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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Armillaria - Armillaria mellea




Classificação científica
Reino: Fungi
Filo: Basidiomycota
Classe: Agaricomycetes
Ordem: Agaricales
Família: Physalacriaceae
Género: Armillaria     (Fr.) Staude
Espécie-tipo    Armillaria mellea       (Vahl) P. Kumm.

Armillaria é um género de fungos parasitas que vivem em árvores e arbustos lenhosos. Inclui mais de 40 espécies antes agrupadas numa única, A. mellea. Estes fungos têm uma vida longa e formam alguns dos maiores organismos do mundo.

O maior organismo individual (da espécie Armillaria ostoyae) cobre mais de 8.9 km² e tem milhares de anos de idade. Algumas espécies de Armillaria formam micorrizas de orquídeas; outras, como A. gallica, A. mellea, e A. tabescens, são bioluminescentes e podem ser responsáveis por fenómenos como o fogo-fátuo.
Como patógeno florestal, Armillaria pode ser muito destrutivo. É responsável pela podridão branca das florestas e distingue-se de Tricholoma (micorrízico) por esta natureza parasítica, sendo capaz de infectar mais de 600 espécies de plantas lenhosas.

A sua grande destrutividade vem do facto de, ao contrário da maioria dos parasitas, não necessitar de moderar o seu crescimento de forma a evitar matar o seu hospedeiro, uma vez que continuará a desenvolver-se sobre a matéria morta. É o maior ser vivo do mundo.

Os corpos frutíferos são cogumelos que crescem em madeira, tipicamente em pequenos amontoados densos. Os seus chapéus são tipicamente amarelo-acastanhados, algo pegajosos ao toque quando húmidos, e, dependendo da idade, com forma cónica a convexa. O pé pode ou não ter anel. Todas as espécies de Armillaria têm esporada branca e nenhuma tem volva.

Espécies grosseiramente similares são Pholiota spp. que também cresce em amontoados cespitosos em madeira e que frutificam no outono. Porém Pholiota spp. têm aparência amarelada a amarelo-esverdeada e esporada castanho-escura a castanho-acinzentada.

Os colectores de cogumelos necessitam ter especial cuidado com Galerina spp. que pode crescer lado a lado com Armillaria spp. também em madeira. Galerina tem esporada castanho-escura e é mortal.

É um organismo patogénico que afecta árvores, arbustos, trepadeiras lenhosas e, raramente herbáceas perenes lenhosas. Desenvolve-se sobre árvores vivas bem como em material lenhoso em decomposição.

Dispersa-se por meio de rizomorfos semelhantes a raízes de cor castanho-avermelhada a negra, à velocidade de aproximadamente 1 m por ano, embora a infecção por contacto radicular seja também possível.

A infecção por esporos é rara. Os rizomorfos desenvolvem-se relativamente próximo da superfície do solo (nos 20 cm superiores) e invadem novas raízes de plantas lenhosas.

Uma árvore infectada morrerá assim que o fungo a rodear, ou quando tiver ocorrido morte radicular significativa. Tal pode suceder rapidamente, ou pode levar vários anos a acontecer. As plantas infectadas deterioram-se, embora possam apresentar produção prolífica de flores e frutos pouco antes de morrerem.

Os sintomas iniciais de infecção incluem a morte de ramos folhosos ou o não aparecimento de de folhas na primavera. Filamentos negros semelhantes a atacadores de sapatos surgem sob a casca e em volta da árvore, e os corpos frutíferos crescem em amontoados desde a planta afectada desaparecendo após a primeira geada.

Porém, estes sinais não significam necessariamente que as estirpes patogénicas deste fungo sejam a causa do declínio ou morte da planta, pelo que outros métodos de identificação deverão ser usados antes de fazer o diagnóstico.

A presença de camadas finas de micélio, exalando forte odor a cogumelos, sob a casca na base do tronco ou caule, por vezes estendendo-se para cima, ou uma goma ou resina exsudando de fissuras na casca de coníferas indicam que o fungo será a causa provável do problema.

Muitas espécies são difíceis ou impossíveis de distinguir-se de outras usando características observáveis; testes laboratoriais de incompatibilidade são muitas vezes usados em culturas puras para determinar a espécie de modo fiável.

Devido às dificuldades colocadas à identificação rotineira das espécies, o uso de sequenciação de ADN e filogenética tornou-se o método padrão para ajudar a clarificar relações entre as espécies.

As espécies diferem na sua distribuição geográfica e posição ecológica, especificidade de hospedeiros, caracteres micro e macroscópicos, e também quanto à sua agressividade na colonização de hospedeiros lenhosos.

Segue-se uma lista de espécies de Armillaria baseada na resenha taxonómica de Daniel Pegler em 2000, bem como em espécies novas publicadas desde então.

·         Armillaria adelpha     (Berk.) Sacc.   Ásia
·         Armillaria apalosclerus         (Berk.) Chandra & Watl.        Ásia
·         Armillaria affinis        (Singer) T.J. Volk & Burds.     América Central
·         Armillaria borealis     Marxm. & Korhonen  Europa Ásia
·         Armillaria calvescens Bérubé & Dessur.       América do Norte
·         Armillaria camerunensis       (Henn.) Courtec.         África
·         Armillaria cepistipes  Velen.  Europa Ásia
·         Armillaria dicupella   (Berk.) Sacc.   Ásia
·         Armillaria duplicata   (Berk.) Sacc.   Ásia
·         Armillaria ectypa       (Fr.) Lamoure Europa
·         Armillaria fellea        (Hongo) Kile & Watl.  Austrália
·         Armillaria fumosa      Kile & Watl.    Austrália
·         Armillaria fuscipes     Petch   Ásia     África
·         Armillaria gallica       Marxm. & Romagn.   América do Norte      Ásia     Europa África
·         Armillaria gemina     Bérubé & Dessur.       América do Norte
·         Armillaria griseomellea        (Singer) Kile & Watl.  América do Norte      América do Sul
·         Armillaria heimii       Pegler África
·         Armillaria hinnulea    Kile & Watling            AustralÁsia
·         Armillaria horrens     (Berk.) Sacc.   Ásia
·         Armillaria jezoenis     J.Y. Cha & Igararashi  Ásia
·         Armillaria laricina     (Bolton) Sacc. Europa
·         Armillaria limonea    (G. Stev.) Boesew.      AustralÁsia     América do Sul
·         Armillaria luteobubalina       Watling & Kile            AustralÁsia     América do Sul
·         Armillaria mellea      (Vahl) P. Kumm          Europa Ásia
·         Armillaria melleorubens       (Berk. & M.A. Curtis) Sacc.    América do Norte
·         Armillaria montagnei            (Singer) Herink           Europa América do Sul
·         Armillaria multicolor (Berk.) Sacc.   Ásia
·         Armillaria nabsnona  T.J. Volk & Burds.       América do Norte      Ásia
·         Armillaria nigropunctata       (Fr.) Herink     Europa
·         Armillaria novae-zelandiae   (G. Stev.) Boesew.      AustralÁsia     América do Sul
·         Armillaria omnituens (Berk.) Sacc.   Ásia
·         Armillaria ostoyae     (Romagn.) Herink       Europa Ásia
·         Armillaria pallidula    Kile & Watl.    Austrália
·         Armillaria paulensis   Capelari          América do Sul
·         Armillaria pelliculata Beeli    África
·         Armillaria procera     Speg.   América do Sul
·         Armillaria puiggarii
·         Speg.   América do Sul
·         Armillaria sinapina    Bérubé & Dessur.       América do Norte      Ásia
·         Armillaria singula      J.Y. Cha & Igarashi     Ásia
·         Armillaria socialis      (DC.) Fayod     Ásia     Europa América do Norte
·         Armillaria sparrei
·         (Singer) Herink           América do Norte      América do Sul
·         Armillaria tabescens  (Scop.) Emel   Europa            Ásia
·         Armillaria tigrensis
·         (Singer) T.J. Volk & Burds.     América do Sul
·         Armillaria vara          (Berk.) Sacc.   Ásia
·         Armillaria viridiflava (Singer) T.J. Volk & Burds.     América do Sul
·         Armillaria yungensis

·         (Singer) Herink           América do Sul

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