Chlorella
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Classificação
científica
Reino: Plantae
Filo: Chlorophyta
Classe: Chlorophyceae
Ordem: Chlorococcales
Família: Oocystaceae
Género: Chlorella
Espécie: C. vulgaris
Nome binomial Chlorella vulgaris
Kessler &
Huss, 1992
Chlorella é um
gênero de algas verdes unicelulares, do Filo Chlorophyta. De forma esférica,
cerca de 0-10 μm de diâmetro, sem flagelo. Chlorella contém os pigmentos verdes
fotossintetizadores clorofila-a e -b em seu cloroplasto.
Através da
fotossíntese se multiplica rapidamente requerendo só dióxido de carbono, água,
luz solar, e pequenas quantidades de minerais, para reproduzir-se.
O nome Chlorella
provém do grega chloros: verde; e do sufixo diminutivo latino ella:
"pequeno". O bioquímico alemão Otto Heinrich Warburg recebeu o Prêmio
Nobel em Fisiologia e Medicina em 1931 por seu estudo da fotossíntese na
Chlorella.
Em 1961 Melvin
Calvin da Universidade da Califórnia recebeu o Prêmio Nobel de Química por seu
estudo sobre os caminhos da assimilação do CO,2 em plantas usando a Chlorella.
Em anos recentes,
investigadores têm feito uso menor de Chlorella como organismo experimental
devido a suas faltas do ciclo de vida biológico e, além disso, o avanço nos
estudos da genética.
Muita gente crê
que Chlorella pode servir como uma fonte potencial de alimento e de energia
devido a sua eficiência fotossintética, que pode alcançar teoricamente a 8 %,
que é comparável com outros cultivos altamente eficientes como a cana de
açúcar.
Também o faz
atrativa fonte alimentar por sua alta proporção de proteína e outros nutrientes
essenciais ao humano; seco, têm cerca de 45% de proteína, 20% de gorduras, 20%
de carboidratos, 5% de fibras, 10% de minerais e vitaminas.
Entretanto,
devido a ser uma alga unicelular, seu cultivo apresenta enormes dificuldades
práticas para ser feito em grande escala. Os métodos de produção de biomassa
estão començando a ser usados para seu cultivo em grandes depósitos
artificiais.
Chlorella foi a
primeira forma de vida com um núcleo verdadeiro. Em condições com muita luz
solar e em água doce fresca se reproduz por divisão celular à razão de quatro
novas células a cada 17/24 horas.
Em ou perto dos
corpos de água em nosso planeta, existem 25.000 espécies de algas que são plantas
elementares sem raízes, caule e folhas. Elas, habitualmente, possuem clorofila,
sendo as algas verdes os organismos mais simples.
Quando possuem
clorofila, como as plantas, as algas convertem elementos químicos inorgânicos
em matéria orgânica usando a luz solar. Elas formam a primeira ligação na série
de organismos que caracterizam a base da cadeia alimentar.
A primeira
Chlorella foi identificada por volta de 1900. Elas existem na terra desde o
período Pré-Cambriano, há mais de 2.5 bilhões de anos.
Entretanto, até
1890 suas células não tinham sido identificadas por olhos humanos sob um
microscópio. Elas cresceram de forma natural, primeiramente, na Holanda, no
final de 1800.
No início de
1900, compreendendo que a Chlorella consiste em 60% de proteínas e
multiplica-se muito depressa, cientistas de várias nações, especialmente da
Alemanha, começaram a se interessar pela idéia de utilizar a Chlorella como
alimento.
Embora a pesquisa
tenha sido interrompida pelas duas guerras mundiais na Europa, o entusiasmo
pela Chlorella continuou. Em 1948, um estudo piloto do Instituto de Pesquisa de
Stanford sobre o crescimento da Chlorella foi bem sucedido. Porém, o estudo
teve que parar devido a problemas financeiros.
Em 1950,
pesquisadores do Instituto Carnegie invadiram o estudo e perceberam que a
Chlorella podia crescer em escala comercial e ser a solução para a fome no
mundo.
O inicial
interesse em Chlorella como uma fonte de alimento partiu, no período
Pós-guerra, por parte do Japão que possuía um sério problema naquela época:
deficiência em alimento.
Em 1951, a
Fundação Rockefeller e o governo japonês apoiaram os estudos do Dr. Hiroshi
Tamiya no Instituto Biológico Tokugawa. Dr.Tamiya foi um pioneiro no
desenvolvendo da tecnologia de crescimento da Chlorella em larga escala.
Em 1957, a
organização, chamada Japão Chlorella, fundou um Centro de pesquisa e a maior
piscina de Chlorella do mundo foi construída. Então, outra organização, Japão
Chlorella Associações, foi estabelecida com a assistência financeira governamental.
O objetivo foi
comercializar a Chlorella como um alimento. Mas, os planos foram adiados por
dois anos porque outro alimento, o arroz, tinha ficado disponível em maior
quantidade e a Chlorella não poderia competir devido ao seu maior custo.
Outro motivo,
pelo qual, a Chlorella não poderia ser comercializada como um alimento era sua
baixa digestibilidade, que ainda deveria ser melhorada.
Melhorar a
digestibilidade Chlorella foi o processo chave para seu sucesso atual. Embora,
sua célula esteja naturalmente protegida por inúmeros nutrientes por 2.5
bilhões anos, foi provado ser esta compressão uma desvantagem para o consumo
humano.
O problema de
digestibilidade foi resolvido em 1975 quando uma patente descobriu que a quebra
de sua parede celular rendia uma digestibilidade de mais de 80%. No final de
1960, cientistas japoneses levantaram a possibilidade de ser a Chlorella
saudável.
Comprovou-se que
ela contém uma surpreendente variedade de vitaminas, minerais e outros
nutrientes. Adicionalmente, têm sido descobertos outros fatores importantes
relacionados ao seu consumo.
A maioria das
algas tem uma estrutura similar a de um vírus, sendo muito primitivas por não
possuírem um núcleo. Já a Chlorella p. possui um núcleo, o que lhe confere
muitas de suas "propriedades extras".
A célula da
Chlorella p. é completa e bem definida. O núcleo é contido no envelope nuclear.
Fora desse envelope estão a mitocôndria e o cloroplasto. Um grão de amido é visível
no noroeste da célula.
A parede celular
da Chlorella p., além de protegê-la, apresenta inúmeras moléculas de clorofila,
tantas que a Chlorella p. é considerada o organismo conhecido com a maior
concentração desses pigmentos em todo o planeta Terra.
Durante,
aproximadamente, os primeiros bilhões de anos de existência da Terra, sua
atmosfera era repleta de gases fatais como: amônia, metano e dióxido de
carbono. Então, tornou-se a função das plantas (inclusive da Chlorella sp)
filtrar estes elementos fatais, possibilitando, eventualmente, dessa forma, o
surgimento da fauna e da flora no ambiente terrestre.
Chlorella p. não
é visível a olho nu, é esférica, mede somente, 2 a 10 micrômetros de diâmetro e
não possui flagelo. Chlorella contém clorofila a e b em seu cloroplasto.
Depende da fotossíntese para crescer e se reproduzir, requerendo somente
dióxido de carbono, água, luz solar e certos minerais.
Chlorella p.
resiste a águas contaminadas com mercúrio, cádmio ou chumbo graças as suas
inúmeras proteínas. Um livro escrito sobre a indústria extrativa mineral,
"Absorção de Metais Pesados", detalha como mineiros usam este
organismo para aumentar o rendimento de minas de metais preciosos. Os
mucopolissacarídeos presentes na parede celular da alga absorvem grandes
quantidades de metais tóxicos.
Sua rápida taxa
de reprodução é certamente inacreditável. Uma única Chlorella p. pode
dividir-se e subdividir-se em quatro células diferentes a cada 16/24 horas. Se
uma célula de Chlorella se reproduzisse livremente, em condições ideais, após
63 dias, haveria células suficientes para ocupar toda a superfície da Terra.
Porém, a natureza
limita essa taxa de crescimento: cada célula de Chlorella p. requer uma
quantidade substancial de luz solar para se reproduzir. Além disso, um grupo de
Chlorella p. causa uma diminuição significativa no espaço disponível para
reprodução, diminuindo, naturalmente, sua taxa de multiplicação.
Devido ao rápido
crescimento da Chlorella p. e de sua abundância de nutrientes, ela oferece aos
pesquisadores muitas oportunidades de estudo sobre suas várias e importantes
propriedades.
Pode ser achada
em endosimbiose com ciliados, crescendo como se estivesse em uma estufa. Nesta
relação comensalista, a alga recebe alguns nutrientes essenciais e proteção. Já
o ciliado, recebe proteínas e vitaminas, principalmente úteis quando há
escassez de alimento no meio exterior.
Sob favoráveis
condições de crescimento (forte luz solar, água pura e ar limpo) Chlorella p.
multiplica-se a uma inacreditável taxa. O processo de reprodução se divide em
três etapas: crescimento - maturação - divisão.
Durante a
divisão, uma célula mãe se reproduz assexuadamente pela formação de 4, 8 ou
raramente 16 auto-esporos (células filhas).
Este ciclo de
reprodução completa-se em menos de 24 horas. Até hoje, Chlorella p. nunca foi
vista reproduzindo-se sexuadamente.
Chlorella p. é
diferente e superior a muitas vitaminas comerciais; é um alimento completo,
contendo um poderoso concentrado natural de nutrientes. Os nutrientes contidos
em Chlorella p. incluem proteínas, minerais, aminoácidos, enzimas
polissacarídeos, fibras, vitaminas e clorofila.
A clorofila e seus
derivados estimulam a formação de glóbulos vermelhos, afetam a nutrição e
influenciam o metabolismo e a respiração.
As vitaminas são
cobertas por aminoácidos e, conseguinte, o corpo as assimila mais rapidamente. Possui
18 aminoácidos, incluindo os oito aminoácidos essenciais. Dentre as enzimas,
existem importantes enzimas digestivas, freqüentemente utilizadas em
tratamentos de câncer.
Alguns dos
polissacarídeos são: galactose, xilose, ramnose e arabinose, que foram
descobertos como cruciais para melhorar o sistema imunológico, a capacidade das
células de se comunicarem e na identificação de corpos estranhos pelos
linfócitos.
O índice de DNA é
de 3 % de seu volume total e o índice de RNA varia de 0.2 a 0.3 %.
É rica em ácidos
nucléicos - bons para o crescimento e antienvelhecimento (estudos concluíram
originalmente que as sardinhas tinham a maior concentração de ácidos nucléicos,
mas a Chlorella p. possui dez vezes mais ácidos nucléicos que a sardinha).
A Chlorella p.
tem dez vezes mais beta-caroteno que as cenouras e é rica em vitaminas do
complexo B, mas, particularmente, rica em vitamina B-12 e por isso, é excelente
para vegetarianos.
Para além de seu
benefício como alimento, existem numerosos estudos, a maioria por parte do
Japão (e.g. Sarkar 1994 ou Hayatsu 1993 ou Konishi 1990), que demonstram ser a
Chlorella p. um forte impulsionador do sistema imune. Sem quaisquer surpresas
vários estudos mostram que ela combate a várias infecções (e.g. Konishi).
Também,
mostrou-se na pesquisa japonesa, que essa alga promove o crescimento nas
crianças e fortalece seus tecidos por conter o Fator Chlorella de Crescimento
(FCC).
Desde que é
conhecido que a Chorella p. incrementa o conteúdo das células brancas do corpo,
ela pode revelar-se como uma ajuda durante e após a quimioterapia.
A Chlorella p.,
particularmente, aumenta a produção de macrófagos e de linfócitos T.
Depois de uma
pesquisa feita por Waladkhani e Clemens em 1990 (sobre os efeitos de
fitoquímicos dietéticos no desenvolvimento do câncer) tem aumentado o interesse
nos benefícios da clorofila em geral no processo de combate ao câncer de colo e
de mama.
A Chlorella p. é
particularmente um bom agente desintoxicante; pode ajudar na desintoxicação de
metais pesados, como por exemplo, o mercúrio e na desintoxicação de pesticidas.
Esta primeira
forma de existência na Terra também ajudou em seu balanceamento ácido/alcalino.
Finalmente,
existe alguma indicação que ela aumenta a multiplicação de lactobacilos,
ajudando na digestão e é utilizada como agente oxigenante do sangue, onde tem
possibilidades interessantes contra células cancerígenas, que normalmente
expandem-se a menos que exista um bom oxigenamento.
Ela pode ser
utilizada em casos de anemia, hepatite, gastrite e outras inflamações,
obesidade, má nutrição, fragilidade da pele e outras alteracões crônicas
(PITCHFORD, 2002).
Estudos
demonstram que a clorella reestabelece a geração de granulócitos-macrófagos nos
orgãos hematopoiéticos e a ativação das funções efetoras dos fagócitos,
promovendo uma atividade antibacteriana, portanto ela protege os animais
expostos à estresses agudos, fortalecendo o sistema imune (TANAKA ET AL, 1997).
Observou-se,
conjuntamente, ação mieloprotetora em animais submetidos ao estresse agudo de
contenção e frio (SOUZA-QUEIROZ ET AL.; 2004).
Ela é considerada
um modificador da resposta biológica,por aumentar as defesas do hospedeiro
contra infecções virais e bacterianas em camundongos normais
Por ter tantas
propriedades importantes, não é de se admirar seu uso como suplemento alimentar
pelos astronautas da NASA em suas viagens espaciais.
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