Indicada para dor de cabeça, enxaqueca, falta de memória e problemas nervosos. Eficaz antídoto ao veneno de cobra e abortivo.
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Phytolaccaceae
Género: Petiveria
Espécie: P. tetrandra
Nome binomial Petiveria tetrandra
A Guiné ou Rabo-de-Gambá (Petiveria tetrandra) é um arbusto ou subarbusto de cerca de meio a um metro de altura, de ramos angulosos, sulcados-estriados, pubescentes ou quase glabros, subflexuosos, dilatados nos nós.
Tipi, Erva-de-pipi, Erva-de-Guiné, Raiz-de-Guiné, Erva-de-alho, Mucura-caa, Amansa-Senhor, erva-pipi, tipu, tipuana, Atipim.
"Guiné" procede do topônimo "Guiné". "Tipi", "tipu" e "tipuana" procedem do tupi tï'pï. Ou nomes comuns são "Tipi verdadeiro", "Amansa senhor", "Mucurá-caá".[4]
Folhas alternas, patentes, curtamente pecioladas, oblongo-lanceoladas, acuminadas, integérrimas, mais ou menos ondeadas, de base cuneiforme estriada num pecíolo canaliculado de cerca de 5 milímetros de comprimento, levemente membranáceas, com a nervura mediana proeminente na face inferior e as nervuras secundárias arqueadas, glabras em ambas as páginas, exceto na face superior das nervuras de cor verde escura na página superior e mais clara na inferior. Medem de 5 a 10 centímetros de comprimento por dois a seis centímetros de largura.
Duas estípulas, subuladas, pequeníssimas, caducas, frequentemente obsoletas.
Inflorescência terminal ou axilar em racemos que, devido a extrema curteza dos pedúnculos florais, simulam espigas delgadas, eretas, algumas vezes sub-ramosas na base, de dez a quinze centímetros de comprimento, afilas.
Raiz fusiforme, irregularmente ramificada de comprimento variável; sua superfície externa é de cor pardo acinzentada clara e pardo amarelada, finamente estriada no sentido longitudinal, apresentando cicatrizes verrucosas.
Planta nativa das Américas, encontrada no sudeste dos Estados Unidos, a partir da Flórida, contornando o Golfo do México, na América Central incluindo o Caribe, e nas regiões tropicais da América do Sul.
No Brasil, encontra-se desde o Piauí até o Rio Grande do Sul. Existem também plantações introduzidas no Benim e na Nigéria, na costa ocidental da África.
Partes Usadas: Raiz e folhas
Princípios ativos: Óleo essencial, Pitiverina, resina inerte, ácido resinoso, glicose.
Usada como estimulante na paralisia, sudorífera e alexífera. Em altas doses, é abortiva e, segundo alguns, provoca loucura quando de seu uso contínuo.
Seu envenenamento é lento e, no período agudo, determina superexcitação, insônia e quase alucinação. Depois de poucos dias, sintomas opostos: indiferença, chegando a imbecilidade, fraqueza cerebral, pequenas convulsões depois tetaniformes, mudismo por paralisia da laringe e morte ao fim de um ano, dependendo da dose.
Deve ser usada em doses regulares e não sucessivas no caso de paralisia. Era muito usada pelos negros como arma de vingança contra seus patrões, por isso o nome de "Amansa-senhor".
Contra picadas de insetos, coloca-se as folhas ou folhas e galhos imersos em álcool, até que seu sumo seja dissolvido. Aplica-se no local das picadas, imediatamente ao acontecerem. Para picadas de aranhas, é recomendado compressa.
Utilizada no tratamento de sarna. Colocam-se as raízes em molho no álcool, deixar por alguns dias até que as substâncias sejam liberadas no álcool. Aplicar o álcool sobre a área afetada. Pode ser usada em animais e humanos.
A planta foi analisada por Gustavo e Theodoro Peckolt. A petiverina é uma substância amorfa, amarelada, pulverulenta, inodora, de sabor fortemente amargo, picante; é solúvel no éter, no álcool, na água acidulada e pouco solúvel na água fervente.
Seu soluto precipita pelos cloretos de platina de ouro e pelo ácido tânico. Pode ser obtida tratando-se o extrato alcoólico da raiz pela água fervente, filtrando-se, juntando-se o filtrado a acetato neutro de chumbo até não produzir mais precipitado e depois acetato básico, filtrando-se, eliminando-se o excesso de chumbo de filtrado pelo hidrogênio sulfuretado, filtrando-se novamente e evaporando-se até a consistência xaroposa.
Trata-se, então, o líquido xaroposo pelo álcool absoluto, separa-se este, destila-se e vascoleja-se o resíduo com éter; evapora-se o soluto etéreo espontaneamente e purifica-se o resíduo dissolvendo-o repetidas vezes no éter.
O ácido resinoso tem consistência da terebentina, cor pardacenta, sabor picante e aroma fortemente canforaceo e um tanto aliáceo, da raiz fresca.
A raiz seca fornece cerca de 20 por cento de extrato alcoólico.
Descrição: Da família das Fitocáceas, arbusto perene de ramos eretos, folhas alternas elípticas, lisas. Necessita de solo fértil e pouco ensolarado.
Partes Utilizadas: Raiz e folha.
Propriedades: Analgésica, antimicrobiana e antirreumática.
Indicações: Combate enxaqueca, paralisia, reumatismo, artrite e hidropisia.
Princípios Ativos: Óleo essencial, taninos e flavonoides.
Toxicologia: É abortiva.
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