Classificação científica
Reino: Plantae
Clado: angiospérmicas
Clado: eudicotiledóneas
Clado: asterídeas
Ordem: Ericales
Família: Lecythidaceae
Género: Lecythis
Espécie: L. pisonis
Lecythis pisonis, popularmente
conhecida como sapucaia, sapucaieira, cumbuca-de-macaco, quatetê e
cabeça-de-macaco, é uma árvore brasileira da família das lecitidáceas. Sua
semente é chamada de castanha-de-sapucaia.
"Sapucaia" se
originou do termo tupi ïasapuka'i, que significa "fruto que faz saltar o
olho".
Pode atingir os cinquenta
metros de altura e um metro de diâmetro, ainda que a maioria ronde os cinco a
quinze metros de altura e os trinta centímetros de diâmetro. O tronco tem
fissuras profundas.
As folhas são decíduas. Os
frutos, enormes, levam cerca de dez meses a atingir a maturação (agosto ou
setembro) depois da floração, que ocorre logo a seguir, em outubro.
O morcego Phyllostomus hastatus
(e talvez outros morcegos frugívoros) são responsáveis pelo principal processo
de disseminação de sementes, sendo atraídos pelo alimento que é proporcionado
numa extremidade das sementes.
Existe na floresta amazônica
ocidental, principalmente ao longo do Rio Amazonas, e na Mata Atlântica
pluvial, do Piauí até São Paulo.
É árvore do dossel florestal ou
emergente.
Usos
Além de fornecer sementes
comestíveis, é cultivada como planta ornamental na Região Sudeste do Brasil.
Folhas caracteristicamente de
coloração rósea quando jovens, verdes posteriormente. Flores grandes, vistosas,
de coloração lilás-arroxeada.
Tipo pixídio, arredondado,
casca rígida e espessa, de coloração castanha. Quando maduros abrem-se na
porção inferior, através de uma “tampa”, liberando as sementes (castanhas)
comestíveis e saborosas.
Em sua maioria, as sapucaias
caracterizam-se pela forma peculiar de seus frutos: Tratam-se de urnas ou
caçambas, de casca dura e de aparência lenhosa, que encerram uma boa quantidade
de amêndoas comestíveis muito apreciadas.
Aos poucos, à medida que os
frutos amadurecem, seus opérculos desprendem-se e as amêndoas espalham-se pela
mata espontaneamente. É frequente, em uma mesma árvore, em um mesmo galho,
encontrarem-se sapucaias abertas e fechadas.
A sapucaia é árvore
característica da floresta pluvial atlântica, ocorrendo desde o Ceará até o Rio
de Janeiro.
Com o grande desmatamento que
essas áreas sofreram no passado, as sapucaias foram bastante reduzidas. No
entanto, em algumas localidades, protegidas em parques ou reservas, ainda se
vêem verdadeiras matas de sapucaias nativas destacando-se no conjunto
florestal.
A árvore pode ser também
encontrada na região amazônica, e, em alguns casos, na alta floresta, ela
apresenta a magnitude da natureza que a gerou, alcançando mais de 30 metros.
Quando chega a época da
floração, a sapucaia transforma-se: todo o verde da árvore fica encoberto por
uma capa cor-de-rosa, um belo espetáculo propiciado pela conjunção das flores
arroxeadas e intensamente aromáticas, que tomam a copa da árvore e mesclam-se
com as folhas novas, que também nascem coloridas de rosa lilás.
O chão fica coberto pelas cores
das folhas e flores. Aos poucos, as folhas vão ficando esverdeadas e os frutos
vão tomando a sua forma característica.
As amêndoas aromáticas e
oleaginosas da sapucaia podem ser consumidas cruas, cozidas ou assadas,
constituindo-se em excelente alimento.
Estas podem substituir, em
igualdade de condições, as nozes, amêndoas ou castanhas europeias comuns,
prestando-se como ingrediente para doces, confeitos e pratos salgados.
Vazios, os receptáculos das
amêndoas são transformados pelo homem em uma variedade de objetos de uso:
cumbucas, caçambas, vasos, potes, pratos, marmitas e o que mais for preciso.
As amêndoas da sapucaia são
muito apreciadas pelos animais silvestres, sendo especialmente aproveitadas
pelos macacos, capazes como são de alcançar as amêndoas ainda dentro das
cumbucas quando elas começam a se abrir lá no alto da árvore.
Aliás, um fato curioso envolve
esses animais e a fruta, que, por isso, é também conhecida como
cumbuca-de-macaco ou marmita-de-macaco.
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