência. As altas taxas de fertilização são
conseguidas porque os gametas apenas são libertados quando a velocidade da água
circundante é baixa.
A espécie tem uma ampla área de distribuição natural,
ocorrendo nas costas das regiões temperadas e frias dos oceanos Pacífico e
Atlântico.
No Atlântico Norte e mares adjacentes há registos da sua
ocorrência nas costas atlânticas da Europa, norte da Rússia, oeste do Mar
Báltico, Gronelândia, Açores, Canárias, costa atlântica de Marrocos e Madeira.
Ocorre também na costa atlântica da América do Norte desde a
ilha Ellesmere, Baía de Hudson até à Carolina do Norte. Fucus vesiculosus é uma
das algas mais comuns nas costas das Ilhas Britânicas.
A espécie é particularmente abundante em costas rochosas
abrigadas, tendo como habitat preferencial águas límpidas e bem arejadas com
profundidade até 5 m.
Ocorre desde o médio-litoral até aos níveis mais baixos da
zona entremarés. A sua presença é rara em costas muito expostas à acção da
ondulação, sendo que os poucos espécimes que aí ocorrem são curtos, atarracados
e sem aerocistos (vesículas de gás).
As frondes de F. vesiculosus servem de suporte a alguns
organismos coloniais, mas servem de abrigo para espécies como o anelídeo
Spirorbis spirorbis, isópodes herbívoros, como algumas espécies do género
Idotea, e gastrópodes raspadores como Littorina obtusata.
Os florotaninos presentes em Fucus vesiculosus actuam como
defesas químicas contra os herbívoros marinhos, nomeadamente contra o búzio
Littorina littorea. Apesar disso, é a presença de galactolípidos, e não de
florotaninos, que desencoraja a herbivoria por algumas espécies, entre as quais
o ouriço do mar Arbacia punctulata.
A presença de metil-jasmonato parece induzir a produção de
florotaninos. Fucofloretol-A é um dos tipos de florotaninos presentes em F.
vesiculosus.
A presença nesta alga de compostos e elementos com interesse
dietético, como mucilagens, algina, manitol, betacaroteno, zeaxantina, óleos
voláteis, iodo, bromo, potássio e muitos outros minerais.
Por essa razão é utilizada no tratamento da obesidade
associada ao hipotiroidismo devido ao seu significativo teor de iodo, essencial
à síntese das hormonas produzidas pela tiroide.
A presença de fibras mucilaginosas estimula o funcionamento
intestinal. Exibe, também, moderada acção diurética. É desaconselhada a
ingestão desta alga por indivíduos alérgicos ao iodo.
Foi demonstrado que a ingestão de Fucus vesiculosus ajuda as
mulheres com ciclo menstrual anormal e com história de problemas de saúde
associados à menstruação.
Foi demonstrado que doses de 700 a 1400 mg/dia alargam o
ciclo menstrual, diminuindo o número de dias de menstruação por ciclo e
reduzindo os níveis de 17β-estradiol no plasma sanguíneo.
Alga marinha encontrada no Mar do Norte, Mar Báltico e no
Oceano Atlântico e Oceano Pacífico, o fucus vesiculosus foi descoberto em 1811
como fonte de iodo, e foi desde então usada para tratar o bócio – inchaço na
glândula da tireoide em decorrência da falta de iodo.
No ano de 1860, seu consumo foi defendido como um
estimulante da tireoide, que funcionava como uma forma de combater a obesidade
aumentando a taxa metabólica.
A espécie é abundante em regiões de costas rochosas
abrigadas e, apesar de viver em regiões temperadas e frias dos oceanos, as algas
preferem ter como habitat as águas límpidas e arejadas. Sua presença não é
comum em regiões de ondas.
Muito usada na composição de remédios para o emagrecimento,
a alga pertence a um grupo de algas multicelulares de coloração castanha, cuja
cor é derivada do pigmento fucoxantina.
De talo plano e ramificado dicotomicamente, a alga possui
pequenas dilatações cheias de ar, chamadas de aerocistos, que garantem a
flutuação do talo. Conhecidas como bodelha e fava-do-mar, as algas são colhidas
durante a maré baixa e são secas ao sol. Podem ser usadas para produção de um
chá com diversas propriedades medicinais.
Chá de fucus vesiculosus - Benefícios e propriedades
Para preparar, use a proporção de uma colher de sopa para
cada 500 ml de água. Adicione as algas e a água em um recipiente e leve ao
fogo.
Ao alcançar a ebulição, deixe cozinhar durante três ou
quatro minutos e então desligue. Tampe a mistura e deixe repousar por
aproximadamente dez minutos. Após esse período, coe e consuma uma xícara duas
vezes ao dia.
De consumo comum entre os japoneses, o fucus é um aditivo
alimentar usado também na Europa. É comumente usada no tratamento da obesidade
associada ao hipotireoidismo graças ao iodo, que é essencial para que a
tireoide realize a síntese hormonal.
Além disso, rica em fibras mucilaginosas, a alga estimula o
funcionamento intestinal e possui ação moderadamente diurética.
É indicada para tratamento de celulite e bulimia, eliminação
de gorduras localizadas, melhoria da elasticidade da pele, para regular a
menstruação, controlar disfunções da tireoide e da vesícula, além de aliviar
dores do reumatismo e a queimação da azia. Suas propriedades envolvem a
mucilagem, manitol, beta-caroteno, iodo, bromo, potássio e outros minerais.
O consumo é contraindicado para pacientes com
hipertireoidismo ou problemas cardíacos e para mulheres gestantes ou em fase de
lactação.
Em grandes quantidades, seu consumo pode ocasionar
hipertireoidismo, tremores, elevação da pressão sanguínea e da pulsação. Além
disso, é importante frisar que, devido à alta quantidade de iodo presente na
alga, pessoas alérgicas a esse componente não devem consumir.
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