Também recebe o nome de Taiuiá
doce ou Melancia de passarinho.
Aparece com alguma frequência
em diversas formações florestais do bioma mata atlântica, presentes nos estados
de Goiás, Mato Grosso do Sul e do Norte, Minas gerais, Espírito Santo, Rio de
Janeiro São Paulo, Paraná Santa Catarina e Rio Grande do Sul; Brasil.
Características
Herbáceas trepadeiras anuais de
caule estriado e pubescente (coberto de pelinhos) que atinge 1 a 3 m de
comprimento, soltando diversos ramos laterais, com brotações que tem gavinhas
(estruturas lineares que se enrolam e se prendem).
As folhas são membranáceas
(textura delicada), cordiformes (com forma de coração), medindo 5 a 8 cm de
comprimento por 4 a 7,5 cm de largura; a base é ovalada e o ápice é agudo com
margem delicadamente denteada.
A lamina foliar é fixada sob
pecíolo (haste ou suporte) de 1,5 a 7 cm de comprimento e densamente piloso
(coberto de pelinhos brancos).
As flores nascem em racemos
(tipo de cacho axilar) e são campanuladas (como sino) e com sépalas pubescentes
(coberta de curtos pelos).
As flores masculinas não têm
ovário e são apenas pistiladas (com órgãos masculinos) e as flores femininas
tem ovário subcilíndrico e pistilado (com órgãos femininos receptivos) no
ápice.
Os frutos são glabros (sem
pelos) com maculas ou manchas esbranquiçadas, medindo 2,5 a 4 cm de comprimento
por 1,7 a 2,2 cm de diâmetro.
Dicas para cultivo: Trepadeira
de crescimento rápido e de ciclo anual, vegetando nos meses de setembro a
abril, apreciando chuvas ou irrigações periódicas.
Preferencialmente deve ser
cultivada em local com 50% de sombreamento. Aprecia altitudes variando de 400 a
1.000 m acima do nível do mar.
O solo deve ser profundo,
úmido, ácido, com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho). É preciso
plantas no mínimo 2 plantas para uma melhor frutificação.
É preciso fazer uma parreira na
vertical com arames (ou uma tela de malha larga) formando uma malha da 30 cm
entre arames para sustentar a planta.
As plantas iniciam a
frutificação após 40 dias a partir da germinação, dependendo das condições do
solo.
As sementes são pequenas,
achatadas, bem parecidas com sementes de pepino comum, porém menores; são
ortodoxas (que entram em dormência e conservam o poder germinativo por cerca de
2 anos).
A germinação ocorre em 12 a 25
dias em qualquer tipo de substrato rico em matéria orgânica, poroso, deixado em
ambiente sombreado.
Convém semear 2 ou 4 sementes
diretamente nas covas ou canteiros previamente preparados embaixo da parreira.
As mudas crescem rapidamente e a melhor época de plantio vai de agosto a
outubro.
Pode ser plantada a pleno sol,
bem como na sombra bosques com arvores grandes bem espaçadas, nesta situação
demora mais para frutificar.
Espaçamento entre plantas 2 x 2
m. A parreira deve ter 3 mourões com altura de 1,60, distanciados a 3 m entre
si, percorrendo 6 m de parreira.
As covas ou canteiros devem ter
60 cm de largura e comprimento e 30 cm de profundidade. Adicione a cova 200 g
de calcário e 1 kg de cinzas e 6 kg de matéria orgânica bem curtida. Irrigar a
cada 3 ou 4 dias para haver uma farta produção de frutos.
Cultivando: Fazer apenas podas
de formação e eliminar os brotos que nascerem na base do caule, manejando os
ramos num tutor e continuar amarrando os ramos na parreira para não caírem.
Depois é só distribuir os ramos
na estrutura da parreira. Adubar após 2 ou 3 meses com composto orgânico, pode
ser 1 kg cama de frango bem curtido + 10 gr de N-P-K 10-10-10 nos meses de
novembro e dezembro, distribuindo-os a 10 cm do caule. Manter cobertura morta
por volta do pé para manter a umidade.
Usos: Frutifica nos meses de
outubro a março. Os frutos quando maduros tem sabor delicado que lembra um
pouco a melancia. Mas usualmente os frutos são colhidos verdes e consumidos em
saladas ou utilizados na fabricação de picles ou conservas. A planta também é
cultivada com o objetivo de atrair pássaros da floresta atlântica.
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Gentianales
Família: Apocynaceae
Subfamília: Rauvalfioideae
Tribo: Tabernaemantaneae
Género: Ambelania
Espécie: Ambelania acida L.
O pepino-do-mato (Ambelania
acida) é uma árvore da família das apocináceas que é nativa das Guianas e dos
estados do Brasil próximos às Guianas.
Tais árvores possuem folhas
opostas e flores em corimbos axilares; seus frutos podem ser comestíveis, desde
que retirado o epicarpo lactescente. Contudo, podem ter efeito laxativo quando
ingeridos em grande quantidade.
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