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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Mari-Geoffroea spinosa



Fruto comestível, originário da região amazônica. De uma árvore grande e alta, quase parecida com o abacateiro. Do fruto se come apenas a polpa quando está maduro e bem mole.

Tem o aroma peculiar e forte. Os amazonenses têm o hábito de come-lo com farinha. Muito rico em gorduras e betacaroteno. São dois os tipos: O preto e o amarelo.

De sabor e aroma acentuado e marcante, o umari foi alvo de experiências culinárias do engenheiro florestal Afonso Rabelo e a esposa Maria das Dores Batista da Silva, que tiveram a ideia de utilizar a polpa do umari em receitas simples, que estão constantemente em nossas mesas.

Ele conta que a ideia surgiu do seu livro “Frutas Nativas da Amazônia”, que tem como principal objetivo valorizar as frutas da região. “Esta experiência resultou em nove iguarias amazônicas que são capazes de agradar ao paladar de qualquer pessoa.

Com o umari conseguimos cozinhar: bolo, manteiga, biscoitos, paté, mousse, pudim, sorvete caseiro, torta e também brigadeiro. E essas receitas foram degustadas e aprovadas até por crianças”, conta o técnico.

De acordo com Rabelo, as receitas são dinâmicas e de fácil manuseio, então qualquer pessoa pode preparar as receitas em casa, basta substituir, por exemplo, o chocolate, laranja ou milho, pela polpa do umari.

De baixo valor comercial, com o custo aproximado de R$ 2,00 reais a dúzia, o umari é encontrado apenas nas feiras regionais e nos pequenos quiosques na beira das estradas, o que dificulta o conhecimento deste fruto para a população.

Para Rabelo, isso se acontece porque “os jovens, principalmente os de 30 anos para baixo, não conhecem esses frutos. Porque eles não têm o hábito de ir em feiras regionais, vão apenas em supermercados”, disse.

Ainda segundo o pesquisador, o fruto do umarizeiro em sua forma in natura possui pouco valor, entretanto, quando usado na culinária para fazer pudins, bolos, sucos e sorvete, o fruto ganha importância comercial.

O casal produz receitas a partir da alta da safra do fruto, ajudando assim, na preservação das espécies frutíferas e aumentando o conhecimento sobre elas.

Eles ainda exploram as potencialidades culinárias de várias fruteiras desconhecidas, desvalorizadas e desperdiçadas para criação de novas receitas e valorização comercial.

Predominante no alto Rio Negro, Solimões e Madeira, o umarizeiro é uma fruteira de porte médio, que pode alcançar até 15 metros de altura.

A sua folhagem é abundante e ramificada. Suas flores amarelo-clara são pequenas e pouco vistosas. “São encontrados na Amazônia duas espécies de umari; uma com frutos de casca com coloração roxo-escuro e a outra com coloração amarelo-laranja.

O umarizeiro é altamente produtivo, gerando renda extra, principalmente para os agricultores familiares. Rico em vitamina A, fibras, carboidratos, óleos e proteínas, o umari tem alto valor nutricional”, explicou Rebelo.


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