Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Faboideae
Género: Phaseolus
Espécie: P. vulgaris
Nome binomial Phaseolus vulgaris
Feijão é um nome comum para uma grande variedade de sementes de plantas de alguns gêneros da família Fabaceae. Proporciona nutrientes essenciais como proteínas, ferro, cálcio, vitaminas (principalmente do complexo B), carboidratos e fibras.
O feijão-comum (Phaseolus vulgaris) é a base de várias sopas e da feijoada, misturado com arroz, e ainda em alguma doçaria (por exemplo, o pastel de feijão).
As vagens verdes (feijão verde) podem acompanhar, cozidas, qualquer prato e, cortadas às tiras, em sopa (sopa de feijão carrapato). O feijão frade é frequentemente cozido e servido com cebola e salsa picadas, temperado com azeite e vinagre, a acompanhar atum.
A combinação de arroz com feijão é típica da culinária do Brasil e da América Central. Geralmente, tal combinação acompanha carnes, verduras e tubérculos.
"Feijão" teve origem no latim faseolu, com troca de sufixo.
Três espécies de feijão são muito cultivadas no Brasil:
Phaseolus vulgaris, o feijão comum, cultivado em todo o mundo;
Vigna unguiculata, vulgarmente chamado de feijão de corda, feijão-macáçar, caupi e outros, predominante na região Nordeste e na Amazônia
Cajanus cajan, feijão-guandu ou andu, comum no Nordeste, principalmente em sua variedade arbórea.
Apesar da enorme importância da cultura do feijão, o rendimento médio brasileiro é baixo. Mesmo tendo um potencial produtivo superior a 4000 kg/ha, a média brasileira é de apenas 817 kg/ha, sendo altamente influenciada pelo sistema de cultivo.
No entanto esta produtividade é maior do que a década de 1960/70 que variava entre 500-600 kg/ha. Para efeito de comparação, pode-se mencionar que alguns países como os Estados Unidos, o Japão, a Turquia e a Itália, têm rendimento médio superior a 1 400 kg/ha, de acordo com a FAO.
No Brasil, a EMBRAPA lidera uma ampla rede de pesquisa e melhoramento de feijão, composta de 40 instituições, incluindo diversas empresas e universidades . Esta rede tem lançado várias novas cultivares de feijoeiro mais produtivas e mais resistentes a pragas e doenças.
O consumo em quantidades de média a alta de feijão está sendo associado a diminuição no desenvolvimento de doenças como o diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e até mesmo neoplasias.
Acredita-se que esse efeito benéfico do consumo do feijão é devido à presença de metabólitos secundários nessa leguminosa, os fitoquímicos, sendo os que presentes em maiores concentrações os compostos fenólicos e os flavonoides.
Informação Nutricional
Feijão preto
Quantidade por 100 gramas
Calorias 339
Gorduras Totais 0,9 g
Gorduras Saturadas 0,2 g
Gorduras Poliinsaturadas 0,4 g
Gorduras Monoinsaturadas 0,1 g
Colesterol 0 mg
Sódio 9 mg
Potássio 1.500 mg
Carboidratos 63 g
Fibra Alimentar 16 g
Açúcar 2,1 g
Proteínas 21 g
Vitamina A 17 IU Vitamina C 0 mg
Cálcio 160 mg Ferro 8,7 mg
Vitamina D 0 IU Vitamina B6 0,3 mg
Vitamina B12 0 µg Magnésio 160 mg
Os benefícios do feijão preto
Comum na alimentação de milhares de brasileiros, o feijão preto, além de saboroso, possui muitos benefícios para a saúde quando consumidos. A semente, de alto valor nutritivo, é muito incluída na alimentação de vegetarianos, pois possui nutrientes e uma proteína que se completa quando combinada com o arroz integral.
Melhor funcionamento do intestino e controle da glicemia
Assim como outros grãos, o feijão preto é muito útil, por exemplo, para quem tem metabolismo da glicose irregular – como os diabéticos e hipoglicêmicos – pois tem um baixo índice glicêmico.
Mas o que isso significa? A glicemia, ou seja, a taxa de açúcar no sangue não sobe tanto depois de comer feijão, como acontece com o consumo de pão branco.
Isso se dá pela presença de maiores quantidades de proteínas retardadoras no feijão, além do alto nível de fibras solúveis. Estas agem por meio da absorção de água no estômago, que forma um gel responsável por retardar o metabolismo de carboidratos.
A grande quantidade de fibras ajuda também a melhorar o funcionamento do intestino, uma vez que ajuda a mover os alimentos do estômago para o intestino grosso, mantendo o aparelho digestivo regulado e mais saudável.
Combate à anemia e na manutenção da saúde cardiovascular
Além de melhorar o funcionamento do intestino, o consumo de feijão preto tem a função de um excelente medicamento natural contra a anemia, pois o alimento é rico em ferro, carboidratos, potássio e ácido fólico.
Com relação às fibras solúveis, podemos dizer que o consumo ajuda ainda a reduzir os níveis de colesterol no sangue, reduzindo riscos de doenças coronárias e ataques cardíacos – há estudos que comprovam a redução desses riscos relacionado ao consumo de fibras solúveis.
Rico em ácido fólico, magnésio, além de possuir propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, o feijão preto ajuda ainda na preservação, de uma forma geral, da saúde cardiovascular.
A prevenção do estresse oxidativo, responsável pelo aumento do desenvolvimento de doenças cardiovasculares, se dá devido à presença de proteção antioxidante e anti-inflamatória, essenciais para este fim.
Prevenção ao câncer e saúde do sistema nervoso
O consumo de feijão preto pode ajudar ainda na prevenção ao câncer. Isso porque o alimento contém pelo menos 8 flavonoides diferentes com um grande potencial dos antioxidantes. Além disso, possui um alto teor de fitoquímicos que ajudam a prevenir o desenvolvimento de tumores.
O sistema nervoso depende de uma substância que é encontrada em grandes quantidades no feijão preto: o folato ou vitamina B6. Esta é responsável pela produção de aminoácidos necessários para o bom funcionamento do sistema nervoso.
Além disso o ácido fólico é essencial para mulheres gestantes, pois a deficiência dessa substância pode causar o desenvolvimento inadequado do cérebro do feto.
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