Poderoso antisséptico, é indicado para uso em inalações, para problemas pulmonares, bronquite, asma, inflamações da garganta.
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Myrtales
Família: Myrtaceae
Género: Eucalyptus
Espécie: E.
globulus
Nome binomial Eucalyptus
globulus Labill.
Eucalyptus globulus Labill. (do latim globulus, um pequeno
botão, referência à forma do opérculo do fruto), conhecido por eucalipto-comum
ou eucalipto-da-Tasmânia, é uma espécie florestal de folha perene pertencente
ao género Eucalyptus, de crescimento rápido, capaz de produzir árvores de 30 a
55 m de altura (um exemplar existente na Tasmânia tem 90,7 m de altura).
Originária da Austrália, a espécie é hoje uma das árvores
mais amplamente cultivada em florestas de produção, principalmente para fabrico
de pasta de papel e para queima, e a mais expandida das cerca de 600 espécies
que integram o género Eucalyptus.
A área de ocorrência natural da espécie inclui a Tasmânia e
o sul do Estado de Victoria (Austrália). Ocorre ainda em manchas isoladas na
ilhas King e Flinders, ambas no Estreito de Bass, e nos cumes do You Yangs. A
flor do E. globulus foi proclamada a 27 de Novembro de 1962 como emblema floral
do estado da Tasmânia.
Características e habitat
O E. globulus é uma árvore de grandes dimensões (30 a 55 m
de altura, mas podendo ocasionalmente ultrapassar os 90 m de altura), de tronco
ereto e esguio, com ramificação apenas na parte terminal, formando uma canópia
esparsa e irregular a grande altura.
O tronco é recoberto por um ritidoma cinzento-claro, liso,
que tende a soltar-se espontaneamente libertando longas tiras que ao secar
ficam acastanhadas e se enrolam sobre si, ficando pendentes dos troncos por
largos períodos.
A madeira é esbranquiçada, com pouco cerne, muito rica em
água quando verde, formada por longas fibras esbranquiçadas, fissurando e
contorcendo-se durante a secagem. Ao quebrar produz longas falhas aguçadas,
ligadas entre si por fortes fibras relativamente flexíveis.
Quando cortada a planta regenera rapidamente a partir da
toiça, produzindo fortes turiões recobertos por folhas juvenis que quando
desbastados rapidamente reconstituem a árvore. As plantações de eucalipto podem
assim ser repetidamente cortadas sem necessidade de replante.
A espécie apresenta marcada heteroblastia, com as plantas
juvenis e os rebentos basais e de toiça a apresentarem um tipo de folha
diferente das plantas adultas: as folhas juvenis são sésseis, oblolanceoladas,
com 6–15 cm de comprimento, e recobertas por um tegumento ceroso de cor
azulada, surgindo em pares alternados (dando à planta juvenil características
de alternifólia) em caules de secção quadrangular.
As folhas das árvores adultas são estreitas, falciformes a
siculares (isto é alongadas e contorcidas em forma de foice), com 15–35 cm de
comprimento, com tegumento verde acinzentado (particularmente na página
inferior), surgindo alternadamente ao longo de caules arredondados.
Os botões são oblongos, mais largos na parte distal,
rodeados por uma bordadura irregular recoberta por protuberâncias, terminando
num opérculo aplanado (topo do botão floral) com uma protuberância central.
As flores são esbranquiçadas ou cremosas, instaladas nas
axilas das folhas, produzindo um copioso néctar que quando utilizado por
colmeias produz um mel com sabor e cheiro característicos. Floresce nos meses
de Setembro e Outubro.
Os frutos são cápsulas lenhosas com 1.5 a 2.5 cm de
diâmetro, reproduzindo a forma do botão da flor. Cada fruto contem numerosas
sementes minúsculas, que são libertadas através de 3 a 6 valvas que se abrem no
topo do fruto aquando da maduração.
O eucalipto-comum produz um extenso sistema radicular, que
em solos bem drenados se pode estender por muitas dezenas de metros em torno da
árvore, penetrando profundamente no perfil atingindo nalguns casos mais de 10 m
de profundidade.
A planta adulta não tem raiz apical, desenvolvendo um
sistema radicular que se distribui radialmente em torno da árvore sem qualquer
elemento aprumado.
A planta é uma planta vivaz e resistente, preferido os solos
ligeiramente ácidos e as zonas frescas e húmidas. Contudo, tolera bem a secura,
sendo extremamente eficaz na absorção de água do solo. Não resiste aos frios
intensos, aos nevoeiros persistentes e às secas prolongadas.
O eucalipto-comum é a espécie florestal mais plantada para
fins comerciais na Austrália, onde ocupa cerca de 4 500 km² de território (65%
da área florestada para produção de madeiras rijas).
A árvore é também extensamente cultivada em outras regiões
de clima temperado, entre as quais a região mediterrânica da Europa, sendo
também a espécie florestal mais cultivada em Portugal, onde fornece a maior
parte da matéria-prima utilizada para produção de pasta de papel.
Para além da sua utilização para produção de pasta de papel,
uso em que as suas longas fibras produzem papel de grande qualidade, a sua
madeira é também utilizada como elemento estrutural em construções, embora
tenda a fender e retorcer com a secagem, e para lenha, produzindo um
biocombustível de boa qualidade.
As folhas de eucalipto são utilizadas para a confecção de
infusões terapêuticas, especialmente para afecções do sistema respiratório
superior.
Os óleos essenciais extraídos das suas folhas,
comercializados sob a designação de cineol (cineole ou eucaliptol), são
utilizados em confeitaria, produzindo um efeito refrescante e dilatador dos
brônquios semelhante ao mentol. A República Popular da China é o maior produtor
mundial de cineol.
Recentes estudos de biologia molecular levam a crer que o E.
globulus e as espécies com ele estreitamente aparentadas constituem um complexo
de subespécies enquadráveis numa única espécie.
O E. globulus foi introduzido na Califórnia em meados do
século XIX, estando presente em muitos dos parques citadinos de San Francisco e
noutras cidades do litoral daquele estado. A partir do seu uso como ornamental,
naturalizou-se, sendo hoje considerado uma espécie invasora devido à sua
capacidade para se implantar rapidamente nos habitats de clima mediterrânico da
região, substituindo a vegetação nativa.
Nesse sentido, tem-se vindo a proceder na Califórnia à sua
completa erradicação do solo. Também em Portugal esta árvore se comporta como
uma espécie invasora embora nenhuma medida de erradicação tenha sido levada a
cabo sobretudo devido ao valor económico da espécie.
Contudo, dado que o eucalipto consegue absorver grandes quantidades
de água no verão, apresenta vantagem competitiva sobre as demais espécies
vegetais, com consequências nefastas para a biodiversidade das florestas. Outra
polémica em torno desta espécie prende-se com os fogos florestais, um flagelo
recorrente em Portugal na época de verão.
O eucalipto é uma espécie dos vegetais do gênero Eucalyptus
e é muito utilizado na medicina popular em vários tratamentos. Seja em forma de
chá ou óleo essencial, retirado das suas folhas, o eucalipto é repleto de
substâncias benéficas para a saúde das pessoas. Doenças respiratórias, como
asma, sinusite, tosse e bronquite são especialmente tratadas com essa planta,
mas além desses exemplos, ela também é útil no combate às doenças reumáticas e
as dores musculares.
Propriedades e benefícios do eucalipto
O eucalipto previne o acontecimento de espasmos;
É um antisséptico;
Combate gripes;
Sintoma de febre pode desaparecer quando tomado o chá de
eucalipto;
Asma, bronquite e nefrites também podem ser tratadas com a
planta;
A gangrena pulmonar vai diminuindo com o uso do chá;
Males na bexiga, dores nas cadeiras incomodam bastante e
podem ser tratados com o eucalipto;
Diabetes e reumatismo aceitam muito bem a planta em seus
tratamentos;
Mascar as folhas do eucalipto
ajuda a curar as inflamações na garganta.
Dor ciática e catarro podem ser tratados com esta planta
A dor ciática é uma dor constante que inicia na região
lombar, passa pelas nádegas e chega até a parte mais baixa de uma ou das duas
pernas. Ela percorre todo o nervo ciático, o mais logo do corpo humano, e esses
terríveis sintomas podem ser amenizados com o eucalipto, basta massagear o
local com o óleo da planta.
No caso do catarro, que pode ter várias causas, o paciente
precisa expelir essa secreção para fora do corpo, pois a permanência dele nos
pulmões pode levar a outros quadros muito mais complicados. O chá das folhas de
eucalipto tomado de 3 a 4 xícaras por dia ajuda a eliminar a secreção.
Receita do chá de eucalipto
Em uma xícara de chá, despeje uma colher de sopa das folhas
de eucalipto picadas e adicione água fervente. Tampe e deixe descansando até o
chá ficar morno, que é a temperatura ideal para beber. Coe com um pano bem
limpo e tome 3 xícaras desse chá ao longo do dia. Ainda poderá adicionar mel ou
gotas de limão.
Atenção!
O chá de eucalipto não é indicado para mulheres grávidas ou
lactantes. As crianças menores de 2 anos também não devem consumir esse chá. É
sempre importante consultar um médico antes de recorrer aos tratamentos
naturais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário