Descrição: Também conhecida como fel da terra, erva-mileirinha, fumo da terra, moleirinha, originária da Europa da família das papaveraceae.
Planta herbácea anual de 0,20 a 0,80 metros de altura, ramosa, haste delgada, angulosa, de ramos difusos; folhas alternas, pecioladas e profundamente recortadas em colmilhos. Fruto menospérmico.
Partes utilizadas: Folhas secas.
Plantio: Multiplicação: por sementes ou por estaquia; Cultivo: originária do Paraguai, em altitudes entre 1000m a 1500m e com temperaturas médias de 23o C. Planta-se as mudas em solos arejados, secos e adubados com matéria orgânica, de preferência na primavera.
O espaçamento deve ser de 30cm entre plantas e 50cm entre fileiras. O cultivo econômico desta planta já vem sendo feito nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo; Colheita: entre 3 a 5 meses do plantio, colhem-se as folhas que contém glicosídeos. Podem ser secas à sombra para uso posterior.
Habitat: Origem mediterrânea.
História: A fumaria é conhecida desde a antiguidade e foi descrita em herbários da Idade Média tradicional envolve espremer o suco e evaporá-lo. Na medicina tradicional a planta foi usada para tratar o eczema e outras condições dermatológicas.
Foi usada também como um laxante e diurético. As espécies da Fumaria são usadas na medicina popular turca como um purificador do sangue e os extratos como um agente antialérgico. Os extratos da fumaria podem ser úteis no controle de e do trato hepatobiliar.
Pesquisas científicas estão concentradas em extratos de outras espécies do gênero Fumaria, devido a suas propriedades medicinais.
Propriedades: Diurética, laxante, depurativa, cardiotônica e escrofulante.
Indicações: Usada nas doenças do fígado e arteriosclerose, problemas de pele, diurética e depurativa.
Uso na gestação e na lactação: Seu uso durante a gravidez e amamentação deve ser evitado devido à falta de informação sobre sua farmacodinâmica e sobre sua toxicidade nestas condições.
Princípios Ativo: alcaloides, protopina e ácido fumárico.
Modo de Usar: infusão usar 10 gramas da planta por litro de água, ingerir 1 a 5 xícaras de chá ao dia. Compressa de 2 à 3 vezes ao dia, utilizando a infusão
Toxicologia: Deve ser usada durante poucos dias e em doses moderadas, pois o uso prolongado é prejudicial.
Efeitos colaterais: Em um estudo clínico, 69% dos pacientes relataram queixas gastrointestinais (56°C) e o flushing facial (sensação de queimação do rosto enquanto a pele se torna vermelha - 31°C). Em outro estudo clínico. nenhuma reação adversa foi relatada.
Farmacologia: A protopina inibiu a fase exudativa de inflamação PJr dextrano em uma dose de 100 mg/kg, também àquela da inflamação por serotonina em uma dose de 50 mg/kg: A fumoficinalina inibiu a inflamação por serotonina com uma dose de 50 mg kg.
Ambos os alcaloides diminuíram a permeabilidade vascular com um efeito similar em doses de 50 mg/kg: Mais investigações sobre a atividade anti-hepatotóxica das diversas espécies do gênero Fumaria são necessárias: O fumarato de metila encontrado na Fumaria indica, demonstrou uma atividade anti-hepatotóxica contra a tioacetamida in vitro e contra o tetracloreto de carbono, o acetaminofeno e a rifampina in vivo.
Esta atividade é comparável com aquela do composto silimarina, um agente anti-hepatotóxico conhecido. Os esteres do ácido fumárico têm sido usados como um tratamento para a psoríase por quase 30 anos.
Este tratamento está novamente sendo notado por dermatologistas conforme mais compostos e derivados ativos estão sendo desenvolvidos. O fumarato de metila é o metabólico mais ativo de uma droga alemã anti-psoríase, o Fumaderm: fumarato de metila foi isolado da Fumaria indica.
Este composto tem urna atividade anti-hepatotóxica importante in vitro e In vivo As investigações em animais e seres humanos identificaram diversas ações farmacológicas dos extratos de fumária: A injeção intravenosa de 1 a 2 mg/kg do extrato em cães reduziu a Isquemia causada pela ligadura experimental da artéria circunflexa, Uma dose de 5.2 mg/kg impediu arritmias isquêmico-induzidas por até 87 minutos: A diabetes melito foi induzido em 20 de 25 ratos albinos machos e adultos usando uma injeção intraperitonial de aloxano.
Os ratos foram então divididos em 4 grupos: 3 dos 4 grupos foram alimentados uma dieta que 6,25 % do seu peso era composto de fumaria de semente de coentro por 15 dias.
O quarto grupo recebeu uma dieta normal. A concentração de glicose, colesterol, creatinina e os resultados de testes do fígado foram mais baixos (P< 0,05) no grupo que consumiu fumaria comparado com o grupo de controle: Em um estudo sobre o efeito da fumaria em distúrbios hepatobiliares, um extrato metanólico aquoso da espécie Fumaria parvifólia administrado profilaticamente contra danos hepáticos acetaminofeno induzidos protegeu o fígado ao prevenir o aumento de enzimas no sangue induzido por toxinas. Os extratos da fumaria foram capazes de melhorar o bloqueio colagogo em animais.
O extrato de fumária foi administrado tipicamente por nebulização e tem sido investigado em cálculos da vesícula biliar em ratos e camundongos: Os extratos da fumaria melhoraram o bloqueio colagogo em animais e é benéfico no controle de condições similares em seres humanos.
Quando investigada em 85 pacientes com coleclstopalias, uma preparação contendo fumaria melhorou o estado do paciente em 70% dos casos em geral e mais de 80% em casos de discinesia biliar.
Resultados mais marcantes foram obtidos depois de 10 dias de terapia e a diferença foi estatisticamente maior do que aquela observada com o placebo. A Fumaria officinalis é aprovada na Alemanha para o uso contra a cólica que afeta a vesícula biliar e o sistema biliar e também o trato gastrointestinal.
A fumaria não foi associada com nenhuma toxicidade clinicamente importante. O fumarato de metila foi encontrado ser um agente protetor a toxicidade hepática em doses até 1 mg/ml em estudos in vitro e até 50 mg/kg em estudos in vivo em ratos albinos. Os alcaloides causam tremor, convulsões e a morte quando consumidos em grandes quantidades.
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