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domingo, 3 de abril de 2016

Sapucaia - Lecythis pisonis



Classificação científica

Reino:                      Plantae

Clado:                     angiospérmicas

Clado:                     eudicotiledóneas

Clado:                     asterídeas

Ordem:                   Ericales

Família:                   Lecythidaceae

Género:                   Lecythis

Espécie:                   L. pisonis

Lecythis pisonis, popularmente conhecida como sapucaia, sapucaieira, cumbuca-de-macaco, quatetê e cabeça-de-macaco, é uma árvore brasileira da família das lecitidáceas. Sua semente é chamada de castanha-de-sapucaia.

"Sapucaia" se originou do termo tupi ïasapuka'i, que significa "fruto que faz saltar o olho".

Pode atingir os cinquenta metros de altura e um metro de diâmetro, ainda que a maioria ronde os cinco a quinze metros de altura e os trinta centímetros de diâmetro. O tronco tem fissuras profundas.

As folhas são decíduas. Os frutos, enormes, levam cerca de dez meses a atingir a maturação (agosto ou setembro) depois da floração, que ocorre logo a seguir, em outubro.

O morcego Phyllostomus hastatus (e talvez outros morcegos frugívoros) são responsáveis pelo principal processo de disseminação de sementes, sendo atraídos pelo alimento que é proporcionado numa extremidade das sementes.

Existe na floresta amazônica ocidental, principalmente ao longo do Rio Amazonas, e na Mata Atlântica pluvial, do Piauí até São Paulo.

É árvore do dossel florestal ou emergente.

Usos

Além de fornecer sementes comestíveis, é cultivada como planta ornamental na Região Sudeste do Brasil.

Folhas caracteristicamente de coloração rósea quando jovens, verdes posteriormente. Flores grandes, vistosas, de coloração lilás-arroxeada.

Tipo pixídio, arredondado, casca rígida e espessa, de coloração castanha. Quando maduros abrem-se na porção inferior, através de uma “tampa”, liberando as sementes (castanhas) comestíveis e saborosas.

Em sua maioria, as sapucaias caracterizam-se pela forma peculiar de seus frutos: Tratam-se de urnas ou caçambas, de casca dura e de aparência lenhosa, que encerram uma boa quantidade de amêndoas comestíveis muito apreciadas.

Aos poucos, à medida que os frutos amadurecem, seus opérculos desprendem-se e as amêndoas espalham-se pela mata espontaneamente. É frequente, em uma mesma árvore, em um mesmo galho, encontrarem-se sapucaias abertas e fechadas.

A sapucaia é árvore característica da floresta pluvial atlântica, ocorrendo desde o Ceará até o Rio de Janeiro.

Com o grande desmatamento que essas áreas sofreram no passado, as sapucaias foram bastante reduzidas. No entanto, em algumas localidades, protegidas em parques ou reservas, ainda se vêem verdadeiras matas de sapucaias nativas destacando-se no conjunto florestal.

A árvore pode ser também encontrada na região amazônica, e, em alguns casos, na alta floresta, ela apresenta a magnitude da natureza que a gerou, alcançando mais de 30 metros.

Quando chega a época da floração, a sapucaia transforma-se: todo o verde da árvore fica encoberto por uma capa cor-de-rosa, um belo espetáculo propiciado pela conjunção das flores arroxeadas e intensamente aromáticas, que tomam a copa da árvore e mesclam-se com as folhas novas, que também nascem coloridas de rosa lilás.

O chão fica coberto pelas cores das folhas e flores. Aos poucos, as folhas vão ficando esverdeadas e os frutos vão tomando a sua forma característica.

As amêndoas aromáticas e oleaginosas da sapucaia podem ser consumidas cruas, cozidas ou assadas, constituindo-se em excelente alimento.

Estas podem substituir, em igualdade de condições, as nozes, amêndoas ou castanhas europeias comuns, prestando-se como ingrediente para doces, confeitos e pratos salgados.

Vazios, os receptáculos das amêndoas são transformados pelo homem em uma variedade de objetos de uso: cumbucas, caçambas, vasos, potes, pratos, marmitas e o que mais for preciso.

As amêndoas da sapucaia são muito apreciadas pelos animais silvestres, sendo especialmente aproveitadas pelos macacos, capazes como são de alcançar as amêndoas ainda dentro das cumbucas quando elas começam a se abrir lá no alto da árvore.

Aliás, um fato curioso envolve esses animais e a fruta, que, por isso, é também conhecida como cumbuca-de-macaco ou marmita-de-macaco.

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