As vitaminas são substâncias que o organismo não tem
condições de produzir e, por isso, precisam fazer parte da dieta alimentar.
Suas principais fontes são as frutas, verduras e legumes, mas elas também são
encontradas na carne, no leite, nos ovos e cereais.
As vitaminas desempenham diversas funções no desenvolvimento
e no metabolismo orgânico. No entanto, não são usadas nem como energia, nem
como material de reposição celular. Funcionam como aditivos – são
indispensáveis ao mecanismo de produção de energia e outros, mas em quantidades
pequenas.
A falta delas, porém, pode causar várias doenças, como o
raquitismo (enfraquecimento dos ossos pela falta da vitamina D) ou o escorbuto
(falta de vitamina C), que matou tripulações inteiras até dois séculos atrás,
quando os marinheiros enfrentavam viagens longas comendo apenas pães e
conservas.
A Ciência conhece aproximadamente uma dúzia de vitaminas,
sendo que as principais são designadas por letras. Essas vitaminas podem ser
encontradas em muitos alimentos, especialmente os de origem vegetal.
Vitamina A
A cenoura, por exemplo, é rica em betacaroteno, substância a
partir da qual o organismo produz retinol, uma forma ativa de vitamina A.
A vitamina A é importante no crescimento, pois forma ossos e
dentes, melhora a pele e o cabelo, protege os aparelhos respiratório, digestivo
e urinário e também é importante para a visão.
Outras fontes de vitamina A: leite integral, queijo,
manteiga, gema de ovo, pimentão, mamão, abóbora e verduras em geral.
Vitaminas do complexo
B
Formam um conjunto de vitaminas que têm, entre si,
propriedades semelhantes.
A banana contém vitamina B6, que produz energia a partir dos
nutrientes, ajuda a formar hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) e
anticorpos, é útil para os sistemas nervoso e digestivo e boa para a pele.
Outras fontes de vitaminas do complexo B: cereais integrais, leguminosas
(feijão, soja, grão-de-bico, lentilha, ervilha etc.), alho, cebola, miúdos
(moela, coração etc.), peixes, crustáceos, ovos e leite.
A vitamina B12, por exemplo, participa da formação de material
genético nas células, essencial à formação de novas células, como hemácias e
leucócitos. A vitamina B12, só é encontrada em alimentos de origem animal. Os
vegetarianos precisam, portanto, de suplementação desta vitamina.
As carnes
magras, aves e peixes contêm niacina, que ajuda a produzir energia a partir das
gorduras e carboidratos e auxilia também o sistema nervoso e o aparelho
digestivo, e vitamina B1, que ajuda na produção de energia, principalmente a
necessária aos nervos e músculos, inclusive o coração.
Vitamina C
Tomate, laranja, acerola, limão e goiaba são ricos em
vitamina C. O ideal é comer esses alimentos crus. A vitamina C preserva ossos,
dentes, gengivas e vasos sanguíneos, aumenta a absorção de ferro, ajuda o
sistema imunológico e aumenta a cicatrização.
A falta de vitamina C pode causar alguns distúrbios, tais
como: anemia, inflamação das mucosas, enfraquecimento dos vasos capilares sanguíneos,
podendo ocorrer sangramento em diversas partes do corpo. Todos esses são
sintomas de uma doença que é denominada escorbuto.
Outras fontes de vitamina C: abacaxi, caju, mamão, manga,
couve-flor e espinafre.
Vitamina D
As vitaminas também estão presentes nos alimentos de origem
animal, como leite e ovos são ricos em vitamina D (sintetizada pelo próprio
organismo, mas que depende do sol para se tornar vitamina D). Esta vitamina é
fundamental no fortalecimento dos ossos e dentes e ajuda na coagulação do
sangue.
Vitamina K
Entre os alimentos fontes de vitamina K, podemos citar:
fígado, óleo de fígado de bacalhau, frutas e verduras como acelga, repolho,
couve e alface.
Também contêm vitamina E, que retarda o envelhecimento das
células e contribui para a formação de novas hemácias, impedindo sua destruição
no sangue.
As verduras e legumes são ricos em vários tipos de
vitaminas, mas especialmente o ácido fólico, que é uma das vitaminas do
complexo B. Ele colabora na produção de material genético dentro das células e
mantêm saudável o sistema nervoso.
As verduras, assim como queijos, ovos e leite, também são
ricas em vitamina B2 ou riboflavina. A riboflavina estimula a liberação de
energia dos nutrientes, ajuda na produção de hormônios e mantêm saudáveis as
mucosas.
Sais minerais
Os sais minerais são nutrientes que fornecem o sódio, o
potássio, o cálcio e o ferro.
Ao contrário do que muitos acreditam, a água que bebemos não
é absolutamente pura. Ela contém pequenas quantidades de sais minerais
dissolvidos. Estes sais também precisam ser repostos continuamente.
É por isso que a desidratação pode matar – a carência aguda
de minerais prejudica o metabolismo, como a carência de potássio, que pode
causar paralisia muscular, inclusive da
musculatura cardíaca.
Zinco, magnésio,
cobre e selênio – Difícil imaginar que alguém possa comê-los, não é? Mas a
verdade é que, ao fazermos uma refeição balanceada, ingerimos esses minerais e
alguns outros, como ferro, cálcio, sódio, potássio, iodo e flúor. Eles
desempenham um importante papel no controle do metabolismo ou na manutenção da
função de tecidos orgânicos.
O cálcio e o flúor,
por exemplo, formam e mantêm ossos e dentes. O cálcio ainda ajuda na coagulação
do sangue e participa das contrações musculares. Estes dois minerais podem ser
encontrados no peixe. Leite e derivados, além de ervilhas secas, verduras,
feijões e castanhas também são ricos em cálcio.
Funções parecidas tem o magnésio.
Também forma e mantém ossos e dentes e controla a transmissão dos impulsos
nervosos e as contrações musculares. E Ele ainda ativa reações químicas que
produzem energia na célula. Alimentos ricos em magnésio incluem castanhas,
soja, leite, peixes, verduras, cereais e pão.
O cobre (quem
diria?) Controla a atividade enzimática que estimula a formação dos tecidos
conectivos e dos pigmentos que protegem a pele. Se você tem o hábito de comer
feijão, ervilhas, castanhas, uvas, cereais e pão integral, está ingerindo o
cobre necessário para o seu organismo.
Quem pratica esporte já ouviu dizer que comer banana evita
cãibras. A verdade é que a banana é muito rica em potássio, mineral que ajuda nos impulsos nervosos e contrações
musculares, além de manter normal o ritmo cardíaco e o equilíbrio hídrico do
organismo. O sódio, presente em quase todos os alimentos, também possui as
mesmas funções do potássio.
Encontrado em pequenas quantidades em vários tipos de
alimentos, o zinco auxilia na cicatrização, conserva a pele e o cabelo, e
controla as atividades de várias enzimas. Já o selênio diminui os riscos de
alguns tipos de câncer e protege as células dos danos causados por substâncias
oxidantes. É encontrado em carnes, peixes e vegetais. A quantidade de selênio
nos vegetais depende do teor deste mineral no solo.
Por fim, o ferro, encontrado nas carnes, peixes, fígado,
gema, cereais e feijões, contribui com a produção de enzimas que estimulam o
metabolismo. Também forma a hemoglobina e a mioglobina, que levam oxigênio para
as hemácias e para as células musculares. Mas para que haja melhor
aproveitamento do ferro, é necessário ingeri-lo com alimentos ricos em vitamina
C.
Atenção!!
Foi-se o tempo, no entanto, em que as pessoas colhiam a
alface na horta e comiam em seguida. Ou quando carregavam um canivete no bolso
para descascar a laranja recém-colhida no pé. Hoje, o alimento demora vários
dias para chegar às nossas mesas, sendo transportado e armazenado durante dias.
Nesse período, há uma perda nutricional considerável.
Imaginemos, então, os produtos industrializados, que são processados e
adicionados de conservantes, acidulantes e outros “antes”. Por isso, o ideal é
abolir os enlatados e preferir os alimentos naturais e crus. Se formos
cozinhar, devemos usar pouca água. As vitaminas são substâncias frágeis e podem
ser facilmente destruídas pelo calor ou pela exposição ao ar.
Proteínas
Outra categoria de alimentos indispensável ao ser humano são
as proteínas, principal componente da massa celular. A elas cabe a parte mais
ativa na constituição do corpo, tendo papel fundamental na formação no
crescimento, regeneração e substituição de diferentes tecidos, principalmente
dos músculos.
As proteínas são grandes moléculas formadas pela união de
moléculas menores, chamados aminoácidos. Quando ingerimos proteínas elas são
digeridas em nosso tubo digestório. Os aminoácidos que os formam se separam e
são absorvidos no intestino. Depois passam para o sangue e são distribuídos
para as células do organismo.
No interior das células, os aminoácidos são reagrupados e
uma nova proteína é formada de acordo com a “programação” de determinado gene.
Cada tipo de proteína que produzimos tem a sua “montagem” determinada por certo
tipo de gene.
Grande parte das proteínas que produzimos em nossas células
tem função plástica ou construtora, isto é, participa da construção de nossos
tecidos. As proteínas podem também ter a função reguladora no organismo.
É o caso das enzimas, proteínas especiais que regulam as
diversas reações químicas que ocorrem no nosso corpo.
Elas podem ser encontradas em vegetais, cereais, legumes e
carnes, mas as proteínas dos vegetais são chamadas incompletas, porque não
contêm todos os aminoácidos necessários ao organismo. Por isso, as proteínas de
origem animal são as mais recomendadas e estão nas carnes, ovos, leite e seus
derivados.
O ser humano precisa ingerir, em média, 30 a 50g de
proteínas por dia, o que corresponde a um bife de aproximadamente 150g.
Mas e os vegetarianos ortodoxos – aqueles que não comem
nenhum alimento de origem animal? Em geral, são pessoas saudáveis, não são?
Como eles conseguem suprir suas necessidades de proteínas? Isso é possível
através da combinação de uma grande variedade de alimentos. Os aminoácidos
ausentes em alguns estão presentes em outros.
Isso quer dizer que a carne deve ser evitada?
Bem, não necessariamente. Além das proteínas completas, a
carne também é rica em gorduras (lipídios). Apesar de serem as vilãs da
obesidade e dos riscos cardíacos, elas também são indispensáveis na alimentação
diária. O que os especialistas recomendam é que se opte pela carne magra.
Os Lipídios
Os lipídios mais conhecidos são representados pelos óleos e
pelas gorduras e têm, basicamente, função energética, da mesma forma que os
carboidratos. As moléculas de óleo e gordura são formadas pela união de duas
moléculas menores, o ácido graxo e o glicerol. Os lipídios também têm função
estrutural, eles participam da constituição das membranas celulares.
São exemplos de alimentos ricos em lipídios: leite integral,
ovos, castanha de caju, coco, azeite e carne com gordura.
A gordura animal é rica em colesterol que, em excesso, causa
sérios danos ao organismo. No entanto, na quantidade adequada, a gordura
produz, no organismo, ácidos graxos e glicerol, que desempenham diversas
funções e reações químicas importantes.
Algumas vitaminas, por exemplo, só são absorvidas quando
encontram gordura. Concentrada sob a pele, a camada adiposa nos protege contra
o frio e os choques.
Além disso, a gordura que se acumula no organismo funciona
como uma reserva energética. Quando passamos muitas horas sem comer e
esgotam-se os carboidratos, o metabolismo passa a queimar esta gordura para que
os órgãos continuem funcionando.
É por isso que os nutricionistas recomendam que façamos
pequenas refeições a cada três horas, em média – porque quando a falta de
carboidratos é muito frequente, o cérebro entende que precisa reforçar seus
“estoques” de energia e ordena ao corpo que acumule cada vez mais a gordura das
refeições.
Esse acúmulo dá origem aos chamados pneuzinhos (gordura
localizada). Com o tempo, essa gordura pode acumular-se nas veias e artérias,
levando a graves problemas cardíacos.
Então, atenção: as gorduras são indispensáveis ao organismo,
mas devem ser ingeridas em quantidades mínimas, pois cada 100g de gordura
fornece duas vezes mais energia que 100g de proteínas ou carboidratos. Para
evitar o excesso, o melhor é optar pelas carnes magras e leite desnatado, que
contêm quantidades reduzidas de gordura.
Peixes e aves podem ser consumidos em maior quantidade, pois
contêm tipos de gordura mais saudáveis. Sem contar que são fontes de outros
nutrientes, como o peixe, que é rico em vitaminas do complexo B e vários
minerais.
Carboidratos
Também conhecido como glicídios, os carboidratos são
alimentos que em geral têm função energética no organismo, isto é, atuam como
“combustíveis”, fornecendo a energia necessária às atividades das células.
As principais fontes de carboidratos são o açúcar (doces,
hortaliças e leite), os cereais e os grãos, portanto, são encontrados nas
frutas, mel, sucrilhos, aveia, granola, arroz, feijão, milho, pipoca, farinhas,
pães, bolos e demais massas.
Existem vários tipos de carboidratos: a glicose, a frutose,
a sacarose, a lactose, o amido entre outros.
A glicose e a frutose, encontradas no mel e em diversas
frutas, são moléculas relativamente pequenas e podem ser absorvidas com facilidade
no intestino.
A sacarose, extraída da cana-de-açúcar e da beterraba, é
formada pela junção de dois carboidratos menores: a glicose e a frutose.
A lactose é encontrada no leite e é formada pela junção de
dois carboidratos menores: a glicose e a galactose.
O amido é uma molécula bem grande, formada pela união de
centenas de moléculas de glicose. É a reserva natural energética das plantas e
não é doce. Encontra-se armazenado em grandes quantidades em certas raízes
(mandioca), certos caules (batata) e em grãos diversos (trigo, milho e feijão).
Portanto quando comemos doces e massas estamos ingerindo diferentes tipos de
carboidratos.
A absorção dos carboidratos é bastante rápida, sendo que a
energia é colocada à disposição do corpo imediatamente após a ingestão. Mas, da
mesma forma, suas reservas esgotam-se em aproximadamente meio dia após a última
refeição.
Teoricamente, poderíamos viver perfeitamente sem eles, extraindo a
energia necessária das gorduras e proteínas. Porém, tanto pelo paladar, como
pela facilidade de absorção, mais da metade da dieta de todos nós é composta de
carboidratos.
E como os carboidratos geram energia? Em primeiro lugar,
eles devem ser convertidos em glicose, no fígado, para, posteriormente, serem
transformados em energia pelas células.
A diferença entre açúcares e amidos é que os primeiros são
mais simples e, portanto, absorvidos mais rapidamente pelo organismo. O ideal é
dar preferência aos amidos, já que os alimentos ricos em açúcar podem provocar
uma secreção inadequada de insulina, que é um hormônio encarregado de estimular
a captação de glicose nas células.
Outro bom conselho, segundo os
especialistas, é evitar os carboidratos refinados, como o açúcar e o arroz
branco. No processo de refinamento, grande porcentagem de fibras e nutrientes é
removida do alimento. É por isso que os integrais têm maior valor nutritivo.
Aliás, cada grama de carboidrato fornece 4 kcal. Por isso,
para quem quer emagrecer, a melhor maneira de reduzir calorias é cortar doces e
refrigerantes, que são produtos ricos em carboidratos, mas que não têm nenhum
outro nutriente.
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